Copel faz estudo para prever impactos dos carros elétricos sobre a rede

Companhia vai lançar táxi elétrico e eletropostos como forma de testar a tecnologia
Por Luciano Costa 

 
A Copel pretende lançar nesta semana aquele que será o primeiro táxi do Brasil movido a energia elétrica. No momento, a companhia paranaense acerta os últimos detalhes com a Infraero e com o Aeroporto de Curitiba para que o veículo possa ficar à disposição do público do terminal aeroportuário. Apesar da iniciativa, a estatal afirma que não tem interesse no desenvolvimento da tecnologia de veículos elétricos, mas sim em estudar qual será o impacto que essa frota pode vir a causar sobre a rede de distribuição de energia das cidades.
"O veículo não é nosso negócio. Nossa preocupação é em estarmos preparados para implementar uma logística que possa prever as demandas que venham pela frente, quando, nos próximos anos, esses carros se popularizarem", esclarece o diretor de distribuição da Copel, Vlademir Santo Daleffe. O executivo afirma que a companhia também já faz estudos e testes referentes à instalação de eletropostos, que serão utilizados para recarregar os veículos.
Ao falar sobre o interesse da Copel na área, Daleffe ressaltou a importância de outro investimento que a companhia tem planejado: a aplicação de R$350 milhões para a implantação de um sistema de redes de energia inteligentes - as smart grids - em toda a cidade de Curitiba até 2014. "O smart grid acaba sendo fundamental para essa tecnologia do carro elétrico", garante o diretor.
Daleffe explica que a grande importância das redes inteligetnes será no aprimoramento da gestão e do acompanhamento da carga na rede elétrica. O diretor acredita que a implantação de eletropostos e veículos que os utilização vai demandar muita inteligência do sistema. "A rede vai ter que ser muito bem gerida. Porque uma coisa é você ter uma carga onde você conhece a demanda e o histórico de consumo. E outra é você ter eletropostos espalhados e que, aleatoriamente, poderão ser demandados ou não".
Outro ponto que tem sido analisado pela Copel é o modo como será comercializada a energia para os usuários do sistema de eletropostos. Daleffe revela que ao menos duas alternativas já foram pensadas. Uma envolve o uso de cartões pré-pagos que dariam direito a carregar os veículos. Na outra ideia, os clientes seriam cadastrados e teriam uma senha que, ao ser usada na compra da carga, fariam com que a cobrança viesse junto com a próxima fatura de luz do consumidor. No momento, o que está sendo adotado nos testes da empresa é o modelo pré-pago.
A estatal paranaense ainda faz planos para a melhor localização e o modelo dos eletropostos que serão espalhados pelo Estado no futuro. "Hoje, cada eletroposto tem custado para a Copel R$13 mil. É um valor ainda alto, mas é um protótipo. Não tenho dúvida de que vamos conseguir introduzir isso com valores muito menores e de forma abrangente. Esse movimento (de lançar eletropostos) vai exigir uma preparação muito grande das distribuidoras", prevê o diretor da Copel.
Fonte: Jornal da Energia

Eco-novidades: Joias a partir de tampas de latinhas recicladas

As latas viraram joias nas mãos de Yoav Kotik
A criatividade não para quando o assunto é reciclar objetos. O designer israelita Yoav Kotik, por exemplo, confecciona jóias com tampas e latas reutilizadas. São latinhas de refrigerantes e cervejas que desviam o caminho do lixo e vão enfeitar os braços e pescoços de mulheres do mundo todo.
“Nós coletamos as latinhas de metal de todos os lugares”, diz Kotik em seu site oficial. “É preciso carinho, cuidado e delicadeza para moldar e criar peças únicas”, completa o designer que já apresentou suas joias não só em Israel, mas também no Reino Unido, Holanda e Japão.
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Tampinhas de refrigerante viraram um colar
O nome da linha de acessórios não veio à toa: Precious Metal, ou “metal precioso” pode ser associado a como Kotik vê sua matéria prima. Para ele as peças são como voltar à infância, pelo colorido e inovação do material. “O trabalho no metal revela o vasto potencial, mostrando camadas e expondo emoções”, acredita o artista.
Os acessórios, que podem ser comprados através da loja virtual, também são como peças de arte que brincam com a imaginação e com questões que despertam o lado sustentável da moda.
As peças podem ser compradas pelo site do artista
*Via EcoD.

Satélites mostram situação da poluição mundial

Há muito tempo os cientistas sabem dos perigos para a vida do impacto da poluição do ar. Mas até recentemente, medí-la globalmente com acuidade era uma coisa fora de alcance. 
Com nossas técnicas de imagem por satélite, porém, pesquisadores estão tendo sua primeira visão de como a matéria particulada é distribuída pelo mundo, e em locais onde a mensuração não era nada confiável. Este é um passo importante para entender melhor um problema que, segundo epidemiologistas, contribue com milhões de mortes prematuras por ano.

No mundo desenvolvido, instrumentos em terra são usados geralmente para medir os níveis de matéria fina particulada, que têm 2.5 micrometros de diâmetro ou menos. Material deste tamanho, dizem pesquisadores, são pequenos o bastante para se alojar nos pulmões e provocar asma, bronquite e outros problemas sérios de saúde. E no mundo em desenvolvimento, nem todos os países têm meios de medir a poluição.

Com informação obtida por dois satélites da NASA, os pesquisadores Aaron van Donkelaar e Randall Martin, da Universidade Dalhousie, no Canadá, usaram modelagem por computador para gerar um mapa que mostra a distribuição de matéria particulada no mundo, informa o Tree Hugger. 

Em alguns lugares, principalmente onde há muito vento, a distribuição de matéria particulada é uma ocorrência natural, mas as atividades humanas têm também grande responsabilidade. Áreas de população densa, como o oeste da China, mostraram níveis mais alto de poluição. "Ainda temos muito trabalho pela frente com o mapa, mas ele é um passo à frente", diz Martin. "Esperamos que os dados sejam úteis em áreas onde não há mensurações robustas baseadas em terra."



Fonte: Planeta Sustentável

Campeã de carros por habitante, Curitiba tenta alternativas para garantir transporte coletivo para a Copa

Por Sônia Marques A Prefeitura de Curitiba começou a testar na segunda-feira (27) um ônibus menos poluente, com motor elétrico, com vistas à Copa do Mundo de 2014. A iniciativa da capital paranaense é mais uma tentativa para enfrentar uma contradição: seu sistema de transporte coletivo é considerado o mais eficiente do país, porém a cidade é dona do maior número de carros por habitantes entre as capitais brasileiras: 0,63 carro/habitante, o triplo de Salvador (0,19) e superior à média nacional de 0,27, conforme dados do IBGE (veja quadro).
Em 2010, mesmo ano em que recebeu as premiações consideradas o Oscar das categorias “sustentabilidade” e “transporte público” -- Sustainable Transport Award, nos Estados Unidos, em janeiro, e Globe Award Sustainable City, na Suécia, em abril -- Curitiba registra um aumento acumulado nos últimos quatros anos de 29,33% em sua frota de veículos, que chegou a 1.177.065 unidades em 2009.

