Economia verde em alta











Da Agência Ambiente Energia - Os financiamentos para fomento à pesquisa sobre economia verde ganham espaço na pauta da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). 
A área indiretamente aparece como um dos principais focos da atuação da entidade. Uma análise preliminar mostra que o tema representa cerca de R$ 3 bilhões na carteira contratada da empresa a partir de 2002, entre financiamentos reembolsáveis e não reembolsáveis.

Apesar de não ter uma linha de crédito específica para economia verde, 35% da carteira reembolsável (financiamentos que devem ser pagos de volta) contratada ou em contratação desde 2004 se referem a 99 projetos relacionados de alguma forma ao conceito de sustentabilidade, alcançando R$ 2,04 bilhões.

Segundo a Finep, os setores de energias renováveis e biocombustíveis, mudança do uso do solo (majoritariamente na agroindústria) e tecnologias verdes representam mais de 75% desse total. Projetos relacionados especificamente à redução de carbono representam R$ 1,674 bilhão. 
A “carteira verde” da Finep tem apresentado uma taxa de crescimento anual de 20%.

Cinzas de vulcão serão transformadas em tijolos na Patagônia argentina

Marcia Carmo
De Buenos Aires para a BBC Brasil




As cinzas do vulcão chileno Puyehue poderão ser transformadas em tijolos na cidade turística de Villa La Angostura, na Patagônia argentina, disse à BBC Brasil o secretário de Obras Públicas e Serviços Públicos da localidade, Gabriel Fachado.

“Temos material de sobra para fazer tijolos, tubulações, poços de água e asfalto. Acrescentamos às cinzas um pouco de cimento e o resultado é um bloco perfeito para a construção”, afirmou o arquiteto.

Segundo ele, os tijolos serão usados inicialmente para a construção de casas populares, mas também serão úteis para outros modelos de casas e de hotéis.
“Vila La Angostura está construída sobre solo vulcânico, mas jamais tivemos tamanha quantidade deste material e por todos os lados da nossa cidade”, disse.

Para ele, é preciso “aproveitar” o material expelido pelo vulcão que está a quarenta quilômetros da cidade e é frequentada principalmente por turistas de classes altas no verão e no inverno.

De acordo com estimativas da Defesa Civil local, Villa La Angostura acumula cerca de cinco milhões de metros cúbicos de cinzas, o suficiente, disseram, para encher as caçambas de "um milhão de caminhões".
Nesta quinta-feira, as cinzas voltaram a cair na cidade onde tetos, piscinas, lagos, ruas e bosques estão cobertos com os resíduos vulcânicos.
“No início foi uma areia e depois cinza. Nos lagos também flutuam grandes pedras vulcânicas, espécie de blocos inteiros”, afirmaram na Defesa Civil.

Tijolo feito com cinzas do vulcão Puyehue (Foto: Página/12)
Cinzas são misturadas com cimento para 
fazer material resistente (Foto: Página/12)

Utilidade
O governo local, com apoio do governo da província de Neuquén e da Argentina, contou Fachado, entenderam que este material “deve ser transformado em algo útil para a comunidade”.

Ele afirmou que a ideia é exportar o tijolo de cinzas para outras localidades de Neuquén e depois, “quem sabe”, para outras províncias argentinas.
Fachado disse que trinta e duas famílias já se inscreveram para formar uma cooperativa especializada na fabricação deste material de construção.
“Com estas cinzas, vamos gerar mão de obra para os que estão desempregados”, disse.

O diretor de Meio Ambiente de Villa La Angostura, Daniel Meier, disse que outra proposta que está sendo discutida no local é usar a areia para fazer “praias” em torno dos principais lagos da cidade.
“Não seremos o Rio de Janeiro, mas vamos acrescentar mais uma atração ao nosso turismo, que é realmente a nossa principal fonte de renda”, disse à BBC Brasil.

Tijolo feito com cinzas do vulcão Puyehue (Foto: Página/12)

Autoridades queriam usar cinzas de forma 'útil' 
para comunidades afetadas 
(Foto: Jornal Página/12)

Ele disse que várias toneladas das cinzas já foram levadas para diferentes galpões na cidade, mas que ainda há “outras milhares de toneladas” acumuladas nas ruas e nos quintais dos moradores.
“Estamos realizando análises permanentes e comprovamos que as cinzas não são tóxicas. Mas temos que usar óculos e máscaras porque é como se estivéssemos respirando pó ou areia da praia o tempo inteiro”, disse.

Transtornos
Villa La Angostura possui quinze mil habitantes e desde que o vulcão entrou em erupção, no dia quatro de junho, muitos ficaram sem luz e água porque o peso das cinzas afetou os fios de alta tensão.
Nesta quinta-feira, segundo a Defesa Civil local, 75% da população já tinham luz, mas as cinzas voltaram a cair e a única certeza, disseram Fachado e Meier, é que a temporada de inverno será afetada.
“Pedras de vulcão também caíram nas estações de esqui e temos medo de uma avalanche. Mas com tijolos e outros projetos com estas cinzas vamos superar esta etapa e ficar prontos para a temporada de verão”, disse Meier.
Antes, disse, é preciso “sair do atual estado de emergência” na qual a localidade oficialmente se encontra.

Nature publica especial sobre biocombustíveis

Ciência e Tecnologia
A revista Nature lançou, em sua edição atual, um suplemento especial sobre biocombustíveis. 
 
A publicação tem apoio da FAPESP, do Biotechnology and Biological Sciences Research Council (BBSRC) do Reino Unido, do BioEnergy Science Center (BESC), ligado ao Departamento de Energia dos Estados Unidos, e das empresas Ceres e BP. 
 
Intitulado Semeando substitutos para combustíveis fósseis, o suplemento reúne artigos e reportagens que abordam os biocombustíveis sob diferentes perspectivas. Moving forward with biofuels foi escrito por Carlos Henrique de Brito Cruz (diretor científico da FAPESP), Richard Flavell (cientista-chefe da Ceres), Martin Christie (diretor de comunicação e sustentabilidade da BP Biocombustíveis), Janet Allen (diretora de pesquisa da BBSRC), Douglas Kell (CEO da BBSRC), Martin Keller (diretor associado do Oak Ridge National Laboratory) e Paul Gilna (diretor do BESC).

No texto, os autores destacam que os biocombustíveis podem ser uma parte significativa da resposta à pergunta que se faz hoje sobre como a humanidade pode seguir em direção à mobilidade de baixo carbono assegurando, por um lado, o suprimento necessário de alimentos e serviços ambientais suficientes e, por outro, minimizando ou mesmo revertendo a produção de gases de efeito estufa, em um contexto no qual se prevê que o uso de energia deverá dobrar até 2050.

Segundo eles, os biocombustíveis podem substituir muitas aplicações do petróleo e, em particular, os combustíveis líquidos utilizados no transporte. Além disso, eles também podem servir como substitutos do petróleo nas indústrias petroquímicas, como, por exemplo, na produção de polímeros “verdes”.

Em contrapartida, a produção de biocombustíveis de plantas tem gerado muita controvérsia e equívoco. O que, na opinião dos autores, justifica e torna oportuno o suplemento especial da revista sobre o tema.

“A produção em larga escala de biocombustíveis, como parte de uma agricultura global mais eficiente, não é somente vital para a suficiência, segurança e sustentabilidade energética, como também é um dos principais temas na agenda de debates política, regulatória e de sustentabilidade”, afirmam.

De acordo com o texto, em 2010 os Estados Unidos produziram 13 bilhões de litros de etanol de milho, o que corresponde, aproximadamente, a 10% do total do combustível que utilizam e representa um aumento de 800% em relação a 2000.

Por sua vez, o Brasil também teve um aumento de sua produção, que chegou a, aproximadamente, 8 bilhões de litros de etanol de cana-de-açúcar, representando cerca de 50% do combustível utilizado no país. Mas esse aumento não foi obtido apenas com a expansão do uso da terra para plantio.

