Empresa contrata técnicos para atuar com energia eólica

Seleção tem vagas para o Brasil e para a Europa, com viagens para o exterior
Da redação

 
Crédito: GettyImages 
 
A empresa de recursos humanos Adecco está recrutando profissionais para uma empresa da área de energia eólica em vagas disponíveis para trabalho no Brasil e na Europa. 
 
Os candidados irão integrar a equipe brasileira, mas poderão realizar viagens para Portugal.

Basicamente, os requisitos são: 
 
Experiência/visto de trabalho no Brasil; 
escolaridade mínima de 9º ano ou formação profissional na área de energia/eletricidade; 
vivência em temas como manutenção industrial, eletricidade de baixa e/ou média tensão; 
montagem de estruturas metálicas; 
manobra de equipamentos de elevação.

A posição oferece todos os gastos com deslocamento.

As candidaturas podem ser enviadas para:
adelaide.costa@adecco.com ou est.castelobranco@adecco.com, com a referência TEC_ENER.





Recicl@tesc – Projeto brasileiro promove a reciclagem e a reutilização de computadores


Por Sandra Pavesi
O relatório de 2009 do UNEP (United Nations Environmental Programme) intitulado “Recycling – from E-waste to resources” (Reciclagem – de lixo eletrônico a recurso) não deixa dúvidas quanto à gravidade que o problema do descarte massivo de dispositivos eletrônicos, entre os quais computadores e seus acessórios, poderá adquirir nos próximos anos. 
 
Com base nos levantamentos efetuados, estima-se que a geração de resíduos eletrônicos já supere em três vezes aquela de outros tipos de lixo. Entre as causas desse fenômeno despontam a obsolescência dos equipamentos novos, os custos de manutenção e a pressão mediática para substituir aparelhos que, embora perfeitamente funcionais, passam a ser vistos como calhambeques.

Não obstante a Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada no ano passado, proíba o descarte de eletrônicos em áreas ambientalmente vulneráveis e comprometa os fabricantes a recolher os produtos descartados pelos consumidores, e a encontrar soluções ambientalmente corretas para a sua disposição final, ainda são poucas as empresas e organizações que se profissionalizaram na reciclagem deste tipo de resíduos.



O resultado é que o grosso dos equipamentos eletrônicos inutilizados acaba em lixões e aterros, quando não é recolhido em “ferro-velhos”, nos quais se procede – em condições de trabalho precárias – à separação dos componentes que seguem na direção da China e da Índia, principais importadores do chamado e-lixo. Neste caso, aos acidentes e riscos ambientais no trabalho de triagem dos materiais reaproveitáveis somam-se os impactos ambientais causados pela contaminação da água por metais tóxicos (entre os quais chumbo, cádmio, cromo e mercúrio) provenientes da lixiviação dos componentes eletrônicos.

Projeto Recicl@tesc: Se é possível reciclar, pra que jogar? 


É justamente nesse quadro, alarmante e desalentador para muitos, que se inspira o projeto Recicl@tesc (Reciclagem Tecnológica de São Carlos), cujos criadores apostam na possibilidade de fazer da crise e do desafio uma oportunidade.

Iniciado em 2009 a partir de uma parceria entre pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP), a Rede Social de São Carlos (programa para o desenvolvimento social promovido pelo SENAC), o Nosso Lar (instituição de atendimento a crianças e adolescentes sem fins lucrativos) e a Prefeitura Municipal, o projeto desenvolve-se em duas frentes principais: a remanufatura de computadores obsoletos para posterior venda ou doação a escolas e organizações sociais, e a capacitação de pessoal especializado em montagem e manutenção de computadores (entre outras funções inerentes à remanufatura).


Com isto, o projeto propõe-se a responder simultaneamente a demandas emergentes como a proteção ambiental, a formação profissional e a inclusão digital, visando o horizonte da sustentabilidade.

Infelizmente, nem sempre é possível restaurar os equipamentos doados ao projeto Recicl@tesc. Neste caso, após “desmanufaturar” os computadores, ou seja, desmontá-los e separar suas peças, estas são vendidas a firmas especializadas (e devidamente certificadas) que se ocupam da extração e recuperação de materiais, entre os quais metais preciosos como o ouro, a prata e o cobre. Realizado de acordo com tecnologias compatíveis com os princípios da sustentabilidade, este processo também promove a economia de recursos, além de poupar os custos socioambientais decorrentes da extração dos minérios diretamente da natureza.


