Lavoura-pecuária-floresta é opção para reduzir impacto ambiental

Em busca de opções para a diversificação das atividades agrícolas e de pecuária e reduzir o impacto ambiental pelo uso da terra, a Embrapa desenvolve estudos de campo no Mato Grosso e no Paraná, dentro da filosofia de integração entre as atividades de Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF)

 
A Embrapa Soja e a Embrapa Arroz e Feijão juntamente com os parceiros do Vale do Rio Xingu no Mato Grosso (Nova Xavantina, Canarana e Querência) desenvolve, desde 2006, um projeto visando a validação e a transferência de tecnologias para a produção sustentável de soja e o manejo de pastagens em sistemas de Integração Lavoura e Pecuária (iLP).  “A diversificação das atividades permite a rotação de culturas com a soja, o arroz, o milho, o sorgo, o milheto e o girassol e, ainda, melhora a alimentação do gado durante o período seco da entressafra”, explica Julio Franchini, da Embrapa Soja.
Ao longo do tempo, já foram realizados 8 cursos e 17 dias de campo nas unidades de referência tecnológica (URTs) da região. As URTs são constituídas por módulos de 22 hectares, que são ocupados, na estação chuvosa, com 40% de pecuária de corte e 60% de agricultura (soja e arroz). Na segunda safra, semeada em meados de fevereiro, são utilizados consórcios de milho, girassol, sorgo e milheto, com diferentes espécies de brachiárias. Após a colheita de grãos, em meados de julho, 100% da área é ocupada pela pecuária.
Segundo o pesquisador Julio Franchini, da Embrapa Soja, a soja tem um papel importante no processo de desenvolvimento da ILP como cultura com alto valor de mercado. Do ponto de vista ambiental, a soja fixa nitrogênio e participa com a melhoria da fertilidade do sistema produtivo. “A elevação dos níveis de matéria orgânica e a melhoria da qualidade física do solo com a introdução das pastagens em áreas agrícolas amplia ainda mais o conceito de fertilidade”.
De acordo com Franchini, os resultados obtidos na safra 2009/2010 demonstram que as pastagens podem contribuir com o sequestro de até 2 Mg ha-1ano-1 de Carbono. “Isso consolida o conceito de que a iLP é uma alternativa importante para uma agricultura baseada na baixa emissão de carbono”.
Arenito paranaense - No Paraná, a Embrapa Soja iniciou, a partir de 2009, um estudo de campo do sistema iLPF, em Santo Inácio, na região do Arenito. Esta região ocupa aproximadamente 3 milhões de hectares e abriga 60% da pecuária do estado. Apesar de ser apta para a pecuária e para a silvicultura, a região não é adequada para a produção agrícola por ter solo arenoso e clima desfavorável.
O objetivo do estudo é buscar alternativas de diversificação do sistema produtivo integrando as atividades agrícola, pecuária e florestal. “Nossa expectativa é conseguir com a utilização do componente arbóreo alteração no microclima, ou seja, reduzir a velocidade do vento e a temperatura e aumentar a eficiência do uso da água. Com isso, poderemos diminuir o risco para a produção de soja nesta região”, diz Franchini.
O pesquisador afirma que com a inclusão da soja no sistema integrado será possível elevar a qualidade das pastagens e os índices produtivos da pecuária de leite e de corte. Por sua vez, o componente arbóreo também se constitui em importante alternativa econômica para geração de energia ou madeira.
Segundo ele, a iLPF tem potencial para reduzir o impacto ambiental das atividades produtivas e as emissões de gases de efeito estufa, dando maior estabilidade à produção das culturas anuais e melhorando o aproveitamento da água e nutrientes.
No próximo dia 13 de agosto, a Embrapa Soja e a Universidade Estadual de Maringá realizam um dia de campo na Estancia JAE, local do estudo, em Santo Inácio, para mostrar os resultados obtidos até o momento para cerca de 300 estudantes, produtores e técnicos da região do Arenito.

São Paulo coberta por jardins com ciclovias e passagens para pedestres.















Um projeto do arq Jaime Lerner, ex-governador do Paraná, ex-prefeito de Curitiba e atualmente consultor de urbanismo da ONU, prevê que as estações e linhas férreas de São Paulo – em que a CPTM promete alcançar 180km com qualidade de metrô até 2012 – sejam cobertas por jardins com ciclovias e passagens para pedestres.


Além dos jardins suspensos, o projeto prevê a criação de pólos de uso misto, no entorno das estações, que abrigariam funções como trabalho, moradia, escolas, shoppings e comércios, lazer e hospitais.

Caos
O projeto seria a solução para o problema de trânsito e crescimento desordenado da cidade que se desenvolve da seguinte forma: superaquecido, o mercado imobiliário não para de erguer empreendimentos. As novas -e antigas- construções estão dentro da lei de zoneamento, porém, resultam em uma distribuição desproporcional. Em alguns locais, como no centro, a concentração de prédios comerciais é alta e a de residências é baixa, em outros, como na Zona Leste, sobram moradias e faltam empresas.

Com isso, na capital paulista, por dia, 38 milhões de viagens são feitas para transportar as pessoas de suas casas para o trabalho, do trabalho para escolas, das escolas para os locais de lazer, entre outros trajetos.

Solução
Ao convidar Lerner para desenvolver o projeto, o Secovi - Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo - tinha como objetivo buscar soluções que incentivassem o uso misto em diferentes regiões da cidade e aliviassem o trânsito de São Paulo. O projeto pretende ser integrado no Plano Diretor da Cidade, cuja reestruturação está prevista para 2012.

Lerner foi o arquiteto escolhido pelo órgão para fazer esse projeto por ser “um dos maiores pensadores urbanistas do Brasil e do mundo”, segundo o vice-presidente do Secovi SP, Cláudio Bernardes.

Para Bernardes, “o projeto é plenamente viável, afinal, depois da construção dessa linha verde, cabe apenas planejar -desde o Plano Diretor- o que falta para cada região, comércio, moradia ou trabalho, e permitir que o mercado imobiliário construa, dentro da lei, como sempre”, diz. “Além de ter todas as suas necessidades atendidas em um só pólo, o projeto pode estimular a prática de esportes – com bicicleta e caminhada – já que será feito sobre um plano”, acrescenta.

Já desenhado para a região da marginal do rio Pinheiros – onde a CPTM já tem trens com qualidade de metrô – o projeto, por enquanto, ainda é embrionário, não tem memorial descritivo nem próximas etapas previstas. “Estamos propondo uma ideia para a cidade, se ela for bem aceita, continuaremos a detalhar”, explica o vice-presidente do Secovi.

Empresas optam por ecotelhado para se tornarem mais verdes

O telhado "verde", também chamado de jardim suspenso, funciona como um isolante térmico, retardando o aquecimento dos ambientes durante o dia e conservando a temperatura à noite. 

A solução ecológica parece ter chamado a atenção de empresários. Com a sustentabilidade cada vez mais na moda, as empresas perceberam a necessidade de se mostrar, constantemente, que são amigas do meio ambiente.

Com 45 mil m² de telhado verde instalado, a Ecotelhado, empresa que leva o nome do produto, afirma que 70% dos pedidos de junho foram de instituições e corporações de grande porte. O sistema já está presente em construções de todos os estados.

