Sustentabilidade como pilar do Plano Nacional do Turismo

Ministro Gastão Vieira reforça a importância do meio ambiente como atrativo turístico brasileiro e ressalta a parceria entre os ministérios do Turismo e do Meio Ambiente




Brasília (DF) – O meio ambiente no turismo esteve em pauta na reunião de balanço da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), no Palácio do Itamaraty, nesta terça-feira (18). 

O ministro do Turismo, Gastão Vieira, destacou a natureza como um dos principais atrativos do Brasil e garantiu que o Plano Nacional do Turismo, em finalização, terá a sustentabilidade como um pilar.

"Turismo e Meio Ambiente andam juntos. As duas pastas têm ações conjuntas como o Passaporte Verde, que estimula o consumo consciente de nossos visitantes, mas queremos aprofundar os nossos esforços para ampliar os ganhos para o Brasil e o mundo", explicou Vieira. 

Cerca de 10% do território nacional é formado por parques naturais. Um levantamento feito pelo Fórum Econômico Mundial aponta o meio ambiente como o principal diferencial de competitividade do Brasil.

A ideia do trabalho conjunto entre os ministérios do Turismo e do Meio Ambiente é estimular a criação de planos de manejos para as áreas de preservação ambiental e, posteriormente, o uso de maneira responsável por parte dos cidadãos. 

O Parque Nacional do Iguaçu foi citado como exemplo. Foz do Iguaçu figura como o terceiro destino brasileiro mais visitado pelos turistas estrangeiros em 2011, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. Além do Passaporte Verde, MTur e MMA desenvolvem os projetos Turismo no Entorno e Turismo nos Parques.

Dia (19), Gastão Vieira e Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente, tiveram agenda comum para discutir iniciativas das pastas para os próximos meses.

ASCOM

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Saiba quais são as 07 empresas-modelo no combate ao aquecimento globlal




Os impactos ao meio ambiente causados pelas atividades das grandes companhias costumam ser comuns em todo o mundo. Contudo, algumas delas possuem políticas próprias que buscam mitigar esses efeitos, o que inclui a redução das emissões dos gases de efeito estufa (GEE), vilões do aquecimento global.

A cada ano, a campanha Climate Counts avalia as empresas globais por suas ações voluntárias para reduzir as emissões de GEE. São levados em conta, ao todo, 22 critérios numa escala de 0 a 100 pontos que compreendem o uso de energia limpa, o comprometimento com metas de descarbonização do processo produtivo e a publicação de relatórios de sustentabilidade. 

Veja a seguir quais são as empresas líderes em sete grandes setores, segundo o novo ranking.

Unilever - líder em produtos alimentícios
Pontuação: 91


unilever-t.jpgImagem: Divulgação


O estabelecimento de metas claras para reduzir o uso de energia da empresa, somado a medição anual do impacto da companhia no aquecimento global, rendeu a pontuação elevada à Unilever. A transparência da empresa acerca das informações prestadas também teve papel de destaque.
Nike - líder em acessórios e vestuário esportivo
Pontuação: 89


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Foto: Divulgação

A consciência sobre as mudanças climáticas na Nike começa dentro da própria multinacional, que trabalha o tema entre os funcionários. A empresa também tem metas para reduzir sua pegada ecológica e torna público todos os seus esfoços no combate às emissões de gases efeito estufa.

UPS - líder em remessa expressa
Pontuação: 89


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Foto: Getty Images

Líder do setor na mitigação de impactos do seu processo, a UPS faz o registro das emissões de gases efeito estufa desde 2002 - esse segmento de atuação tem um impacto considerável no clima, especialmente na temporada de festas, como o mês de dezembro. Por meio de sistemas mais eficientes em energia, a empresa vem atingindo suas metas.
L'Oreal - líder em cosméticos
Pontuação: 87



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Foto: Divulgação


A L'Oreal se destaca, de acordo com o relatório, pela forte defesa de uma política pública abrangente que aborde as mudanças climáticas e que garanta a redução das emissões de gases de efeito estufa, além do aumento de fontes renováveis.
Electrolux - líder em aparelhos eletroeletrônicos
Pontuação: 87


electrolux-t.jpgFoto: Divulgação

Segundo o Climate Counts, AB Electrolux estabeleceu metas claras para reduzir o uso de energia da empresa e sua pegada climática. 
A empresa é seguida no setor pela LG Electronics e a Whirlpool.

IBM - líder em tecnologia
Pontuação: 86


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Foto: Divulgação


Desde a redução de emissões em seus processos de produção, à fabricação de produtos que consomem menos energia e reciclagem de materiais obsoletos, o setor de tecnologia da informação é um dos mais adiantados do mundo no combate às mudanças climáticas. Segundo o ranking, a líder IBM é seguida da Siemens e da Nokia.
Bank of America - líder em instituições financeiras 
Pontuação: 86


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Foto: Getty Images


De acordo com o estudo, o Bank of America completou um inventário abrangente da sua parcela de impacto sobre o aquecimento global e trabalha com metas bem definidas para reduzir suas emissões. Em segundo lugar aparecem o Deutsche Bank e o Citigroup.



Empresas de óleo de cozinha, baterias e filtros automotivos assinam termo de compromisso para coleta de resíduos

Fernanda Cruz

Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Associações brasileiras de óleo vegetal, baterias e filtros automotivos assinaram no dia (20/12) um termo de compromisso com o governo do estado de São Paulo em que se responsabilizam pela coleta de resíduos de seus produtos nos municípios paulistas.

De acordo com o secretário do Meio Ambiente do estado, Bruno Covas, a ação demonstra o amadurecimento do setor produtivo, que entendeu a importância de se investir no destino final dos resíduos sólidos. “A gente tinha uma cadeia produtiva linear. 