 
Atualmente, o Recicl@tesc vem buscando maior projeção no mercado regional da reciclagem de computadores, com a finalidade de garantir a sustentabilidade financeira do projeto e de fortalecer suas funções socioambientais. Pelo link www.reciclatesc.org.br, os leitores e potenciais doadores podem acessar o ambiente do projeto e encontrar informações valiosas sobre as atividades desenvolvidas, os postos de coleta e o regulamento para a doação de equipamentos.
 
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Sobre o autor:

Sandra Pavesi
Sandra Pavesi ( )
Sou ecóloga, educadora ambiental e pós-doutora na área de planejamento para a sustentabilidade (Instituto de Arquitetura e Urbanismo - USP). Não acredito em fronteiras disciplinares e, menos ainda, que a academia tenha todas as respostas. Nasci na Itália, mas não gosto de carros; minha bike é o meu corcel. Site: http://aguasdamemoria.wordpress.com  

Consumidor está mais sustentável, revela pesquisa

Realizado pela Tetra Pak, o estudo mostra mudanças positivas, principalmente no Brasil, na China, na França, na Alemanha e nos Estados Unidos  
Da Redação
 

Uma pesquisa realizada pela Tetra Pak - líder mundial em soluções para processamento e envase de alimentos - aponta que os consumidores de todo o mundo estão cada vez mais conscientes e tomando atitudes para preservar o meio ambiente. O relatório, que comparou o comportamento das pessoas entre 2005 e 2011, mostra uma mudança positiva, principalmente no Brasil, na China, na França, na Alemanha e nos Estados Unidos.

O estudo destaca que quase 70% dos consumidores pesquisaram “questões verdes” nos últimos 12 meses. Um grande aumento se comparado com os menos de 40% dos pesquisados em 2005. O percentual de consumidores que descartam suas embalagens e resíduos para a reciclagem também aumentou, saltando de 70% em 2007 para 90% em 2011.

A pesquisa, realizada com mais de 6.600 consumidores e 200 formadores de opinião em 10 países, ainda aponta que a preferência por embalagens recicláveis tem crescido e já representa 88% do total. Cerca de 77% também afirmaram que compraram determinados produtos e não outros, porque a embalagem era melhor para o ambiente.

O levantamento também analisou o comportamento dos fabricantes de alimentos e varejistas. Neste público, cerca de 83% dos entrevistados indicaram que consideram o impacto ambiental na escolha de soluções de embalagens, seguindo a tendência dos consumidores.

Como o interesse pelo assunto sustentabilidade está aumentando, cerca de 60% dos entrevistados afirmam entender termos ambientais complexos como "pegada de carbono", por exemplo. De acordo com Dennis Jönsson, presidente e CEO da Tetra Pak, mais da metade dos consumidores buscam por produtos que forneçam informações sobre o impacto ambiental e afirmam que a falta de dados e selos era um problema em seu comportamento de compra. 
 
“Estes resultados ressaltam a necessidade dos fabricantes de alimentos, varejistas e empresas de embalagens oferecerem produtos mais ecológicos e que permitam aos consumidores fazer escolhas conscientes e sustentáveis", afirma Dennis.

A pesquisa também mostra que os consumidores querem fazer escolhas mais “verdes”, sem comprometer o custo e qualidade. A maioria dos entrevistados, cerca de 78%, disseram que estariam dispostos ou extremamente dispostos a comprar alimentos ou bebidas em embalagens "verdes" se fossem o mesmo preço que os tradicionais.

Além disso, cerca de 74% dos consumidores disseram que estariam dispostos ou extremamente dispostos a comprar produtos "verdes" se a qualidade fosse a mesma que os tradicionais. Já cerca de 28% dos consumidores afirma que vão comprar produtos em embalagens menos prejudiciais ao meio ambiente, mesmo que custem mais.

Fonte: CeluloseOnline

Empresa deu início ao Programa de Visitas e vai receber mais de 500 alunos da rede pública até o final do ano.

 
Na semana em que se comemorou o Dia da Árvore, a Madepar Agroflorestal deu início a mais uma ação com foco na responsabilidade socioambiental. A empresa recebeu os primeiros participantes do Programa de Visitas, destinado nesta primeira fase aos alunos das escolas da rede pública de ensino de General Carneiro. 
 
Até o final do ano mais de 500 alunos devem visitar as áreas da Madepar Agroflorestal. Na segunda fase do programa, que terá início em 2012, as visitas se estenderão às escolas das cidades vizinhas. 
 