Ecotelhado ésolução verde em grandes cidadesAs últimas obras envolvendo empresas foram para a C&A, MWM International e a Continental. "Até o final deste ano queremos chegar à marca de 60 mil metros quadrados. Nosso país está aberto para alternativas que diminuem o impacto urbano" diz o engenheiro agrônomo da ecotelhado, João Feijó.

Um dos fatores para a propagação desta tecnologia é a busca pela certificação LEED, concedida a edifícios de alta performance ambiental e energética. A certificação outorgada pelo GBCI (Green Building Council Institute), com sede nos EUA, confirma que uma construção civil cumpre com requisitos e estratégias de sustentabilidade nas áreas de energia, materiais, água, conforto ambiental e implantação.

Patenteado em 2005, a estrutura funciona como isolante térmico, diminuindo o aquecimento provocado pelo sol e mantendo a temperatura durante a noite. Além disso, absorve cerca de 30% da água da chuva, reduzindo a possibilidade de enchentes. Também contribui para o aumento da biodiversidade e age como purificador do ar urbano, pois as plantas dos telhados retiram o CO2 do ambiente.

Considerado um produto que diminui os danos do crescimento urbano, o ecotelhado é uma infraestrutura que mostra ser possível a manutenção de áreas verdes nas grandes cidades. Com sede em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, a empresa tem representantes em todos os estados brasileiros. Também está aumentando a sua presença no Mercosul, exportando para países como Chile, Uruguai e Argentina.
Fonte: www.cimm.com.br 

Mapa-múndi verde mostra altura das florestas da Terra

Mapa-múndi verde mostra altura das florestas da Terra
O mapa mostra que as florestas mais altas do mundo são encontradas principalmente no noroeste da América do Norte e em partes do Sudeste Asiático, enquanto florestas mais baixas estão concentradas no norte do Canadá, no noroeste da América do Sul, na África central e na Eurásia.[Imagem: NASA]
Um mapa-múndi que detalha as alturas das florestas foi produzido por um grupo de cientistas a partir de imagens obtidas por satélites da Nasa, a agência espacial norte-americana.
Segundo a agência, embora existam outros mapas locais ou regionais da altura das copas de florestas, esse é o primeiro a cobrir todo o globo a partir de um método único e uniforme.
Carbono nas florestas
Os dados foram coletados pelos satélites ICESat, Terra e Aqua e o resultado poderá ajudar a produzir inventários de quanto carbono é armazenado pelas florestas mundiais e com que rapidez ocorre a circulação de carbono por ecossistemas e de volta para a atmosfera.
O trabalho, de Michael Lefsky, da Universidade do Estado do Colorado, Estados Unidos, e colegas, será descrito em agosto em artigo a ser publicado pelo periódico Geophysical Research Letters.
O mapa mostra que as florestas mais altas do mundo são encontradas principalmente no noroeste da América do Norte e em partes do Sudeste Asiático, enquanto florestas mais baixas estão concentradas no norte do Canadá, no noroeste da América do Sul, na África central e na Eurásia.
O levantamento levou em consideração a altura média em florestas com mais de 5 quilômetros quadrados e não a altura máxima de uma ou um grupo de árvores.
Altura das florestas
Para produzir o mapa os cientistas se basearam em mais de 250 milhões de pulsos de laser emitidos pelos três satélites em um período de sete anos.
Os pulsos, de uma tecnologia conhecida como Lidar, penetram por entre a copa e são capazes de medir a dimensão vertical das árvores - veja Radar de luz vai mapear atmosfera em 3D.
"Esse mapa é apenas o primeiro esboço e certamente será refinado no futuro", disse Lefsky. Florestas temperadas de coníferas, de sequoias e outras árvores contêm as copas mais elevadas, chegando facilmente a mais de 40 metros do solo. Florestas boreais, com pinheiros, por exemplo, tipicamente não passam dos 20 metros.
Áreas de mata nativa em florestas tropicais têm cerca de 25 metros, aproximadamente a mesma altura atingida por pontos de vegetação temperada em partes dos Estados Unidos e Europa.
Carbono emitido pelo homem
O mapa-múndi das florestas não tem interesse apenas para checar a altura das árvores em cada região.
As implicações do trabalho se estendem aos esforços para estimar as quantidades de carbono ligadas às florestas do planeta e ajudar a fechar uma conta que tem intrigado os cientistas.
O homem e suas atividades liberam cerca de 7 bilhões de toneladas de carbono anualmente, a maior parte na forma de CO2. Desse total, sabe-se que cerca de 3 bilhões vão para a atmosfera e 2 bilhões acabam nos oceanos.
Os outros 2 bilhões? Não se sabe. Alguns cientistas suspeitam que são as florestas que capturam e armazenam boa parte dessa quantidade em biomassa por meio da fotossíntese.

Fundação Vanzolini pode contribuir para crescimento sustentável da economia

Desde que o IBGE divulgou o crescimento do PIB brasileiro do primeiro trimestre, que alcançou a impressionante taxa de 9%, muitos especialistas começaram a alertar para a questão da volta da inflação. 
 
 
Mais que isso, as análises convergem para afirmar que o crescimento brasileiro nos últimos anos não é sustentável, pois esteve embasado na oferta de crédito e no aumento do consumo. O risco que se corre é o de gastos excessivos e supérfluos, em detrimento dos investimentos produtivos que visam à modernização da infraestrutura nacional, tão necessária ao aumento da produtividade. Diante desse cenário, o professor José Joaquim Ferreira do Amaral, vice-presidente da Fundação Vanzolini, destaca que a entidade pode contribuir em muito para dar suporte ao setor produtivo brasileiro. Segundo ele, este é o momento de o país investir na capacidade produtiva, a fim de promover o crescimento sustentado da economia. Além dos investimentos em infraestrutura (principalmente em transporte, energia e comunicações), é preciso também capacitar massivamente a mão de obra, de forma a suprir a atual demanda por profissionais qualificados. É necessário ainda dar suporte ao crescimento com o conhecimento científico e tecnológico. “A Fundação Vanzolini pode atender a essas necessidades, pois conhecimento, educação e gestão fazem parte das nossas competências. Temos muito a contribuir para alavancar o desenvolvimento do setor produtivo nacional, aumentando a competitividade do país e fazendo a economia funcionar em bases sustentáveis”, explica. Leia a entrevista e saiba quais as contribuições que a Fundação Vanzolini pode oferecer para o país ser mais produtivo.

Quais são os riscos inerentes ao processo de crescimento do país, baseado no aumento do crédito e do consumo até o momento?

Na verdade, esse crescimento ocorreu em razão de uma capacidade ociosa do setor produtivo, mas que agora se esgotou. E os sinais já estão claros, pois com o crescimento da demanda, este ano, pode haver a volta da inflação. Portanto, é necessário voltar a investir no aumento da capacidade produtiva nacional e em infraestrutura, a fim de sustentar o aumento do PIB.
O que deve ser feito para promover o crescimento sustentável da economia?

Sabemos que a economia gira em torno do capital e do trabalho. Por isso, além da infraestrutura, necessária para o país e as empresas funcionarem, o crescimento deve ter como base a educação, que prepara a mão de obra para os novos desafios, e o conhecimento científico e tecnológico, que dá impulso às inovações. E neste aspecto a Fundação Vanzolini pode ajudar a dar respostas a esses desafios.

