Neta de Jacques Cousteau investiga cultivo de algodão em 'For The Love of Fashion'

Produção da C&A com a National Geographic ganha lançamento com debate no Museu da Imagem e Som, em SP
Fazendo orgânica de algodão na Índia (Foto: Mirella Pappalardo/Divulgação)
Presente em 2.4% do solo plantado no mundo, o algodão é força motriz da indústria da moda. 
O documentário For The Love of Fashion foca suas lentes para a tradição do cultivo e seus novos desafios, principalmente nas demandas por medidas socialmente responsáveis e ecosustentáveis. 
A escala de produção da matéria-prima é notável: metade das roupas produzidas no mundo são de algodão; já o seu plantio é responsável por 24% da demanda por inseticidas e 11% de pesticidas do mercado global. 

A diretora Alexandra Cousteau (ela leva o sobrenome do famoso avô Jacques) apresenta nas telas o resultado de viagens pelo globo atrás dos detalhes da produção e do impacto da atividade têxtil em comunidades e no meio-ambiente. 
Na Índia, registra as etapas do plantio orgânico; já na Alemanha e nos Estados Unidos, repercute questionamentos da atividade com empresários do setor.
Realizado pela National Geographic e pela C&A, o filme ganha pré-estreia para convidados em São Paulo no próximo 18.05 no Museu da Imagem e Som. 
Depois da exibição, os presentes prestigiam uma mesa de debate sobre o tema mediada pela jornalista Maria Prata com foco no cenário brasileiro. 
Participam do papo Paulo Corrêa, presidente da C&A Brasil, Jeffrey Hogue, diretor de sustentabilidade da marca, Andrea Aragon, precursora do BCI e o Prof. Doutor Lucilio Aves, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA). 
"For The Love of Fashion" estreia na programação brasileira do National Geographic no dia 25.05, às 17h15.
Alexandra Cousteau com o fazendeiro Ter Singh preparando pesticida orgânico (Foto: Mirella Pappalardo/Divulgação)
Trabalhadora na fábrica de algodão orgânica em Ginning (Foto: Mirella Pappalardo/Divulgação)

Investidores na Moda e Sustentabilidade!

O desenvolvimento do mercado da moda no Brasil chamou a atenção de grandes investidores, principalmente pelo potencial de crescimento das marcas e empresas varejistas de médio porte. 

Nos últimos anos, ocorreu uma série de fusões e aquisições, com a participação ativa de instituições financeiras globais, o que é uma mudança importante na indústria da moda brasileira.

Considerando as características dos principais investidores no setor, as perspectivas são de fortalecimento da gestão das marcas e das empresas varejistas, da gestão de risco e da visão estratégica de longo prazo, assim como o da identificação das oportunidades relacionadas a questões sociais e ambientais.



A maior parte dos investidores do setor da moda recorre à avaliação dos fatores sociais, ambientais e de governança (ESG) para tomar suas decisões financeiras. Por levar em consideração esses fatores, a análise integrada é o método mais consistente e utilizado. 

Segundo a Principles for Responsible Investment (PRI), a análise integrada oferece a estimativa mais precisa sobre os efeitos das questões ESG no retorno de capital. 

Após a avaliação dos riscos e oportunidades do país e do setor, os investidores analisam a estratégia das empresas, os potenciais impactos no desempenho financeiro e a influência das questões ESG sobre o valor das empresas em curto, médio e longo prazo.
o acesso ao capital depende da adoção de práticas de gestão dos riscos sociais e ambientais

Advent e Warburg foram acionistas controladores da Restoque, a maior empresa de moda de alto padrão no Brasil (dona das marcas Le Lis Blanc, John John, Bô.Bô, Rosa Chá e Dudalina). 

Advent é um investidor global especializado em private equity, participa ativamente dos conselhos e colabora com a gestão das empresas. 

Com profundo conhecimento sobre os setores em que investe, orienta-se para o retorno em longo prazo e encoraja as empresas a seguirem abordagens inovadoras para a solução dos problemas. 

Mesmo temas críticos da cadeia da moda, como relações de trabalho e gestão da cadeia de fornecedores, são considerados pela Advent em suas análises de investimento. 

Warburg Pincus é um gestor de investimentos global, cujas análises das questões sociais e ambientais se baseiam em due diligences e processos de monitoramento de portfólio. Além disso, assessora as empresas para que adotem planos de sustentabilidade.

O Grupo Carlyle controla, junto com o Grupo Boticário, a maior empresa de moda íntima do Brasil, a Scalina, dona das marcas Trifil e Scala. 

