| Cidade  de São Paulo e o estado do Rio de Janeiro analisam aprovação de  legislação sobre uso de telhados brancos nas habitações. Alternativa é  defendida para reduzir emissões de gases de efeito estufa e diminuir  consumo de eletricidade | 
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|  Telhados brancos: garantia de economia de energia, menos emissão e conforto ambiental Uma  solução que ainda enfrenta resistência para aprovação, mas que tem  recebido incentivos no Brasil. A utilização dos chamados telhados  brancos como forma de reduzir as emissões de gases poluentes e o consumo  de energia elétrica tem sido estimulada por projetos de lei em todo o  país. Para minimizar a polêmica, o Conselho Brasileiro da Construção  Sustentável está elaborando um posicionamento sobre tetos frios, que  deve ser lançado em breve.  Em alguns estados, como São Paulo,  existe um projeto que prevê a obrigatoriedade do uso desse tipo de  medida. O PL 615/2009, do vereador Antonio Goulart (PMDB), prevê a  pintura dos telhados de casas na cor branca, de modo a reduzir os  efeitos do aquecimento global. "O principal benefício está na  redução no gasto de energia para o resfriamento dos imóveis, pois a cor  branca reflete mais luz solar e absorve menos calor. A maioria dos  telhados é de cor escura e emite somente 20% da luz do sol", explicou o  autor do projeto, que foi aprovado em primeira votação na Câmara  Municipal de São Paulo em novembro de 2010, mas depende da segunda  votação para proceder com a sanção da Lei. De acordo com Goulart,  a solução pode ser aplicada em qualquer tipo de construção, desde casas  particulares e escolas até prédios residenciais e comerciais. A  proposta do vereador baseia-se na campanha One Degree Less, lançada no  Brasil, que têm como principal objetivo a diminuição de um grau Celsius  da temperatura do planeta. Esta ação trata de um programa criado pela  organização Green Building Council Brasil. Segundo pesquisadores  da Lawrence Berklay Laboratory, da Califórnia, nos Estados Unidos, o  monitoramento de 10 edifícios, nesta cidade e na Flórida, apontou que o  uso dos telhados frios poupa para moradores e proprietários, de 20% a  70% do uso de energia gasta com resfriamento.  "Os telhados pintados de  branco, ou de outra cor clara, possuem reflexão de 60% ou mais. Com  isso, os efeitos de incidência solar diminuiriam. Cada 100 metros  quadrados pintados, compensariam 10 toneladas de emissão de CO2.  Se em  20 anos todas as coberturas forem pintadas, teremos o efeito de tirar  metade dos carros que rodam em todo o mundo a cada ano deste programa",  destacou Goulart, baseado na pesquisa. "O principal benefício  está na redução no gasto de energia para o resfriamento dos imóveis,  pois a cor branca reflete mais luz solar e absorve menos calor. A  maioria dos telhados é de cor escura e reflete somente 20% da luz do  sol", diz vereador No Rio de Janeiro, a Assembleia Legislativa  aprovou projeto que prevê a implantação de telhados pintados de branco  nas novas habitações a serem construídas pela Companhia  Estadual de  Habitação (CEHAB-RJ). No entanto, o projeto foi vetado pelo governador  Sérgio Cabral e será apreciado pelo Plenário, que é soberano, podendo  ser derrubado. O autor do projeto, o deputado Luiz Paulo (PSDB-RJ),  destaca que os telhados brancos estão ligados diretamente à redução do  gasto com energia e à queda da temperatura ambiente. O deputado  do Rio de Janeiro contou que o projeto beneficiará não só os setores da  economia interessados na redução do consumo de energia elétrica, mas  também ambientalistas e setores como arquitetura e engenharia. "A cor  branca reflete mais luz e absorve menos calor solar. Sendo assim,  naturalmente, com os ambientes mais frescos, as pessoas podem reduzir o  uso do ar condicionado e do ventilador, fato relevante em países quentes  como o nosso e cuja matriz energética é composta, em sua maior  proporção, de fontes hídricas", explicou. Roberto Lamberts, da  UFSC, alerta sobre a importância de se analisar a durabilidade das  tintas com a ação do tempo, sobretudo pelo escurecimento dos telhados e,  consequentemente, com eficiência energética reduzida. "Estamos medindo a  absortância na hora de etiquetar os edifícios. Mas a degradação é uma  ponderação importante. Vamos ter que partir para uma regulamentação de  materiais que envolvam a análise da degradação com o tempo", observou.  Ele explicou que esse problema é bastante sério e ocorre,  principalmente, em locais com climas mais úmidos, como Belém (PA). Lamberts  ressaltou que os telhados brancos, assim como os verdes, têm efeito  positivo para a economia de energia elétrica. Ele lembrou que no projeto  Casa Eficiente, a Eletrobras Eletrosul obteve bons resultados de  redução no consumo de energia com a utilização desse tipo de telhado.  "Precisamos nos preocupar em ter tetos mais frios, para minimizar o  micro clima da cidade. Mas tanto o verde quanto o branco são soluções  interessantes", avaliou. "Temos que evoluir na certificação dos  produtos brancos de baixa absortância em termos de se prevenir contra a  degradação com o micro clima. Eles são mais importantes em superfícies  impermeáveis do que superfícies que absorvam água (como teto verde e  telha cerâmica). Não dá para aprovar lei que obrigue todo mundo a ter  teto branco", afirmou Lamberts. | 
Telhados brancos: uma solução contra aquecimento e consumo de energia
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