Houve também um considerável aumento de produtividade. “A produtividade da cana-de-açúcar aumentou no Brasil de 50 toneladas por hectare em 1975 para 80 toneladas por hectare em 2005”, apontam os autores.

O texto também destaca a experiência bem-sucedida do Brasil na utilização do etanol de cana-de-açúcar como combustível, por meio de pequenas mudanças nos motores dos automóveis e na produção do chamado polietileno “verde” por companhias petroquímicas como a Braskem, além do farneseno (o diesel da cana), que deverá começar a ser produzido em breve no país pela empresa Amyris.

“Quanto mais informações forem reunidas de experimentos realizados em grande escala nos Estados Unidos, com o milho, e no Brasil, com a cana-de-açúcar, mais inovações e/ou melhorias serão possíveis em todas as etapas da cadeia de produção, assim como nos novos projetos de processos de produção e biorrefinarias”, afirmam.

Lições do Brasil

No artigo Lessons from Brazil, a professora de economia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (USP), Marcia Azanha Ferraz Dias de Moraes, aborda lições que o Brasil pode oferecer para outros países com base em sua experiência de 35 anos como um dos maiores produtores mundiais de biocombustível.

Essas lições incluem a viabilidade de se substituir parte do combustível fóssil por uma alternativa renovável, a necessidade de regras claras sobre o funcionamento do mercado, a presença de uma economia de escala, a proteção ao meio ambiente e a atração ao investimento estrangeiro.

“Qualquer país que queira atrair investimento doméstico ou estrangeiro precisa ter regras claras sobre o funcionamento de seu mercado de etanol. É preciso que estabeleça, entre outras coisas, como será a formação de preços, a competição com a gasolina, uma política de financiamento de estoque e de criação de empregos”, disse Moraes à Agência FAPESP.

Entre os outros artigos publicados no suplemento estão: A new hope for Africa, de Lee Lynd, da Thayer School of Engineering do Dartmouth College; Direct impacts on local climate of sugar-cane expansion in Brazil, de Scott Loarie, pesquisador do Departamento de Ecologia Global da Carnegie Institution for Science, e outros; e Microbial production of fatty-acid derived fuels and chemicals from plant biomass, de Eric Steen, do Departamento de Bioengenharia da Universidade da Califórnia, em Berkeley, e colegas.

O suplemento especial Nature Outlook sobre biocombustíveis pode ser acessado em 
 


A responsabilidade social corporativa precisa correr na veia das organizações

A responsabilidade social tem por premissa as relações éticas e transparentes, e assim ganha condições de manter o melhor relacionamento com parceiros e fornecedores, clientes e funcionários, governo e sociedade. Ou seja, quem aposta em responsabilidade e diálogo vem conquistando mais clientes e o respeito da sociedade 


Há uma tendência atual da maioria das empresas em fabricar produtos ou a prestar serviços que não degradem o meio ambiente, que promovam a inclusão social e a participação do desenvolvimento da comunidade de que fazem parte. Esses são os diferenciais cada vez mais importantes para as empresas na conquista de novos consumidores ou clientes. Pelo retorno que traz, em termos de reconhecimento da imagem corporativa e melhores condições de competir no mercado, além de contribuir substancialmente para o futuro do país, o movimento da responsabilidade social vem crescendo muito no mundo. O negócio baseado em princípios socialmente responsáveis não só cumpre suas obrigações legais como vai além.
 
Segundo o presidente da Target Engenharia e Consultoria, Mauricio Ferraz de Paiva, a necessidade de considerar essas características leva empresas e agentes financiadores a dedicarem maior atenção às relações com seus parceiros: dos funcionários aos organismos da sociedade em geral e aos governos. Além disso, para avaliar o impacto do negócio fora dos muros da empresa e evitar riscos, as relações com os fornecedores têm sido igualmente alvo de preocupação.

Pela importância que esse assunto vem assumindo na sociedade, foi publicada a norma NBR ISO 26000 que fornece orientações para todos os tipos de organizações , independentemente do porte ou localização, sobre conceitos, termos e definições referentes à responsabilidade social; o histórico, tendências e características da responsabilidade social; princípios e práticas relativas à responsabilidade social; os temas centrais e as questões referentes à responsabilidade social; integração, implementação e promoção de comportamento socialmente responsável em toda a organização e por meio de suas políticas e práticas dentro de sua esfera de influência; identificação e engajamento de partes interessadas; e comunicação de compromissos, desempenho e outras informações referentes à responsabilidade social.

“A própria norma diz que o desempenho da organização em relação a sociedade em que opera e ao seu impacto no meio ambiente se tornou uma parte crucial na avaliação de seu desempenho geral e de sua capacidade de continuar a operar de forma eficaz. Isso, em parte, reflete o reconhecimento cada vez maior da necessidade de assegurar ecossistemas saudáveis, igualdade social e boa governança organizacional. 

A longo prazo, todas as atividades das organizações dependem da saúde dos ecossistemas do mun do. As organizações estão sujeitas a uma investigação mais criteriosa por parte de suas diversas partes interessadas. A percepção e a realidade do desempenho em responsabilidade social da organização podem influenciar, além de outros, os seguintes fatores: sua vantagem competitiva; sua reputação; sua capacidade de atrair e manter trabalhadores e/ou conselheiros, sócios e acionistas, clientes ou usuários; a manutenção da moral, do compromisso e da produtividade dos empregados; a percepção de investidores, proprietários, doadores, patrocinadores e da comunidade financeira; e sua relação com empresas, governos, mídia, fornecedores; organizações pares, clientes e a comunidade em que opera. 

O bom dessas diretrizes é que visa ser útil para todos os tipos de organizações nos seto res privado, público e sem fins lucrativos, sejam elas grandes ou pequenas, com operações em países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Embora nem todas as partes desta norma tenham a mesma utilidade para todos os tipos de organizações, todos os temas centrais são relevantes para todas as organizações. 

Todos os temas centrais contêm várias questões para a responsabilidade de cada organização individualmente identificar quais questões são relevantes e significativas para ela abordar, por meio de suas considerações e por meio do diálogo com as partes interessadas”.

Mauricio informa, ainda, que a norma dá as orientações para o seu uso. Após considerar as características da responsabilidade social e sua relação com o desenvolvimento sustentável especificado na seção 3, sugere-se que a organização avalie os princípios de responsabilidade social descritos na seção 4. Ao praticarem a responsabilidade social, convém que as organizações respeitem e contemplem esses princípios, juntamente com os princípios específicos a cada tema central, contidos na seção 6. Antes de analisar os temas centrais e as questões de responsabilidade social, assim como cada uma das ações e expectativas relacionadas na seção 5, convém que a organização considere duas práticas fundamentais da responsabilidade social: reconhecimento da sua responsabilidade social dentro da sua esfera de influência e identificação e engajamento de suas partes interessadas conforme está na seção 5.

“Uma vez que os princípios tenham sido entendidos e os temas centrais e as questões relevantes e significativas de responsabilidade social tenham sido identificados, convém que a empresa busque integrar a responsabilidade social em todas as suas decisões e atividades, usando as orientações fornecidas na seção 7. Isso envolve praticas como: tornar a responsabilidade social parte integrante de suas políticas, cultura organizacional, estratégias e operações; desenvolver competências internas de responsabilidade social; promover comunicação interna e externa sobre responsabilidade social; e avaliar periodicamente essas ações e práticas referentes a responsabilidade social”, explica Paiva. 

Por fim, em seu escopo, a NBR ISO 26000 define para todos os tipos de organizações, independen temente do porte ou localização, sobre os conceitos, termos e definições referentes a responsabilidade social; o histórico, tendências e características da responsabilidade social; princípios e práticas relativas a responsabilidade social; os temas centrais e as questões referentes a responsabilidade social; integração, implementação e promoção de comportamento socialmente responsável em toda a organização e por meio de suas políticas e práticas dentro de sua esfera de influência; identificação e engajamento de partes interessadas; e comunicação de compromissos, desempenho e outras informações referentes a responsabilidade social. 

