Asian Green City Index – Singapura

No seguimento do post sobre o Green City Index, além da Europa e da América Latina, já se encontram disponíveis dados sobre a performance ambiental das principais capitais da Ásia, 22 cidades no total.
No topo do ranking das cidades mais sustentáveis do continente Asiático encontra-se Singapura, uma cidade que apesar de enfrentar desafios no que toca à manutenção económica e à falta de recursos, aposta fortemente na vertente sustentável e na defesa do meio ambiente, permitindo assim que haja um equilíbrio entre o crescimento económico e a sustentabilidade.



Singapura conta com uma população de cerca de 5 milhões de pessoas e com uma forte presença industrial, onde o desperdício e consumo de energia e recursos são elevados.
O desempenho sustentável da cidade destaca-se principalmente na categoria de resíduos e água, ocupando não só um lugar acima da média nestas categorias, mas também em todas as que são analisadas no Green City Index.
Esta emergente preocupação de Singapura com o desempenho sustentável surgiu desde 1965, quando a cidade ganhou independência, tendo desde essa altura tido uma evolução impressionante que marcou a sua história.

Green City Index

O Green City Index é um projeto que tem como objetivo analisar a performance ambiental nas principais cidades do mundo, comparando os resultados entre as mesmas e o caminho que estão seguindo para se tornarem mais sustentáveis.
Este projeto reflete-se numa ferramenta online que está disponível para consulta, onde basta selecionar o continente correspondente à cidade que pretende consultar e poderá ver inclusive o seu lugar no ranking das cidades com uma maior performance em termos de sustentabilidade.



A investigação da performance de cada cidade é feita através da análise de oito categorias – emissões de CO2, energia, edifícios, transportes, água, resíduos e uso de solo, qualidade do ar e política ambiental – e de 30 indicadores individuais, subdivididos quantitativamernte e qualitativamente.

CDES se prepara para participação na Rio + 20

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Simão, participou nessa quinta-feira (17), em Brasília, do 1º Colóquio sobre a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável: Rio + 20, promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República (CDES), do qual Paulo Simão é conselheiro. 
O encontro objetivou contribuir para o processo de preparação dos conselheiros do CDES visando debater o tema Desenvolvimento Sustentável na 4ª Mesa Redonda da Sociedade Civil Brasileira e União Europeia. Além disso, o Colóquio também discutiu os limites e possibilidades de participação e intervenção do CDES na Rio + 20. O presidente da CBIC aprovou o encontro e disse ter ficado satisfeito com os temas levantados pelos colegas conselheiros como educação ambiental nas escolas, alternativas que combinem a produção de alimentos com a preservação ambiental e o consumo, economia de água, transição justa dos trabalhadores para a economia verde, entre outros. “O setor da construção civil já está trabalhando para o desenvolvimento sustentável. A Rio + 20 é uma oportunidade global de chegarmos a um consenso e fazermos uma boa reflexão sobre os três pilares da sustentabilidade: econômico, social e ambiental”, comenta Simão, que ainda citou o Projeto Esplanada Sustentável, da CBIC, que, na visão dele, será um exemplo para o Brasil e também para o mundo em termos de desenvolvimento sustentável.

3ª Oficina de Esclarecimento discute a regulamentação da PNRS

Em evento na Fiesp, representantes do MDIC e Ministério do Meio Ambiente tratarão de pontos do Decreto Federal 7.404


A Fiesp realizará sua 3ª Oficina de Esclarecimento no próximo dia 23 de fevereiro, das 14h às 17h. O evento é voltado a representantes de associações e sindicatos, empresários e técnicos, além de integrantes da Câmara Ambiental da Indústria Paulista e de órgãos representativos do setor.

O objetivo é elucidar pontos do Decreto Federal 7.404, publicado em 23 de dezembro do ano passado, instrumento que regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Serão abordados temas como plano de resíduos, responsabilidade compartilhada, implementação da logística reversa e acordos setoriais.

No ano passado, o Departamento de Meio Ambiente (DMA) da Fiesp já havia organizado duas Oficinas a fim de discutir dúvidas em torno da Lei 12.305/2010.

O evento será dividido em três painéis e finalizado com um debate:

14h15 – "O regulamento da Política Nacional de Resíduos Sólidos", tratado pelo representante do Ministério de Meio Ambiente, Silvano Silvério da Costa, Secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA.

14h45 – "A logística revers", tema para o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior: Marcos Otávio Prates, diretor de competitividade industrial do MDIC.

15h15 – "O que é exigido do setor industrial", a ser debatido por Ricardo Lopes Garcia, especialista em resíduos sólidos, do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp.