VEJA A TAXA DE CARROS POR HABITANTE EM ALGUMAS CAPITAIS BRASILEIRAS

Capital Frota de veículos* População* Veículos por habitante
Curitiba (PR) 1.177.065 1.860.651 0,63
São Paulo (SP) 5.951.686 11.037.593 0,53
Belo Horizonte (MG) 1.196.407 2.460.335 0,48
Porto Alegre (RS) 664.503 1.439.171 0,46
Brasília (DF) 1.129.658 2.628.619 0,42
Rio de Janeiro (RJ) 1.922.082 6.200.027 0,31
Recife (PE) 441.338 1.566.642 0,28
Fortaleza (CE) 631.097 2.518.611 0,25
Manaus (AM) 397.136 1.751.241 0,22
Salvador (BA) 585.820 3.018.888 0,19
Belém (PA) 256.381 1.443.158 0,17
Brasil 47.000.000 174.000.000 0,27
  • *Dados de 2009 (Fonte: IBGE)
Mas, se o transporte público é tão bom, por que tanta gente usa carro em Curitiba? Para alguns especialistas ouvidos pelo UOL Notícias, o aumento de carros na capital paranaense vem do seu bom desempenho socioeconômico, que confere maior poder de compra aos seus habitantes.
Curitiba apresenta, segundo dados do IBGE, taxa de crescimento populacional anual de 1,8%, enquanto o Brasil conta com 1,4%. Mesmo sendo a sétima capital em tamanho, ela está em quinto no ranking de PIB (Produto Interno Bruto), com R$ 40 bilhões em 2009. No ranking de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), Curitiba é a segunda capital do país, atrás apenas de Brasília (DF). Com uma renda per capita de R$ 21,7 mil/ano, Curitiba é ainda a segunda cidade com maior taxa de Classe A do país e é onde a Classe C mais cresceu (56% de aumento contra 43% da média nacional apontado estudo do Instituto Ethos, divulgado em 2009).
Sonho de consumo
Traços culturais também explicam a atração do curitibano por carros. Desde a abertura do mercado da era Collor, no final da década de 1980, a cidade vem ostentando a maior média de venda de carros de luxo e importados per capita do país -- só perde para São Paulo (SP) em venda de Mercedez Benz. Desde que abriu sua loja em 2008, a Porsche vende, em média, 120 unidades por mês. A marca Mini, por sua vez, comercializou 138 carros de agosto em dezembro do ano passado, quando começou a operar.
“Por melhor que seja o sistema de transporte coletivo, o automóvel vai continuar competindo, porque ele é um sonho de consumo, fácil de comprar e garante liberdade de mobilidade”, justifica Luiz Filla, gerente de operações de transporte coletivo da Urbs (Urbanização de Curitiba SA), empresa pública responsável pelo planejamento, operação e fiscalização de transporte e trânsito na capital do estado.
“Comprar carro e moto é fácil hoje em dia. Com o veículo na garagem, o usuário não quer se submeter ao horário de ônibus, por melhor que seja o sistema de Curitiba”, concorda José Mário de Andrade, diretor de negócios internacionais da Perkons, empresa paranaense especializada em tecnologia para segurança e gestão de trânsito, que inventou a lombada eletrônica. “O sistema curitibano é bom do ponto de vista das pessoas que planejam, mas o usuário sempre terá queixas a fazer porque exige tempo e às vezes, mais de um ônibus para chegar ao destino” emenda, ponderando que a situação de circulação ainda não é extremamente crítica. “São Paulo tem em torno de 6 milhões de veículos ou 300 carros por dia. Curitiba tem 1, 8 milhão de veículos e uma circulação média em torno de 20 a 30 por dia”, afirma.
Transporte público para a Copa
Aplicado com sucesso em Curitiba pela primeira vez em 1973, o sistema BRT (Bus Rapid Transit), composto por ônibus integrados, é a base do transporte público que transformou a cidade em modelo para cidades brasileiras e estrangeiras.
No total, são 465 linhas urbanas e metropolitanas operadas por 28 empresas privadas. “O principal atributo do BRT é que ele incorpora características do metrô por um custo cerca de 20 vezes menor por quilômetro”, explica Luís Antônio Lindau, pós-doutor em engenharia de tráfego e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Nove das 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 receberão uma injeção de R$ 22 bilhões para a compra de ônibus articulados para implantação ou ampliação do sistema BRT. Curitiba será uma delas, e o teste do “hibribrus” (ônibus híbrido) da Volvo faz parte das análises preliminares da prefeitura municipal.
A despeito das premiações internacionais, o transporte coletivo curitibano está longe do ideal, admite Ricardo Antônio Almeida Bindo, supervisor de planejamento do Instituto de Planejamento e Pesquisa de Curitiba (IPPUC), entidade ligada à prefeitura. “O nosso sistema de transporte não é excelente, mas funciona razoavelmente bem comparativamente com outras cidades brasileiras. Está bem estruturado, tem tarifa única, é integrado, eficiente do sistema de transporte na canaleta (via especial, onde trafegam alguns tipos de ônibus)”, observa.
Mesmo assim, segundo Bindo, o número de usuários do transporte coletivo já é muito alto. Hoje há cerca de 2,3 milhões de passageiros/dia em Curitiba e mais 13 municípios da região metropolitana. No horário de pico, os ônibus da cidade circulam com 35 mil pessoas/hora.
Bindo não revela a base de cálculo adotado para mensurar a distribuição de ônibus pelas linhas. “Não existe número mágico em que dizemos para tantas pessoas, precisamos de tantos ônibus. Mas estamos permanentemente tentando aperfeiçoar o sistema."
A prefeitura, entretanto, vem aumentando suas medidas restritivas de tráfego nas áreas de maior movimento na cidade, diminuindo a possibilidade de estacionar em várias regiões. “A cidade cresceu, e as ruas, não. Ainda assim, os congestionamento são pequenos e pontuais em determinados horários. É diferente de São Paulo ou Porto Alegre, em que a cidade para”, explica Bindo, do IPPUC, que descarta a adoção de rodízio como solução imediata.
Além dos ônibus, a prefeitura de Curitiba, na campanha para ser uma das sedes para a Copa de 2014, prometeu a construção de metrô. Segundo a prefeitura municipal, o projeto está em fase de “estudos de engenharia”.
*Colaborou André Marques

O ECA como fator de sustentabilidade

Sérgio Mindlin*

Por todo o mundo, é uma tendência que o movimento em torno da sustentabilidade tenha forte viés relacionado ao meio ambiente. Há de se observar, no entanto, que o conceito de desenvolvimento sustentável envolve responsabilidades não apenas do ponto de vista ambiental, como também do econômico e social. Neste sentido, a aprovação do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, há 20 anos, representa inegavelmente uma contribuição importante para o desenvolvimento sustentável do Brasil.

A lei é um eixo fundamental para a justiça social. O norte do estatuto é o da proteção integral: o ECA determina que é dever de toda a sociedade garantir vida digna à criança e ao adolescente, prevendo o cumprimento de direitos referentes à saúde, alimentação, educação, lazer e cultura, para citar os mais básicos.
Além disso, o ECA representa a perspectiva de sustentabilidade de longo prazo, pois crianças cujos direitos são assegurados tornam-se adultos mais preparados, inclusive para lidar com o futuro da humanidade.

Nesses 20 anos, o estatuto possibilitou uma série de conquistas sociais, como redução do trabalho infantil e a universalização do acesso das crianças à escola no nível fundamental. Um dos seus aspectos mais importantes foi a criação dos conselhos dos direitos, órgãos de constituição paritária entre o poder público e a sociedade civil. Sobretudo no âmbito municipal, os conselhos, ou CMDCAs, têm a responsabilidade de estabelecer a política de atenção ao público infanto-juvenil e de aplicar recursos financeiros recebidos via Fundos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente, canal preferencial do envio das somas destinadas pela iniciativa privada a projetos sociais que viabilizam a proteção da infância e juventude.