Assim, essa norma pretende auxiliar as organizações a contribuírem para o desenvolvimento sustentável. Visa estimulá-las a irem além da conformidad e legal, reconhecendo que conformidade com a lei é uma obrigação fundamental de qualquer organização e parte essencial de sua responsabilidade social. Pretende, ainda, promover uma compreensão comum da área de responsabilidade social e complementar outros instrumentos e iniciativas relacionados a responsabilidade social, e não a substituí-los. 

“Ao aplicar essa norma, é aconselhável que a organização leve em consideração as diversidades sociais, ambientais, jurídicas, culturais, políticas e organizacionais, assim como as diferentes condições econômicas, desde que mantendo a consistência com as normas internacionais de comportamento. Ela não é uma norma de sistema de gestão. Não visa nem é apropriada a fins de certificação ou uso regulatório ou contra tual. Quaisquer ofertas de certificação ou alegações de ser certificado pela NBR ISB 26000 constituem declarações falsas, incompatíveis com a intenção ou seu propósito. 

Como não contem requisitos, qualquer certificação não seria uma demonstração de conformidade, pois ela visa orientar as organizações no tema responsabilidade social e pode ser usada como parte de atividades de políticas públicas. Todavia, para fins do Acordo de Marrakesh, que criou a Organização Mundial do Comercio (OMC), ela não tem a intenção de ser interpretada como uma “norma internacional”, “diretriz” ou “recomendação”, nem pretende fornecer uma base para qualquer suposição ou conclusão de que uma medida está em conformidade com as obrigações perante a OMC. 

Além disso, essa norma não visa fornecer uma base para ações legais, reclamações, defesas ou outras demandas em qualquer processo internacional, nacional ou de outra natureza, nem tampouco pretende ser citada como evidência da evolução do direito internacional consuetudinário”, conclui o presidente da Target.

Redes sociais e as baleias

A forma com que elas vivem e se comunicam podem nos render lições sobre como planejar e executar ações de marketing em redes sociais

Autora: Adriana Taissun



 
Muitos pesquisadores acreditam que as baleias possuem uma linguagem sofisticada, apesar de essa capacidade ainda não estar clara. Elas produzem sons inalando ar através da cavidade nasal. São dois tipos de sons: os de ecolocalização, que funcionam como um sonar, e as vocalizações, que parecem ser um meio de comunicação entre baleias da mesma espécie.

As redes sociais possuem grande potencial e trazem informações valiosas por meio da observação e mensuração desses canais, sem contar os resultados que as ações de marketing vêm trazendo às organizações e pessoas. Porém, ainda não exploramos todo o potencial das redes sociais e sabemos disso. Estamos apenas no começo, fazendo novas descobertas diariamente. Assim como as baleias, as redes sociais possuem características complexas e a extensão de suas capacidades ainda não estão claras.

Outro fator importante: excelente memória. As baleias parecem se lembrar de alguns pontos no oceano, uma vez que elas possuem padrões migratórios e retornam para o mesmo local para se alimentarem todos os anos. A internet também possui "excelente memória". O consumidor está cada vez mais exigente. Ele possui altos padrões e o poder para exigi-los. E não irá hesitar em exigir. Um vídeo ou um comentário publicado nas redes sociais ficarão ali para sempre e servirão de pontos de referência para outros consumidores, assim como no oceano das baleias.

A audição é o sentido mais importante das baleias. E também deveria ser o nosso. Por que não aproveitar uma reclamação, uma vontade ou desejo para transformar em vantagem competitiva? As redes sociais representam um enorme banco de dados. As pessoas estão lá, conversando sobre seus gostos, interesses, hábitos, produtos favoritos e frustrações. É preciso saber "ouvir", filtrar o que há de interessante e utilizar toda essa informação de forma proveitosa para todas as partes envolvidas.

Os pesquisadores acreditam que existem diferentes tipos de sons que funcionam como um meio de comunicação entre as baleias da mesma espécie. Ao mesmo tempo, estudos revelam que as baleias também são capazes de se comunicar com qualquer outro animal, utilizando uma nova "linguagem". Nada muito diferente das comunidades e conexões que vemos nas redes sociais. Cada grupo possui sua linguagem, um comportamento distinto. Porém, isso não impede que um indivíduo de um grupo não pertença ou interaja com outro grupo. E também não impede que uma pessoa manifeste sua individualidade.

A água é excelente para conduzir o som e os sons emitidos pelas baleias podem ser muito altos, chegando a milhares de quilômetros. A internet também é excelente para conduzir mensagens à grande velocidade para milhões de pessoas. Acrescente a isso o fato de que as mensagens viajam de um meio de comunicação a outro e você poderá produzir um grande estrago ou um enorme benefício à sua empresa.

Com isso, podemos aprender cinco lições valiosas com as baleias:

1ª) As redes sociais são complexas e ainda há muita capacidade inexplorada.

2ª) Memória: as mensagens publicadas nas redes terão vida longa. Tome cuidado para que uma mensagem ruim não sirva de ponto de referência para outras pessoas.

3ª) A "audição" é o sentido mais importante nas redes sociais.

4ª) Cada grupo possui uma maneira própria de se expressar, que não impede que o indivíduo de um grupo participe de outro grupo e nem que expresse sua individualidade.

5ª) A internet é um meio muito eficaz para transmitir mensagens de forma rápida para um grande número de pessoas e para diferentes canais de comunicação. Esse pode ser um ponto positivo ou negativo para a organização, tome cuidado.

Adriana Taissun é supervisora de social media marketing da Cadastra 

Disseminar BRT no Brasil será o legado da Copa 2014

Todas as cidades-sede do mundial terão Bus Rapid Transit, uma ideia que nasceu em Curitiba nos anos 1970
Por: Altair Santos

O BRT (Bus Rapid Transit) que em Curitiba está consolidado desde a década de 1970, usa a Copa do Mundo para se propagar pelo país.
 
Nove cidades escolhidas como sede do evento optaram por esse sistema de transporte. Na maior parte delas, as vias serão construídas com pavimento rígido e terão assistência técnica da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland). “No caso dos BRTs, que devem acontecer em muitas cidades, a ABCP tem conseguido viabilizar em concreto praticamente todas as possibilidades”, diz Ronaldo Vizzoni, gerente da área de infraestrutura e lider do projeto de pavimentação da ABCP.



Cláudio de Senna Frederico: “O BRT aparece como uma boa solução, mas ele precisa estar agregado a um conjunto de medidas.”
Segundo Vizzoni, desde que atendidos os requisitos para a instalação de um BRT, o pavimento em concreto tem um custo mais barato que o asfalto. “O BRT tem que trafegar em corredor segregado, ou seja, exclusivo. Ele não pode ter qualquer cruzamento ou interrupção, caso contrário será um corredor de ônibus. Além disso, opera com linhas de alta frequência, de forte apelo mercadológico e veículos de qualidade, cujas estações de embarque são integradas com metrô, trens urbanos e intermunicipais e corredores de linhas de ônibus convencionais. Então, ele precisa trafegar em um corredor que requer durabilidade. Por isso, o pavimento de concreto é sempre a melhor opção”, explica.

Sobre o fato de o Bus Rapid Transit tornar-se o transporte público “oficial” do evento Copa do Mundo nas cidades-sede, o consultor Cláudio de Senna Frederico, que ocupa a vice-presidência da Associação Nacional de Trânsito e Transporte Público (ANTP), avalia que esse será o legado do mundial para melhorar a mobilidade nos grandes centros urbanos do país. “É uma solução realista, que encara a necessidade de, em curto espaço de tempo, causar o maior efeito possível sobre todas as cidades que têm problemas no transporte público”, afirma.