O Carlyle utiliza o método integrado para analisar o portfólio de investimentos e identificar oportunidades de criação de valor usando estratégias de sustentabilidade. 

Na avaliação das questões ASG, a equipe de sustentabilidade do grupo apoia os gestores das empresas sob a orientação de seu guia de investimento responsável.

Outro importante investidor no setor é a gestora de recursos Dynamo, com 30% de participação na Reserva e 5% na Renner. A Dynamo destaca a importância do investimento e da relação de longo prazo com os fornecedores, visando principalmente a redução do lead time e o aperfeiçoamento da cadeia para se adequar ao modelo fast fashion.

A International Finance Corporation (IFC) é um dos investidores da Dafiti e do Netshoes. Tornou-se referência em sustentabilidade para o sistema financeiro, e seus padrões de desempenho socioambiental são a base dos Princípios do Equador, utilizados para avaliação de riscos sociais e ambientais por oitenta bancos em todo o mundo.

No processo de avaliação das empresas, a IFC leva em consideração o sistema de gestão, as condições de trabalho, o controle da poluição, a saúde e segurança das comunidades e populações indígenas, os reassentamentos e aquisições de terras, a proteção da biodiversidade além da gestão dos recursos naturais, populações indígenas e herança cultural. 

O plano de ação desenvolvido para que a empresa adapte os seus negócios aos padrões de desempenho faz parte das condições e contratos de suas transações financeiras.

O Coronation, gestor de fundos da África do Sul, adquiriu 15% das ações da Hering e 9% das ações da Marisa, numa estratégia de investimento que busca retorno de longo prazo. Nos processos de investimento, o Coronation faz uma estimativa dos impactos sociais e ambientais sobre os resultados do negócio para aplicar uma taxa de desconto na avaliação do fluxo de caixa das empresas.

O First State Investments, um gestor de ativos em nível global, possui 5% das ações da Hering. 

Todo o seu portfólio de investimentos é submetido à análise das questões sociais, ambientais e de governança por uma equipe de investimento responsável, avaliada por um comitê global de investimento responsável, que monitora e direciona as práticas dos negócios. 

Um dos focos do comitê é a identificação de melhores práticas de integração dos direitos humanos nas decisões de investimento. Para isso, utiliza o relatório Banking on Shaky Ground, da Oxfam, como uma de suas principais referências.

A gestora de investimentos T. Rowe Price Associates, que possui 15% das ações da Renner, analisa as questões ESG buscando compreender a sustentabilidade no modelo de negócios da empresa e os fatores que possam causar mudanças de longo prazo, como a regulação, a disponibilidade e custo de recursos naturais, a estrutura de incentivos da empresa, e os riscos na cadeia de fornecedores – especialmente os relacionados às condições de trabalho, à qualidade e diversidade do conselho, à credibilidade das informações divulgadas pelas empresas e ao relacionamento com os stakeholders.

A Aberdeen Asset Management é uma gestora global de ativos, detentora de 14% das ações da Renner. No seu processo de gestão de riscos socioambientais, a Aberdeen define metas para a mitigação de riscos que estão ligadas a remuneração de seus executivos e conselheiros. Também encoraja as empresas nas quais tem investimentos a serem transparentes na divulgação dos objetivos, operações e resultados.

A J.P. Morgan Asset Management possui 7% das ações da Renner e uma participação minoritária na Dafiti. As suas análises ASG verificam se as questões sociais, ambientais e de governança afetam a reputação, as operações e a viabilidade econômica dos clientes, considerando as comunidades e a região onde atuam. 

Preocupada com as condições de trabalho, a J.P. Morgan faz uma análise específica sobre direitos humanos e condições de trabalho, e suas normas proíbem transações com empresas que utilizem trabalho forçado ou infantil. Antes dos investimentos, a J.P. Morgan busca evidências de que as empresas possuem procedimentos de auditoria e políticas sobre conformidade legal nas cadeias de fornecedores.

O número de investidores que adotam políticas de investimento responsável aumentou de modo significativo, fazendo com que os processos de análise de riscos e oportunidades sociais, ambientais e de governança se desenvolvessem continuamente. 

A presença dos investidores globais com métodos integrados de análise ASG no setor da moda mostra que o acesso ao capital depende da adoção de práticas de gestão dos riscos sociais e ambientais, principalmente nas relações com os fornecedores. 