O produto era criado, consumido e jogado fora. A gente está, aos poucos, introduzindo uma cadeia produtiva circular. Esse produto, depois de ser utilizado, é reaproveitado e com apoio e financiamento da própria indústria”, declarou.

O termo foi assinado também pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e a Associação de Empresas de Filtros e seus Sistemas Automotivos e Industriais (Abrafiltros).

No caso da Abiove, que representa empresas responsáveis pelo processamento e fabricação do óleo de cozinha, haverá ampliação do número de pontos de coleta já existentes, passando dos atuais 800 locais de recolhimento para cerca de 1.000 em todo o estado. 

Segundo Bernardo Machado Pires, diretor de Sustentabilidade da Abiove, a ideia é aumentar para 900 pontos, em um prazo de dois a três anos, e chegar a 1.000 em, no máximo, quatro anos.

Bernardo destacou também a criação do site www.oleosustentavel.org.br para orientar os consumidores sobre os pontos de entrega mais próximos.


“Toda indústria que fabrica produtos que tenham impacto ambiental têm a responsabilidade, compartilhada com os governos, de ajudar a trazer de volta esses resíduos”, disse.

Após a coleta do óleo, organizações não governamentais (ONGs) cadastradas se encarregam do reaproveitamento do material. “O óleo é muito usado para biodiesel, tintas, vernizes e sabão. 

Tem muitas comunidades que usam esse óleo e até têm um bom retorno econômico. Uma boa alternativa de trabalho e renda para as comunidades mais pobres”, disse Bernardo.

Já a coleta dos filtros automotivos usados, feita pela Abrafiltros, teve início em julho deste ano, como forma de teste, em um grupo de cerca de dez municípios do estado. Segundo João Moura, presidente da associação, o recolhimento tem sido feito nos postos de combustíveis, de onde os filtros são enviados para usinas de processamento. 

“Lá, sofrem uma lavagem inicial e depois são triturados. A chapa é separada do resíduo do meio filtrante, que são papéis, cola, borracha e plástico que determinados filtros usam. Depois, são compactados e a chapa é enviada para a usina e os resíduos de papel, borracha, plásticos seguem como componente energético em cimenteiras”, disse.

Ao contrário do óleo, que tem custo baixo para reciclagem, os filtros exigem maior investimento das empresas fabricantes. “Para o nosso setor é um custo muito representativo, porque o filtro é um dos poucos que você não pode reaproveitar. O único benefício é para o meio ambiente”, declarou Moura.

André Luis Saraiva, diretor de Responsabilidade Socioambiental da Abinee, informou que, no setor de baterias automotivas, a logística reversa já é uma realidade. 

“Hoje, esse segmento recicla 98% do volume comercializado”, disse. Segundo Saraiva, sempre que um consumidor vai a uma autoelétrica trocar a bateria do carro, ele entrega o produto antigo ao revendedor que o repassa para a destinação correta.

A importância da assinatura do acordo de hoje, de acordo com o diretor da Abinee, está na fiscalização do cumprimento da lei. “A Cetesb pode ampliar a sua margem de ver quem não está cumprindo o acordo. As empresas que não estiverem cumprindo sofrerão as sanções que a lei prevê”, disse.

De acordo com o secretário do Meio Ambiente, os próximos setores a adotarem o sistema de logística reversa são o de lâmpadas fluorescentes e de embalagens de alimentos e bebidas. “Vamos chegar em um futuro, espero não muito longe, em que as indústrias que não tiverem o seu plano de logística reversa não vão poder comercializar no estado de São Paulo”, disse.

Edição: Lílian Beraldo

Curitiba dá exemplo de sustentabilidade através do Programa Biocidade

Por: http://www.ciclovivo.com.br
Curitiba é a sétima maior cidade do Brasil, com 1.828.092 habitantes espalhados por 432,17 km². O grande contingente populacional fez com que os representantes se preocupassem em criar maneiras de manter a biodiversidade da região. 


Foi assim que surgiu o Programa Biocidade – Biodiversidade Urbana, que busca adequar o crescimento populacional com a preservação das espécies nativas.

Para atingir seus objetivos, o programa conta com trabalhos de revitalização de rios, alternativas sustentáveis de mobilidade urbana e incentivo à preservação de áreas naturais particulares.

Há 40 anos a cidade de Curitiba vem seguindo um planejamento estratégico e a conservação ambiental é um dos pilares fundamentais para que o plano se concretize. 

O Programa Biocidade foi lançado em 2007 e, desde então, tem trabalho com diferentes projetos que abordam as questões urbanas e diversas soluções inovadoras para a área de gestão ambiental.

A prefeitura da cidade envolveu toda a região da Grande Curitiba em trabalhos separados por segmentos. 

O Projeto Plantas Nativas Ornamentais busca resgatar a vegetação nativa regional, para isso foram selecionadas 25 espécies que têm sido multiplicadas e plantadas em parques, bosques, escolas e jardins. 

O Projeto Fauna Exótica realiza um trabalho parecido, porém é destinado à identificação e preservação de espécies animais nativas e exóticas.

A cidade investiu pesado nos futuros cidadãos, com o Projeto de Educação Ambiental. Através do apoio de cem mil pessoas, entre elas, escoteiros, paisagistas, guias turísticos, jardineiros e empresários, Curitiba conseguiu levar a educação ambiental às escolas públicas e à comunidade em geral. 

O trabalho contou com a distribuição de cartilhas informativas, que informam sobre a diversidade da vida no ecossistema urbano. As escolas receberam atividades de leitura, teatro, trilhas em parques e bosques, palestras e trabalhos de jardinagem, feitos na própria escola.