Cláudio de Senna Frederico, no entanto, alerta que só o BRT não vai representar a solução para os problemas de mobilidade das cidades. “O BRT aparece como uma boa solução, mas ele precisa estar agregado a um conjunto de medidas para se resolver o problema de transporte público. Não vai haver nunca um único produto, um único modo de transporte que resolva tudo”, alerta, completando que é preciso integrar. “É necessário um sistema que opere de forma conjunta. Por isso, o futuro do BRT é flexibilizar, oferecendo uma diversidade de ofertas interligadas ao seu corredor.”

PAC da Mobilidade
A instalação de BRTs nos principais centros urbanos do país faz parte do PAC Mobilidade das Grandes Cidades, lançado em fevereiro de 2011 pelo governo federal. O programa divide os municípios em três grupos, beneficiando 39% da população brasileira. O primeiro grupo – chamado de MOB 1 – atende as capitais das regiões metropolitanas com mais de 3 milhões de habitantes. O MOB 2 inclui municípios com população entre 1 milhão e 3 milhões de habitantes e o MOB 3 está voltado para cidades com população entre 700 mil e 1 milhão de habitantes.


Ronaldo Vizzoni: “ABCP tem conseguido viabilizar em concreto praticamente todas as possibilidades de BRT.”

Cada uma das nove cidades que compõem o MOB 1 – todas elas sedes da Copa do Mundo de 2014 – poderá apresentar até quatro propostas de BRT que, juntas, somem, no máximo, R$ 2,4 bilhões. Cada cidade do MOB 2 poderá fazer até três propostas que, juntas, somem R$ 430 milhões. Já os municípios do MOB 3 terão direito, cada um deles, a até duas propostas que, juntas, sejam de no máximo R$ 280 milhões.

Ao todo, serão destinados R$ 18 bilhões para este novo PAC. Destes, R$ 6 bilhões terão como origem investimentos diretos da União e R$ 12 bilhões virão de financiamentos. Os projetos podem incluir sistemas de transporte sobre pneus, como corredores de ônibus exclusivos, de veículos leves sobre pneus e sistemas sobre trilhos, como trens urbanos, metrôs e veículos leves sobre trilhos.

As primeiras cidades beneficiadas são Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife, Fortaleza, Salvador e Curitiba. No caso da capital paranaense, ela vai apenas aperfeiçoar seu sistema de transporte, que há quase 40 anos se baseia no conceito de BRT. Já o MOB 2 inclui municípios como Manaus, Belém, Goiânia, Guarulhos, Campinas e São Luís, enquanto o MOB 3 irá priorizar Maceió, Teresina, Natal, Campo Grande, João Pessoa, São Gonçalo, Duque de Caxias (RJ) e Nova Iguaçu (RJ) e São Bernardo do Campo (SP).

Você sabia?
- O BRT de Curitiba transporta atualmente 2,26 milhões de passageiros por dia em 82 quilômetros de vias expressas
- Em 2010, 16 cidades ao redor do mundo adotaram o BRT
- Em 2011, 49 cidades ao redor do mundo estão implantando o sistema de transporte coletivo
- Na América latina, o BRT já transporte 17 milhões de pessoas por dia
- Buenos Aires inaugurou em maio de 2011 12,5 quilômetros de BRT
- Nos Estados Unidos, cinco cidades já aderiram ao BRT, entre elas Los Angeles (20 km) e Cleveland (10 km). Outras oito cidades estudam a implantação do sistema



BRT de Bogotá: batizado de TransMilenio, transporta 1,7 milhão por dia.



BRT na China: país mais populoso do mundo adere ao sistema de transporte público.



BRT em Los Angeles: até os Estados Unidos começam a aderir ao Bus Rapid Transit.



BRT em Curitiba: inovação da capital paranaense vai completar 40 anos.

Entrevistados
Cláudio de Senna Frederico
Consultor internacional em transporte urbano e vice-presidente da ANTP (Associação Nacional de Trânsito e Transporte Público)
Ronaldo Vizzoni
Gerente da área de infraestrutura e lider do projeto de pavimentação da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland)

Currículos
Claudio de Senna Frederico
- Engenheiro mecânico pela PUC-RJ e consultor internacional em transporte urbano
- Vice-presidente da ANTP (Associação Nacional de Trânsito e Transporte Público)
- Ex-secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo
- Primeiro gerente de operações do Metrô de São Paulo e primeiro diretor de operações do Metrô do Rio de Janeiro
- Assessora a Scania na formação de sua área de BRT, projetos de sistemas de transporte e combustíveis alternativos para o Brasil e América Latina
Ronaldo Vizzoni
- Engenheiro civil e administrador de empresas pela Universidade Mackenzie (SP)
Pós-graduado em Marketing Industrial pela FGV
- Projetista de estruturas
- Profissional da ABCP desde 1996, tendo atuado como gerente do escritório regional de São Paulo até 2001
- Atualmente é gerente da área de infraestrutura e líder do projeto de pavimentação da ABCP
Contatos: antpsp@antp.org.br / csfrederico@gmail.com / ronaldo.vizzoni@abcp.org.br


Créditos Fotos: Divulgação/ANTP/ABCP/Pedro Ribas/SMCS
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
 

Comissão europeia lança seleção para "Capital Verde da Europa de 2014”

Fonte: Procel Info
Europa - A Comissão Europeia lançou, recentemente, o processo de seleção da cidade que receberá o título de "Capital Verde da Europa", o prêmio desenvolvido em 2006, na Estônia, partiu de uma iniciativa tomada por cidades que tinham alguma visão ecológica. 
 
O título tem o intuito de incentivar outras cidades europeias a se tornarem mais eficientes e sustentáveis a partir do intercâmbio de informações e práticas entre as cidades europeias.

O processo de seleção será para escolher a cidade ganhadora do prêmio em 2014, uma vez que Estocolmo, Hamburgo, Vitória-Gasteiz e Nantes representam as ganhadoras de 2010 a 2013, respectivamente. 
 
O concurso está aberto a cidades dos 27 Estados-Membros da União Europeia, aos países candidatos, Turquia, Antiga República Jugoslava da Macedônia, Croácia, Montenegro e Islândia) e aos países do Espaço Econômico Europeu (Islândia, Noruega e Liechtenstein). 
 
As candidaturas serão avaliadas em função de 12 indicadores, tais como os transportes, as zonas verdes urbanas, o consumo de água, a eco-inovação e os empregos sustentáveis, a gestão ambiental e a eficiência energética. Para saber mais sobre o evento, clique www.europeangreencapital.eu.

Datacenter tem que ser verde e inteligente

Fonte: TI Inside

Brasil - O aumento exponencial do tráfego de dados resultante do avanço da internet e de suas características sociais deve elevar o consumo de energia elétrica nos próximos anos. 


Projeção do Gartner mostra que, até 2015, 50% dos datacenters mundiais terão zonas de alta densidade, enquanto esta proporção era de 10% no ano passado.

A consultoria também prevê, em paralelo, que, até 2018, a demanda por projetos de centros de dados mais inteligentes, a pressão por eficiência energética, realidade dos ambientes de alta densidade e potencial da computação em nuvem serão os principais fatores a impactar negativamente a demanda por capacidade dos datacenters.

Para equilibrar a balança do aumento de consumo energético e a ameaça de redução de demanda, os gestores de datacenters precisarão arregaçar as mangas e colocar em prática um plano que contemple, em primeiro plano, a inteligência do negócio, de forma a ser capaz de considerar as variáveis tempo e capacidade de uso como dados importantes para a projeção da capacidade de processamento.

No quesito consumo de energia, o Gartner define zonas de alta densidade como sendo aquelas que consomem mais de 10 quilowatts de energia por rack de equipamento e diz que qualquer rack que tenha mais de 50% de sua capacidade ocupada estará, necessariamente, em uma zona de alta densidade, daí a relação com o alto tráfego de dados.