O programa de visitas é uma iniciativa da Madepar Agroflorestal que será realizada com as comunidades do entorno de suas fazendas, localizadas no Paraná e em Santa Catarina. O trajeto de aproximadamente 2,5 quilômetros (ida e volta) é percorrido a pé dentro da fazenda São Caetano. Durante o percurso são transmitidos conceitos de preservação da natureza e mostradas ações ambientalmente corretas que fazem a diferença no dia a dia como a separação do lixo orgânico dos recicláveis.

“Nossas fazendas guardam verdadeiros tesouros de biodiversidade. São espécies raras da fauna e flora que habitam nossas áreas, graças à preocupação que a empresa sempre teve com a preservação da natureza. Nada melhor do que repassar esses conceitos para um público com um perfil tão curioso e ávido por informação, que são as crianças da nossa comunidade, e principalmente destacar que é possível conviver harmoniosamente com essas espécies”, destaca Wilson Dissenha, diretor presidente da Madepar Agroflorestal.

A primeira visita do programa recebeu mais de 100 alunos das 3ª, 4ª e 5ª séries da Escola Municipal Monteiro Lobato. Eles foram recebidos na sede da empresa onde tiveram informações sobre a biodiversidade da região, ações de preservação da natureza e princípios de sustentabilidade. As visitas são monitoradas por técnicos agrícolas e ambiental e florestal, que explicam sobre o ecossistema da região. Com sorte, durante a visita, os visitantes podem ver algum exemplar de espécies raras de animais que habitam as áreas da Madepar.

“A iniciativa da Madepar é excelente porque põe em prática tudo que ensinamos sobre meio ambiente na sala de aula”, afirma a professora Darcila da Rocha. “Além disso, como moradora da cidade sempre tive vontade de andar por essas matas. Hoje também realizei esse sonho”, ressalta. Sonho este compartilhado por Lidiane Aparecida de Lima, de 8 anos. “Da minha casa fico olhando essa mata e imaginando os bichos que podem ter aqui. E hoje eles me explicaram que existem mesmo muitos bichos diferentes”, conta.

Os interessados em participar do Programa de Visitas da Madepar Agroflorestal devem entrar em contato pelo email contato@madeparaflorestal.com.br ou pelo telefone (42) 3552-1291.

Sobre a Madepar Agroflorestal

Fundada em 1982, a Madepar Agroflorestal é uma empresa que administra fazendas próprias e de seu principal acionista Wilson Dissenha, localizadas nos estados do Paraná e Santa Catarina e com escritórios em São Paulo e Paraná. Por meio da implantação e desenvolvimento de projetos específicos, desenvolve negócios relacionados à biodiversidade, quando envolve florestas com espécies nativas

Fonte:
Assessoria de imprensa Madepar Agroflorestal
INTERACT Comunicação Empresarial: 41 3079.2719
Jornalista responsável: Vanda Ramos - 41 8831-8890
vanda@interactcomunicacao.com.br

Entulho vira material nas obras

Jornal Valor Econômico

O avanço da indústria da construção civil, a crescente valorização de iniciativas sustentáveis e a Política Nacional de Resíduos Sólidos estão produzindo uma importante movimentação num segmento pouco explorado do setor: o da reciclagem de materiais utilizados no processo da construção. 
De acordo com as estimativas da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon), associação que foi criada neste ano e reúne 21 empresas dedicadas à atividade de reciclagem de resíduos do setor, há no Brasil 120 novas unidades recicladoras em implantação. 
É um número importante para um segmento pouco conhecido dentro e fora do setor. Segundo Gilberto Meirelles, presidente da Abrecon, a geração de resíduos na construção civil no Brasil representa meia tonelada ao ano por habitante, o que significa 80 milhões de toneladas ao ano, considerando uma população urbana de 160 milhões de pessoas. 
"O volume é enorme e não há mais área para destinação nos grandes centros urbanos."Meirelles citaoutros fatores que pioram o cenário: a falta de cultura ambiental responsável pela não separação dos materiais recicláveis nas obras, pela utilização das caça mbas como lixeiras e pelo descarte irresponsável, feito em áreas irregulares e o preconceito de grandes empresas e órgãos públicos, o que restringe a comercialização dos produtos reciclados. 
"São muitos os que se apresentam como agentes do meio ambiente, mas resistem a utilizar o material reciclado por puro desconhecimento das vantagens, cuidados e critérios definidos por normas técnicas e laudos que as recicladoras adotam" observa Meirelles.

Para ele, o grande trabalho do setor é promover o reconhecimento do material reciclado, que traz à obra uma economia de 30% em relação aos materiais convencionais e permite um excelente ganho ambiental, na medida em que preserva recursos naturais e evita o acúmulo dos resíduos acumulados durante a construção de todos os tipos de empreendimento.