Os trabalhos com reciclagem na cidade têm mostrado evoluções significativas. Diariamente, Curitiba recolhe 600 toneladas de lixo reciclável. Devido à alta quantidade de resíduos, foram criados cinco parques de triagem e reciclagem e, nos próximos dois anos, serão construídos mais 20 centros com esse perfil. 

O óleo de cozinha e os pneus receberam tratamento especial no Programa. A cada dois litros de óleo de cozinha entregues ao serviço de coleta, o cidadão recebe um quilo de alimento. 

A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos instalou em Curitiba uma central de recolhimento de pneus usados, onde o material é reaproveitado ou transformado em material energético para indústrias.

Por que Nantes é a capital europeia verde de 2013

POR EDG.CCOUTO


Todos os anos, no mês de dezembro, a Comissão Europeia escolhe uma cidade da União Europeia para ser a capital verde do ano seguinte. Em 2012, foi a cidade espanhola Vitoria-Gasteiz. 

Para representar a região em 2013, a escolhida foi Nantes, na região oeste da França, historicamente conhecida pela vocação econômica para a navegação e a construção de embarcações e por ser a terra natal do escritor Julio Verne.

A eleição das cidades não é feita aleatoriamente. Acontece depois de um longo processo de análise dos projetos apresentados pelas candidatas, que devem contemplar um bocado de critérios: 

resposta às mudanças climáticas, 
transporte público, 
quantidade de áreas verdes, 
uso da terra, 
cuidado com a biodiversidade, 
qualidade do ar, poluição sonora, 
redução do consumo de água e da geração de lixo, 
tratamento de água e de esgoto, 
gestão pública afinada com a sustentabilidade e disseminação das boas práticas.

Nantes foi escolhida especialmente por seus planos para as áreas de mudanças climáticas, transporte, água e biodiversidade. Segundo Kaid Benfield, ambientalista e colunista do site Sustainable Cities Collective, a aposta em transformar a cidade usando ideias e tecnologias sustentáveis tem sido a saída para movimentar a economia local, já que o negócio da construção de navegações praticamente não existe mais em Nantes.

Veja, abaixo, os planos da cidade para os próximos anos:

- Ficou determinada a meta de diminuir as emissões de gases de efeito estufa da cidade (atualmente com 600 mil habitantes) em 30% até 2030, em relação aos níveis de 1990. Um grupo de quinze profissionais está montando a estratégia para conseguir cumprir o combinado.

- Nantes foi a primeira cidade da França a reintroduzir os bondes elétricos, que substituem ônibus movidos a diesel. Até 2015, os administradores querem chegar a 100% do transporte público adaptado para pessoas com deficiência física.

- Desde 2001, a cidade conseguiu reduzir o uso de automóveis por uma única pessoa, ao mesmo tempo em que a bicicleta, a caminhada e a carona solidária ganharam espaço entre os meios de locomoção.

- A prefeitura de Nantes pretende transformar 350 hectares terra na região de Ile de Nantes, hoje tomados por galpões industriais abandonados, em um bairro verde para 20 mil habitantes. A ideia é erguer um bairro com diversos usos e classes sociais. 

Estão previstos espaços culturais, um distrito artístico, áreas para demonstração de tecnologias verdes inovadoras, novos bondes e ônibus, tudo combinado para estimular os moradores não só ao convívio, mas às caminhadas. 

Outra curiosidade será a estratégia para garantir a diversidade cultural: 25% das novas residências terão preços subsidiados, e outros 25% serão vendidas a preços se não subsidiados, moderados. O restante será vendido pelo preço de mercado.

- Ile de Nantes também contará com instalações para compostagem (técnica que transforma resíduos orgânicos em adubo para plantas), um sistema de gerenciamento de água moderno, uma estação solar de geração de energia elétrica, além de ciclovias.

- O projeto apresentado à Comissão Europeia tem ainda uma característica pouco comum: a intensa participação da população na elaboração do plano para a cidade. Cada residência recebeu um questionário com perguntas relacionadas aos sonhos, preocupações, visões e dúvidas dos cidadãos. Um total de 12 mil pessoas responderam. Houve a possibilidade também de discutir o rumo da cidade em eventos e no site criado para receber posts dos cidadãos.

- Projeto Estuário – Desde 2007, a cidade tem convidado dezenas de artistas (38, até 2012) para criarem instalações ao longo dos 60 quilômetros que ligam as cidades de Nantes e Saint-Nazaré, no estuário de Loire. 

A ideia é criar uma identidade para a região, formada por 12 municípios, e que cada obra chame a atenção para diferentes traços locais, seja um local com grande beleza natural, um símbolo cultural regional ou a relevância do próprio estuário.

Nos Estados Unidos e na Europa, muitos prefeitos já descobriram que tornar sua cidade um “brinco” de sustentabilidade pode trazer muitas vantagens econômicas (além das políticas): 
geração de empregos, de negócios relacionados ao turismo, de investimentos de empresas interessadas em desenvolver ou testar tecnologias verdes (há cada vez mais delas), 
redução dos gastos com saúde pública graças à diminuição da poluição do ar e ao estímulo para que os cidadãos façam exercícios físicos, 
além de vantagens ainda sem valor econômico, como satisfação e bem-estar. 

Algum prefeito aqui se candidata a fazer o mesmo?

*Quem quiser mais informações sobre a cidade, vai encontrar no site de turismo de Nantes e no do projeto Estuário.