Segundo o estudo, os datacenters desenvolvidos nos últimos cinco anos foram desenhados para ter uma distribuição uniforme de energia entre os racks, sempre entre 2 kW e 4 kW por rack. Mas como cada vez mais espaço tem sido consumido por empresas, a distribuição de energia rapidamente se tornou obsoleta. Por isso, o instituto de pesquisas aponta que as zonas de alta densidade vão se tornar mais necessárias ao longo dos próximos anos.

Para o Gartner, essas zonas são uma forma de melhor organizar e gerenciar o consumo de energia, principalmente os relacionados à refrigeração, pois racks de servidores organizados permitem melhor circulação de ar e sistemas de resfriamento menos robustos. As zonas de alta densidade, segundo a consultoria, serão usadas como forma de economizar espaço dentro dos datacenters, mas apresentam o risco de se tornarem centros de alto consumo de energia.

O Gartner aconselha as empresas a projetarem grandes espaços capazes de suportar o aumento de capacidade, com uma “gordura” de 20% a 25%. Pois, como os custos com espaços são altos, os usuários devem garantir que o projeto e o tamanho desta zona sejam grandes o suficiente para acomodar o crescimento entre cinco a dez anos.

“Os métodos tradicionais para concepções de projetos de datacenters deixarão de ser funcionais, a não ser que se busque a compreensão das forças externas que impactarão os custos, a longevidade e o tamanho destes ambientes”, explica o vice-presidente administrativo e diretor de pesquisa do Gartner para infraestrutura, David Cappuccio.


Recomendações

O Gartner indica que os responsáveis pela gestão de datacenter foquem nos pontos a seguir para otimizarem projetos nesta área:

Projetos mais inteligentes – atualmente, os datacenters apresentam demandas variadas de acordo com tempo de uso, de capacidade etc. Novos projetos levarão estas variáveis em consideração, na contramão de métodos tradicionais, concebidos à época em que os mainframes estavam em alta.

Green IT I(TI Verde) – grande parte dos gestores desta área oferecem pouca atenção a este item, exceto em momentos nos quais sofreram algum tipo de pressão tanto por parte de profissionais de alta gestão de dentro das empresas quanto pelo público externo. Porém, com a crescente conscientização em relação a este tema, os responsáveis pelo gerenciamento já estão voltando suas atenções ao quesito eficiência energética, nos momentos da concepção e da execução dos projetos.

Conquista da densidade – com projetos mais inteligentes e a tendência pela adoção do Green IT, os responsáveis pela concepção dos datacenters focam na densidade computacional destes ambientes que em grande parte, são subutilizados. A implantação da nuvem privada e a alocação de recursos fornecerão métodos para melhoria da escalabilidade nos datacenters.

Cloud computing – profissionais de TI responsáveis pela gestão de datacenters estão começando a considerar a possibilidade de transferir trabalhos que não são essenciais para as suas atividades aos provedores de nuvem.

A hora e a vez dos empreendimentos brasileiros

Aquecimento econômico e expansão acelerada dos negócios na web fazem da infraestrutura local um novo alvo de investimentos

Os serviços baseados em nuvem não apenas estão entre as prioridades dos gestores de TI, como os 3% das corporações latino-americanas que possuem a maioria da sua TI no cloud computing, atualmente, devem saltar para 43% em quatro anos. Os dados do Gartner se somam a uma pesquisa feita pela Universidade da Califórnia a qual revela que o consumo de dados de computadores em empresas no mundo é de aproximadamente 9,57 zettabytes por ano.

Esse panorama justifica os investimentos anunciados no Brasil para fomentar a infraestrutura de datacenters e também o aumento do interesse internacional sobre a infraestrutura montada por empreendedores locais. “Desde o ano passado ouvimos do JP Morgam e do Gartner, respectivamente, que no final desta década o Brasil será a 5ª maior economia do mundo e que acabaremos nos tornando o 2º maior mercado de TI, ficando atrás apenas da China entre os países emergentes”, pondera Victor Arnaud, diretor de marketing e processos da Alog.

Além disso, lembra ele, o Mundial da FIFA e as Olimpíadas devem contribuir ainda mais para ampliar a geração e o consumo de dados digitais. “Esses dois eventos vão explodir o conceito de celular. Haverá uma mudança de paradigma como a que estamos vendo com a banda larga”, afirma, utilizando essas expectativas como pano de fundo para a incorporação da Alog pela Equinix, por US$ 127 milhões, em fevereiro último.

Na mesma linha dos investimentos internacionais, a Iron Mountain, empresa com mais de 60 anos de operação e com instalações na América do Norte, Europa, América Latina e Pacífico, para atender a mais de 100 mil clientes corporativos, investiu R$ 6 milhões na construção de dois centros de dados - um em Curitiba e outro em São Paulo. O objetivo é atender inicialmente clientes nacionais, apesar de estar em estudo a oferta de serviços também na Argentina, Chile, Peru e México.

A instalação de Curitiba, que já está em operação, segue os padrões adotados nos Estados Unidos e na Europa. A expectativa é que o crescimento da receita no País, em 2011, seja superior a 25%.

Já a T-Systems, por outro lado, se preparou para a alta demanda construindo, em São Paulo, um data center de R$ 50 milhões, 1400 metros quadrados e aproximadamente 2 mil servidores. Mesmo reconhecendo a alta competição presente no mercado brasileiro, a companhia alemã importou da matriz uma proposta de cloud computing privada para atrair os primeiros clientes ao seu ambiente e trabalha com uma reserva de 50% à espera da explosão dos dados digitais no País. “Também estamos preparados para o crescimento”, avisa Slawomir Kupczyk, vice-presidente da área de ICTO da T-Systems do Brasil.

Por que investir?

Ao incorporar a Alog, a Equinix garante sua entrada no mercado de data center do Brasil e da América do Sul, e vai utilizar todo o poder internacional para ofuscar o avanço das operações locais na área de cloud computing e outras correlatas. “A posição da Alog no Brasil, juntamente com um forte modelo de negócio complementar, nos dá a oportunidade de entrar neste importante e emergente mercado e rapidamente acomodar as demandas de nossos clientes por serviços de datacenter na América do Sul”, disse Steve Smith, CEO da Equinix, em comunicado.

Mas essas ações não serão isoladas, muito menos pioneiras do ponto de vista financeiro, porque uma outra organização tem monitorado o mercado brasileiro há mais de três anos e programou seus investimentos a partir da demanda identificada. “Começamos em 2008 focados em pequenas e médias empresas, atuando em algo que está próximo do dia a dia, na hospedagem de site, com o UOL Host. Hoje esta divisão tem mais de 500 mil clientes”, explica Gil Torquato, presidente do UOL Diveo. O crescimento aconteceu também com os serviços de contratação de domínios na web, aplicativos e soluções de gestão de negócios vendidos como serviço pela internet, além de lojas virtuais – serviço que reúne mais de 5 mil iniciativas.

Para crescer no segmento corporativo de médias e grandes organizações, o UOL foi às compras e utilizou como caso de referência a sua própria experiência na área de conteúdo online, apresentado como o maior portal de conteúdo da América Latina, com 4 milhões de visualizações de páginas mensais, segundo do Ibope. A aquisição mais significativa, a DHC, aconteceu há dois anos. Com essa transação, o UOL incorporou como clientes algumas grandes corporações e também os gigantes de e-commerce, a exemplo do B2W, holding que controla a Americanas.com, o Ingresso.com, o Shoptime.com e o Submarino.com.