Cerca de 90% dos materiais reciclados utilizados pelo setor são resultado do processamento do entulho de alvenaria. O trabalho é feito por recicladoras que utilizam máquinas especialmente criadas para transformar os resíduos de alvenaria em areia, pedrisco, brita, rachão e bica corrida, que voltam à cadeia produtiva com os mais diversos usos, exceto em etapas estruturais do processo.

A areia reciclada, por exemplo, pode ser usada para argamassa de assentamento de alvenaria de vedação, em contrapisos, solo-cimento, blocos e tijolos de vedação. O pedrisco, para a fabricação de artefatos de concreto, como blocos de vedação, pisos intertravados e manilhas de esgoto. 
A brita reciclada é indicada para a fabricação de concretos não estruturais e em obras de drenagem, enquanto a bica corrida serve como base e sub-base de pavimentos, reforço e subleito de pavimentos, regularização de vias não pavimentadas, aterros e acerto topográfico de terrenos. Já a madeira, que representa cerca de 8% do resíduo do setor, pode ser picotada e utilizada para produzir energia, e o ferro (2%) é vendido para recicladores de ferro ou realinhado e reutilizado em outras obras.

Apesar de tantas indicações, não mais do que 15% do total de resíduos da construção civil é reciclado. "Esse percentual poderia chegar a 80%, fazendo o segmento crescer cinco ou seis vezes, com um grande ganho ambiental para o país", diz Meirelles, um administrador de empresas que há seis anos trocou a fabricação de explosivos para a mineração pela vertente da sustentabilidade e atua no setor de reciclagem da construção desde 2009, com a Estação Resgate, empresa que tem hoje quatro unidades recicladoras, duas em São Paulo, uma em Minas Gerais e outra em Goiás.

O modelo de negócio da Estação Resgate funciona com usinas fixas, que recebem, processam e devolvem os resíduos reciclados a construtoras, e com usinas móveis, conceito que prevê o deslocamento da máquina até grandes obras públicas ou privadas e a produção dos materiais reciclados no próprio local. Além de tecnologia para a triagem e a reciclagem dos resíduos, a empresa tem parcerias que permitem uma atuação desde o recolhimento de caçambas de entulho pré-selecionado nas obras até o desenvolvimento de novas tecnologias para utilização dos produtos reciclados. 
A empresa procura ganhar mercado com ações inovadoras, como as caçambas de entulho chamadas Caçambeco, com visual inspirado nos fuscas do museu de Inhotim. Como a Estação Resgate, outras empresas que atuam nesse mercado estão trabalhando a pleno vapor. É o caso da Recinerte Ambientale, criada em 2007 pelo engenheiro mecânico Egídio Buso. 
"Pesquisamos o mercado e decidimos trazer para o Brasil uma máquina fabricada na Itália que o Brasil não conhecia." Hoje são duas, uma em Angra dos Reis (RJ) e outra em São Paulo. Segundo ele, para atender ao crescimento da demanda, duas outras estão a caminho do país. O serviço oferecido pela empresa consiste em envias as máquinas aos locais das grandes obras. 
O sistema identifica magneticamente e separa ferros, que saem limpos da esteira. Madeiras e plásticos são separados manualmente e a máquina produz a bica corrida. Depois, com peneiras, pode produzir também os três insumos - areia, brita e pedrisco. Os clientes são grandes demolidoras e construtoras.

Igualmente estimulado pelo potencial das grandes obras, o grupo Ambipar decidiu agregar uma divisão de reciclagem ao seu vasto portfólio de gestão ambiental, que inclui o fornecimento de mão de obra e equipamentos para a manipulação dos resíduos ao transporte dos materiais e administração de aterros. "Compramos um conjunto de máquinas que podem processar até 80 toneladas de material por hora no local da construção", conta André Oda, presidente do conselho de administração do grupo. 
"Começamos com máquinas maiores para atender à demanda dos investimentos em grandes obras e estudamos a aquisição de equipamentos menores para outros nichos do mercado", diz Oda. O equipamento já foi para Belo Horizonte processar o entulho gerado pela demolição do Mineirão, que virou insumo na construção do novo estádio, e para uma área pública próxima ao centro de São Paulo para processar o entulho gerado na reforma de uma praça da cidade.

SUSTENTABILIDADE: VALOR ECONÔMICO PUBLICA REVISTA ESPECIAL SOBRE SUSTENTABILIDADE NO SETOR

Circulou nesta segunda-feira, dia 26 de setembro, no jornal Valor Econômico revista setorial da Construção Civil sobre sustentabilidade, com destaque para matérias sobre inovações na moradia popular e o desafio da competitividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na matéria “Passos para cumprir uma agenda verde”, a revista destaca que a palavra de ordem do setor hoje é sustentabilidade. 
 