NOVO MINEIRÃO: OBRA VERDE EM BUSCA DA CERTIFICAÇÃO LEED

Reaproveitamento de entulho, coleta seletiva de lixo, lava-rodas e instalação de usina de energia na cobertura são algumas das ações sustentáveis na obra do estádio
Foto: Rodrigo Lima/Portal da Copa/ME/Dezembro de 2012

As obras de reforma e modernização do Mineirão tiveram início em janeiro de 2010. Desde o início, os trabalhos foram pautados por noções de sustentabilidade, com objetivo de diminuir o impacto ambiental e compensar o meio ambiente.

Para isso, diversas medidas foram adotadas no processo de reforma, a começar pela escolha dos produtos. Qualquer tinta que não fosse à base de água, por exemplo, não foi usada. Foi organizado um sistema de coleta seletiva de lixo e armazenamento de resíduos sólidos.

Houve reaproveitamento de 90% dos entulhos. A terra que foi retirada para o rebaixamento do campo foi usada em obras de mobilidade e também doada para preencher cavas de mineradoras. 

O concreto foi destinado à pavimentação de ruas. Ginásios e estádios mineiros receberam as antigas cadeiras do estádio. O gramado foi reutilizado em um projeto de inclusão social do governo de Minas.


As madeiras retiradas do entorno foram reaproveitadas por artesãos mineiros na produção de arte popular. O reuso da água conta com o auxílio de um reservatório para seis milhões de litros. 

 Em caso de estiagem de três meses, a quantidade é suficiente para uso em descargas dos sanitários, irrigação do gramado e jardins e para limpeza das áreas externas.

Controle da poeira
A emissão de poeira foi controlada: caminhões-pipa umidificaram a terra ao longo da obra. Enquanto isso, nos portões de saída de veículos pesados foi utilizado o “lava-rodas”, que retirava o barro e a sujeira das rodas e máquinas de caminhões, para manter limpas as ruas do entorno.

Geração de energia
Uma usina fotovoltaica foi instalada na cobertura do estádio, capaz de captar energia solar e transformá-la em energia elétrica. As placas têm potência de 1,6 megawatt, suficiente para 1.200 residências de médio porte.

A iluminação do estádio tem como características a alta eficiência e o baixo consumo, com sistema elétrico inteligente. 

“O Mineirão nos dá uma lição no sentido de que é possível transformar o antigo no novo sem agredir o ambiente”, disse Ricardo Barra, diretor-presidente do Consórcio Minas Arena, responsável pela reforma do Mineirão e pela operação do estádio por 25 anos.

Com todas as iniciativas, o estádio almeja alcançar o certificado LEED (Leadership in Energy na Enviromental Design) na categoria “Nova Construção e Renovação Principal”, concedida a projetos de reconstrução. 

Quem concede a certificação é o U.S. Green Building Concil.

Demolição
Como a fachada do estádio foi preservada, deixou-se de produzir bastante entulho. 

Se o Mineirão fosse demolido, a estimativa é de que fossem descartados 32.500 metros cúbicos de concreto, referentes a pórticos, paredes, cobertura antiga e arquibancadas em geral, além de 3.610 toneladas de aço.

Empresa cria faixa de pedestres que acende quando atravessada

Idealizada por uma criança, a iniciativa busca tornar os cruzamentos mais seguros

É uma coisa rara de acontecer, mas assim que um pedestre põe os pés na faixa, todos os carros deveriam parar. 

Uma boa iniciativa vinda da Holanda pode evitar que os motoristas usem a desculpa do “fingiu que não viu” e, ao mesmo tempo, convencer os pedestres a atravessarem sempre no lugar certo. 

A empresa norte-americana IBM criou uma faixa de pedestres que acende quando atravessada.

A ideia surgiu quando a empresa buscava soluções para chegar a um conceito de “Smarter Planet”, ou Planeta Inteligente, em português. 

Diante da falta de criatividade de suas equipes de comunicação, a IBM decidiu perguntar a uma série de crianças como o nosso planeta poderia ser mais inteligente de forma simples e convincente.

As crianças, dentre outras ações originais, pensaram em como fazer um cruzamento mais seguro. 

Para incentivar que motoristas e pedestres respeitassem as faixas, bastava chamar mais atenção para elas. 

E por que não se elas emitissem luz?

A ideia foi colocada em prática em uma das ruas mais movimentadas de Roterdã. O resultado pode ser conferido no vídeo a seguir.



Brasileiro pode ter desconto na conta de luz se gerar energia renovável

Resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que entrou em vigor na segunda-feira (17) permite aos consumidores brasileiros gerar energia elétrica em casa a partir de fontes renováveis, com o objetivo de baratear a conta de luz, e ainda integrá-la à rede elétrica comum.



A medida, aprovada em abril deste ano, é válida para geradores domésticos que utilizem fontes como pequenas centrais hidrelétricas, matrizes eólica (ventos), solar ou biomassa. A regra vale para a microgeração (até 100 kW) e minigeração (até 1 MW).

Com isso, a energia excedente produzida por moradias que, por exemplo, tenham painéis solares instalados, poderão fornecer eletricidade para a rede distribuidora. O consumidor receberá um crédito que poderá ser abatido na conta de luz em um prazo de 36 meses.

De acordo com a Aneel, a geração de energia elétrica próxima ao local de consumo ou na própria instalação consumidora pode trazer uma série de vantagens sobre a geração centralizada tradicional, como, por exemplo, economia nos investimentos de transmissão, redução das perdas nas redes e melhoria na qualidade do serviço de energia elétrica.

De acordo com Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de energias renováveis da ONG Greenpeace, a iniciativa será positiva no aspecto ambiental e também será boa para melhorar a eficiência energética do país, já que a geração de energia no local de consumo poderá evitar perdas na transmissão. 

“É uma complementação para o sistema, que depende apenas das hidrelétricas”, explica.