Um dos objetivos dos conselhos municipais de direitos é que a sociedade como um todo se articule para exigir que os recursos públicos sejam bem aplicados. Isso exige um corajoso ordenamento desses organismos, permitindo ampla participação social em sua constituição. No entanto, nem sempre se observa isso.

O processo de escolha de seus representantes ainda é restrito em cidades de grande importância no cenário brasileiro.

Em sua concepção, a ideia de envolver a sociedade civil no processo de formação dos conselhos tem muita força de representação e participação. A prática efetiva, porém, precisa ser aprimorada. Se bem conduzida, a escolha dos membros dos CMDCAs tem o poder de fortalecer esses organismos e de fazer crescer a captação de recursos, principalmente os advindos da iniciativa privada, que pede garantias no que se refere à aplicação sustentável do dinheiro investido. Consequentemente, é uma forma de esses organismos ganharem relevância, uma vez bem entrosados com a sociedade civil organizada e atendidos seus anseios.

Há dez anos, a Fundação Telefônica investe em um programa que visa à garantia de direitos da criança e do adolescente, já tendo direcionado cerca de R$ 35 milhões para essa finalidade. Um dos grandes objetivos perseguidos pela instituição nesse período tem sido a divulgação do ECA, através do portal Pró-Menino, hoje uma referência na área, assim como seu Concurso Causos do ECA, que há seis anos traz à luz histórias reais de transformação de vidas a partir da correta utilização do estatuto. “Conhecer para aplicar” tem sido o mote de sustentação do portal.

O ECA veio para modernizar o modelo de doutrina, garantir direitos e determinar deveres. Mas cabe à sociedade – ou seja, a cada um de nós – garantir que seja mesmo aplicado, para melhorar a realidade a partir dele e vivermos de forma mais sustentável.


*Sérgio Mindlin é diretor-presidente da Fundação Telefônica

Madeira plástica é uma nova opção para setor de construção civil

A Wisewood Soluções Ecológicas, fabricante de madeira plástica, está ampliando sua atuação no mercado de construção civil com um investimento de R$ 12 milhões na ampliação do parque fabril até 2011 e também na compra de duas novas máquinas para produção da nova linha de produtos.

O reforço será positivo para a área de Construção Civil, pois abastecerá o mercado brasileiro com 150 toneladas mensais de tábuas feitas em polipropileno (PP), pisos, painéis, estacas, tapumes e afins em madeira plástica.

A base da madeira Wisewood é qualquer tipo de plástico reciclável, ao qual se pode agregar até 40% de fibras vegetais como serragem, fibra de coco, bagaço de cana, bambu, borra de café, sisal, juta, sabugo de milho, casca de arroz, raspas de couro, algodão, folhas, e mais uma infinidade de outros resíduos.

A madeira plástica pode ser serrada, cortada, pintada, pregada, resistente aos ambientes hostis como locais úmidos ou com excessiva exposição ao sol. Também não solta farpas e é totalmente imune a cupins.
 

Uma casa que preserva o bolso e o meio ambiente.


Os constantes aumentos no preço da energia irritam a todos, sejam inquilinos, sejam proprietários. Mas algumas pessoas podem encarar a situação com mais tranquilidade. A casa dos três litros da Evonik em Düsseldorf mostra por quê.
Hans e Marianne Hopp moram no prédio desde o começo dos anos de 1970. As despesas com o aquecimento doméstico praticamente dobraram desde então. Mas isso foi antes da reforma. O balanço agora é muito mais saudável: os inquilinos consomem menos de um quarto da energia necessária antes da reforma, graças a um aperfeiçoamento da tecnologia de construção e caldeiras com isolamento térmico. A espessura da camada isolante na parede das caldeiras, que antes era de 100-120 mm, agora é de 200 mm. As janelas possuem vidro triplo. No subsolo do prédio há uma mini-usina de cogeração a gás (CHP) que fornece calefação, luz e água quente para o bloco todo. Além disso, sistemas fotovoltaicos instalados no telhado também produzem eletricidade, o que traz retornos financeiros, uma vez que essa energia é fornecida à rede pública. O calor produzido na moradia de baixo consumo de energia é constantemente reutilizado. O ar fresco do apartamento não vem de uma janela aberta e sim de um sistema descentralizado de ventilação. O ar exaurido expelido do prédio aquece o ar fresco a uma temperatura agradável por meio de um trocador de calor.

O balanço pós-reforma em termos de economia de energia fala por si. Antes, a necessidade anual de energia primária era de 287 quilowatts-hora por metro quadrado. Esse número compreende a energia necessária para abastecer o apartamento em termos de calefação e água quente, e também inclui a energia necessária para o transporte e o manejo da fonte de energia. O número atual é de apenas 36 kWh. O apelido “Casa de Três Litros” vem de uma analogia com os automóveis que consomem pouco combustível.

Também o meio ambiente se beneficia. Antes que se fizessem as melhorias no prédio, cerca de 80 kg de CO2 por m2 eram gerados anualmente por área útil, em comparação com os atuais -10,5 kg de CO2 por m2. Esse “resultado negativo” surpreendente – e favorável ao meio ambiente resulta de um menor consumo de combustível fóssil que antes. Além disso, a geração de energia elétrica por meio de sistemas fotovoltaicos e mini-usinas CHP tornam desnecessária a geração de energia, e, consequentemente, CO2, em outros lugares. De modo que o resultado negativo é algo tremendamente positivo para o meio ambiente.

Fonte: www.evonik.com.br

VER2010 - 2º Seminário Veículos Elétricos & Rede Elétrica acontece em novembro

Segunda edição do Seminário de Veículos Elétricos e Rede Elétrica será na Associação Comercial do Rio de Janeiro em 18 de novembro.

A ampla difusão da mobilidade individual motorizada a partir do início do século XX até os dias atuais e o desenvolvimento urbano ensejado pela mobilidade e adaptado a ela tornaram não apenas o veículo individual, mas também o de transporte coletivo e de cargas um elemento essencial para o funcionamento das sociedades modernas.

Entretanto, os problemas ambientais decorrentes do crescente consumo de combustíveis, principalmente os fósseis colocam em xeque a viabilidade da manutenção e, sobretudo, da expansão da mobilidade sobre pneus nas bases tecnológicas tradicionais, acionada por motores de combustão interna. O acionamento elétrico, pela sua elevada eficiência e redução de emissões constitui a forma mais efetiva de se viabilizar o potencial de aumento do número de veículos, principalmente dos países em desenvolvimento, e preservar a mobilidade da maioria das sociedades contemporâneas, a qual dificilmente poderá ser baseada apenas nos transportes de massa, já eletrificados.


Nas últimas décadas ocorreram, e estão na iminência de ocorrer mudanças importantes, decorrentes de uma nova visão do quadro energético mundial, dos avanços tecnológicos dos sistemas de geração e controle de menor porte e de novas formas de uso de energia pelo consumidor.