Cita o documento Desenvolvimento com Sustentabilidade, que aborda temas prioritários como água, desenvolvimento humano, energia, materiais e sistemas, meio ambiente e infraestrutura, mudanças climáticas e resíduos. 
 
O documento do Programa Construção Sustentável da CBIC foi lançado no último mês de agosto, durante o 83º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), em São Paulo. 
 
Destaca também a construção, em Brasília, do primeiro Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído (Pisac) destinado à pesquisa em construção civil, fruto de convênio firmado também durante o Enic entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a Fundação Universidade de Brasília (FUB), o Governo do Distrito Federal (GDF) e o Building Research Establishment (BRE).  
 
Clique aqui para acessar a revista.

Prêmio Época Empresa Verde reconhece atuação sociambiental de 20 empresas

Por Leticia Born

Rogerio Cassimiro/Época
 

Vilson Trintinaglia (Akzo Nobel), José Nunes (Coelce), Helio Gurovitz (Época), Frederic Kachar (Editora Globo), Denise Hills (Itaú), Carlos Amorim (Itambé) e Carlos Rossin (PwC) em evento de premiação

A primeira edição do Prêmio Época Empresa Verde, parceria da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) com a revista Época, apontou as 20 empresas que mais investem em preservação ambiental e sustentabilidade no País. 

Dentre estas, quatro se destacaram: a Itambé e o Itaú, no combate aos efeitos das mudanças climáticas nas categorias Indústria e Serviços, respectivamente; e a Akzo Nobel e Coelce como empresas mais verdes, também nas categorias Indústria e Serviços.

Foram 120 empresas que se inscreveram e responderam a dois questionários: o primeiro baseado no Global Reporting Initiative (GRI) e o segundo, com foco nas ações de redução das emissões de gases estufa. A PwC calculou a pontuação de cada empresa e chegou às 20 com melhor desempenho ambiental. Um conselho foi responsável por eleger as quatro empresas principais. Este conselho formou-se por José Roberto Marinho, presidente da Fundação Roberto Marinho; José Augusto Fernandes, diretor executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI); Luiz Gylvan, professor do Instituto de Estudos Avançados da USP; Mark Lundell, coordenador de operações setoriais para o desenvolvimento sustentável do Banco Mundial; e Rachel Biderman, consultora sênior do World Resources Institute no Brasil.

As 20 empresas selecionadas foram: Akzo Nobel Tintas Decorativas, Algar Telecom, Ambev, Andrade Gutierrez, ArcelorMitall, Bradesco, Bunge, Caixa, Cnec WorleyParsons, Coelce, EDP, HP, HSBC, Irani, Itambé, Itaú, Natura, Santander, Telefônica e Vale.

Akzo Nobel
Eleita a empresa mais verde na categoria Indústria, a fabricante de tintas busca reduzir o uso de substâncias tóxicas em 25% até 2015 e substituiu compostos tóxicos por soluções à base de água em 80% de suas tintas decorativas. Além disso, a Akzo Nobel investe cerca de R$ 788 milhões por ano em novas tecnologias, como o uso de fontes renováveis em seus produtos.

Coelce
A distribuidora de energia dos 184 municípios cearenses foi escolhida a empresa mais verde do ramo de Serviços. A Coelce possui programas de eficiência energética que geram economia e benefícios para seus clientes. Para os dois terços das famílias do Ceará de baixa renda, essa redução pode chegar a 25% na conta de luz no fim do mês. Além disso, a empresa possui normas de controle ambiental e procura incentivar o desenvolvimento de novas fontes de energia.

Itambé
A empresa de laticínios que ganhou o prêmio de mais preocupada com as mudanças climáticas na categoria Indústria, investiu R$ 20 milhões em eficiência energética e mudanças em seu processo industrial de 2007 para cá. Com isso, a Itambé reduziu suas emissões de carbono em 12% desde 2008 e tem a meta de chegar a 30% até 2012. A empresa também firmou parcerias com produtores rurais para a transformação do metano da pecuária leiteira em fonte de energia limpa.

Itaú
O banco, já abordado no Com:Atitude por suas iniciativas socioambientais, ocupa o posto de empresa mais verde na categoria de Serviços. O Itaú também conquistou o título de banco mais sustentável do mundo de acordo com jornal britânico Financial Times e o IFC, braço do Banco Mundial para o setor privado. O Itaú faz análise de risco socioambiental em financiamentos maiores do que R$ 5 milhões; criou um fundo que direciona recursos para iniciativas de impacto positivo no clima; desenvolve o programa de educação financeira Uso Consciente do Dinheiro; conta as emissões de carbono de seus escritórios e das quatro mil agências, dentre outras iniciativas.