“Compramos a DHC, ganhamos musculatura e há um ano e meio atrás adquirimos a Tech4b, que atua na área quality assurance e que criou entre os vários serviços, um sistema automático de medição e desempenho, com o qual é possível prevenir falhas, avisando ao usuário sobre a necessidade de ampliar a infraestrutura ou, caso o problema esteja no software, identificar o script e recomendar ações ao usuário”, explica Torquato, ao completar que Embraer, Procter & Gamble, Souza cruz, AmBev são clientes conquistados com a compra da Tech4b.

Ao final do ano passado, o UOL deu a sua cartada mais recente ao efetivar a compra da Diveo, a princípio negada pela companhia, mas posteriormente reconhecida. “Já era um desejo antigo, porque primeiro a competência da Diveo era algo reconhecido pelo mercado – atendimento, infraestrutura de datacenter, principalmente o de Tamboré com mais de 17 mil metros quadrados – e também pelo relacionamento entre as duas empresas”, afirma Torquato.

A compra foi concluída em dezembro e mudou a identidade do UOL para UOL Diveo, resultando na soma de mais de 3 mil clientes corporativos, desde os contratos do UOL Hosting Datacenter. “A Diveo trouxe a Saraiva, a Livraria Cultura e uma série de clientes de varejo, algo que nos permite afirmar que temos 90% do mercado de e-commerce, somando o UOL Hosting e a Diveo”, relata o executivo. Somente no segmento financeiro são mais de 100 bancos, segundo ele, além da própria Bovespa, completa. Torquato arrisca dizer que, se consideradas as operações de multinacionais na área de datacenters, como HP e IBM, hoje o UOL Diveo ocupa a terceira colocação no Brasil.

Sobre a tendência de consolidação do setor, ele diz que ainda não enxerga os movimentos ocorridos no passado recente com este perfil. Para Torquato, as negociações são fruto de uma demanda crescente e paralela à expansão da internet, visão com a qual Victor Arnaud, da Alog, concorda parcialmente, ao afirmar que “a consolidação, além de estar em curso, beneficia o consumidor final ao permitir a oferta de mais serviços maduros e de menor custo”.

25% em cinco anos

Dos US$ 5 bilhões investidos mundialmente, em 2010, em infraestrutura de TI – servidores, storage e redes – 5% foram destinado a cloud computing. Segundo a IDC, até 2015, esse percentual deve chegar a 25% na América Latina, região onde foram ouvidas 600 empresas em janeiro do ano passado, para saber quantas estavam ou tinham pretensões de investir em cloud computing. Três e meio porcento disseram ter projetos, dado que saltou para 14.5%, em dezembro de 2010.

De acordo com a consultoria, o primeiro passo para um ambiente de cloud é a virtualização, num prazo de 12 a 18 meses, no qual ocorre a transição para a computação em nuvem. A tendência, segundo a IDC, é que o usuário departamental pressione a mudança para o cloud, especialmente a geração Y. Aqueles que já perceberam que a migração para o cloud é um caminho sem volta, vão demandar estrutura elástica e compartilhada, com rápida implementação, interface web e padronização, conclui a IDC.

Já estão abertas as inscrições para o Prêmio CBIC de Responsabilidade Social 2011




Já estão abertas as inscrições para o Prêmio CBIC de Responsabilidade Social 2011, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) por meio de seu Fórum de Ação Social e Cidadania (FASC).  

As inscrições vão até o dia 15 de julho de 2011.

A CBIC – Câmara Brasileira da Indústria da Construção, por meio do FASC – Fórum de Ação Social e Cidadania, estabelece o regulamento para a concessão do Prêmio CBIC de Responsabilidade Social, aplicável aos projetos sociais desenvolvidos por entidades e empresas atuantes no setor da Indústria da Construção, no ano base de 2010 e anteriores.

Dos objetivos da premiação

A premiação de Responsabilidade Social tem o intuito de:

Fortalecer e estimular o desenvolvimento de ações sociais no setor da Indústria da Construção e do Mercado Imobiliário, criando um mecanismo de reconhecimento dos esforços conjuntos do setor na busca por uma sociedade com melhor qualidade de vida.

Disseminar a cultura da Responsabilidade Social no setor, por meio do debate sobre o tema, ressaltando sua importância para toda a sociedade, especialmente entre os atuantes no setor da Indústria da Construção e do Mercado Imobiliário.

Promover intercâmbio de informações com as organizações dedicadas ao tema da Responsabilidade Social, construindo uma fonte permanente de informações e notícias das ações sociais do setor.

Quem pode concorrer

Empresas ligadas à Indústria da Construção e do Mercado Imobiliário, sediadas no Brasil, de qualquer porte, que estejam desenvolvendo ações, projetos ou programas de responsabilidade social;

Entidades de classe do setor da Indústria da Construção e do Mercado Imobiliário, filiadas à CBIC, que estejam desenvolvendo ações, projetos ou programas de responsabilidade social.

Saiba mais

Projeto da Unesp incentiva eficiência energética

Tisa Moraes/Com Redação 
 
Imagine passar um dia inteiro sem energia elétrica. Acordar e não ter água quente jorrando do chuveiro, não contar com televisão ou aparelho de som para acompanhar as primeiras notícias do dia, trabalhar sem luz artificial, computador ou internet, ficar sem ar condicionado ou ventiladores, voltar para casa e não ter microondas, geladeira ou máquina de lavar roupa para agilizar os afazeres domésticos. 
 


 
Esta seria a dura realidade cotidiana se não houvessem iniciativas como o Projeto IluminAÇÃO, desenvolvido por alunos da Faculdade de Engenharia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Bauru. Por meio da conscientização sobre hábitos simples que podem fazer toda diferença na quantidade de energia elétrica consumida, a intenção é permitir que famílias de baixa renda do município consigam reduzir gastos e, por consequência, administrar melhor o orçamento doméstico.

“Além da eficiência no uso, nosso objetivo é que as pessoas possam consumir a energia elétrica de forma segura, ou seja, evitando a instalação de ‘gatos’ que geram riscos aos moradores”, comenta o estudante de engenharia elétrica Gabriel Hiroishi Inoue, 22 anos. Ele explica que as atividades desenvolvidas no projeto envolvem três diferentes áreas de atuação.

Uma delas é a Frente Escolar, em que os alunos visitam instituições de ensino da rede pública para ministrar palestras a crianças e adolescentes. O intuito é que eles possam se transformar em multiplicadores das informações e ensinar aos pais, tios, avós e vizinhos usar a energia elétrica disponível de maneira responsável e ambientalmente correta.

“Para as crianças, que é nosso principal foco, desenvolvemos algumas atividades bastante interativas, com jogos de pergunta e resposta, distribuição de brindes, teatro de fantoches e exposição de uma maquete, doada pela CPFL, que simula o consumo de energia doméstico. É bem interessante, o pessoal fica super animado”, comenta Inoue, lembrando que a última iniciativa do projeto foi desenvolvida no início deste mês no Projeto Formiguinhas, na Vila São Paulo, onde cerca de 60 crianças são atendidas.

Mobilização

Além do trabalho nas escolas, há ainda a Frente Comunidade e a Frente Pesquisa que, temporariamente, estão paralisadas. Em anos anteriores, os alunos costumavam visitar residências de bairros periféricos com a finalidade de indicar ações para aumentar a segurança e redução no consumo.

Além de providenciar reparos em equipamentos eletrônicos que eventualmente apresentassem defeitos, eles também conseguiam, através de parcerias, doar geladeiras e chuveiros – novos ou de segunda mão – para que as famílias pudessem reduzir o consumo de energia. “Era um trabalho bem interessante. Agora, estamos preparando um material de divulgação, além da reformulação do nosso site, para tentar mobilizar mais gente novamente em torno do projeto”, comenta Inoue.

Já na área de pesquisa, os alunos iniciaram o desenvolvimento de um aquecedor solar de baixo custo, feito com garrafas pet, mas o projeto não seguiu adiante por falta de espaço apropriado dentro da universidade. “Precisamos ter um local aberto e a faculdade está passando por uma série de adaptações. Mas, em algum momento, vamos retomar esta ideia também”, adianta. Enquanto o aquecedor não fica pronto, os alunos já alertam nas palestras que ministram sobre a possibilidade de as comunidades terem em casa um gerador de energia próprio.