Quais são essas contribuições?

A Fundação Vanzolini tem vocação para atuar como vetor de transferência de conhecimento científico e de tecnologia, que devem embasar o crescimento, desde os produzidos pelas universidades brasileiras como estrangeiras, e em outros setores e instituições ligados ao conhecimento aplicado. Um claro exemplo disso é o Processo AQUA de Certificação Ambiental. Trouxemos um referencial internacional de sustentabilidade na construção civil e o adaptamos à realidade brasileira, com o apoio da Escola Politécnica da USP. O modelo foi criado em um país que avançou muito no tema da construção sustentável, que é a França. Tanto que foi adotado por outros países da Europa e chegou ao Brasil e já é um sucesso. Isso é apenas um exemplo da atuação da Fundação Vanzolini, capacitada para buscar as tecnologias onde elas estiverem disponíveis, fazer a análise crítica e aproveitar o que temos no país para alavancar o desenvolvimento. O guru da Qualidade, William Edwards Deming, já dizia, não é possível importar impunemente modelos estrangeiros. Isso quer dizer que não adianta trazer tecnologia de fora, se não dispomos de uma base estratégica de ponta para receber, de forma crítica, esse conhecimento e adaptá-lo às nossas necessidades. Felizmente encontramos essa base na universidade brasileira.

O que a Fundação Vanzolini pode oferecer no campo da educação?

Vejo como fundamental a educação à distância, principalmente no Brasil, país com dimensões continentais. Com esse recurso torna-se possível treinar uma grande quantidade de pessoas em um curto espaço de tempo. A GTE (Gestão de Tecnologias aplicadas à Educação), criada há mais de dez anos pela Fundação Vanzolini, tem muito a contribuir neste campo, pois abrange a educação à distância, e-learning e outros métodos de ensino. Além disso, a Fundação Vanzolini oferece inúmeros cursos de educação continuada em nível de pós-graduação, capacitação e treinamento, voltados para a Engenharia de Produção e disciplinas correlatas, que tratam de um ponto crucial para o país, a Gestão.

Por que a Gestão é importante para o país?

O país vive uma crise de Gestão. Por exemplo, temos a Copa 2014, as Olimpíadas 2016 e outros diversos projetos de infraestrutura que precisam ser tocados, bem administrados, planejados e controlados. Enfim, são empreendimentos de alta complexidade que necessitam de Gestão para alcançar os objetivos de custo compatível, prazo e qualidade. Ou seja, falta Gestão para enfrentar esses enormes desafios, que requer visão sistêmica, planejamento das etapas, revisão do planejamento e a implementação. Nesse aspecto, a Fundação Vanzolini tem a Gestão como foco principal de seus cursos de educação continuada. Além disso, trabalha com certificação de gestão em várias áreas, como a ISO 20.000 (Sistemas de Gestão de Serviços de TI), reconhecida pelo ITSMF (IT Service Management Forum), Certificação de Governança Corporativa e até Certificação de Diversidade Social, que já está em funcionamento no país.

Na verdade, o país depende de uma boa Gestão para usar a seu favor as vantagens competitivas?

Exatamente. Por isso, além de todas as questões citadas é preciso alertar também para o grande risco de utilizar os recursos do pré-sal para cobrir rombos de áreas em que falta Gestão no país. Todos agora acham que os recursos do pré-sal devem cobrir rombos, financiar previdência social e outros setores. Isso é um erro, pois esses recursos precisam ser bem administrados, em favor do desenvolvimento da economia como um todo.
Fonte: www.vanzolini.org.br  

Energia eólica lidera entre fontes renováveis

Estudo aponta que parques eólicos receberam 56% dos investimentos globais em energia limpa em 2009
Por Luciano Costa

Crédito: GettyImages
A geração de energia a partir do vento foi a que mais cresceu entre as fontes de energia renovável ao longo de 2009. Segundo o relatório "Tendências Globais das Energias Limpas 2009", elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU), a indústria eólica foi a responsável por 56% de todos os investimentos aplicados em energia limpa no ano passado, com US$67 milhões recebidos. O setor apresentou força mesmo após a crise econômica, com o total de recursos aplicados na fonte crescendo 9% entre 2008 e 2009.
Entre os países que mais acrescentaram potência instalada a seu parque eólico, a China aparece na liderança, com 13,8GW, contra 10GW dos Estados Unidos e 2,5GW da Espanha. Em todo o mundo, 38GW em usinas iniciaram a operação. O documento também destaca que hoje a energia eólica já está presente em mais de 80 países.
O ano de 2009 também foi o segundo consecutivo em que o mundo instalou mais megawatts em empreendimentos de energia limpa do que em fontes convencionais. E, segundo a previsão da ONU, o feito deve voltar a acontecer em 2010. Entre os países, o maior crescimento na geração renovável se deu na China, que ultrapassou os Estados Unidos em investimentos, com 37GW em usinas de geração limpa. Outra região que teve grande expansão no setor foi o Mar do Norte, devido aos investimentos em usinas eólicas offshore - instaladas em alto mar.
Apesar das boas notícias, as fontes limpas receberam 7% menos investimentos no ano passado do que em 2008. Foram US$162 bilhões ao longo do ano. Isso porque, apesar da forte expansão eólica, outros segmentos, como a energia fotovoltaica e os biocombustíveis, apresentaram retração significativa em parte de sua cadeia produtiva.
As usinas solares fotovoltaicas receberam US$40 bilhões no ano, um número recorde, com o parque da fonte alcançando os 21GW ao final de 2009. Ainda assim, os investimentos em fabricação de equipamentos caíram 27% no ano, chegando a US$24 bilhões. De acordo com o relatório, o setor sofreu abalos por diversos fatores, como a queda nos preços, falta de financiamentos e apreensão do mercado - além da desaceleração da fonte na Espanha.
Apesar desse revés, a fonte instalou 7GW em 2009, com a Alemanha representando mais do que a metade (3,8GW) dos novos empreendimentos na área. O relatório coloca Itália, Japão, Estados Unidos, República Checa e Bulgária como países que também apostaram fortemente na geração solar.
Já a China tem se destacado na produção de equipamentos. Foi a responsável por 40% dos painéis fotovoltaicos fabricados no mundo em 2009, além de ter abocanhado 25% do mercado de turbinas eólicas - um aumento significativo em relação a 2007, quando o país detinha uma participação de apenas 10% na área.
Por último, aparece a produção de energia elétrica a partir de biomassa, que recebeu US$11 bilhões, contra US$9 bilhões registrados em 2008.
Clique aqui para acessar a íntegra do documento.
Fonte: Jornal da Energia

Preserve, Vídeo GNT Sustentabilidade


Tudo que fazemos aqui reflete aqui mesmo. Precisamos ficar mais atentos e zelarmos pelo que nosso, pelo que é de todos. Não adianta só falar, é preciso agir e fazer todo o possível para que todos colaborem com o cuidado com o meio ambiente. Existem muitos projetos sérios, que precisam de ajuda financeira e voluntários comprometidos com a causa social, para que possam manter-se e trabalhar para a preservação de nosso planeta. Conscientizar é o caminho, que deve ser seguido por todos. Seja mais um multiplicador e ajude no que for possível, para que outros se sintam estimulados e façam o mesmo.