Os casos mais avançados mostram ainda uma nova tendência: a de identificação de oportunidades de gerar valor nas cadeias de produção que tenham maior eficiência e produtividade, com resultados financeiros ampliados, mas que ao mesmo tempo contribuam para melhorar as condições sociais e ambientais.

Esse artigo é parte do relatório de pesquisa “Gestão de Fornecedores no Varejo de Moda”, disponível no site http://uniethos.b2bnetwork.com.br

Atrações turísticas mais sustentáveis: um mundo de opções!
























Quando se fala em turismo, logo vem à cabeça os grandes parques, praias, monumentos, museus e lugares mundo afora. 

O que nem todo mundo sabe, é que existem vários projetos que têm tornado vários desses pontos turísticos mais sustentáveis, no intuito de contribuir para a preservação do meio ambiente para as gerações futuras, aliando o entretenimento com sustentabilidade.


1- Bondinho do pão de açúcar com energia solar O bondinho do pão de açúcar é conhecido mundialmente, sendo o queridinho do Rio de Janeiro e do Brasil. Recentemente, foram desenvolvidos projetos para a produção de energia 100% limpa, por meio de um conjunto fotovoltaico. 

O uso das placas e painéis solares tem representado uma economia de 02 MWh por mês, os quais proviam anteriormente de rede elétrica convencional. 

E não para por aí! A CCAPA (Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar), que administra o ponto turístico, continuará investimento em projetos sustentáveis de eficiência energética, fazendo do bondinho um sistema de transporte limpo. atrações turísticas mais sustentáveis.


2- Cristo Redentor com iluminação LED O segundo da lista das atrações turísticas mais sustentáveis é considerado uma das sete maravilhas mundiais e, desde 2011, conta com uma iluminação sustentável em LED. A iluminação em LED apresenta alta eficiência energética e flexibilidade quanto ao gerenciamento da luz. 

Desde a utilização desse sistema, os gastos de energia do monumento do Cristo Redentor foram reduzidos em aproximadamente 20 vezes em relação à iluminação utilizada anteriormente. 

O sistema possui um controle inovador, chamado Lighting Control Engine, que permite um gerenciamento individual de cada projetor. 

O sistema permite a criação de um número de cenas praticamente infinitas, o que possibilita iluminar o cristo em diferentes momentos de forma única. atrações turísticas mais sustentáveis.


3- Torre Eiffel com energia eólica O ícone de Paris será abastecido com energia renovável. Foram instaladas duas turbinas eólicas no monumento capazes de gerar 10 mil Kwh de energia, a qual alimentará os museus, restaurantes e lanchonetes que ficam no primeiro andar da torre. 

Outras medidas também foram tomadas para tornar a Torre Eiffel sustentável, como iluminação de LED e um sistema de recuperação da água da chuva.


4 – Ônibus em Londres elétrico O ônibus é um dos símbolos do transporte público em Londres. E, desde o ano passado, os veículos desse tipo têm sido testados com eletricidade armazenada em baterias. 

A previsão é que até 2020 todos os veículos do transporte público de Londres sejam substituídos por veículos com zero emissão de carbono. O sistema funciona com uma recarga sem fio, com uma placa no solo possibilitando a transferência de energia. 

O ponto transfere para o conjunto de baterias do ônibus uma carga de 10 KW a cada cinco minutos.


5 – Times Square mais amigável para os pedestres A avenida mais famosa de Nova York, e uma das mais famosas do mundo, tirou os carros das ruas e deixou o espaço mais amigável para os pedestres através de praças criadas especialmente para eles. 

Os objetivos concentram na diminuição da poluição atmosférica e no aumento da qualidade de vida das pessoas nas ruas. 

Dados de 2014 apontam que 75% do espaço público dos principais cruzamentos da Times Square já estava sendo destinado aos pedestres, com mesas e cadeiras para conversar.

6 – Empire State Building em Nova York é LEED EB-OM O Empire State Building, em Nova York,se tornou um Green Building, certificado LEED EB-OM Gold em 2010, sistema de certificação para edifícios existentes que avalia a sua operação e manutenção. 

Esse sistema de certificação fornece um mapa claro de melhorias e aperfeiçoamentos, apresentando medidas simples para qualquer edifício, funcionando como uma boa ferramenta de gestão operacional.

7 – Disney com energia solar Recentemente, falamos aqui no SustentArqui sobre o projeto de energia solar que abastecerá os parques do Walt Disney World. Uma usina, inaugurada no último dia 12, foi desenvolvida com 48 mil painéis solares em uma fazenda localizada próximo ao parque Epcot, e produzirá uma energia de 5 megawatts. 