Patrocinado pela Pró-reitoria de Extensão Universitária (Proex), o projeto IluminAÇÃO conta com apoio da CPFL Paulista e Unesp. Atualmente, 15 alunos trabalham como voluntários da iniciativa.

Escolas interessadas em receber a visita dos universitários podem obter informações no site:  www.ieeesb.feb.unesp.br/iluminacao.html. 
 

Recanto das Toninhas (SP) realiza processo de redução de custos


Luiz Adlen, gerente geral do Recanto das Toninhas
(foto: Dênis Matos
)

Uma cifra de R$ 783 mil deve ser economizada pelo Recanto das Toninhas, hotel de charme localizado em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, com um programa de redução de custos que vem sendo implantado pelo empreendimento. 
 
De acordo com Luiz Adlen, gerente geral do hotel, dez áreas estão sendo reestruturadas para minimizar os encargos financeiros.

Foi instalado um sistema de aquecimento solar em todas as instalações e, segundo Adlen, o investimento já se pagou. "Tivemos uma redução de 41,20% no consumo de energia", conta.

No plano de redução de custos, todos os fornecedores foram contatados para que os contratos fossem revistos. "Conseguimos, em alguns casos, produtos melhores com valor reduzido", garante o gerente.

Houve uma reestruturação na folha de pagamento, com revisão de cargos, salários e reestruturação da equipe. "Fizemos uma leitura 360 graus, verificando funcionários que tinham expectativa mas não tinham capacitação, e aí realocamos esses colaboradores. A economia foi de R$ 300 mil, sem contar que estamos com uma equipe mais contente e enxuta", comemora. Ele acrescenta que a alteração diminuiu em 19% o quadro de funcionários, sendo que 40% destes são do setor Administrativo.

Adlen menciona também que os veículos foram substituídos, houve troca de todo o sistema de água e esgoto, com estimativa de redução de R$ 30 mil por ano por conta da troca dos encanamentos.

Segundo o executivo, parte dos valores economizados foram destinados ao marketing do hotel. "Tínhamos ferramentas obsoletas, sem necessidade para o que o mercado vive hoje. Reduzimos o número de linhas telefônicas e suprimimos o 0800. Agora tudo é feito na internet", diz.

O fato de o Recanto das Toninhas estar instalado numa região litorânea também influenciou nas mudanças. Adlen conta que a maresia corroe boa parte dos móveis e eletrodomésticos dos quartos e, por isso, passou-se a utilizar estes serviços terceirizados. "Passamos a alugar ar condicionado, frigobar, computadores e TVs", explica.
(Dênis Matos)

Serviço
www.recantodastoninhas.com.br
 

Construa sua casa de forma sustentável

Casa ecologicamente correta: investimento agora, economia no futuro. Profissionais da área dão dicas de como construir de forma sustentável e apostam na tendência.

A crescente preocupação com o meio ambiente tem resultado no desenvolvimento de produtos ecologicamente corretos, inclusive na construção civil. Um exemplo dessa tendência são os imóveis sustentáveis, ou casas ecologicamente corretas, residências que usam os recursos naturais para economizar energia e gerar menor quantidade de lixo.



O piso intertravado é uma opção tão permeável e ecológica quanto o modelo antigo (foto: divulgação)

“Para se conseguir um imóvel sustentável é necessário antes de começar a obra fazer um levantamento sobre a área a ser construída, verificar a disponibilidade de água no subsolo, se há vegetação e qual é o tipo de vegetação, onde nasce o sol e como é o clima sendo que se a predominância da temperatura for alta o local deve ser bastante arejado, e se baixa deve ter isolamento térmico”, aconselha Hugo Mascarin, sócio-proprietário do Portal CASAeOFERTA.

Para quem pretende construir esse tipo de imóvel alguns passos são importantes, como pensar o planejamento da obra a longo prazo, na eficiência energética, no uso adequado da água e reaproveitamento, no uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas, adequada gestão dos resíduos sólidos, conforto e qualidade interna dos ambientes e permeabilidade do solo.

Dessa forma, o paralelepípedo, bom e velho conhecido de todos, ganha uma versão mais moderna. “O piso intertravado é uma opção tão permeável e ecológica quanto o modelo antigo”, garante o engenheiro da Tecpar Pavimentação Ecológica, Cláudio Roberto de Castro.

E os benefícios não param por aí. Segundo Cláudio, devido a cor clara da pedra, esse tipo de piso pode gerar alta economia de iluminação, pois, se comparado ao pavimento flexível, ele aumenta a reflexão da luz. Outra vantagem está no fato de ele ser pré-moldado. “Além de reduzir os recursos gastos, ele pode ser instalado e removido a qualquer hora, para a manutenção de obras, por exemplo, que podem ser realizadas sem a necessidade de quebrar o piso”, explica o engenheiro.

 
Telha Onduline (foto: divulgação)

Hugo Mascarin ainda afirma que a principal vantagem em se investir em um imóvel assim é a maior valorização em relação a uma casa convencional com as mesmas medidas.O mais comum é que esse tipo de construção proporcione a maior economia no consumo de água e energia elétrica. Para que a residência gaste o mínimo de energia possível, a primeira dica é construir o máximo de parede de vidros, tipo blindex, em corredores e nos lados da casa onde bate mais sol, aproveitando por mais tempo a luminosidade natural e reduzindo o uso de lâmpadas. “Quando for necessário utilizar as lâmpadas, outra alternativa para reduzir o consumo de energia é optar pelas lâmpadas de LED brancas, que tem maior durabilidade”, aconselha Mascarin.

Para reduzir o consumo de energia no banho, uma opção é colocar placas de aquecedor solar no telhado, pois elas captam energia e esquentam um reservatório específico de água, mantendo-a aquecida. Já para reduzir o consumo de água, a dica é fazer calhas que direcionem a água das chuvas a um recipiente grande, como um barril ou caixa d’água externa. Essa água pode ser utilizada para lavar roupas e quintais, por exemplo.

Um imóvel sustentável deve ser construído com materiais verdes como tijolos de terra crua estabilizados com fibras de coco, paredes e telhados feitos de tubos de pasta de dente (o que deixa o ambiente mais fresco), ou telhados com uma cobertura vegetal, vidros reciclados, blocos de entulho, blocos de pedras entre outros.

Um desses produtos é a telha de vidro. De acordo com o gerente de vendas do Shop da Telha, José Ricardo Gonçalves, este tipo de telha, além de permitir maio luminosidade ao ambiente, gerando menor gasto de energia, ela ainda pode ser reaproveitada pela indústria de vidro. “As telhas de vidro além de proporcionarem redução no consumo de energia podem ser reaproveitadas no caso delas quebrarem”, diz Gonçalves.

Outra boa opção nesta área é a Telha Onduline. “Essa telha é ondulada e composta por fibra orgânica saturada com betrume (resíduo da indústria petroquímica. Além disso, elas são leves e práticas de instalar, facilitando a mão-de-obra e dando mais leveza à estrutura do telhado”, recomenda Gonçalves.

Dentro deste contexto, Eng. Claudio dá sua dica para quem está contruindo ou reformando, principalmente com relação às áreas externas: “O piso intertravado é uma forte tendência tanto em matéria de beleza, quanto na preservação do meio ambiente. Sua permeabilidade, rápida execução, reutilização e a não deformação, fazem desse pavimento uma opção cada vez mais atraente para as construções e para o bolso do consumidor, já que é mais barato em relação ao concreto”, salienta.

E para quem quer aliar ecologia e estética, o engenheiro conta que esta pedra também está disponível nos mais variados tons de cores. “Portanto, pode-se abusar na criatividade e no colorido, sem deixar de lado a preocupação com o meio”, conclui.