O Veículo Elétrico (VE) se destaca como um novo ator, tanto para o setor de transporte quanto para o setor de energia elétrica, que deve ter papel decisivo nas transformações e impactos que acarretará nos próximos anos. Esta tendência tem reflexos mundiais, destacando-se as iniciativas nos Estados Unidos, na Europa, na China e no Japão que apresentam uma aceleração, nos últimos doze meses, da penetração dos diferentes tipos de veículos elétricos: híbridos e plug-in; leves e pesados; transporte individual e transporte de massa.

A disseminação de veículos elétricos dotados de bateria, contando ou não com geração embarcada, denominado veículo elétrico híbrido, se constitui em elemento chave desses impactos, traduzindo-se em maiores desafios para as empresas distribuidoras de energia elétrica. O VE pode assumir o duplo papel de consumidor e gerador para o sistema elétrico, mudando o relacionamento tradicional empresa-cliente e apresentando um novo conjunto de requisitos a ser atendido pelas distribuidoras.

Objetivo do Seminário

Nesta segunda edição do seminário serão discutidos o cenário de penetração dos veículos elétricos no Brasil, as necessidades de interação com a rede de energia elétrica, os principais condicionantes institucionais dessa interação e sua influência no futuro papel das empresas distribuidoras de energia elétrica.

Outros pontos que se destacam na avaliação da integração dos veículos elétricos com a rede elétrica são:


  • A interação do veículo elétrico com seu fornecedor de energia é bem mais complexa do que a do veículo convencional com a rede de fornecedores do combustível que o aciona.



  • Serão necessários reforços em diversos pontos das redes de distribuição, além de milhares de pontos de conexão, junto às residências e outros locais de estacionamento.



  • Pontos de recarga rápida e/ou troca de baterias também poderão ser previstos e implantados.



  • Os procedimentos de conexão dos veículos à rede elétrica, de medição e cobrança do fornecimento, bem como a padronização de seus conectores deverão se estabelecidos de modo a permitir que um carro possa ser abastecido em qualquer localidade do país.



  • Será importante explorar a interação controlada entre as baterias e as redes elétricas. Enquanto o VE estiver ligado à rede, também poderá ceder energia de sua bateria para contribuir para a melhoria do serviço de eletricidade prestado pela concessionária local.



  • Público alvo

    Profissionais das empresas de energia elétrica e de empresas de desenvolvimento e fabricação de veículos elétricos, agentes reguladores dos setores de energia elétrica e de transporte, planejadores urbanos, projetistas e consultores de rede elétrica, investidores e analistas financeiros dos setores de energia elétrica e de transporte.

    Local e data

    Auditório da ACRJ
    Rua da Candelária, 9 – 12º andar
    Rio de Janeiro – RJ
    18 de novembro de 2010, 8:00h às 18:00h

    Inscrição

    As inscrições poderão ser feitas no site do evento que será anunciado em breve.
    Preço: R$ 650,00 até 31/10/2010
    R$ 700,00 após 31/10/2010

    Informações

    O programa e outras informações importantes estarão disponíveis no site do evento que será anunciado em breve.

    Organização

    ABVE – Associação Brasileira do Veículo Elétrico – www.abve.org.br
    INEE – Instituto Nacional de Eficiência Energética – www.inee.org.br

    Fonte: INEE e ABVE

    Práticas sustentáveis reduzem custos nas organizações

    Não é conversa fiada, nem propaganda gratuita. Diversas empresas brasileiras já começaram a colher os frutos do investimento em práticas sustentáveis, levando em conta não só os lucros, mas também os aspectos sociais e ambientais do País.
    Que tal reduzir em até 70% os custos com energia elétrica? O Salvador Shopping conseguiu esta meta, diminuindo os gastos, no período de 10h às 15h, ao adotar no projeto arquitetônico uma estrutura em vidro especial com 5,5 mil m², que permite a iluminação natural e ainda ajuda a reduzir o calor.
    As inovações não param por aí: o aproveitamento da água das chuvas, o esgoto a vácuo e a pouca utilização de madeira na estrutura de construção rendeu o prêmio ouro do Conselho Internacional para Shoppings Centers da América Latina. “Hoje todo mundo pensa em sustentabilidade, o empresariado está preocupado com isso”, justifica Antonio Andrade Júnior, diretor da Andrade Mendonça, construtora responsável pela obra.

    Exemplos de sucesso
    A fábrica da Millenium na Bahia também acumula prêmios e benefícios. Única indústria do País a receber do Ministério de Minas e Energia o Prêmio Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia 2009, a empresa instalou um comitê interno de conservação de energias, substituiu equipamentos antigos por outros com melhor eficiência energética e, nos últimos dois anos, diminuiu a proporção de matérias-primas utilizadas.
    De acordo com o diretor industrial da empresa no Brasil, Ronaldo Alcântara, os investimentos de R$ 4 milhões permitiram uma economia anual de R$ 4,76 milhões às operações da fábrica, além da redução de 12,01% na emissão de dióxido de carbono na atmosfera. Os resultados são empolgantes. De 2001 a 2005 houve redução de 10,8% no consumo de energia e de 2005 até o momento, os valores foram reduzidos em outros 28,8%.
    ”O mais importante foi o treinamento das nossas equipes, que se concentram no desenvolvimento de soluções para esses resultados”, destaca o diretor da empresa.

    No Dia Mundial Sem Carro, veja 100 motivos para andar a pé

    É bom andar a pé, como diz a música de Wilson Simoninha. E, hoje 22 de setembro, você tem um motivo a mais para isso: aderir às ações do Dia Mundial sem Carro, criado em 1996 pelos franceses em protesto à poluição ambiental. De lá para cá, cidades do mundo engajaram-se no movimento.

    A caminhada é uma atividade fácil de ser realizada, que tonifica o corpo e queima muitas calorias , afirma a personal trainer do MinhaVida, Valéria Alvim. E, se você ainda está em dúvida quanto a deixar o carro na garagem, acompanhe as dicas abaixo.

    Os consultores da MPR e autores do Guia de Corrida, Fábio Rosa e Emerson Gomes, listam a seguir cem motivos capazes de convencer qualquer pessoa a abrir mão do volante, e não só uma vez por ano. Mas sempre que possível. Acompanhe:

    1- Aumenta a liberação de endorfinas, ajudando no combate do stress, ansiedade e depressão.

    2- Tonifica a musculatura das pernas, coxas e glúteos

    3- Possui um gasto médio de 200-300 kcal/hora

    4- Na subida o gasto calórico pode aumentar para até 450kcal/hora

    5- Melhora a circulação sanguínea

    6- Auxilia na prevenção de varizes
    Andar
    7- Auxilia no controle da pressão arterial

    8- Auxilia no controle do colesterol, aumentando o HDL(bom colesterol) e diminuindo o LDL (mau colesterol)

    9- Aumenta a massa muscular 10- Melhora a atividade do sistema imunológico

    11- Ajuda a prevenir a osteoporose, através da compressão imposta aos ossos pelo impacto da caminhada

    12- Aumenta o metabolismo de repouso, aumentando assim o gasto calórico diário

    13- Aumenta a capacidade dos pulmões absorverem o oxigênio

    14- Auxilia no combate a diversos tipos de câncer 15- Alivia os sintomas da TPM

    16- A caminhada durante a gestação pode facilitar o parto, por manter a musculatura firme