A usina tem o formato da cabeça do Mickey e o seu sistema possui eficiência mil vezes maior ao sistema utilizado nos telhados de residências para a captação de energia solar fotovoltaica. atrações turísticas mais sustentáveis - disney 
Foto: Nearmap 

Que esse tipo de conscientização se espalhe cada vez mais por atrações turísticas pelo Brasil e pelo mundo.

Site: SustenAquir

Sustentabilidade - Sonae Sierra - reduziu custos em 21,7 milhões de euros com gestão sustentável


   Elsa Monteiro, responsável de Sustentabilidade e Comunicação 
   da Sonae Sierra. Fotografia: Global Imagens


Por Virgínia Alves

Resultados da Sonae Sierra acima das expectativas, com lucros superiores em 47% face aos resultados do ano anterior.

A Sonae Sierra avalia os seus resultados em termos económicos, sociais e ambientais, tendo em conta, como explicou hoje Elsa Monteiro, Responsável Global de Sustentabilidade e Comunicação Corporativa da Sonae Sierra, que os dados de todas estas áreas contribuem para o resultado final, ou seja os lucros subiram, mas os custos, através da implementação de medidas de gestão sustentáveis desceram. 

Em 2015, o resultado líquido foi de 141,7 milhões de euros (em comparação com 96,3 milhões em 2014), e os custos evitados de 21,7 milhões de euros graças a medidas de gestão sustentável. 

“Os resultados ficaram acima das expectativas, superiores em 47% face ao ano passado, que resultou da performance operacional das empresas, da venda de serviços indiretos e também da melhoria do valor dos ativos”, afirmou Elsa Monteiro. 

Assim, a Sonae Sierra “mantém o otimismo relativamente às perspetivas futuras e continuará a executar a sua estratégia, que está a demonstrar solidez, em novas oportunidades de promoção imobiliária, de gestão profissional do portefólio bem como de fornecimento de serviços profissionais”. 

Em 2015, os centros comerciais a receberem mais de 433 milhões de visitas (uma subida de 0,7 % numa base comparável), o que se refletiu num aumento das vendas dos lojistas de 3,3 % no portefólio europeu. 

No Brasil “as vendas foram afetadas pela diferença cambial entre o real e o euro, e também pela redução de visitas, dada a situação atual do país”, frisou a responsável. Por outro lado, em 2015 os 127 novos contratos de serviços celebrados pela Empresa atingiram um valor de 18,5 milhões de euros e a Sonae Sierra apresentou o seu primeiro investimento direto na Colômbia. 

Quanto à estratégia de sustentabilidade seguida pela empresa, permitiu, em termos globais “diminuir os custos ambientais, de segurança e saúde no trabalho, bem como comportamentos de prevenção”, disse Elsa Monteiro, lembrando que estes custos têm influência direta nos resultados finais, “21,7 milhões de euros de custos foram evitados em 2015”. 

No ano passado, face a 2014, registou uma redução de 3% no consumo de água (–20 % desde 2003), 5% de redução no consumo de energia (–44 % desde 2002), 6% de redução nas emissões de gases com efeito de estufa (–82 % desde 2005) e uma taxa de reciclagem de 62% (uma subida de 225% desde 2002). 

No cômputo geral, a implementação de medidas de gestão sustentável representou 21,7 milhões de euros de custos evitados em 2015. 

As melhorias de produtividade no local de trabalho foram sustentadas pelas reduções significativas alcançadas no absentismo dos colaboradores desde 2014: uma quebra de 70% face ao ano anterior (e 93 % de redução da taxa de severidade de acidentes de trabalho desde 2005). 

Elsa Monteiro referiu que atualmente “os investidores não olham apenas para o desempenho financeiro, querem conhecer as metas de um desempenho sustentável, que não é financeiro”, as certificações de projetos por entidades competentes nas mais diversas áreas são uma mais valia, “porque com um melhor desempenho ambiental é possível reduzir os custos com a energia, água, e aumentar a reciclagem”. 

Em Portugal a Sonae Sierra está a desenvolver um projeto piloto para energia renovável fotovoltaica. “Algo em que já apostamos, mas que a alteração da legislação levou a que deixasse de compensar. 

Agora mudou novamente, e em parceria com uma empresa de energia vamos avançar com o projeto, o nosso parceiro faz o investimento inicial e nós pagamos a energia que consumimos”. Além disso, vai avançar no Brasil um projeto piloto de energia renovável a partir de resíduos, não é possível ainda na Europa que tem diversas restrições legais. 