Ele afirma também que a resolução poderá baratear o custo das fontes renováveis no país. Segundo ele, atualmente um sistema domiciliar para gerar energia com a luz do sol pode custar cerca de R$ 20 mil.

Alemanha – Em países da Europa, como a Alemanha, o sistema de geração de energia doméstica já existe há alguns anos. Em 2011 o G1 visitou a cidade de Freiburg, onde está localizado o bairro de Vauban, considerado um exemplo do que se chama “viver com sustentabilidade”.

Os imóveis locais, construídos para consumirem pouca energia elétrica, funcionam como uma pequena usina geradora de energia. Placas de captação de luz solar foram instaladas no telhado e suprem o consumo interno. O excedente é redirecionado para a rede pública.

De acordo com a empresa de planejamento urbano de Freiburg, para cada kWh de energia elétrica produzido, o governo paga 0,30 centavos de euro. Esse subsídio é garantido por 30 anos. Durante um ano, esses imóveis produzem o dobro de energia que consomem.

A Alemanha procura ainda aumentar a participação da geração de energia de biomassa, devido ao seu custo mais baixo. 

Enquanto se gasta 10 mil euros para instalar placas de captação de luz solar para aquecimento de água e do ambiente interno da residência, uma miniusina de biomassa movida a pellets (pequenos pedaços de madeira) custaria 7 mil euros.

Transmissão problemática – O desperdício de energia no Brasil é duramente criticado por organizações não governamentais brasileiras. De acordo com um relatório publicado no mês passado, o país tem registrado grandes perdas de quantidades de energia elétrica devido a problemas no sistema de transmissão elétrico.

Baseado em dados Tribunal de Contas da União (TCU), o documento diz que em 2004 as perdas técnicas (causadas pelas peculiaridades do sistema) e comerciais (por exemplo, instalação de “gatos”) de energia no país foram de 20,28% do total gerado.

O índice supera em muito os registrados em países vizinhos como Chile (5,6%) e Colômbia somadas (11,5%%) no mesmo período. Ainda segundo o relatório, tais perdas teriam causado um reajuste de ao menos 5% na tarifa ao consumidor.

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a perda técnica é inevitável e está associada ao processo de transmissão. Segundo o órgão, o aquecimento dos cabos durante as transmissões provoca tais extravios, considerados naturais e com índices que se igualam a padrões mundiais.

Segundo a Aneel, entre 2007 e 2010 as perdas técnicas de energia no país atingiram índice de 7%. A Aneel não divulgou o percentual de perdas comerciais para o mesmo período. 

(Fonte: Eduardo Carvalho/ Globo Natureza)

O desafio brasileiro de colocar todas as crianças e adolescentes na escola

A pesquisa Iniciativa Global pelas Crianças Fora da Escola, divulgada pelo Unicef e pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, mostra que 3,7 milhões de crianças e adolescentes brasileiros ainda estão fora da escola.
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Até 2015, o Brasil precisará colocar esse contingente no ensino fundamental para cumprir o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio 2 – Educação Básica de Qualidade para Todos. 

O estudo conclui que, no que tange ao acesso e à permanência das crianças na escola, reduzir as desigualdades ainda é o principal desafio. 

O Brasil possui quase 40 milhões de brasileiros entre 4 e 17 anos, 10% dos quais ainda estão fora da escola. 

O Unicef ressalta também que ainda há 4,3 milhões de crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos que trabalham em média 26 horas semanais, fato apontado como o principal motivo da desistência de completar os estudos. 

No que tange ao ensino médio, dos 11 milhões de estudantes matriculados no país todo, quase 3 milhões (24,2%) estão com idade superior à recomendada para frequentar esse nível de ensino. 

Ao final do estudo, o Unicef encaminha ainda uma série de sugestões de medidas para atuação do Estado, tais como: 

controle social do financiamento à educação; 
garantia de acesso a serviços públicos básicos para incentivar a permanência na escola; 
acesso à cultura, ao esporte e ao lazer; 
valorização do profissional da educação; e fim do trabalho infantil.

O consumo no fim de ano: Atitudes simples contribuem para redução do impacto ambiental em casa e no trabalho



Sacolas retornáveis: bom exemplo de consumo sustentável.

As festas de fim de ano representam uma ótima oportunidade para colocar em prática ações de consumo sustentável, pois é o período de grande movimento do mercado consumidor. 

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) aproveita para orientar a população sobre mudanças simples de atitude que ajudam a reduzir o impacto ambiental. 

Evitar o desperdício, privilegiar os produtos duráveis e não os descartáveis, reutilizar e reciclar os resíduos, são exemplos de atitudes que podem ser tomadas durante as comemorações de fim de ano e que contribuem para reduzir os impactos negativos no meio ambiente.

“Consumo sustentável não significa não consumir, mas sim consumir diferente, tendo consciência de que todas as ações geram um impacto no planeta”, destaca a gerente de Projetos da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC) do MMA, Fernanda Daltro. 

É importante atentar ao consumo exagerado nessa época do ano. Uma boa dica é fazer uma lista de compras para adquirir o que é realmente necessário, além de ler atentamente os rótulos. 

Outra é buscar saber sobre a cadeia produtiva, ou seja, conhecer a história do produto e das empresas envolvidas no processo. Isso vale também na hora de comprar os presentes de Natal. 

É interessante conhecer a procedência dos produtos das empresas escolhidas, privilegiando as com responsabilidade socioambiental, e também evitando embalagens em excesso.

SOBRAS

Na hora da ceia, deve-se evitar desperdício na compra dos itens e sobras no preparo dos pratos. Deve-se dar preferência aos alimentos produzidos localmente, priorizando os sem agrotóxico. 