Serviço
3ª Oficina de Esclarecimento: Política Nacional de Resíduos Sólidos – O que é exigido do setor industrial
Data/horário: 23 de fevereiro, das 14h às 17h30
Local: Teatro do Sesi São Paulo – Avenida Paulista, 1313, Capital

Madri constrói um centro recreativo público sustentável para as crianças

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As paredes do prédio são feitas de vidro/Foto: Divulgação

Prédios e construções públicas feitos sob as leis do design sustentável fazem com que cidadãos vivenciem de perto as possibilidades de uma arquitetura com poucos riscos ambientais, ainda mais se forem crianças. Pensando nisso, a prefeitura de Madri construiu uma centro recreativo sustentável com direito a espaço para eventos e conferências ligadas ao meio ambiente.
O projeto Plaza Ecópolis foi feito sob um sistema de redução de consumo de energia, com lonas amarelas na área exterior que possibilitam a entrada da luz mas bloqueiam o calor intenso do sol. Por baixo das lonas há uma camada de placas de vidro, especialmente na área do prédio que é direcionada à linha do Equador - para melhor receber o sol.

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Parte da estrutura também se movimenta para acompanhar a direção do sol de acordo com as estações do ano. Além disso, o projeto possui uma série de poços inteligentes de luz e ventilação que saem do chão através de tubos de circulação subterrâneos.
Um dos andares da construção é parcialmente submerso de forma a aperfeiçoar o sistema de economia de energia. Outro aspecto, o de posicionamento de alguns elementos da estrutura, também possibilitou uma maior performance no uso da luz solar.

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Contudo, o terreno em que está instalado o prédio é tão importante quanto a própria arquitetura. O espaço externo não só encoraja as crianças brincarem de escalar, escorregar e rolar, como também armazena água.
Um banco de cascalho sob plantas macrófitas foi colocado em uma estufa artificial que absorve e trata o esgoto do prédio. Dessa forma, é possível utilizar a água para irrigar os jardins circundantes. Os visitantes do lugar ainda podem fechar o circuito de água da instalação e ensinar às crianças sobre a conservação de recursos.

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Natura, Petrobras e Bradesco figuram entre as cem empresas mais sustentáveis do mundo













O ranking anual das cem empresas mais sustentáveis do mundo, feito pela canadense Corporate Knights teve recentemente a sua 7º edição publicada. Três empresas brasileiras foram ranqueadas: a Natura, na 66ª posição, a Petrobras, na 88ª e o Bradesco em 91º.
Conforme informações publicadas na revista americana Forbes, os critérios utilizados na avaliação empresarial foram: questões ambientais, como o cuidado com a energia, situação financeira, transparência, relações sociais, pagamento de impostos e liderança empresarial.
A empresa considerada pela pesquisa como a mais sustentável foi a norueguesa Statoil, do setor energético, que se dedica à exploração de óleo e gás. Mesmo exercendo uma atividade que pode ter muitos impactos ambientais negativos a empresa conseguiu se redimir graças à sua eficiência na produtividade hídrica e também por possuir uma liderança compartilhada que traz benefícios financeiros ao país.
Em segundo lugar ficou a americana Johnson & Johnson. A quarta colocação foi ocupada pela finlandesa Nokia. Outros destaques ficaram por conta da Intel (EUA) e General Eletric, que um há um ano liderava a lista, mas teve uma queda brusca no relatório de 2011. Seus investimentos resultaram em produção de carbono e energia e o resultado disso foi uma amarga 11ª colocação.
A Natura, com a melhor colocação entre as brasileiras é exemplo nacional por sua preocupação com as causas ambientais e também sociais, que são refletidas em suas ações empresariais. A Petrobras, assim como a líder do ranking, pode despertar dúvidas por trabalhar na extração de petróleo e, mais recentemente, com o pré-sal. No entanto, a estatal brasileira também investe em diversas ações socioambientais que demonstram a procura pela sustentabilidade por parte da empresa.
O Bradesco, que carrega consigo o slogan “banco do planeta”, foi a única instituição financeira brasileira a figurar entre as empresas mais sustentáveis do mundo. A companhia possui fortes investimentos educacionais e esportivos, além de ações socioambientais e voltados à inclusão social em todas as regiões do Brasil.
O ranking teve empresas de 22 países e o Japão foi o que mais se destacou com 19 instituições ranqueadas, 14 a mais do que em 2010. Com informações da Época Negócios.
Confira o Ranking das Empresas mais Sustentáveis do Mundo:



COPA 2014: Arena Pantanal é modelo para “Copa Verde”

Estádio de Cuiabá para o mundial de 2014 será um dos poucos do mundo com certificação LEED e terá arquibancadas removíveis
Por: Altair Santos
O Brasil pretende que a Copa do Mundo de 2014 fique conhecida como a “Copa Verde”. A indicação de cidades como Manaus e Cuiabá para serem subsedes explicitam essa intenção. No caso da capital do Mato Grosso, o contexto ecológico agrega inclusive o estádio. A Arena Pantanal, um empreendimento em uma área de 300 mil metros quadrados e capacidade para 42,5 mil lugares, antes mesmo de ser concluída já foi premiada. No final de 2010, seus idealizadores ganharam o American Property Awards.