Os resultados do desempenho da Sonae Sierra são divulgados no Relatório Económico, Ambiental e Social (EES), que apresenta um retrato completo e integrado da estratégia empresarial e do desempenho operacional da Sonae Sierra em 2015, demonstrando o alinhamento entre a atividade central e os objetivos de sustentabilidade. 

Para o futuro, a aposta continua a ser na sustentabilidade, melhorando a eficiência dos equipamentos, acompanhar a tendência do fluxo de investimento dos mercados maduros para os emergentes, com um foco especial nas cidades e não nos países. 

Veja mais em: https://www.dinheirovivo.pt

ONU, governo brasileiro e Rio 2016 vão promover turismo sustentável durante as Olimpíadas

Em visita ao Brasil, o chefe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente apresentou a campanha Passaporte Verde. A iniciativa oferece sugestões de roteiros e serviços turísticos sustentáveis para reduzir o impacto de viajantes sobre os biomas e comunidades que visitam.

Projeto teve início em 2008 e foi ampliado para atender aos cerca de 1 milhão de turistas que devem chegar ao Rio de Janeiro por conta dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.

Foto de capa do vídeo acima: UNIC Rio / Pedro Andrade
Em passagem pelo Rio de Janeiro no sábado (30), o diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Achim Steiner, visitou a Floresta da Tijuca para apresentar a campanha Passaporte Verde – uma parceria da agência da ONU e dos Ministérios do Meio Ambiente, Esporte e Turismo para promover o turismo sustentável.

A iniciativa é parte de uma campanha global do PNUMA que oferece sugestões de roteiros, serviços e produtos turísticos sustentáveis.

O objetivo é reduzir o impacto dos viajantes sobre os biomas e comunidades que visitam, com informações sobre opções de transporte público, sobre restaurantes que valorizam alimentos e a culinária locais e sobre estabelecimentos comprometidos em reduzir o consumo de energia e água, o desperdício e a degradação ambiental.

Em 2016, o projeto brasileiro – lançado em 2008 – recebe também o apoio do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. A expectativa é de que, ao longo das competições, o projeto conscientize os visitantes sobre as consequências de suas atividades para o meio ambiente.


Ao lado da presidente do World Wildlife Fund e ex-ministra do Meio Ambiente do Equador, Yolanda Kakabadse, o chefe do PNUMA Achim Steiner conheceu parte da Trilha Transcarioca, roteiro sustentável que passa pelo Parque Nacional da Tijuca. Foto: UNIC Rio de Janeiro / Pedro Andrade


Ao lado da presidente do World Wildlife Fund (WWF) e ex-ministra do Meio Ambiente do Equador, Yolanda Kakabadse, o chefe do PNUMA Achim Steiner conheceu parte da Trilha Transcarioca, roteiro sustentável que passa pelo Parque Nacional da Tijuca. Foto: UNIC Rio de Janeiro / Pedro Andrade
Campanha Passaporte Verde quer promover turismo sustentável no Brasil e no mundo. Iniciativa foi ampliada para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro. Foto: UNIC Rio / Pedro Andrade
Campanha Passaporte Verde quer promover turismo sustentável no Brasil e no mundo. Iniciativa foi ampliada para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro. Foto: UNIC Rio / Pedro Andrade
“Temos que perceber que mais de um bilhão de pessoas viajam cruzando fronteiras nacionais como turistas todos os anos. Então, se quisermos reduzir a pegada de carbono do turismo, não devemos fingir que as pessoas não vão viajar, não visitarão outros países”, explicou Steiner.

“Nossa tarefa é trabalhar junto à indústria aeronáutica, o setor de transporte e hoteleiro, mas também com o setor de eventos, como nós estamos fazendo aqui no Rio para os Jogos Olímpicos.”

Segundo Steiner, o Passaporte Verde leva informações fundamentais aos turistas que, frequentemente, querem adotar comportamentos sustentáveis, mas não sabem como por não conhecerem o lugar para onde viajam. “É uma oportunidade para cada um fazer a diferença com as decisões (sobre) onde vai comer, os transportes que utilizam, os hotéis que utilizam.”

Também presente no evento, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ressaltou que o Passaporte Verde traduz “de forma simples e direta” para qualquer cidadão brasileiro e estrangeiro os objetivos da Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável – principalmente o objetivo de nº 12 sobre consumo e produção responsáveis.