Acesso o vídeo: http://cpeaunesp.org/


Consumo (in)consciente !

 













Por enquanto, de pouco adianta investir em campanhas sobre sustentabilidade e dizer que a empresa é “verde”. Uma pesquisa realizada pela consultoria Ipsos e pela Cetelem (financeira do grupo francês BNP Paribas) revela que 96% dos brasileiros não praticam o consumo consciente.

A segmentação dos entrevistados de acordo com o comportamento deu-se com a aplicação do Teste de Consumo Consciente (TTC) elaborado pela Akatu. Trata-se de uma bateria de perguntas que avalia 13 comportamentos em situações corriqueiras e práticas tais como: se a pessoa deixa lâmpadas acesas em ambientes vazios, se fecha a torneira enquanto escova os dentes, se utiliza o verso do papel já utilizado, se pede nota fiscal quando faz compras, se separa o lixo etc.

O grupo de indiferentes adota, no máximo, 2 comportamentos enquanto os conscientes adotam de 11 a 13 comportamentos. O fator positivo apontado pelo estudo é que 65% dos entrevistados já se comportam como iniciantes, ou seja, adotam de 3 a 7 comportamentos responsáveis, e 20% são comprometidos, adotando de 8 a 10 comportamentos.

Segundo a pesquisa, as mulheres são mais comprometidas que os homens. A classe C apresenta comportamento parecido com a classe A/B e é onde se concentra a maior parte dos Comprometidos e Conscientes. Já na classe D/E aparecem mais consumidores indiferentes ou iniciantes.

Abertas inscrições para pós-graduação em gestão sustentável da indústria

O curso é ofertado pelo Sistema Fiep e a FAE. O lançamento foi feito quinta-feira, com a presença dos dirigentes das entidades
 
Uma parceria entre o Sistema Fiep, por meio do Sesi-PR e da Universidade da Indústria (Unindus) com a FAE Business School, passa a ofertar ao setor industrial e à comunidade o curso de pós-graduação em Gestão de Processos Sustentáveis na Indústria. As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo site www.fae.edu.

O lançamento do curso foi feito quinta-feira (24), na Unindus, com a presença do presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, e do reitor da FAE, Frei Nelson Hillesheim, e de cerca de 80 pessoas entre professores, alunos, dirigentes de sindicatos filiados à Fiep, profissionais de empresas.
De acordo com o presidente da Fiep, o curso é um excelente tema para promover a cooperação em prol da sustentabilidade na indústria. "Não dá para construir uma cultura sustentável sem envolver a cadeia industrial", afirma Loures que assumiu um compromisso pessoal de ser um estimulador do programa. "Quero acompanhar de perto esta parceria porque tenho grande interesse pelo tema e porque sou industrial", afirma.
  Frei Nelson (FAE) participou da noite de lançamento do curso (Foto: Rogério Theodorovy)
Para o reitor da FAE, Frei Nelson, as duas instituições são reconhecidas pela tradição, pela confiança e por serem inovadoras. "Este reconhecimento conduz a preocupação pela evolução da qualidade humana e, consequentemente, por um mundo melhor", ressalta Frei Nelson que defende a qualificação de profissionais cada vez mais envolvidos com a sustentabilidade para o mercado empresarial. "É necessário, sim, a qualificação do ser humano para promover um mundo mais justo, fraterno e mais sustentável".
O programa tem o objetivo de sanar as necessidades de capital humano das empresas, preparando profissionais com características específicas em processos sustentáveis. Segundo o diretor superintendente do SESI-PR, José Antonio Fares, as mudanças no setor industrial, principalmente com a constante entrada de novas tecnologias exige, cada vez mais, profissionais qualificados. "Preparar pessoas com foco em inovação e processos sustentáveis voltados às reais necessidades das empresas é preparar capital humano. Sem pessoas qualificadas não há desenvolvimento industrial", destaca.
Diferenciais do curso - Formulado para atender às reais necessidades das empresas, o programa é destinado a todo o segmento industrial e àqueles profissionais que pretendem aprimorar ou adquirir capacitação para uma gestão com foco em sustentabilidade no setor industrial.
Um dos principais diferenciais deste curso é a possibilidade do aluno montar a sua própria grade de disciplinas, seguindo uma tendência inovadora na metodologia de educação continuada. A carga horária é de 440 horas/aula, que são divididas da seguinte forma: três disciplinas obrigatórias totalizando 100 horas aula, que serão realizadas na sede da Unindus, no Cietep; e as demais 340 horas/aula poderão ser escolhidas do portfólio de 100 disciplinas que englobam os programas de pós-graduação da FAE Business School.
As disciplinas obrigatórias - Governança Corporativa, Gestão para Sustentabilidade na Indústria e Gerenciamento e Controle Estatístico em Processos na Indústria - serão ministradas por profissionais especialistas do Sistema Fiep, com o objetivo de passar o conhecimento com base no conteúdo interno do Sistema em sintonia com as necessidades da indústria local e nacional. Entre os professores estão o superintendente do SESI-PR, José Antonio Fares, que ficará responsável pelo conteúdo de Governança Corporativa.
O curso tem duração máxima de dois anos. As aulas das disciplinas obrigatórias serão realizadas as sextas-feiras das 18h30 às 22h e aos sábados das 8h30 às 12h30. Já as disciplinas optativas poderão ser cumpridas de segunda a sexta-feira, das 19h15 às 22h30 e aos sábados das 8h30 às 12h30, na sede da FAE Business School.
Para mais informações e inscrições acesse www.fae.edu ou ligue (41) 2105-4087 begin_of_the_skype_highlighting              (41) 2105-4087      end_of_the_skype_highlighting.

Google assina contrato para compra de energia eólica

Companhia vai utilizar a produção de usina em Iowa com 114MW de potência

O Google anunciou nesta terça-feira que fechou contrato para comprar a produção de um parque eólico da NextEra Energy Resources. A produção da usina, que tem 114MW em capacidade instalada, será utilizada para abastecer diversos data centers da companhia. O acordo tem a duração de vinte anos.

"Contratanto toda essa energia por todo esse tempo, estamos dando ao desenvolvedor eólico a capacidade de financiar novos projetos de energia limpa. A incapaciadde de obter financiamento tem sido um inibidor significante para a expansão da energia renovável", afirma o Google, em seu blog oficial.

A companhia ainda destaca outros de seus esforços no setor de energias limpas, como o uso de data centers eficientes energeticamente, a instalação de placas solares para uso próprio e a compra de créditos de carbono.

Pesquisa aponta que empresas brasileiras investem menos de 1% em tecnologias sustentáveis.