O que as empresas relatam?

Veja as principais iniciativas das empresas do Prêmio Época Empresa Verde:

100% realizam iniciativas para mitigar o impacto ambiental dos processos
100% reduzem o consumo de recursos não-renováveis
88% realizam melhorias na conservação e eficiência energética
84% criam processos de impacto ambiental positivo
78% realizam ações de voluntariado para proteção ambiental
74% têm metas para gestão dos impactos na biodiversidade
73% reciclam e reutilizam a água
46% realizam investimentos para minimizar os impactos das mudanças climáticas

Sustentabilidade a serviço do colaborador

Preservar o meio ambiente e garantir condições favoráveis ao aumento da produtividade dos colaboradores. Essa combinação, que até pouco tempo era impensável, atualmente já está prevista em projetos arquitetônicos que são desenvolvidos exclusivamente para empresas, comércios, escritórios e indústrias. 
 
O resultado disso? Trabalhadores em condições ideais para produzir mais e melhor, além da redução de custos. Nunca investir no verde foi tão vantajoso.

De acordo com a arquiteta paulista Karla Cunha, especialista em projetos sustentáveis, as intervenções no espaço corporativo não seguem uma regra comum, mas são conduzidas segundo as intenções e necessidades de cada cliente e cada ocasião, entretanto, algumas medidas podem ser tomadas nos mais distintos locais.

As mudanças vão desde a otimização da luz e da ventilação natural até a promoção de conforto térmico e acústico com base em preceitos ‘ecologicamente corretos’.

"Hoje existem vários tipos de sensores de iluminação, por exemplo, que acendem e apagam conforme a incidência de luz natural externa, garantindo uma grande economia na conta de energia elétrica", explica a arquiteta.

Outra alternativa para garantir o conforto dos colaboradores e ainda dar uma força ao meio ambiente – e consequentemente para o bolso – são os ar-condicionados ecológicos, que têm a mesma eficiência, mas em contrapartida funcionam com níveis de ruído próximos a zero e consomem menos energia. Na conta final a economia pode chegar a até 40%.

"Além disso, o ar-condicionado ecológico utiliza um gás natural no lugar do CFC (clorofluorcarbono), gás nocivo à camada de ozônio e que continua presente nos modelos convencionais", completa Karla.

Divulgação


Energia solar: economia para o patrão, conforto para o colaborador. Retorno do investimento é a médio prazo

Invista em muros e telhados verdes

Em uma realidade urbana, os tons cinza e preto de concreto, asfalto, metal e poluição são predominantes. Para oferecer um efeito visual diferenciado e ainda assegurar um ambiente corporativo agradável e com sua estrutura melhor protegida contra as intempéries, uma das tendências arquitetônicas é revestir os muros e telhados com vegetação.

Dentre os benefícios desta alternativa está o isolamento acústico do espaço, a manutenção de temperaturas naturalmente aprazíveis e a purificação do ar. Além disso, o revestimento com vegetação protege a estrutura da construção, eliminando a concentração de calor e contribuindo para o devido escoamento da água.

Para tornar o projeto ainda mais funcional, aproveitar a vegetação dos muros para o cultivo de horticulturas orgânicas, que podem ser plantadas e distribuídas entre os colaboradores, é uma possibilidade que deve ser considerada.

Mais possibilidades

Não há desculpas para deixar de aderir à onda verde da sustentabilidade, pois com o retrofit até mesmo imóveis antigos com estruturas e instalações incompatíveis com as necessidades atuais podem passar por readequações. 
 
"Para as mudanças ocorrerem só depende mesmo de uma avaliação minuciosa a respeito", afirma Karla.

Bom para todos "A melhora na qualidade de vida dos colaboradores se
reverte em lucro financeiro para as empresas"
Karla Cunha
Arquiteta especialista em sustentabilidade 

Recorrer a torneiras temporizadas e com redutor de vazão, instalar no sistema de iluminação minuterias ou sensores de presença em áreas de uso coletivo, bem como providenciar lâmpadas em LED completam o arsenal sustentável, que gera economia para o patrão e qualidade de vida e condições para o melhor rendimento dos colaboradores.

Do mesmo modo, sistemas de aquecimento ou energia solar são medidas interessantes e, apesar de exigirem um bom investimento inicial para serem implantados, o ressarcimento financeiro é alcançado em médio prazo.