Para transportar os itens, a sugestão é não usar saquinhos plásticos descartáveis e privilegiar as sacolas duráveis e retornáveis. Ao descartar, é bom separar o lixo, praticando a coleta seletiva.

Nessa época do ano, usa-se muitas luzes na decoração de residências e locais de trabalho. É importante consumir energia com consciência. A orientação é desligar todos os equipamentos que não estiverem em uso, sempre que possível dar preferência à luz natural, apagar iluminação e aparelhos de ambientes que não estiverem sendo utilizados e procurar utilizar equipamentos mais econômicos.

Todas essas ações estão relacionadas ao Plano de Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS), do Ministério do Meio Ambiente – um documento lançado em 2011 que articula as ações de governo, do setor produtivo e da sociedade por um Brasil com padrões mais sustentáveis de produção e consumo. Dentre os objetivos do PPCS, está a promoção da educação para o consumo sustentável.

Texto de Tinna Oliveira, do MMA, publicada pelo EcoDebate

Lactec é habilitado como Instituição Técnica Avaliadora para a construção civil


O credenciamento é resultado de uma ação conjunta da Fiep, através do conselho setorial da Construção Civil, e do Senai. Medida facilita o processo de certificação dos processos construtivos das empresas
Anteriormente os processos de certificação tinham que ser feitos em São Paulo, o que levava até um ano (Foto: Gilson Abreu)







As empresas do setor de construção civil do Paraná terão mais facilidade e rapidez para obter as certificações necessárias para utilização de métodos construtivos inovadores, como aqueles usados no programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal.

Na última quinta-feira (13), a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades conferiu ao Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) o título de Instituição Técnica Avaliadora (ITA). Com isso, as empresas do Estado têm uma opção mais próxima para certificar seus produtos.

Até então, o local mais próximo para a realização destes serviços era São Paulo. A medida também beneficia as empresas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

A ITA paranaense responde a um anseio antigo do setor de construção civil do Paraná. A articulação para o credenciamento da instituição paranaense foi realizada em conjunto pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), através do seu conselho setorial da Construção Civil, e pelo Senai.

“Apoiamos esta iniciativa desde o início. Buscamos a articulação com os departamentos regionais do Senai do Sul para não haver risco de sobreposição de funções com Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, explica o diretor regional do Senai no Paraná, Marco Secco.

Através de um convênio entre o Senai e o Lactec, os testes laboratoriais para emissão de certificados serão realizados nos laboratórios do Lactec em Curitiba e nos laboratórios do Senai em Ponta Grossa, Maringá e Cascavel.

O trabalho conjunto das instituições possibilitará ensaios de controle de qualidade dos materiais e de avaliação do desempenho do sistema construtivo.

Para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR) e coordenador do conselho setorial da Construção Civil da Fiep, Normando Baú, esta conquista é fruto de um trabalho conjunto que vem sendo desenhado há mais de um ano.

“Um dos grandes desafios para o Brasil é aumentar o volume de produção de moradias. Para tanto, a construção precisa investir cada vez mais em sistemas construtivos e soluções inovadoras. Não podemos mais pensar em edificar empilhando tijolos”, disse Baú.

Segundo ele, para certificar estas novas tecnologias, que respeitam o meio ambiente, atribuem maior velocidade e mais qualidade às edificações, o setor estava refém de poucos institutos avaliadores, localizados em outros estados, e que demoram quase um ano para emitir um parecer. 

“A expectativa é que com a habilitação do Lactec como ITA este processo ganhe celeridade, beneficiando milhares de empresas instaladas no Sul do País”, afirmou Baú.

Mais empresas da bolsa fazem relatórios de sustentabilidade


Mais de 57% das companhias listadas na BM&FBOVESPA participam da iniciativa Relate ou Explique, que exige a publicação de seus relatórios de sustentabilidade

Débora Spitzcovsky, do 

BM&FBovespa: ideia é facilitar o acesso dos stakeholders - sobretudo dos investidores e analistas - às práticas de sustentabilidade das empresas listadas na BM&FBOVESPA
São Paulo - A porcentagem de empresas listadas na BM&FBOVESPA que aderiram ao Relate ou Explique cresceu de 45,31% para 57,95% em, apenas, cinco meses. 
Lançada neste ano de 2012 em função da Rio+20, a iniciativa cobra das companhias a publicação de seus relatórios de sustentabilidade ou, então, uma explicação de por que ainda não produzem o documento.
A ideia é facilitar o acesso dos stakeholders - sobretudo dos investidores e analistas - às práticas de sustentabilidade das empresas listadas na BM&FBOVESPA, dando maior transparência ao mercado e incentivando cada vez mais companhias a aderiram à prática.

Por enquanto, tem funcionado: o número de empresas participantes do Relate ou Explique aumentou de 203, em maio - quando a iniciativa foi lançada -, para 253, em outubro. Atualmente, cerca de 435 empresas estão listadas na BM&FBOVESPA.

Para facilitar a consulta dos stakeholders às informações, a organização disponibiliza em seu site uma tabela que revela, em ordem alfabética: 

- os links dos relatórios de sustentabilidade das empresas que já produzem o documento; 

- as explicações das companhias que ainda não aderiram à prática e 

- o nome das empresas que se recusaram a dar qualquer explicação a respeito do assunto.

Sustentabilidade será destaque nos planos do MTur

O ministro do Turismo, Gastão Vieira, destacou a natureza como um dos principais atrativos do Brasil e garantiu que o Plano Nacional do Turismo 2012-2015, em finalização, terá a sustentabilidade como um dos pilares. 

O anúncio foi realizado durante reunião de balanço da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) em Brasília ontem.