Conheça o case da BASF, empresa que têm investido cerca de R$ 2 milhões/ano em projetos verdes

 
Apesar do tema sustentabilidade já ter se popularizado no país, as empresas brasileiras ainda não perceberam o potencial deste mercado. Pelo menos é o que aponta um estudo feito no Brasil com 110 companhias. A pesquisa realizada pela consultoria alemã Roland Berger concluiu que o mercado sustentável brasileiro já movimenta 17 bilhões ao ano de dólares, e deve crescer de 5% a 7% anualmente até 2020. Mas apesar disto, as companhias nacionais investem menos de 1% de seu faturamento em tecnologias sustentáveis.
Thomas Kunze, consultor da Roland Berger, afirma que as áreas em que foram identificados um maior potencial de crescimento foram as de energia renovável, resíduos sólidos, água e saneamento e eficiência energética. Para Sonia Chapman, diretora presidente da Fundação Espaço ECO (FEE), organização instituída pela BASF e pela agência de cooperação internacional alemã GTZ, a mentalidade do mercado só mudará quando houver de fato uma cobrança por responsabilidades sustentáveis. “Acredito que a evolução se dará a partir de uma demanda cada vez maior da sociedade por boas práticas comprovadas, em especial no mercado exportador. Além disso, só vamos conseguir acelerar este potencial percebido pelas empresas por meio de informação e tecnologia que realmente demonstrem o valor da sustentabilidade para o negócio”, pontua Sonia.
A executiva, que está a frente da FEE, conta que a BASF tem procurado investir no desenvolvimento sustentável da sociedade desenvolvendo projetos e criando ferramentas que orientem a tomada de decisão nas empresas. A empresa que contabilizou vendas em mais de 50 bilhões de euros em 2009 e contava, aproximadamente, com 105 mil colaboradores no final do ano passado, sendo 5 mil na América do Sul, investe desde 2005 cerca de R$ 8 milhões em ações de sustentabilidade desenvolvidas por meio da Fundação. Completando cinco anos, a FEE fechou o ano de 2009 com uma receita total de R$ 2 milhões.
Segundo Sonia, a preocupação da companhia tem sido facilitar a compreensão do que realmente significa a sustentabilidade. “Nosso objetivo é promover o desenvolvimento sustentável na sociedade, transferindo conhecimento e tecnologia, especialmente na aplicação de atividades em ecoeficiência, educação ambiental e reflorestamento. A missão tem sido facilitar a compreensão da sustentabilidade pela sociedade, seja por meio de projetos concretos, seja pela participação em fóruns de diversos segmentos. A sociedade carece de ferramentas que orientem a tomada de decisão, que permitam balancear os aspectos econômicos, sociais e ambientais”, explica.
Atuando nas frentes de ecoeficiência, educação ambiental e reflorestamento, a FEE desenvolveu em 2009 cerca de 10 análises de ecoeficiência por solicitação de empresas que já consideram a sustentabilidade na estratégia de seus negócios, como Braskem, Grupo Votorantim, Fibria, Quattor, inpEV, além da própria BASF. Por meio desta análise de ecoeficiência, a empresa tem condições de avaliar os impactos ambientais e econômicos de um produto, processo ou serviço, do berço ao túmulo.
“Essa metodologia permite que o produto seja avaliado desde a extração da matéria-prima até a disposição final, o que promove melhorias, fornece informação para o público e alavanca a sustentabilidade das empresas e instituições. Ao todo, já foram feitos 18 estudos de ecoeficiência no Brasil. Para uma das instituições atendidas, o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), a análise trouxe benefícios institucionais e também mercadológicos. Além disso revelou ganhos econômicos e ambientais resultantes da atuação do sistema de destinação das embalagens vazias de defensivos agrícolas: 163 mil toneladas de CO2 deixaram de ser emitidas desde 2002, quando o inpEV foi criado. A mesma ferramenta também avaliou os investimentos em treinamento para colaboradores, geração de empregos, acidentes e doenças ocupacionais, entre outros aspectos”, conta Sonia.
A empresa que realiza ainda ações de educação ambiental e reflorestamento, espera desenvolver nos próximos anos uma maior visibilidade no que tange ao fornecimento de tecnologia e conhecimento das suas três frentes de atuação.
E você, conhece outras iniciativas/projetos sustentáveis de empresas brasileiras que têm feito a diferença no mercado?

Desafios da TI Verde

Empresas ainda precisam superar desafios para obterem eficiência energética em seus datacenters. Conheça alguns deles
 

Durante um seminário no Centro de Energia do Pacífico, há algumas semanas, Mark Hydeman, da Taylor Engenharia apresentou os cinco desafios que as indústrias precisam superar para obterem eficiência energética em seus datacenters. Percebi que ele tem uma lista de pendências em execução e que se for solicitada a lista de todos os obstáculos, dificuldades e desafios para criar um datacenter eficiente em termos energéticos, ele teria uma lista muito boa no final do dia.
Esse pensamento veio a mim quando participei do Simpósio de 2010 do Instituto Uptime, em Nova Iorque. Mas desta vez eu me perguntei, "quem mais tem uma lista de obstáculos?”
Sem dúvida, Ken Brill tem uma. Albert Esser e Andrew Fanara também. Eles estão todos em cada cérebro respectivo - publicado em qualquer lugar e o resto de nós não pode, eventualmente, ver o que cada um considera importante e como nós, como uma indústria, podemos classificar os nossos desafios em uma maneira eficaz para superá-los.
Se os 30 autonomeados líderes colocarem seus pensamentos em um único site, podemos ver as diferenças e similaridades de como esses desafios são percebidos e fazer uma lista abrangente sobre o que precisa mudar nos próximos três anos.
Então aqui está a minha lista da necessidade da indústria:
1. Precisamos de uma definição global de TI. Os europeus utilizam TIC como sua definição, que engloba muito mais do que os servidores e que muda a percepção da magnitude da oportunidade. Eu gostaria de ver as Américas e Ásia sincronizarem suas definições de TI com a dos europeus.
2. Todos nós precisamos de um melhor acesso às previsões de vendas de servidores. Eu não vejo os programas de eficiência energética dos datacenters como uma baixa prioridade, mesmo que os gestores entendam a curva de crescimento para os servidores durante a próxima década. Precisamos abrir essa informação para os decisores políticos compreenderem que, mesmo com os servidores mais modernos, o uso das mídias sociais está conduzindo a utilização de uma enorme quantidade de energia.
3. Precisamos de profissionais qualificados e experientes, para nos ajudar a reinventar as estruturas da empresa e recompensar a eficiência energética em TI com pacotes de bônus ao pessoal. Isso significa que RH, finanças e TI têm de redefinir o conjunto da solução. Até à data temos falado do problema sem envolver outros profissionais no processo - eu não fui a uma única conferência, onde são convidados palestrantes para enfrentar este desafio.
4. Precisamos perceber que a disponibilidade de água é uma ameaça iminente em muitos dos locais onde os datacenters estão agrupados. Mas a escassez de água será um problema muito maior do que a construção de fontes de energia. Precisamos de um plano nacional para aliviar os pontos de tensão na paisagem dos datacenters.
Ainda não temos um mecanismo de recolhimento de ideias e precisamos descobrir os pontos comuns nas perspectivas para que possamos articular melhor as soluções.
Qual seria a sua lista de desafios?
Deborah Grove (Consultora de TI verde da Grove Associates)

Uma ajudinha da MTV


MTV vai reflorestar 3 milhões de árvores nativas em todo o Brasil. A ação será resultado da ação EcoRockalismo, projeto da emissora que acontecerá por todo o país.
Lançado ontem, a MTV aposta na influência do rock para mobilizar as pessoas a serem mais conscientes. O movimento é resultado do “Dossiê Universo Jovem“, feito em 2008.
No Brasil, 75% da emissões de CO2 advém do desmatamento e de queimadas de florestas. Cada uma das etapas da ação vai plantar 500 mil mudas, atingindo o número de 3 milhões de árvores plantadas ao final das 6 etapas. Isso significará 500 mil toneladas de carbono neutralizados, em 35 mil hectares de diversas regiões do país.
O plantio ficará a cargo da IBF (Instituto Brasileiro de Florestas), uma dos mais respeitáveis institutos de reflorestamento.
As informações são da Assessoria de imprensa da MTV.
postado em: 14 de Julho de 2010 por Flávio Vieira
Fonte: www.energiaeficiente.com.br

Trailer - Efeito Reciclagem (Papel)

O Valor do seu Negócio está na mão de quem?