    17- Acelera a recuperação pós-parto

    18- Acelera a recuperação de cirurgias

    19- Aumenta a força dos membros inferiores

    20- Melhora flexibilidade

    21- Acelera a atividade do sistema nervoso, auxiliando na condução de impulsos

    22- Auxilia no controle postural, pois exige sustentação do tronco

    23- Diminui riscos de derrame cerebral

    24- Auxilia no controle e prevenção da diabetes

    25- Ajuda a prevenir a obesidade

    26- Auxilia no combate ao tabagismo

    27- Melhora a auto estima

    28- Combate a insônia

    29- Praticamente sem contra indicações

    30- Você fica mais disciplinado, pois caminhando para o trabalho, há horário a cumprir e com isso impõe um ritmo a seu organismo

    31- Tem baixo custo. Basta apenas um calçado confortável com amortecedor

    32- Aumenta o contato com o meio ambiente, ficando livre do ar condicionado do carro e do escritório

    33- Auxilia na absorção de vitamina D, se realizada durante o dia devido à irradiação solar

    34- Sem pegar o carro, você colabora com o trânsito

    35- Colabora com o controle da emissão de gases que provocam o aquecimento global

    36- Você fica livre dos congestionamentos e do stress que os engarrafamentos provocam aos motoristas

    37- Deixando o carro na garagem, você gasta menos dinheiro com combustível

    38- Você economiza com o altíssimo valor cobrado pelos estacionamentos

    39- Pode fazer suas comprar durante a caminhada de ida e volta ao trabalho, evitando a perda de tempo em se deslocar somente para isso

    40- Caminhar nas ruas permite observar melhor a arquitetura dos prédios e descobrir lugares nunca antes observados

    41- Caminhar nos parques permite observar a natureza

    42- Aumenta a percepção de umidade e temperatura

    43- Caminhar em contato com a natureza pode reduzir ainda mais a ansiedade, pois a cor verde traz tranqüilidade

    44- Podemos observar as nuvens no céu, o que dificilmente pode ser feito dentro de um carro

    45- Podemos ver o nascer do sol enquanto caminha em direção ao trabalho 46- Podemos desenvolver a audição prestando atenção nos sons dos carros que se aproximam

    47- Em um parque, podemos ouvir o cantar dos pássaros

    48- Podemos ver o pôr do sol enquanto voltamos do trabalho

    49- Enquanto caminhamos, podemos conversar com os amigos
    "Andar a pé reduz o risco de AVC (Acidente Vascular Cerebral)"
    50- Caminhando diariamente, você fica em forma e pode até economizar com a academia

    51- Você ganha uma maior resistência aeróbica

    52- Auxilia na tonificação da musculatura dos membros inferiores;

    53- Aumenta o seu gasto calórico

    54- Fortalece os tendões

    55- O impacto da caminhada rápida ajuda na calcificação dos ossos, retardando ou evitando a osteoporose, problema que afeta principalmente mulheres

    56- Ajuda a controlar a ansiedade

    57- Combate a depressão

    58- Controla a pressão arterial

    59- Contribui para a diminuição dos valores da freqüência cardíaca de repouso (basal)

    60- Estimula a socialização

    61- Trabalha o equilíbrio do corpo

    62- Fortalece as articulações

    63- Reduz risco de arteriosclerose

    64- Reduz o risco de AVC (acidente vascular cerebral)

    65- Reduz risco de infarto do miocárdio

    66- Auxilia no controle do colesterol

    67- Auxilia no controle do diabetes
    Caminhada
    68- Aumenta a eficiência do sistema imunológico

    69- Age no controle do estresse

    70- Reduz o risco de câncer no cólon

    71- Auxilia na prevenção do reumatismo

    72- Ajuda na melhora da disposição para o dia-a-dia

    73- Combate sentimentos de inadequação

    74- Melhora a auto-estima

    75- Ajuda no controle da obesidade

    76- Diminui o risco de lesão devido ao baixo impacto (comprando à corrida)

    77- Auxilia no ganho da massa óssea

    78- Diminui o risco de varizes

    79- Diminui o risco de lombalgia

    80- Contribui para o aumento da flexibilidade 81- Aumenta a resistência anaeróbica 82- Ajuda a corrigir vícios posturais

    83- Melhora a estabilidade articula

    84- Contribui para a melhora de problemas de circulação

    85- Considerada a prática mais segura de exercícios aeróbicos do ponto de vista ortopédico e cardiovascular

    86- Ajuda a fortalecer braços e troncos (se houver boa utilização dos braços, no movimento da caminhada)
    Andando
    87- Ajuda na oxigenação cerebral, auxiliando na circulação do sangue pelo corpo

    88- Traz a sensação de bem-estar

    89- Auxilia no aumento da força

    90- Reduz o risco de câncer de mama

    91- Ajuda a combater a insônia

    92- Aumenta a produção endorfina

    93- Auxilia no combate à asma

    94- Auxilia no trabalho digestivo

    95- Melhora o metabolismo energético

    96- Combate os radicais livres

    97- Melhora a qualidade do sono

    98- Retarda o envelhecimento

    99- Contribui para a diminuição do risco do diabetes tipo 2

    100- Diminui os triglicérides.

    3º Simpósio Brasileiro de Construção Sustentável

    A série de Simpósios Brasileiros de Construção Sustentável teve início em 2008 e visa tratar, sob a ótica de especialistas estrangeiros e lideranças intelectuais e empresariais do país, do intercâmbio das perspectivas mundiais e das soluções locais para buscar novas diretrizes para o setor de construção em temas polêmicos que o permeiam, como políticas públicas, auto-regulamentação, conservação e uso de fontes alternativas de recursos, informalidade; adaptação às mudanças climáticas e sustentabilidade de modelos urbanos.
    Em sua terceira edição - o SBCS10 - o Simpósio será realizado em 08 e 09 de novembro de 2010, no Amcham Business Center, juntamente com a conferência internacionalSustainable Building 2010 Brazil (SB10Brazil).
    SB10Brazil é uma das conferências regionais em construção sustentável organizadas em 2010 como preparação para a SB Mundial, em 2011, a ser realizada em Helsinki, na Finlândia. Trata-se da quinta edição mundial da conferência, que é a maior neste assunto na esfera científica. A organização, em nível mundial, é apoiada pelo CIB (International Council for Research and Innovation in Building and Construction), UNEP (United Nations Environment Programme) e iiSBE (International Initiative for a Sustainable Built Environment). No Brasil, é uma colaboração entre o CBCS e uma coalizão de universidades brasileiras líderes no tema: UNICAMP, UFES e UFSC, tendo como chairs Vanessa Gomes (UNICAMP, iiSBE, CIB), Vahan Agopyan (USP, CIB) e Marcelo Takaoka (CBCS/UNEP SBCI).
    SB10Brazil marca o décimo aniversário do CIB 2000 - From theory to practice, uma das primeiras grandes tentativas de estimular e facilitar a aplicação dos conceitos de construção sustentável no Brasil e América Latina. Ao longo desta última década, os esforços enfocaram o nivelamento de conhecimento, o desenvolvimento de uma visão de futuro mais sustentável para o país e a exploração de aspectos de gestão e inovação para construção sustentável.
     