Conar cria normas éticas para apelos de sustentabilidade na publicidade

Anúncio que cite a sustentabilidade deve, assim, conter apenas informações ambientais passíveis de verificação e comprovação, que sejam exatas e precisas, não cabendo menções genéricas e vagas.



Por Conar

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, Conar divulgou esta semana, em sua sede, em São Paulo, novas normas para a publicidade que contenha apelos de sustentabilidade. O Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, documento que, desde 1978, reúne os princípios éticos que regulam o conteúdo das peças publicitárias no país, já continha recomendações sobre o tema mas elas foram inteiramente revisadas, sendo reunidas no artigo 36 do Código e detalhadas no Anexo U.

O sentido geral das novas normas é reduzir o espaço para usos do tema sustentabilidade que, de alguma forma, possam banaliza-lo ou confundir os consumidores. Além de condenar todo e qualquer anúncio que estimule o desrespeito ao meio ambiente, o Código recomenda que a menção à sustentabilidade em publicidade obedeça estritamente a critérios de veracidade, exatidão, pertinência e relevância.

Um anúncio que cite a sustentabilidade deve, assim, conter apenas informações ambientais passíveis de verificação e comprovação, que sejam exatas e precisas, não cabendo menções genéricas e vagas. As informações devem ter relação com os processos de produção e comercialização dos produtos e serviços anunciados e o benefício apregoado deve ser significativo, considerando todo seu ciclo de vida.

As novas normas incorporam o princípio que orientou a revisão, em 2006, das regras éticas para a publicidade de produtos e serviços que visam crianças e adolescentes, que considera que a publicidade deve ser fator coadjuvante na formação dos cidadãos. Este princípio está resumido nas frases que servem de introdução ao Anexo U:

“É papel da Publicidade não apenas respeitar e distinguir, mas também contribuir para a formação de valores humanos e sociais éticos, responsáveis e solidários. O Conar encoraja toda Publicidade que, ao exercer seu papel institucional ou de negócios, também pode orientar, desenvolver e estimular a sociedade objetivando um futuro sustentável”.

As novas normas entram em vigor em 1º de agosto e valem para todos os meios de comunicação, inclusive a internet.

Confira a íntegra das novas normas:

Artigo 36 do Código

A publicidade deverá refletir as preocupações de toda a humanidade com os problemas relacionados com a qualidade de vida e a proteção do meio ambiente; assim, serão vigorosamente combatidos os anúncios que, direta ou indiretamente, estimulem:

a poluição do ar, das águas, das matas e dos demais recursos naturais;
a poluição do meio ambiente urbano;
a depredação da fauna, da flora e dos demais recursos naturais;
a poluição visual dos campos e das cidades;
a poluição sonora;
o desperdício de recursos naturais.
Parágrafo único
Considerando a crescente utilização de informações e indicativos ambientais na publicidade institucional e de produtos e serviços, serão atendidos os seguintes princípios:

veracidade – as informações ambientais devem ser verdadeiras e passíveis de verificação e comprovação;
exatidão – as informações ambientais devem ser exatas e precisas, não cabendo informações genéricas e vagas;
pertinência – as informações ambientais veiculadas devem ter relação com os processos de produção e comercialização dos produtos e serviços anunciados;
relevância – o benefício ambiental salientado deverá ser significativo em termos do impacto total do produto e do serviço sobre o meio ambiente, em todo seu ciclo de vida, ou seja, na sua produção, uso e descarte.
Anexo U – Apelos de sustentabilidade

É papel da Publicidade não apenas respeitar e distinguir, mas também contribuir para a formação de valores humanos e sociais éticos, responsáveis e solidários.

O Conar encoraja toda Publicidade que, ao exercer seu papel institucional ou de negócios, também pode orientar, desenvolver e estimular a sociedade objetivando um futuro sustentável.

Regra geral

(1) Para os efeitos deste Anexo, entender-se-á por “Publicidade da Responsabilidade Socioambiental e da Sustentabilidade” toda a publicidade que comunica práticas responsáveis e sustentáveis de empresas, suas marcas, produtos e serviços.

(2) Para os efeitos deste Anexo, entender-se-á por “Publicidade para a Responsabilidade Socioambiental e para a Sustentabilidade” toda publicidade que orienta e incentiva a sociedade, a partir de exemplos de práticas responsáveis e sustentáveis de instituições, empresas, suas marcas, produtos e serviços.

(3) Para os efeitos deste Anexo, entender-se-á por “Publicidade de Marketing relacionado a Causas” aquela que comunica a legítima associação de instituições, empresas e/ou marcas, produtos e serviços com causas socioambientais, de iniciativa pública ou particular, e realizada com o propósito de produzir resultados relevantes, perceptíveis e comprováveis, tanto para o Anunciante como também para a causa socioambiental apoiada.

Além de atender às provisões gerais deste Código, a publicidade submetida a este Anexo deverá refletir a responsabilidade do anunciante para com o meio ambiente e a sustentabilidade e levará em conta os seguintes princípios:

1. Concretude

As alegações de benefícios socioambientais deverão corresponder a práticas concretas adotadas, evitando-se conceitos vagos que ensejem acepções equivocadas ou mais abrangentes do que as condutas apregoadas.

A publicidade de condutas sustentáveis e ambientais deve ser antecedida pela efetiva adoção ou formalização de tal postura por parte da empresa ou instituição. Caso a publicidade apregoe ação futura, é indispensável revelar tal condição de expectativa de ato não concretizado no momento da veiculação do anúncio.

2. Veracidade

As informações e alegações veiculadas deverão ser verdadeiras, passíveis de verificação e de comprovação, estimulando-se a disponibilização de informações mais detalhadas sobre as práticas apregoadas por meio de outras fontes e materiais, tais como websites, SACs (Seviços de Atendimento ao Consumidor), etc.

3. Exatidão e clareza

As informações veiculadas deverão ser exatas e precisas, expressas de forma clara e em linguagem compreensível, não ensejando interpretações equivocadas ou falsas conclusões.

4. Comprovação e fontes

Os responsáveis pelo anúncio de que trata este Anexo deverão dispor de dados comprobatórios e de fontes externas que endossem, senão mesmo se responsabilizem pelas informações socioambientais comunicadas.

5. Pertinência

É aconselhável que as informações socioambientais tenham relação lógica com a área de atuação das empresas, e/ou com suas marcas, produtos e serviços, em seu setor de negócios e mercado. Não serão considerados pertinentes apelos que divulguem como benefício socioambiental o mero cumprimento de disposições legais e regulamentares a que o Anunciante se encontra obrigado.

6. Relevância

Os benefícios socioambientais comunicados deverão ser significativos em termos do impacto global que as empresas, suas marcas, produtos e serviços exercem sobre a sociedade e o meio ambiente – em todo seu processo e ciclo, desde a produção e comercialização, até o uso e descarte.

7. Absoluto

Tendo em vista que não existem compensações plenas, que anulem os impactos socioambientais produzidos pelas empresas, a publicidade não comunicará promessas ou vantagens absolutas ou de superioridade imbatível. As ações de responsabilidade socioambiental não serão comunicadas como evidência suficiente da sustentabilidade geral da empresa, suas marcas, produtos e serviços.

8. Marketing relacionado a causas

A publicidade explicitará claramente a(s) causa(s) e entidade(s) oficial(is) ou do terceiro setor envolvido(s) na parceria com as empresas, suas marcas, produtos e serviços.

O anúncio não poderá aludir a causas, movimentos, indicadores de desempenho nem se apropriar do prestígio e credibilidade de instituição a menos que o faça de maneira autorizada.

As ações socioambientais e de sustentabilidade objeto da publicidade não eximem anunciante, agência e veículo do cumprimento das demais normas éticas dispostas neste Código.