A importância das partes interessadas na geração de valor e na sustentabilidade do negócio.
Negócio Sustentável é aquele que procura entender os limites e oportunidades que estão no contexto global e local – como a pobreza, mudanças demográficas, legislações, tecnologia, disponibilidade de recursos naturais e humanos e a regras de globalização – analisa estas informações de forma selecionada e procura cruzar com a cadeia de valor do negócio.


A informação proveniente deste cruzamento vai mostrar para a empresa onde estão as necessidades de mitigação, de mudança da forma de fazer e das oportunidades de alavancagem competitiva com ganhos sociais. Se você já passou por um processo destes, parabéns, pois está gerando ou protegendo valor ao negócio. E com sustentabilidade.Este “bom negócio da sustentabilidade” alia resultados de curto prazo que atendem aos anseios dos acionistas, com resultados de médio-longo prazo, que atendem às necessidades e anseios das demais partes interessadas e contribuem com os interesses do negócio e da sociedade.
O equilíbrio destes interesses é uma questão essencial à sustentabilidade, e ele não se dá na empresa ou na sociedade, com os patrões ou com empregados, com as pessoas ou com o meio ambiente, mas sim nos relacionamentos que se estabelecem em todos os níveis e evoluem ao longo do tempo.
Portanto podemos dizer que as partes interessadas são públicos estratégicos para a empresa que podem compreender, além dos acionistas, o seu público interno (funcionários, terceiros, colaboradores em geral), os fornecedores, os clientes ou consumidores de seus bens e serviços, a comunidade – no sentido estrito (entorno da empresa) ou amplo (atingida pelos negócios), a sociedade e suas organizações de promoção, defesa, atenção e garantia de direitos, o Estado com suas organizações do poder executivo, legislativo, do judiciário e do ministério público, os sindicatos, a mídia, o sistema financeiro, ONGs, o meio empresarial e, dentro dele, a concorrência.
Entender este ambiente complexo passa por definir temas de interesse para que o diálogo possa ser organizado e com valor prático para aplicação. Estes temas serão aqueles que a empresa terá de negociar, desenvolver, pesquisar, estruturar para atingir os objetivos de negócio. Afinal ninguém faz nada sozinho. Cada objetivo tem seus temas de interesse.
Neste ponto do processo, a sustentabilidade vai aparecer como realmente deve ser – no modelo de negócio. Não sendo desta forma, você certamente vai atolar na busca do chamado negócio sustentável. Não vai conseguir expressar o valor para o negócio, ficando na superficialidade de ganhos de imagem, nas ações de boa cidadania.
Se este processo que acaba de ser descrito acima fez sentido para você, fica a pergunta para a reflexão – Quem está impactando o valor do seu negócio?  Como se pode gerar um valor ganha-ganha entre o negócio e a sociedade, no melhor sentido da sustentabilidade empresarial e o desenvolvimento local? Quais os ativos empresariais que posso fortalecer com esta abordagem?
A busca pelo valor compartilhado entre empresa e sociedade passa por reflexão, metodologia, diálogo, intenção e gestão. Em recente entrevista, Daniel Waistell da Accountability pontuou que “o desafio, não só no Brasil como em qualquer outro lugar, é ter certeza de que o compromisso está estrategicamente alinhado, e que não existe apenas como um processo, mas ligado ao restante da organização, ajudando a mudar a abordagem das iniciativas da empresa”.
João Paulo Altenfelder é sócio da SEI Consultoria e professor convidado da Fundação Instituto de Administração

Jaime Lerner é destaque no Green Pionners, da CNN

Neste sábado, 17, às 10h e às 16h, o arquiteto Jaime Lerner, conselheiro do Planeta Sustentável, será protagonista do especial Green Pioneers, do canal CNN International. Programa que destaca a histórias de pessoas inovadoras, que se preocupam com as questões ambientais. Entre elas estão também Malgorzata Górska, da Polônia, e Alexandre Voigt, da Alemanha
Mônica Nunes/Adriana Luna
Planeta Sustentável - 16/07/2010
A CNN International está de volta com a sua programação verde. O programa Going Green: Green Pioneers volta a exibir especial ambiental, de meia hora, apresentado por Colleen McEdwards, que vai ao ar em três dias diferentes: aos sábados, às 10h e às 16h; aos domingos, às 5h; e às segundas, às 9h30 e 13h30.
O programa conta histórias de personalidades preocupadas com a preservação do meio ambiente – desde ideias de planejamento urbano a tecnologias mais avançadas –, como o brasileiro Jaime Lerner, arquiteto responsável pela transformação do sistema de transporte público de Curitiba, que contará sua história no próximo domingo.
Jaime conversa com o âncora da CNN International, Brian Byrnes, sobre planejamento urbano e como sua visão de Curitiba se espalhou pelo mundo, influenciando outros países como a África do Sul, a adotar sistemas semelhantes. Assista ao vídeo
Já a polonesa Malgorzata Górska falará sobre a luta de oito anos para a inviabilização do projeto de construção de uma autoestrada em favor da conservação ambiental da região de Rospuda Valley, no Nordeste da Polônia, uma das últimas áreas intocadas na Europa. A vitória nesse processo lhe rendeu o Prêmio Internacional Goldman Ambiental 2010, que destaca os maiores e mais importantes ambientalistas.
O programa exibe, também, entrevista com Alexandre Voigt, um dos principais empresários da Alemanha, que construiu a primeira empresa solar pública e está desenvolvendo uma rede insular alimentada, exclusivamente, por fontes renováveis. O objetivo é que todos os países possam utilizar grandes quantidades de energia verde ao invés de confiar em fontes de combustíveis fósseis ou energia elétrica.

Estudos revelam que selos verdes confundem consumidor

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Selos verdes atestam que o produto certificado não se valeu de exploração indevida dos recursos naturais na cadeia produtiva/Foto: Iassikurkijarvi
 
Eles são desenvolvidos para informar ao consumidor que o produto é certificado em razão de atender a normas socioambientais, mas às vezes acabam confundindo. Dois estudos divulgados recentemente revelam que os chamados selos verdes acabam, muitas vezes, sendo colocados pelas próprias empresas, sem qualquer auditoria ou verificação independente, segundo matéria publicada na edição desta quarta-feira, 14 de julho, pelo jornal O Estado de S.Paulo.
O levantamento realizado no Brasil pelas consultorias Unomarketing, Mob Consult e Ideia Sustentável apontou a existência de 600 selos verdes ou com atributos de sustentabilidade no país - atribuídos, em grande parte, por meio de critérios questionáveis. A ideia é reforçada por um outro estudo, de nível internacional. O World Resources Institute (WRI) mapeou em 42 países a existência de 340 selos socioambientais, dos quais menos de um terço monitora os reais impactos sociais e ambientais da cadeia produtiva.
"Há uma grande quantidade de selos autodeclarados: eles não são auditados de maneira independente e contam apenas com a chancela da própria empresa que comercializa os produtos", explicou ao Estadão o representante da consultoria Ideia Sustentável, Ricardo Voltolini. Em âmbito nacional, o problema é identificado porque falta no Brasil um órgão ou entidade que faça o papel de dar aval às certificações que existem no mercado.