Utilizando apenas um aplicativo de celular, qualquer pessoa pode fazer escolhas mais sustentáveis sobre seus padrões de vida, destacou a chefe da pasta.

“Entre 800 mil e 1 milhão de turistas virão ao Brasil durante os Jogos Olímpicos. São 20 mil atletas, 25 mil jornalistas, são pessoas do mundo inteiro que vêm ver os seus países”, disse o CEO do Comitê Organizador dos Jogos, Sidney Levy.

“A gente espera que muita gente que venha ao Rio vá usar o Passaporte Verde, mas o mais importante é que a iniciativa fique na agenda do Rio de Janeiro para os turistas depois das Olimpíadas.”

Achim Steiner conheceu os funcionários do Parque Nacional da Tijuca que cuidam de parte do roteiro da Trilha Transcarioca. Foto: UNIC Rio / Pedro Andrade
Achim Steiner conheceu os funcionários do Parque Nacional da Tijuca que cuidam de parte do roteiro da Trilha Transcarioca. Foto: UNIC Rio / Pedro Andrade
Durante o evento, representantes do PNUMA, do Ministério do Meio Ambiente e também das pastas do Esporte e Turismo assinaram uma carta de intenções, em que se comprometem a incentivar o consumo responsável e a estimular práticas de sustentabilidade no setor de turismo. 

Programas de educação ambiental durante o revezamento da Tocha Olímpica e ao longo dos Jogos também estão previstos pelo acordo.

A representante do Programa da ONU no Brasil, Denise Hamú, destacou que o documento formaliza uma parceria que existe desde a Copa do Mundo de 2014, quando a campanha Passaporte Verde foi ampliada para atender aos turistas que vieram assistir às competições de futebol.


Segundo Hamú, a cooperação entre as Nações Unidas e as pastas do governo federal é fundamental para conscientizar não apenas os visitantes, mas também o setor de turismo, que deve se qualificar para tornar suas cadeias produtivas mais sustentáveis.
Achim Steiner é nomeado cidadão honorário do RJ

Na véspera de sua visita ao Parque Nacional da Tijuca (29), Steiner participou do encerramento do primeiro Congresso Mundial de Direito Ambiental, também na capital fluminense. Durante o evento, o chefe do PNUMA recebeu a Medalha Tiradentes – a mais alta condecoração do estado do Rio de Janeiro – e o título de cidadão honorário do Rio de Janeiro pela Assembleia Legislativa do RJ.

“Apesar de ter nascido no Rio Grande do Sul, meu coração sempre foi carioca. O Rio sempre teve a vocação de enfrentar os desafios para defender o meio ambiente. Essa homenagem é algo inestimável para mim, que vou levar comigo para o resto da minha vida”, afirmou o diretor da agência da ONU.

Steiner lembrou que a capital fluminense sediou, em 2012, a Conferência das Partes – Rio+20 – que deu início a debates robustos sobre uma agenda global de desenvolvimento sustentável. “É (também) por isso que fico tão orgulhoso de ser um cidadão” honorário, disse.

O Congresso reuniu especialistas, juízes e advogados de diferentes partes do mundo – muitos dos quais estiveram presentes na Conferência da ONU sobre mudanças climáticas do ano passado, em Paris – para discutir a criação de novos mecanismos e instituições jurídicas necessárias para proteger o meio ambiente e garantir a adoção de práticas sustentáveis.

Os debates – co-organizados pelo PNUMA – deram origem ao rascunho da primeira Declaração sobre o estado de Direito da Natureza, que busca fortalecer os instrumentos legais capazes de preservar o planeta.

Para o chefe da agência da ONU, leis e regulações que preservam o meio ambiente são capazes de “traduzir as aspirações por um mundo sustentável”, além de garantir justiça, igualdade e responsabilização em situações envolvendo a degradação da natureza.

Steiner alertou que as pessoas buscarão cada vez mais os tribunais para encontrar soluções para problemas ambientais. Segundo o dirigente, as cortes de todo o mundo devem estar prontas para lidar com situações onde direitos e princípios poderão ser ameaçados e postos à prova.
Achim Steiner foi homenageado também pelo Congresso Mundial por suas contribuições ao avanço global das discussões sobre direito ambiental. Foto: UNIC Rio / Pedro Andrade
Achim Steiner foi homenageado também pelo Congresso Mundial por suas contribuições ao avanço global das discussões sobre direito ambiental. Foto: UNIC Rio / Pedro Andrade

Cenários de recursos naturais e econômicos restritivos favorecem trabalho das Consultorias Ambientais

consultoria-ambiental






















As atividades que envolvem as consultorias ambientais no Brasil vivenciam uma forte expansão nos últimos 20 anos influenciada, principalmente, pela necessidade de alinhamento das empresas com as exigências ambientais globais.