    SB10Brazil assumiu o desafio de auxiliar a instrumentar esta mudança. Com a coordenação cientifica de Marina Ilha (UNICAMP), a SB10Brazil convida ao envio de contribuições e estudos de casos para estimular a implementação e a demonstração de avanços em, entre outros temas e sub-temas: 


    1. Projeto e construção avançados;
    2. Habitação e assentamentos de interesse social mais sustentáveis e financeiramente acessíveis;
    3. Reformas e manutenções;
    4. Modelos urbanos e infra-estrutura;
    5. Políticas e legislações;
    6. Processo integrado de entrega de empreendimentos e modelos de contratação atualizados;
    7. Metodologias e ferramentas de avaliação da sustentabilidade;
    8. Gestão sustentável de facilidades;
    9. Modelos de negócios para construção;
    10. Educação e treinamento.
    Os organizadores da SB10Brazil encorajam os institutos de pesquisa, universidades e empresas a se reunirem em São Paulo, e se engajarem em colaboração internacional para o intercâmbio de informações, formação de redes de empresas e grupos de pesquisa e desenvolvimento de competências empresariais em sustentabilidade.
    Os idiomas oficiais da conferência serão o Português e o Espanhol, porém, devido ao interesse internacional pelo tema, serão aceitos também resumos e artigos em inglês. Versões atualizadas e ampliadas dos melhores trabalhos da SB10Brazil, além de artigos selecionados de convidados nacionais e internacionais, serão publicadas em um número especial da Revista Ambiente Construído, publicada pela ANTAC, em 2011.
    Para mais informações acesse o site do evento: www.sbcs.net.br

    Novo design ecológico

    Um documento radical, apoiado por organizações do segmento e pelos principais designers e consultorias, planeja definir um novo padrão de sustentabilidade em design. Confira!


    Valerie Casey estava em um vôo para outro país – seu terceiro naquele mês – quando teve uma crise de consciência. A designer, que trabalhava para a frog e agora está na IDEO, havia acabado de dar a ideia de um projeto de embalagens a um dos maiores serviços de entregas do mundo, uma empresa com um registro ecológico apenas razoável. O filme Uma Verdade Inconveniente ainda ecoava em sua cabeça, mas ainda assim ela não sabia nem como começar uma conversa sobre sustentabilidade com seus clientes. Em sua frustração, ela escreveu aquilo que chamou de "Tratado de Kyoto" do design.

    Pouco mais de um ano depois, seu ensaio evoluiu para um conjunto mais formal de princípios que recebeu o nome de "Acordo de Designers", que já foi assinado por milhares de designers e continua sendo assinado por muitos outros. Seu comitê consultivo de seis membros inclui Paul Hawken, autor "best-seller” e fundador do Natural Capital Institute (Instituto do Capital Natural), o CEO da IDEO, Tim Brown, entre outros.

    O Acordo dos Designers surgiu na época do crescente interesse e demanda por produtos, serviços e práticas de negócios sustentáveis, mas em uma era de incerteza contínua sobre como definir ou medir o nível "ecológico" e a crescente impaciência dos consumidores com as falsas declarações ecológicas de algumas empresas. Embora ainda seja cedo para estimar seu impacto, o acordo tem o potencial de alterar de forma drástica a prática do design e as práticas de negócios das milhares de empresas que trabalham com consultorias de design.

    O Acordo dos Designers é ao mesmo tempo um pequeno empurrão e um passo radical. Um pequeno empurrão no sentido de que muitos designers e escritórios de design já praticam vários dos princípios delineados no acordo: colocar em prática um programa para treinar suas equipes em design sustentável, iniciar um diálogo sobre impacto ambiental e alternativas sustentáveis com cada cliente, medir a pegada de carbono/gases causadores do efeito estufa de sua empresa e comprometer-se a reduzir, de modo significativo, essa pegada a cada ano, entre outros (para obter uma lista completa dos princípios e mais informações sobre o Acordo dos Designers, acesse designersaccord.org).

    Uma alteração no paradigma do design

    “Uma das empresas com que falei na última semana me disse que já está fazendo a maioria das coisas que estão no acordo, e que assiná-lo a ajudaria a comprometer-se com as práticas sustentáveis de forma completa", diz Allan Chochinov, editor-chefe do website de design Core77 e outro membro do conselho do Acordo dos Designers. “Se observar a maioria dos princípios descritos no Acordo, verá que não são particularmente onerosos e irão, de modo bem pragmático, aumentar o conjunto de habilidades e a conscientização tanto do escritório de design quanto do cliente. E isso cria uma espécie de parceria em direção à mudança positiva".

    Apesar de vários dos princípios serem relativamente simples, o Acordo marca uma mudança de paradigma: em primeiro lugar, designers de todo o segmento, incluindo os principais escritórios como a IDEO, SmartDesign, Continuum e frog, já assinaram, e as duas grandes associações profissionais americanas – a AIGA e a IDSA (Sociedade de Designers Industriais dos EUA), que juntas representam mais de 22 mil membros – já deram seu endosso ao acordo. Casey conta mais de 3.500 signatários no momento, mas o número tem crescido rapidamente, com a assinatura de várias multinacionais e empresas que possuem equipes internas de design.

    Para os clientes, isso é importante porque significa que a sustentabilidade passará a ser parte do assunto, não importa com qual escritório de design estejam conversando. Chochinov, da Core77, faz uma comparação com a LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental), o sistema de classificação introduzida pelo GBC (Conselho de Construções Ecológicas dos EUA) em 2000. “Hoje em dia, não dá para conversar com um arquiteto sem que surja o assunto LEED”, ele diz. “O acordo irá tornar a sustentabilidade parte da conversa sobre design”.

    Novas restrições para a abordagem centrada no usuário

    E, enfatiza Chochinov, isso vai acontecer muito em breve, o que é importante. Por exemplo, se a equipe criadora do projeto considerar questões de sustentabilidade na fase de protótipo, será possível sair em busca de materiais mais ecológicos ou de uma bateria mais eficiente. Embora seja difícil discutir diante dessas melhorias, o Acordo dos Designers deseja mais do que, como diz Casey, "os mesmos negócios de sempre, mas com materiais melhores".

    Ao incluir a sustentabilidade na discussão desde o início, o Acordo deseja promover a reflexão sobre novos comportamentos e novos modelos de negócios. Pense na ZipCar, uma empresa cujo impacto depende não de carros mais ecológicos, mas, sim, de um comportamento mais ecológico dos motoristas e da utilização mais eficiente de recursos.

    Para os designers, o Acordo traz novas camadas e limitações à abordagem centrada no usuário que a maioria deles utiliza atualmente. “Será um conjunto todo novo de ideias”, acrescenta Brown, da IDEO. “Mas descobrimos que a sustentabilidade complementa muito nosso processo de inovação centrado no ser humano”. Ele diz que ela também estimula os designers a olharem além do artefato e a pensarem em um sistema mais amplo.

    Casey aponta o exemplo de uma escova de dentes que a IDEO projetou para a Oral-B há vários anos. “O resultado obteve muito sucesso de acordo com os principais indicadores da época: desempenho no mercado e design centrado no ser humano. Nota máxima”, disse ela. Mas as alças de plástico co-moldado que ganhavam tantos pontos no quesito ergonomia não são tão boas em termos de utilização de materiais. Sem mencionar todas as escovas descartáveis que acabam suas vidas em aterros sanitários.

    Um novo design para o comportamento

    Como a IDEO lidaria com o mesmo projeto agora? “Provavelmente não consideraríamos o fator da forma da escova, mas criaríamos um novo design para todo o ritual de higiene no banheiro", disse Casey. “Então pensaríamos no efeito negativo de produtos descartáveis e na água desperdiçada. Poderíamos nos concentrar em motivar as pessoas a fecharem a torneira durante a escovação.