“Turismo e Meio Ambiente andam juntos. As duas pastas têm ações conjuntas, como o Passaporte Verde, que estimula o consumo consciente de nossos visitantes, mas queremos aprofundar os nossos esforços para ampliar os ganhos para o Brasil e o mundo”, explicou Vieira. 

Cerca de 10% do território nacional é formado por parques naturais. 

Um levantamento feito pelo Fórum Econômico Mundial aponta o meio ambiente como o principal diferencial de competitividade do Brasil.

A ideia do trabalho conjunto entre os ministérios do Turismo e do Meio Ambiente é estimular a criação de planos de manejos para as áreas de preservação ambiental e, posteriormente, o uso de maneira responsável por parte dos cidadãos. 

O Parque Nacional do Iguaçu foi citado como exemplo. Foz do Iguaçu figura como o terceiro destino brasileiro mais visitado pelos turistas estrangeiros em 2011, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.

Vieira e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, terão agenda comum para discutir iniciativas das pastas para os próximos meses.

Capital Verde Europeia de 2013, Nantes tem foco no transporte sustentável

EcoD

Nantes estimula o transporte público e o uso das bicicletas, 
em vez dos carros / Foto: jean-louiszimmermann

Uma cidade que estimula a redução do uso dos carros no centro urbano, a promoção do transporte público, das bicicletas e de mais qualidade de vida para os pedestres. 

Assim é Nantes, na França, nomeada Capital Verde Europeia de 2013, conforme divulgaram os pesquisadores da Plataforma de Cidades Sustentáveis.

A cidade foi a primeira na França a reintroduzir os bondes elétricos de forma bem sucedida, esforço que será mantido e reforçado com o investimento para o aumento da quantidade de linhas e para a melhoria da qualidade de serviço de ônibus e de infraestrutura cicloviária.

95% dos habitantes possuem acesso ao transporte público a menos de 300 m de suas casas

Ambiciosa, a política de transportes mostra melhorias na redução da poluição do ar e nas emissões de CO2, principal gás de efeito estufa e vilão das mudanças climáticas. Todos os indicadores de poluição atmosférica (NO2, PM10 e O3) estão abaixo dos valores-limite. Essa política, junto a um plano climático local, tem reduzido as emissões para 4,77 toneladas per capita.

Qualidade do ar e coleta seletiva

A cidade também tem disponível todas as informações locais referentes à qualidade do ar e à poluição sonora (Les Cartes de Bruits) georreferenciadas, que auxiliam no planejamento local e nas intervenções para melhorias da qualidade de vida.

Nantes possui, ainda, um sistema de coleta seletiva porta-a-porta nas áreas urbanas densas. Desde 1999, nenhum resíduo biodegradável é destinado ao aterro e a taxa de reciclagem em 2009 era de 38%, reduzindo, também, a incidência dos resíduos incinerados.

Entre os principais objetivos de Nantes para os próximos anos destacam-se a implantação uma política de planejamento do território da cidade, promovendo o acesso aos serviços públicos de forma igualitária, garantindo melhor qualidade de vida à população; e elevar a consciência dos moradores sobre a prevenção dos resíduos, além de promover adaptações dos serviços públicos, reduzindo a produção de resíduos domésticos.

Resultados de Nantes:
2007: A metrópole de Nantes lança um Plano Climático que visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 30% até 2020 e em 50% até 2025;

2010: Lançamento do Workshop Clima, que busca mobilizar moradores da metrópole para enfrentar este desafio;

95% dos habitantes possuem acesso ao transporte público a menos de 300 m de suas casas;

Todos os habitantes possuem acesso a uma área verde a menos de 300 m de suas casas;

O total de áreas verdes é de 3.366ha, representando 57m² por habitante;

60% do território são constituídos por áreas verdes, naturais ou destinadas para a agricultura, estimulando a conservação e a produção local;

Em 2008, a relação de coleta seletiva foi de 53kg/habitante/ano;

Gestão sustentável da água: sem contaminação por pesticidas, economia na produção no sistema, redução do consumo, melhoramento dos ambientes aquáticos, análise sobre riscos de inundação e uso da água de chuva.

Fonte:(EcoD)

O Canto da Cidade de Jaime Lerner




Speakers Jaime Lerner: City evangelist



From building opera houses with wire to mapping the connection between the automobile and your mother-in-law, Jaime Lerner delights in discovering eccentric solutions to vexing urban problems. In the process he has transformed the face of cities worldwide.

Why you should listen to him:

For many city governments seeking visible improvements in their congested streets, the pace of change is measured in months and years. For Jaime Lerner, it's measured in hours. 

As mayor of Curitiba, he transformed a gridlocked commercial artery into a spacious pedestrian mall over a long weekend, before skeptical merchants had time to finish reading their Monday papers. 

Since then he's become a hero not only to his fellow Brazilians, but also to the growing ranks of municipal planners seeking greener, more sustainable cities. 

His dictum that "creativity starts when you cut a zero from your budget" has inspired a number of his unique solutions to urban problems, including sheltered boarding tubes to improve speed of bus transit; a garbage-for-food program allowing Curitibans to exchange bags of trash for bags of groceries; and trimming parkland grasses with herds of sheep.

In addition to serving three terms as mayor of Curitiba, Lerner has twice been elected governor of Parana State in Brazil. His revolutionary career in urban planning and architecture has not only improved cities worldwide, but has also brought him international renown. Among his many awards are the United Nations Environmental Award (1990), the Child and Peace Award from UNICEF (1996), and the 2001 World Technology Award for Transportation.


"Lerner is a longtime proponent of what might be called "blitz urbanism": the rapid, workable improvement that does an end run on bureaucrats and doubters"Justin Davidson, Newsday

Pecuária é setor com maior potencial para emprego verde

Carolina Sarres, da Agência Brasil


A pecuária é o setor com o maior potencial para empregos verdes, tanto do ponto de vista ocupacional (o tipo de atividade dos trabalhadores) quanto do setorial (relativo ao que é produzido pelo setor). 