Desde 2015, com os cenários naturais e econômicos restritivos o trabalho das consultorias ambientais encontram um campo fértil e dinâmico para atuar no país. 

O crescimento especializado deste mercado favorece uma área de atuação profissional multidisciplinar e em sintonia com as principais tendências e inovações em prol da sustentabilidade industrial.

O desenvolvimento sustentável exige mudanças de ordem econômica, social e ambiental em organizações público e privadas, o que faz com que o alinhamento à sustentabilidade atrelado ao aumento da eficiência produtiva seja crucial para a perenidade das empresas no mercado.

Esse fator tem sido um dos principais responsáveis pelo aumento da procura dos serviços oferecidos pelas consultorias ambientais no Brasil, setor que vivencia uma expansão nos últimos 20 anos e que favorece um campo de atuação multidisciplinar e em sintonia com as principais tendências e inovações em prol da sustentabilidade industrial.

A contribuição para essa ascensão vem também por intermédio de cenários ambientais e econômicos restritivos vivenciados nacionalmente nos últimos tempos, que levam, por exemplo, à necessidade de redução de consumo de água e energia nas indústrias, o que, consequentemente favorece um campo de atuação para vários profissionais com experiência na área ambiental, uma vez que os consultores podem ajudar as organizações a economizarem insumos naturais, atenderem as exigências legislativas e utilizarem com mais eficiência o tempo e os recursos financeiros, reduzindo, principalmente, os impactos socioambientais de seus negócios.

Esse boom em prol das consultorias ambientais não é uma realidade só no Brasil. Seus reflexos já são notados no mundo todo. 

Em termos globais, uma pesquisa da empresa Enviroment Analyst apontou que mesmo com o momento de crise que vivenciam vários países, o setor de consultoria ambiental atingiu US$ 27,5 bilhões em 2014, com previsão de chegar aos US$ 30,5 bilhões dentro de cinco anos, o que significa um aumento de 10,7 por cento sobre o valor de 2014.

Ainda com base nos resultados da pesquisa Enviroment Analyst, a mesma apontou que existe uma ampla área de atuação para as consultorias ambientais em termos mundiais, mas são os serviços de descontaminação de terrenos os mais demandados. 

A atividade responde por 33% da receita do setor, à frente da quota de 23% detida por serviços de gestão de água e de resíduos.

Esses dados demonstram que as consultorias ambientais tem condições de atingir patamares positivos também no Brasil. 

E é isso que a XVIII FIMAI ECOMONDO Brasil – Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade, que acontece nos dias 4, 5 e 6 de outubro de 2016, no Pavilhão Verde do Expo Center Norte, em São Paulo, SP, vai mostrar, com a presenças das mais renomadas e importantes empresas deste setor durante a exposição.

O objetivo da FIMAI ECOMONDO BRASIL é apresentar equipamentos e soluções tecnológicas avançadas, já utilizadas no mercado internacional, e difundir os principais conteúdos para a formação especializada em prol do desenvolvimento de processos e sistemas de produção sustentáveis contemplando Água, Resíduos, Energias Renováveis, Emissões, Laboratórios, Equipamentos, Recuperação de Áreas Contaminadas, Tecnologias, Economia Verde, entre outros.

Serviço

Local: Expo Center Norte – Pavilhão Verde
Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme – CEP: 02055-000
São Paulo-SP
Horário: das 13h às 20h
Data: 4, 5 e 6 de Outubro de 2016
Entrada franca. Os seminários são pagos, com inscrições prévias no site

Sustentabilidade, Olimpíadas e marketing hoteleiro incrementam a programação do 58º Conotel