    “E se um simples monitor de água fosse usado em todos os novos designs de banheiro – um leitor fixado à válvula de fluxo padrão para que os usuários fizessem comparações com a leitura anterior ou com a de outra pessoa? Mas se fosse me concentrar no produto em si, imagino uma escova de dentes com cabeças descartáveis. Ou talvez uma escova de dentes com um irrigador que distribuiria a hidratação necessária ao apertá-la. E no nível mais básico, pensaria em outros materiais e processos de produção. Sem mencionar as embalagens!”, completa.

    Como Casey admite sem pestanejar, nem todo cliente estará aberto para repensar seus negócios de maneira radical. O gerente da linha de produtos Oral-B provavelmente tem como único objetivo colocar uma nova escova de dentes no mercado. Mas quando as consultorias de design são contratadas pelos principais executivos das empresas para pensar em inovações estratégicas, há mais oportunidades para se pensar além do produto na direção de novos modelos de negócios.

    Embora essa abordagem ecológica seja significativa, é a segunda parte do acordo que promete causar o maior impacto – sobre os estúdios de design, seus clientes e, por fim, sobre os consumidores. Os signatários do acordo prometem romper a tradicional discrição do segmento e compartilhar o que aprenderam sobre o design sustentável. “Ao reunir nossos recursos, provavelmente reduziremos o investimento” que cada empresa precisará fazer em pesquisas e treinamento de sustentabilidade, disse Casey, que afirma que, como aluna de Yale, foi influenciada pelas pesquisas realizadas por seu professor, Barry Nalebuff, sobre "co-opetição".

    Protegendo a propriedade intelectual do cliente

    “Isso é de extrema importância porque o conhecimento continua sendo o maior obstáculo ao design sustentável”, disse Ric Grefe, diretor-executivo da AIGA. “Há dois anos, eu poderia dizer que os clientes simplesmente não estavam prontos para falar de sustentabilidade. Mas isso mudou muito. O desafio agora é o que acontece durante qualquer mudança de paradigma: é preciso efetivar esse salto na base de conhecimento".

    Casey imagina uma plataforma Web aberta na qual os signatários do acordo possam compartilhar informações e melhores práticas. Devido à natureza do design industrial e a necessidade de proteger a propriedade intelectual dos clientes durante a fase de design e, de certo modo, até mesmo após o lançamento de um produto, a plataforma será menos parecida com o Linux e outros projetos de software de código aberto no qual todo o código é público, e mais parecida com um arquivo de estudos de casos de sustentabilidade que envolva tudo, da obtenção de materiais e métodos eficazes de análise de ciclo de vida a questões sobre como a empresa começou a conversar sobre sustentabilidade com seu cliente e quais lições aprendidas puderam ser transferidas para outros projetos.

    “Estamos falando de compartilhar conhecimentos novos de alto nível referentes a metodologias e processos, de maneira muito parecida com o que é feito pelas consultorias de gestão", disse Brown, da Ideo.  “Podemos compartilhar nossas descobertas de modo generalizado sem que seja necessário divulgar os detalhes específicos do trabalho do cliente", acrescentou Grant Kristofek, campeão de sustentabilidade da Continuum. Kristofek está ciente de que o envolvimento de sua empresa com o acordo poderia fazê-los perder alguns clientes não abertos a discussões sobre o design ecológico, mas diz que não foi difícil tomar a decisão de assinar. “É a coisa certa a se fazer. Faz sentido do ponto de vista dos negócios. E o design ecológico significa um design de melhor qualidade", disse ele.

    Uma abordagem de baixo para cima

    É importante ressaltar que o acordo não vincula seus signatários, o que faz com que seja relativamente fácil para as empresas assiná-lo. Não há nada que impeça uma empresa de adotar formalmente o acordo, mas não respeitar os seus princípios. E um cliente pode contratar a empresa de design sem querer ter qualquer tipo de conversa sobre sustentabilidade.

    Posto isso, caso tenha sucesso, o Acordo dos Designers irá iniciar o movimento do design sustentável nos EUA, que, embora esteja claramente crescendo, ainda fica atrás do movimento na Europa, onde as leis governamentais mais rígidas vêm forçando as empresas a pensarem nas questões ambientais já há algum tempo.

    Mas, por fim, esse movimento de baixo para cima que vêm se formando nos EUA pode levar a soluções mais inovadoras do que a abordagem de cima para baixo utilizada na Europa, que estimula os designers e engenheiros a cumprirem com os requisitos específicos, em vez de levá-los a pensar em maneiras novas e diferentes de fazer as coisas. O tipo de mudança que o acordo espera iniciar dificilmente é criado apenas por regulamentos. Ele se espalha por comunidades de pessoas dispostas a batalhar depois que abraçam uma ideia.
    Jessie Scanlon é escritora-sênior de Inovação e Design da BusinessWeek.com

    Fonte: Agenda Sustentável (www.agendasustentavel.com.br)

    Jeans e Meio Ambiente – Moda Consciente, saiba como sua produção afeta a natureza


    É com grande prazer que anuncio a nossa nova colunista a Lu Jordão. Editora do excelente e um dos meus blogs preferidos Duas Moda e Arte a Lu vai trazer semalmente informações bacanas sobre moda sustentável e moda inclusiva. Muito bem vinda Lu! Para estrear com o pé direito uma matéria super completa sobre o jeans e o meio ambiente.
    O Jeans e o Cenário da Moda Atual
    Quando falamos em sustentabilidade e consumo consciente precisamos pontuar que comprar um produto é muito mais do que aquilo que estamos adquirindo. É uma urgência prestar atenção nos valores que estão por trás das mercadorias que compramos. E deve ser assim para tudo o que consumimos.O que seria a moda sustentável, como defini-la? Responder a essa pergunta é tarefa complexa e, temos que pensar em todo o processo de produção da indústria da moda, na utilização de materiais orgânicos e valorização de mão de obra local.
    O processo de fabricação de apenas uma calça jeans consome quantidade de água igual a que uma pessoa precisa para viver durante um ano.
    Para que o seu jeans seja sustentável de verdade, ele deve ser feito com algodão orgânico e para produzi-lo é necessário evitar o seu contato com produtos químicos e substâncias tóxicas. Entendam bem, não temos condições hoje, diante do cenário atual, de nos negar a usar a moda “não orgânica” (se assim podemos chamar…). E não é nossa proposta um boicote louco, inflexível e nada inteligente. Nossa única intenção é ter registros da situação real. Informação clara e séria que leva à reflexão. Reflexão leva a mudança de hábitos. E, mudança de hábitos é a única saída para nosso planeta, uma vida saudável para nossos filhos e nossos netos…
    Certamente há uns três anos atrás eu não tinha essa inquietação ou noção do que havia por trás das roupas que eu comprava… E talvez ainda não tenhamos uma noção real da história de cada marca onde compramos… O controle ainda é praticamente impossível. Saber se uma empresa tem um processo industrial correto, com tecidos orgânicos, processo de tintura correto sem desprezo irresponsável no meio ambiente, valorização de sua mão de obra com respeito às leis trabalhistas, não utilização de mão de obra infantil e programa de aproveitamento de resíduos, não é tarefa fácil… Como consumidores ainda não temos estes dados ou mecanismos claros e eficazes de fiscalização para controle e decisão de “usar” ou “não usar”. Atrevo-me a dizer “ainda” porque sinceramente, diante da quantidade de informações que estão circulando, diante da consciência dos consumidores e seu perfil exigente, o que há por trás da moda ficará mais claro dia após dia…