Manejo adequado permite economia de água e energia em sistemas irrigados



Os benefícios do sistema de plantio direto já são amplamente discutidos em fóruns e em eventos especializados. Por outro lado, uma nova abordagem – relacionada à economia de água e de energia elétrica em sistemas agrícolas irrigados – vem sendo apresentada pela Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG). 

 
Trata-se de um manejo adequado da irrigação para a cultura de grãos no sistema de plantio direto aliado à cobertura do solo.

Segundo o pesquisador José Aloísio Alves Moreira, da área de Solo, Água e Meio Ambiente, solos cobertos aumentam consideravelmente a eficiência no uso de água pelas culturas, reduzindo, consequentemente, os gastos com energia elétrica em sistemas irrigados. A maior eficiência do uso de água proporcionada pelo sistema de plantio direto, segundo ele, se dá devido à presença de uma adequada cobertura morta, reduzindo, portanto, as perdas por evaporação da água do perfil de solo.

A palhada atua na primeira fase do processo de evaporação da água, reduzindo a taxa de evaporação. Segundo José Aloísio, essa redução depende do nível de cobertura do solo. “Assim, quando a palhada é pouca ou é rapidamente decomposta, e a cultura cobre rapidamente o solo, esse benefício não é tão expressivo.

Essa é a razão da diferença de comportamento entre os solos cobertos e descobertos, em relação à eficiência do uso da água”, explica. O pesquisador afirma que a economia de água começa a ser importante a partir de 50% de cobertura do solo pela palhada, implicando em menor número de irrigações.

Somente em Minas Gerais, segundo dados do pesquisador Daniel Pereira Guimarães, da área de Solo, Água e Meio Ambiente, são 302 mil hectares de área irrigada com pivô central. Estudos indicam que o custo de aplicação de um milímetro de água em 100 hectares pode chegar a R$ 100.

Nesse contexto, em uma área experimental plantada com milho verde, o pesquisador José Aloísio registrou uma economia de 105mm de água com o sistema de plantio direto, utilizando também a cobertura com palhada. “Considerando uma área irrigada com pivô central de 100 hectares, a economia com energia elétrica pode chegar a R$ 10.500”, mostra o pesquisador.

“Se aplicarmos esse valor (105 mm) à área irrigada em Minas Gerais, teríamos uma economia de 317 milhões de m³ de água, o que daria para abastecer uma cidade de 3,6 milhões de habitantes por um ano”, explica José Aloísio. “Essas duas práticas, plantio direto e cobertura, se implantadas em conjunto, são mais eficientes que a adoção apenas do sistema de plantio direto”, interpreta.

Economia e eficiência

Se o solo em sistema de plantio direto coberto com palha apresenta menor evaporação, “com certeza o manejo da irrigação é diferenciado em relação ao sistema convencional, no qual a superfície fica a descoberto”, continua José Aloísio. Outras vantagens da prática do plantio direto com cobertura do solo são uma maior infiltração de água, um menor escorrimento superficial e maiores conteúdo e armazenamento de água.

Para efeitos de comparação, em áreas experimentais de milho verde sem e com cobertura, o número de irrigações caiu de 19 para 12. Já a lâmina de irrigação foi reduzida de 285mm para 180mm.

Tanto as lâminas quanto o número de irrigações tiveram reduções de mais de 30% no solo totalmente coberto em relação ao solo descoberto. O pesquisador, entretanto, cita que se para alcançar essa economia é importante que o manejo da irrigação seja feito utilizando os coeficientes técnicos do milho desenvolvidos especialmente para solos cobertos, que podem ser consultados pelo e-mail jaloisio@cnpms.embrapa.br .

O trabalho desenvolvido com a cultura do milho verde no sistema de plantio direto com solos cobertos pela palhada conta com o suporte financeiro da Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais).

Mais informações: Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO) da Embrapa Milho e Sorgo, Unidade da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), vinculada ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento): (31) 3027-1272 ou ace@cnpms.embrapa.br 
Guilherme Viana (MTb / MG 06566 JP)
Embrapa Milho e Sorgo
Contatos:(31) 30271223

Baixada Santista ganha atlas ambiental e socioeconômico

Por Elton Alisson Agência FAPESP – A Baixada Santista (SP) deve receber nos próximos anos uma série de investimentos por conta do início da exploração da bacia do pré-sal e da duplicação da capacidade do Porto de Santos. 
 