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 certifica��o socioambiental

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), por exemplo, emitem selos como o Procel (de eficiência energética para eletrodomésticos). Já certificações conhecidas no mercado internacional, como FSC (manejo florestal) e Ecocert (orgânicos), passam por auditorias feitas por organismos independentes.
Segundo definição da ABNT, a certificação ambiental atesta, por meio de uma marca inserida na embalagem, que determinado produto ou serviço apresenta menor impacto ambiental em relação a outros disponíveis no mercado. O problema para o consumidor é a ausência de informação sobre a confiabilidade dos selos. "O consumidor deve ler os rótulos com atenção, pesquisar, buscar referências", sugere Voltolini.
Mercado green
O mercado para produtos ambientalmente corretos cresce gradualmente. Só o Japão possui mais de 3 mil produtos certificados à disposição do consumidor. De acordo com dados do estudo A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (Teeb, na sigla em inglês), elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o segmento para produtos agrícolas certificados alcançará US$ 210 bilhões em 2020. Em 2008, ele chegou a US$ 40 bilhões.
No Brasil, 21% dos consumidores levam em conta as questões socioambientais no momento das compras, segundo Voltolini. Com foco voltado para o consumidor mais consciente, empresas brasileiras de setores como cosméticos, têxteis, siderurgia, pneus reformados, gráficas e até de fraldas descartáveis buscam uma certificação ambiental mais padronizada. A ABNT tem há 17 anos um programa de certificação chamado Qualidade Ambiental, que só passou a receber pedidos das indústrias em 2009. As primeiras certificações verdes da ABNT devem ser emitidas ainda em 2010.
Para o diretor de qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo, o consumidor brasileiro já utiliza os selos como um fator de decisão de compra. Ele cita como principal exemplo o selo Procel. "Hoje, 78% dos consumidores levam o selo de economia de energia em conta na tomada de decisão de compra e 40% aceitariam pagar mais pelo produto com selo." Além de economia de energia, o Inmetro certifica produtos de origem florestal (selo Cerflor) - e também alimentos, como frutas, dentro de critérios de sustentabilidade.
O Inmetro estuda, em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), os critérios para a emissão de um futuro selo verde para carros. A ideia, segundo Lobo, é unir dados referentes ao consumo de combustível dos veículos e também as emissões de poluentes em uma única certificação. "Seria uma espécie de Procel para carros", explicou. As primeiras reuniões entre os órgãos para discutir a proposta serão realizadas até o final de julho.

Central de reciclagem recolhe lixo eletrônico em São Paulo

Gerenciada por cooperativa, central para 'e-lixo' é oportunidade para quem deseja se desfazer de eletroeletrônicos de maneira sustentável.
 
 
Não sabe o que fazer com aquele micro velho, encostado lá na estante tomando poeira? Bem, se você mora na grande São Paulo, uma boa ideia é levá-lo para a Central de Triagem de Lixo Eletrônico, no bairro da Barra Funda.  Inaugurada há quatro meses, a central já recebeu cerca de 40 toneladas de material ao todo.
Gerenciada pela cooperativa de catadores Coopermiti, a central recebe todos os tipos de materiais eletrônicos, desde equipamentos de informática e celulares até eletrodomésticos. 
Segundo o diretor de operações, Sérgio Levin, o projeto ainda tem capacidade para até quintuplicar a quantidade média atual, chegando a 50 toneladas mensais.
“Hoje recebemos cerca de 10 toneladas de materiais, o que é pouco perto do que ainda podemos receber e perto da quantidade de equipamentos que são comercializados anualmente”, disse Levin.
Levin conta que, entre os materiais recolhidos, a maioria é composta de produtos de informática, sendo 40% gabinetes de computador e 30%, monitores.
Os equipamentos passam por uma triagem. O que funciona está sendo armazenado – a ideia é montar uma loja no próprio local para a revenda deles, diz Levin. O que não tem conserto é vendido como sucata. Peças muito antigas e/ou curiosas estão servindo para montar um "museu de informática".
A central também retira gratuitamente doações acima de 200 kg em toda a cidade de São Paulo. Basta fazer o agendamento pelo telefone 3666-0849, de segunda a sexta, das 8h às 17h.
Ao todo são 23 cooperados trabalhando em uma área de 2 mil m² cedido pela prefeitura de São Paulo, e gerenciado pela Coopermiti.