    A busca por um Jeans Mais Sustentável
    Vale destacar que é preciso ter atenção quanto à certificação do algodão utilizado nos jeans. Esta postura torna-se “moda” ou “moda leviana” quando alguns empresários colocam etiquetas de produto orgânico, mas ainda utilizam algodão com emprego de agrotóxico para rápido crescimento ou, fibras sintéticas misturadas ao mesmo sem informar o consumidor.
    Além disso, para ser sustentável mesmo, a mão de obra precisa ser remunerada de acordo com as leis trabalhistas bem como toda a parte de segurança do trabalho (EPI) e bem estar social, devem ser observados. Em relação ao tingimento, deve ser feito com coloração natural e as lavagens das calças devem ser feitas sem produtos químicos. Dessa forma pode-se implantar sistema de reaproveitamento da água empregada nas lavagens.
    O programa de reaproveitamento ou reciclagem de todos os resíduos desse processo também é muito importante ou, gera-se lixo têxtil, um dos grandes agressores do meio ambiente. Para finalizar, o design deve ser objeto de desejo, fugindo do fantasma do “ecologicamente correto, porém, nada fashion ou brega, cafona, tortinho…”
    O jeans é verdadeiramente sustentável quando:
    • É feito com algodão orgânico e certificado ou, com reaproveitamento de jeans já existente no mercado;
    • Mão de obra remunerada de acordo com as leis trabalhistas e atenção à segurança do trabalho;
    • Tingimento é natural;
    • Programa de reaproveitamento da água utilizada na lavagem que, para isso deve ser sem produtos químicos;
    • Programa de reciclagem de resíduos, reduzindo quase em sua totalidade o lixo têxtil. Para que o produto chegue perfeito e desejável às prateleiras, deve ter um design interessante. Todo o processo de produção deve obedecer à legislação e às normas ambientais, buscando como complemento o melhor aproveitamento no uso de recursos naturais e a preservação da natureza e da biodiversidade.
    Tingimento Natural: Para quem quer entender um pouquinho mais, as tinturas químicas que agridem profundamente os rios, no processo sustentável são substituídas por corantes naturais. Podemos citar como exemplo o cultivo sustentável da anileira, fonte de índigo natural (o azul vegetal) e o cultivo de alfafa, aveia e trigo que são fontes de clorofila, o pigmento verde.
    Bom exemplo:
    Na Holanda, a marca Kuyichi já consegue produzir uma linha de jeans 90% orgânica em larga escala. A marca conseguiu alterar praticamente toda a sua produção com adequação às necessidades do meio ambiente, diferente de outras marcas, que investem somente em linhas de jeans orgânico e por coleção. Seu jeans é resultado de algodão natural plantado e produzido com técnicas artesanais por índios do Peru, sem a adição de agrotóxicos ou de fibras sintéticas.
    Quanto custa fazer uma moda correta? Essa é a questão… Quando os custos de um processo correto concorrem com os custos de fast fashion (que não tem seus produtos gerados dentro de uma cadeia sustentável por consequência da celeridade para atender a demanda de muitas coleções e no menor custo possível) o valor assusta. Uma calça da Kuyichi custa em torno de 150 euros (R$ 333,00). Porém, se compararmos isso a uma calça de grife (que quase sempre é fabricada sem a preocupação ambiental ou social), o valor torna-se mais real. Vale a reflexão: ao comprar um jeans por  R$ 69,90, quem financia a diferença é o meio ambiente e a mão de obra explorada. É extremista? Sim! Mas, real. Podemos mudar instantaneamente? Não!  Porém, podemos questionar e mover para que as mudanças na indústria da moda sejam pensadas
    Empresas que já trabalham com Jeans Ecologicamente Corretos:
    A Tristar, uma empresa familiar do Rio de Janeiro , tem o jeans feito com algodão e tingimento orgânicos.  Para ser limpo nada de água e sabão! Segundo a marca, 24 horas na geladeira ou freezer, matam as bactérias. O jeans sustentável ainda é dupla face, permitindo variações e consumo consciente. Um short e uma calça, ambos dupla face, foram produzidos dentro do total conceito de sustentabilidade. A Tristar fornece o tecido para diversas marcas no Brasil e no exterior. A idéia da marca carioca surgiu em uma feira de Berlim voltada para sustentabilidade. O tecido da Tristar é resultado do plantio de algodão em uma área preservada durante cinco anos, o que dispensou o uso de agrotóxico. Todo o processo foi comandado pela Santista Indústria Têxtil, de São Paulo.
    A Tavex Corporation fabricante do tecido Bio Denim, que substituiu seus processos químicos por naturais em toda a linha de produção do produto.  Um amido natural de batata foi usado no lugar da goma sintética e nos processos de lavagem e tingimento, a manteiga de cupuaçu foi utilizada como amaciante natural, resultado de uma parceria com a  comunidade da Amazônia. A extração é feita por 700 famílias, o que movimenta recursos na região, atendendo as necessidades das famílias locais. O acabamento produzido com algodão reciclado e, feito exclusivamente com fibras e fios reaproveitados do próprio processo industrial. Além do Bio Denim, 75% dos ‘denins’ produzidos pela Tavex já recebem este acabamento, o que demonstra adequação da indústria ao meio ambiente. O lançamento do Bio Jeans foi feito pelo estilista brasileiro Carlos Miele, através da Miele Jeans em Nova York.
    A Eden Organic é outra marca brasileira de São Paulo, que assiste 200 famílias no campo, produtores de algodão 100% orgânico. A marca desenvolve os princípios da sustentabilidade na indústria e em toda sua cadeia produtora. Os produtos têm um design extremamente estiloso.
    Algumas marcas não adequaram toda sua produção, mas já criam linhas de jeans orgânicos. Uma delas é a Diesel que criou a linha “Pure Organic”, feita em algodão natural, e segundo eles, sem utilização de nenhum processo químico em sua produção. A Levi’s criou a linha Levi’s Eco, produzida com algodão 100% orgânico e certificado. Saiu na coleção passada. Agora em agosto, tentei achar aqui no Rio de Janeiro e não consegui.
    Conclusão
    Concluímos que, ao falar em moda, além de todo o exposto acima, as RELAÇÕES DE TRABALHO JUSTAS devem ser uma realidade. Todos os envolvidos na produção de uma roupa devem ser valorizados. O estilista tem todos os seus méritos e imensurável valor como criador, mas seu produto final terá muito mais valor agregado se o agricultor que plantou o algodão e a costureira que executou a peça também forem reconhecidos. As três partes merecem condições de trabalho e salários justos. Isso é dignidade social… É o lado da sustentabilidade que vai junto com a preservação ambiental. Para isso torna-se necessária a organização objetivando a produção local, diminuindo ou anulando o ato de importar material e mão-de-obra, o que alimenta a prática da mão de obra com preços injustos e vergonhosos. Assim, a indústria contribui para o desenvolvimento de sua própria região. Sempre, ao final de cada matéria faço questão de registrar que a moda tem dois grandes e urgentes desafios: a sustentabilidade e a inclusão – uma moda para todos.
    E se você conhece outras marcas de jeans orgânicos, compartilhe os links conosco!
    Por Lu Jordão Duas Moda e Arte