Pesquisadores da USP desenvolvem aplicativo para facilitar
e acelerar o licenciamento de novos empreendimentos e 
operações na área litorânea, por conta da exploração do 
pré-sal e da duplicação da capacidade do Porto de Santos
 
Uma ferramenta de geotecnologia desenvolvida no Laboratório de Geoprocessamento da Engenharia de Transportes da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) facilita e acelera a tomada de decisão para licenciar novos empreendimentos ou operações na área litorânea da região. Em fase de desenvolvimento, o aplicativo, denominado“Atlas ambiental e socioeconômico da Baixada Santista”, começou a ser construído em 2006, com apoio da FAPESP por meio do Programa de Pesquisa em Políticas Públicas. 
 
Atualmente, para avaliar os impactos da construção de um empreendimento ou início de operação industrial ou portuária (dragagem do canal, por exemplo) em zonas costeiras marinhas, os gestores públicos utilizam uma série de relatórios digitais ou impressos com enorme variedade de dados, podendo ultrapassar 15 volumes, que não apresentam conexão clara entre os temas. 
 
Para facilitar e acelerar esse processo, os pesquisadores desenvolveram um Atlas, baseado em mapas temáticos, associado a um banco de dados georreferenciado da área litorânea da Baixada Santista. A ferramenta integra informações sobre meio ambiente, usos culturais e socioeconômicos da região em uma única plataforma, de fácil acesso e em linguagem simples, para melhorar o trabalho dos gestores públicos. 
 
Por meio do Portal podem ser acessados tabelas, gráficos, vídeos e mapas de uma determinada área da região em que se pretende construir um novo empreendimento. Cruzando mapas sobre diferentes temas de interesse, é possível avaliar se o ecossistema suporta tal construção. “É possível, por exemplo, clicar em uma determinada região do mapa para saber os níveis de contaminantes e verificar se está acima ou no limite do permitido pela Cetesb [Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental]”, disse Silvia Sartor, coordenadora do projeto, à Agência FAPESP. 
 
Segundo ela, a ferramenta de gestão ambiental e socioeconômica é inédita e poderá ser aplicada em qualquer área, mesmo não se tratando de zona marinha costeira. Antes de desenvolvê-la, Sartor participou da construção do Atlas de Sensibilidade Ambiental ao Óleo da Bacia Marítima de Santos para a Petrobras e o Ministério do Meio Ambiente (MMA). Por meio dessa experiência, a pesquisadora verificou na prática a dificuldade de se obter dados de pesquisas prévias, além da fragmentação e da falta de disponibilização e padronização das informações sobre a zona costeira da Baixada Santista. 
 
“Como não há empresa interessada em estudar o canal de São Vicente, por exemplo, que é uma área que não está industrializada, há uma enorme escassez de dados sobre aquela região”, disse. “O único estudo prévio no Canal de Navegação do Porto de Santos disponível sobre macrobentos, grupo da fauna que é indicador de impacto ambiental, havia sido realizado em 1979. Um novo estudo só foi realizado em 2006-2008, para apoiar a pesquisa voltada a avaliar o impacto ambiental do aprofundamento do Porto de Santos, que gerou cerca de 19 volumes”, exemplificou. 
 
Mapas temáticos Com base na experiência adquirida, Sartor decidiu realizar um projeto de avaliação de impacto ambiental e socioeconômico na região mais amplo e com linguagem mais simplificada, de forma a possibilitar que o gestor público possa visualizar os indicadores ecológicos para tomar decisões sobre a aprovação ou não de novos empreendimentos ou operações na região. 
 
Para isso, contou com parcerias de órgãos públicos, como o MMA, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Cetesb, que disponibilizaram os dados, e as empresas Imagem Soluções Espaciais e Esri, que forneceram o software, para gerar os mapas temáticos. Sartor também recorreu a pesquisadores de diversas áreas, como biologia, ecologia, oceanografia, ciências humanas e da computação para interpretar e padronizar os dados. 
 
“Cada tema do mapa necessita do envolvimento do especialista na área para definir padronizações que possibilitam comparar dados provenientes de diferentes estudos. E isso é bastante complexo”, disse. Atualmente, o grupo está desenvolvendo um site na internet para facilitar o acesso aos dados e buscando patrocínio para as próximas fases do projeto. “A ferramenta já está em uma fase de construção que possibilita demonstrar sua capacidade para as agências licenciadoras como Ibama e Cetesb. 
 
Espera-se chamar o interesse dessas agências pela eficácia da ferramenta no acesso e visualização de informações, estimulando-as a exigir que os novos Estudos de Impacto Ambiental ou Relatórios de Impactos ao Meio Ambiente, elaborados por empresas que visam ao licenciamento de seus empreendimentos na região, sejam desenvolvidas nesse novo formato”, disse Sartor.