Sistema de mobilidade é o maior desafio para a Copa do Mundo do Brasil

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Garantir um sistema de transporte sustentável e eficiente é o grande desafio para a Copa de 2014/Foto: Agência Brasil
Para alguns especialistas, as melhorias no sistema de transporte são o legado mais evidente da Copa do Mundo de 2010 para a África do Sul. Com investimentos na casa dos R$ 2,8 bilhões, o setor de infraestrutura e transporte foi o que mais recebeu verba do governo e já demonstra benefícios nas ruas das cidades-sedes.
Trens que ligam o centro da cidade ao aeroporto, linhas de ônibus que circulam em faixas exclusivas de avenidas, novas estradas e melhores aeroportos são algumas das mudanças evidentes aos moradores do país que sediou o primeiro mundial do continente africano.
O professor universitário e coautor de um livro sobre a Copa do Mundo da África do Sul, Udesh Pillay, confirma as melhorias. Apesar de considerar que o Mundial, de forma geral, contribui pouco para o país que o sedia, ele destaca que a infraestrutura de transporte é exceção à regra.
“As estradas, o sistema de transporte público, os aeroportos, isso melhorou muito”, disse ele. “A Copa fez com que obras que deveriam ser feitas há muito tempo fossem iniciadas e concluídas.”
Garantir resultados semelhantes é a grande preocupação dos organizadores do evento que será realizado no Brasil dentro de quatro anos. Para alguns especialistas, o país tem a mesma deficiência de transporte público que os sul-africanos tinham e há dúvidas sobre a capacidade de algumas cidades de absorverem todo o movimento adicional de pessoas que circularão por suas ruas, avenidas e aeroportos.
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O governo garante que os investimentos serão suficientes e que os projetos estarão prontos em quatro anos
Governo garante investimentos
Segundo o Governo Federal, somente o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade Urbana investirá R$ 7,68 bilhões em 47 projetos que visam melhorar os sistemas de transporte nas cidades-sedes da Copa.
Os investimentos federais, somados às contrapartidas estaduais e municipais, deverão totalizar quase R$ 67 bilhões destinados a facilitar o deslocamento dos que vierem assistir aos jogos no Brasil.
A promessa é que os 12 municípios passem por melhorias que incluem a construção de corredores de ônibus rápidos, os chamados BRTs (Bus Rapid Transit), construção de sistemas de transporte sobre trilhos, estações de transferência, terminais e sistemas de monitoramento, corredores exclusivos de ônibus e até um trem-bala que ligará São Paulo ao Rio de Janeiro.
Contrariando a opinião do secretário-geral da Fifa, Jérome Valcke, que afirmou que “falta tudo” para que o Brasil consiga organizar o evento em quatro anos, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local (COL), Ricardo Teixeira, informou que o programa da mobilidade urbana do governo está “bem adiantado”.
Não é o que pensa o diretor do Green Mobility Brazil e colunista do Portal EcoD, Lincoln Paiva. Para ele, mais do que pensar na infraestrutura, é importante criar mecanismos que financiem a infraestrutura calcada na demanda de mobilidade para corrigir o Gap (lacuna), quando a economia crescer.
“Antes de pensar na Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016 é preciso pensar na mobilidade sustentável para 2020, incluindo obviamente os mega-eventos, crescimento econômico e os impactos nas dimensões sociais, ambientais e econômicas."
Mobilidade além da infraestrutura
Lincoln ainda lembra que será preciso lidar com outras questões delicadas, como restringir o uso de veículos individuais, aumentar a eficiência no consumo de energia e trabalhar o gerenciamento do trânsito em situações de grandes demandas de públicos.
“As empresas de engenharia e tráfego e transportes não estão preparadas para a demanda de deslocamentos que uma Copa do Mundo gera. Elas não tem ideia da demanda e da necessidade de transporte e trata o evento como se fosse um jogo de futebol entre Palmeiras e Corinthians, e não é”, compara.
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A construção de BRTs foi uma das medidas adotadas pelo governo africano e que também será empregada no Brasil
Outra questão defendida pelo especialista é incentivar a conscientização da população sobre o conceito de mobilidade sustentável e uso de transportes públicos. Ele exemplifica com dois exemplos vividos nas Copas passadas:
“A África do Sul criou BRTs, mas não desenvolveu a população para uma cultura de mobilidade sustentável. Em pouco tempo (se a África do Sul começar a crescer economicamente) o sistema entrará em colapso devido à forma como o sistema de trânsito e transportes são organizados”.
“Já a Alemanha trabalha há 30 anos o conceito de gerenciamento de mobilidade aliado a tecnologias inovadoras no setor de transportes. Estamos falando no país que inventou o carro. Apesar do alemão ter uma Mercedes ou um Porshe na garagem, ele sabe que o carro é um meio de transporte e o utiliza com racionalidade, usando para se deslocar os trens, metrôs, bicicletas e ônibus”, afirma.
Para Paiva, essa cultura será mais difícil de ser implantada no Brasil. “O brasileiro reclama que nosso transporte público não tem segurança e é de péssima qualidade, mas mesmo que fosse de primeiro mundo, o brasileiro qualifica transporte público como transporte de pobre e não usaria mesmo assim. O metrô brasileiro está entre os melhores do mundo e em muitos estados eles são pouco utilizados pelas classes A, B e C”, observa.
Apesar de todos os desafios, ele lembra que, caso o Brasil consiga transformar seus sistemas de transporte até a Copa do Mundo, poderá colher os frutos dessa revolução por muitos anos.
“Se pensarmos em infraestrutura o legado será em curtíssimo tempo. Agora se pensarmos em gerenciamento de mobilidade e uma postura sustentável em relação aos nossos deslocamentos, o legado será para sempre”, concluiu.

Em 2011, eletrodomésticos com selo Procel vão consumir ainda menos energia

Geladeiras, máquinas de lavar e fogões terão que seguir normas mais rigorosas de eficiência energética e consumir ainda menos energia elétrica; novos aparelhos devem chegar ao mercado a partir do segundo semestre do próximo ano
Fonte: Instituto Akatu Por Rogério Ferro 


A designer Alessandra Vaz passa muito pouco tempo dentro de casa, onde mora sozinha. Ela lava roupa uma a duas vezes por semana e usa o microondas, no máximo, três vezes por semana. No final de cada mês, a conta de luz nunca passa de R$ 18,00. Isso porque todos os seus eletrodomésticos têm o selo Procel com classificação A, que garante a maior eficiência no consumo de energia.
“Tive a sorte de começar a morar sozinha justamente quando havia o incentivo fiscal do governo para produtos de linha branca e fiz questão de comprar todos os aparelhos com o selo de eficiência energética. Valeu muito a pena”, festeja Alessandra.
O que ela não sabe é que agora, o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), está revisando seus padrões para tornar ainda mais econômicos os produtos da chamada linha branca. Esses eletrodomésticos têm uma classificação de consumo de energia que vai de A, mais eficiente, ao E, menos eficiente.
Hoje, a maioria das geladeiras (90,5%), máquinas de lavar roupa (98,7%) e fogões (69,4%) fabricados no Brasil está dentro do padrão A. O Inmetro quer estabelecer critérios mais rigorosos para aumentar a garantia de eficiência energética dos eletrodomésticos.
Ou seja, eles têm que ser ainda mais econômicos. Segundo o Inmetro, com a revisão, apenas 5% dos fogões, 36% das geladeiras e 37% das máquinas de lavar roupa poderão receber o selo A de eficiência. Com isso, a indústria terá que se tornar mais competitiva e o consumidor terá mais opções.
Marcos Borges, Coordenador do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), explica que o processo de revisão está sendo conduzido em parceria com os representantes dos fabricantes, que ajudam a propor os índices de eficiência energética.
“Por essa razão, a primeira etapa é negociar com o setor produtivo quais serão os novos índices. Esse processo está em conclusão, e, até o começo de agosto, os novos regulamentos já deverão ser colocados em consulta pública por 30 dias. Em seguida, os comentários recebidos são analisados, consolidados e o regulamento final publicado. A partir daí, os fabricantes tem de 6 a 12 meses para se adaptar as novas regras”.
Na prática, o Inmetro espera que os eletrodomésticos mais eficientes estejam nas lojas no segundo semestre de 2011.
Mas atenção. Isso não quer dizer que consumidores como Alessandra, que já têm aparelhos com atual selo Procel, devem sair trocando pelos novos. “Esses aparelhos já são eficientes e devem ser usados até o fim da sua vida útil. Os consumidores que possuem esses eletrodomésticos já estão economizando bastante”, recomenda Heloisa Mello, gerente de operações do Instituto Akatu.
“O que nós queremos agora é aumentar esses índices de eficiência energética e dispersar. Vamos ter menos aparelhos com classificação em A, algo em torno de 15%, 20% e fazer uma distribuição de 15% a 20% em B e assim por diante”, explica o diretor da qualidade Inmetro Alfredo Lobo.
Segundo Borges, sempre que ocorre um acúmulo nas classificações superiores, o Inmetro reclassifica os programas subindo os índices de eficiência. Borges, explica os benefícios da rotina.
“Um refrigerador hoje é, em média, 60% mais eficiente que um modelo de 10 anos atrás. Desde a implementação do selo Procel, cerca de 9 bilhões de reais deixaram de impactar na conta de energia dos brasileiros. Isso equivale a 40 meses de operação ininterrupta e máxima de Angra I, usina de energia nuclear localizada em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro”.