Mais de 85% dos postos nessa área têm a possibilidade de minimizar os impactos no meio ambiente de alguma forma, o que corresponde a cerca de 432 mil empregos, dos mais de 504 mil empregos totais no setor. 

Os dados são do estudo Radar: Tecnologia, Produção e Comércio Exterior, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta segunda-feira (17).

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), os empregos verdes são aqueles que contribuem para preservação ou recuperação do meio ambiente. 

As atividades são voltadas à proteção de ecossistemas e da biodiversidade com a redução do consumo de energia, de materiais e de água por meio de estratégias de eficiência.

De um modo geral, o Ipea identificou que as áreas em que há maior possibilidade de geração de empregos verdes são as relacionadas à agricultura ou a algum tipo de atividade no meio rural, como lavouras permanentes, temporárias e a floricultura – todos grupos citados no estudo.

No Brasil, há cerca de 3 milhões de empregos verdes, 6,6% do total de postos formais, segundo o Departamento de Criação de Empregos e Empresas Sustentáveis da Organização Internacional do Trabalho (OIT). 

Segundo o Ipea, a organização internacional estima que esses trabalhos cresçam mais rapidamente do que os demais no mercado brasileiro. A oferta dos postos aumentou 26,7% nos últimos cinco anos, contra alta de 25,3% em outros setores.

No estudo, o instituto ainda utilizou informações da Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade (Abraps), cujos dados apontam que 26% das instituições pesquisadas pretendem aumentar o quadro de profissionais de sustentabilidade ainda em 2012.

Diferentemente dos setores com potencial verde, os relacionados à fabricação de produtos químicos, à metalurgia, à produção de cimento e de celulose são áreas com intensa possibilidade de prejuízo ao meio ambiente, especialmente devido aos altos níveis de consumo de energia (eletricidade e combustível) e água.

(Agência Brasil)

Documento "vazado" destaca evidências das mudanças climáticas

Fabiano Ávila, do Instituto CarbonoBrasil

Quando o blog Watts Up With That divulgou, sem autorização, uma cópia do próximo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, sua intenção era enfraquecer a entidade e toda a tese de que o aquecimento do planeta se deve às emissões de gases do efeito estufa resultantes das atividades humanas.


Foi um tiro no pé. Pois, apesar de o autor do blog, Alec Rawls, se esforçar para destacar alguns pontos que teoricamente dariam suporte para suas próprias teorias contrárias à participação do homem nas mudanças climáticas, uma análise mais calma do relatório mostra justamente o oposto: as evidências de que o clima está se transformando são inequívocas e é extremamente provável que isso seja culpa nossa.

Segundo o documento, as temperaturas médias globais vêm subindo desde o começo do século XX e esse aquecimento foi particularmente acelerado depois dos anos 1970. Cada uma das últimas três décadas foi significantemente mais quente do que todas as outras desde 1850.

A temperatura combinada da terra e do mar teria sofrido um aumento de 0,8°C no período de 1901 a 2010 e de cerca de 0,5°C entre 1979 e 2010.

“Existem evidências consistentes de que há um aumento na rede de energia do sistema terrestre graças a um desequilíbrio. É virtualmente certo que isso é causado por atividades humanas, fundamentalmente pelo aumento das concentrações de dióxido de carbono (CO2)”, afirma o relatório.

O IPCC aponta que o CO2 é a principal causa das mudanças climáticas, muito mais relevante para o aquecimento do que outros fatores naturais. A concentração atual de CO2 na atmosfera é a maior em 800 mil anos.

O documento identifica também que houve mudanças nos eventos climáticos extremos, mas salienta que o nível de confiança sobre o que mudou varia conforme o tipo de fenômeno e com a região onde ele ocorre.

Para a questão do aumento das chuvas intensas, por exemplo, as estatísticas apontam que existe um crescimento da sua frequência desde 1950. Porém, com relação às secas, é mais difícil observar uma tendência em longo prazo, devido às inconsistências geográficas.

O relatório registra ainda que os oceanos avançaram entre 2,8 mm e 3,6 mm ao ano desde 1993. A elevação pôde ser acompanhada nos últimos dois séculos, sendo que se acelerou depois de 1900.

“Desde 1970, o aquecimento e a expansão oceânica e o degelo foram os contribuintes dominantes do aumento do nível do mar, juntos explicando 80% do avanço observado”, afirma o relatório.

A previsão é de que o mar suba entre 0,29 metros e 0,82 metros até 2100.

O IPCC destaca que é grande a confiança nos modelos climáticos atuais e que eles conseguem simular com precisão os múltiplos cenários previstos. Vários aspectos climáticos, como precipitações em larga escala, comportamento do gelo do Ártico e temperaturas oceânicas, seriam bem representados nessas ferramentas.

Esse tipo de conclusão é possível graças a simulações realizadas que podem ser comparadas com dados reais. Por exemplo, cientistas conseguem realizar um experimento no qual um modelo recria a flutuação da temperatura terrestre nos últimos 50 anos e depois comparam os resultados com o que se sabe realmente ter acontecido.

“O ponto mais interessante do ‘vazamento’ do relatório é a revelação do quão grande é o sentimento de negação entre os céticos climáticos. Se eles são capazes de distorcer um documento da forma que fizeram, imagine como são malucas as interpretações que fazem das evidências científicas”, afirmou à rede ABC Steven Sherwood, pesquisador da Universidade de Nova Galês do Sul e membro do IPCC.

(Instituto CarbonoBrasil)