Edição passada do Conotel (foto: arquivo HN/Flip Calixto)
A 58º edição do Conotel (Congresso Nacional de Hotéis) vai acontecer entre os dias 18 e 20 de maio, no Centro de Eventos Pro Magno, em São Paulo, conforme noticiado pelo Hôtelier News
O encontro terá como tema o Futuro do setor após as Olimpíadas como centro das atividades. Ainda assim, a programação conta com palestras e painéis diversificados que buscam contribuir para ampliar o conhecimento de profissionais que atuam no segmento de hospedagem.
Durante a tarde do primeiro dia de evento, os visitantes poderão ouvir a Palestra Sebrae SP - Como Fazer Marketing de Relacionamento, ministrada por Neuler da Motta Peçanha (Consultor de Marketing Sebrae SP) e a Palestra Senac SP - A Atuação dos Milleniums no Cenário Contemporâneo da Hotelaria, por Fernando Baraccho Martinelli (Diretor Executivo da Interval International para o Brasil e Professor do Curso de Pós-graduação em Gestão de Meios de Hospedagem do SENAC/SP). 
Mais tarde o Sebrae realiza mais uma apresentação sobre E-social do Sistema Público de Escrituração Digital - SPED, pela Dra. Sandra Regina Bruno Fiorentini (Consultora Jurídica Sebrae SP) e, fechando o dia, a FBHA promove um seminário sobre Eficiência Energética, ministrado por Ricardo Bezamat da entidade.
Para o dia 19 estão programados uma série de painéis durante todo o evento, com os temas: 
Impacto da Economia Colaborativa na Hotelaria e a Regulamentação do Setor; Olimpíadas e Hotelaria - Esporte como Atratividade Lucratividade e Sustentabilidade Gerando Economia na Hotelaria.
No dia seguinte, dando continuidade para sequência de apresentações, os visitantes poderão acompanhar painéis sobre: Tributação, ECAD, Responsabilidade Societária e Sucessão Empresarial na Hotelaria; Gestão Hoteleira, Hospitalidade e Inovação; e Conjuntura Econômica e Tendências Nacional e Internacional para Hotelaria.
Serviço
conotel2016.com.br

Portugal - Torres Vedras é marco na História europeia da mobilidade sustentável

 




Torres Vedras, local marcante da História de Portugal e da Europa por acontecimentos decisivos da mesma que aí ocorreram ao longo dos séculos passados, continuará a marcá-la pelo seu trabalho na área da mobilidade sustentável.


Nesse âmbito foi assinado no dia 14 de abril, no auditório do Edifício dos Paços do Concelho, no decorrer do sétimo Fórum da rede Civinet (uma rede ibérica constituída para a promoção da mobilidade sustentável), o Acordo de Torres Vedras, pelas 31 cidades que compõe a mesma.

No início do texto desse documento é referido que o mesmo tem
“presente o Livro Verde – Para uma Nova Cultura de Mobilidade Urbana (2007);
o Plano de Ação para a Mobilidade Urbana (2009);
e o Livro Branco dos Transportes (2011) como os melhores guias da Comissão Europeia para orientar e apoiar as cidades na elaboração de políticas e medidas inovadoras dedicadas à promoção de uma vida menos dependente do veículo próprio e potenciadoras do uso da bicicleta como uma alternativa de transporte não poluente com benefícios para a saúde dos cidadão”.

Segundo aquele acordo, “para um novo paradigma de mobilidade sustentável nas cidades”, as cidades envolvidas comprometem-se a atingir os padrões de qualidade do ar definidos na Diretiva 2008/50/CE do Parlamento Europeu e Conselho Europeu, a reduzir as emissões de CO2, bem como a cumprir as normas em matéria de energia e alterações climáticas conforme a Diretiva 2009/28/CE do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu, para além dos “objetivos ambiciosos do Livro Branco da Comissão Europeia para uma mobilidade urbana mais sustentável”.

Neste documento, as cidades da rede Civinet reafirmam ainda o compromisso político e técnico de: melhorar a acessibilidade dos respetivos territórios, dando prioridade aos modos suaves, pedonal e ciclável, e ao transporte público; ordenar o espaço público para obter cidades mais habitáveis, inclusivas e com melhor qualidade de vida;
introduzir sistemas inteligentes de transporte;
introduzir medidas de acalmia no tráfego;
promover estratégias de comunicação e divulgação de informação ao público para aumentar a consciencialização sobre a necessidade de reduzir as emissões de CO2;
centrar as políticas de mobilidade nas necessidades reais dos cidadãos; e colocar os cidadãos no centro das preocupações do desenho urbano da cidade.

Também segundo aquele acordo as cidades subscritoras reconhecem que “são responsáveis por responder a estes objetivos em consonância com o princípio da subsidiariedade da União Europeia (que coloca a responsabilidade de ação no nível nacional, regional ou local) nos termos do artigo 5.º do Tratado que institui a Comunidade Europeia”, comprometendo-se “a disseminá-los em fóruns locais, regionais, nacionais, europeus e mundiais em que as cidades ou a rede possam participar”.

Este acordo apela ainda às entidades centrais e europeias a apoiarem as medidas preconizadas no mesmo.