Arena Pantanal - Cuiabá/MT

O reconhecimento internacional se deu por causa do comprometimento da obra com a sustentabilidade, a responsabilidade sócio-ambiental e a requalificação urbana que ela irá produzir na cidade de Cuiabá. “O estádio deixará um legado importante para a cidade. Além disso, a Arena Pantanal pode ser considerada modelo no que se refere à responsabilidade sócio-ambiental. A ponto de ser um dos poucos estádios do mundo a requerer a certificação LEED (selo que designa as construções sustentáveis, de acordo com os critérios de racionalização de recursos de energia e de água)”, explica Sérgio Coelho, responsável pelo projeto da Arena Pantanal.
O arquiteto instalou uma equipe em Cuiabá para acompanhar em tempo integral o andamento da obra, a fim de garantir que o projeto seja construído dentro dos preceitos LEED. “Um empreendimento só é realmente certificado após a conclusão da obra e a verificação de que a mesma foi realizada dentro dos preceitos da certificação, ainda que todos os elementos sustentáveis do projeto tenham sido realmente executados”, explica Sérgio Coelho, da GCP Arquitetos.
Para conquistar o selo de construção sustentável LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), a Arena Pantanal terá sistemas de reaproveitamento de águas pluviais e uma estação de tratamento de afluentes, que poderão gerar economia de até 30%. Além disso, o consumo de energia foi projetado para gerar economia de pelo menos 20%. Outra novidade do estádio está em sua arquitetura, que permite a ventilação natural das arquibancadas. Membranas na cobertura e o paisagismo no entorno do estádio ajudam na circulação e no resfriamento do ar.
Outra novidade da Arena Pantanal está nas arquibancadas localizadas nos fundos dos gols. Elas serão construídas em estrutura metálica (pilares e vigas) aparafusada, com degraus em concreto pré-moldado. Isso vai permitir a desmontagem destes setores do estádio após a Copa do Mundo, o que reduzirá a capacidade do estádio em 30%. “O Arena terá conforto e uma ambientação para o jogo com a qual não estamos acostumados no Brasil”, comenta Sérgio Coelho.
A previsão é de que a Arena Pantanal seja concluída até dezembro de 2012. Atualmente, estão em obras a fundação e os muros de arrimo do estádio. O custo da obra está orçado em R$ 495 milhões. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Sócio-Econômico) irá financiar 74% do projeto (R$ 393 milhões). Os demais recursos virão do governo do Mato Grosso e da prefeitura de Cuiabá. As obras serão de responsabilidade do consórcio Santa Bárbara/ Mendes Júnior. Pela projeção dos construtores, serão consumidas 15 mil toneladas de cimento na obra.

EntrevistadoSérgio Coelho, arquiteto sócio da presidente da GCP Arquitetos
Currículo
Graduado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, desde 1976
Contato
: gcp@gcp.arq.br
Crédito das fotos:
Sérgio Coelho
Secom/MT
Arena Pantanal
GCP/Divulgação

Dacko produz viveiros e insumos para implantação de florestas


O aquecimento do mercado de plantação de florestas de eucalipto, levou a Metalúrgica Dacko, empresa gaúcha especializada na produção de equipamentos para viveiros e mudas florestais, projetar para 2011 um crescimento de 20% no volume de negócios em relação ao ano passado. É com esse espírito que a empresa vai participar pela primeira vez da Expoforest 2011, que acontecerá entre 13 e 15 de abril na cidade de Mogi Guaçu (SP).
Baseada na cidade de Erval Grande (RS), a Dacko atende basicamente o mercado brasileiro, de norte a sul, e exporta cerca de 10% de sua produção para países como Paraguai, Argentina e Uruguai. O encarregado florestal da empresa, Marlon Moreira, destaca a cultura do eucalipto na região norte-nordeste do país como um atrativo para os produtores. “Nos últimos meses vendemos muito para o Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Nessas regiões, as compras de dois clientes, por exemplo, equivalem a vinte. O mercado está em franco crescimento e nossas mudas clonais fazem sucesso na região norte. Outro ponto positivo é que todo mês tem pelo menos um carregamento para países do Mercosul”, avalia Moreira.
Primando pela qualidade no fornecimento de seus serviços, a Dacko destaca-se no segmento por oferecer produtos à pronta-entrega, com preço diferenciado e com opção de assistência técnica especializada. As empresas que adquirem os viveiros e insumos produzidos pela Dacko optam por fornecedores garantidos e que atendam dentro dos padrões de qualidade. “É por mantermos essa preocupação em fazer o melhor que atendemos grandes clientes, como Suzano e Valle, por exemplo, pois sempre estamos prontos para entregar os produtos, acompanhamos a instalação e tomamos todo o cuidado para que o produto seja sempre de primeira linha, absolutamente dentro de nossos padrões de qualidade”, explica Moreira.
A implantação de um viveiro é um negócio rentável e que emprega diversos profissionais; nos maiores não é raro ter mais de 50 pessoas trabalhando. O viveiro é responsável direto pela qualidade das mudas de florestas plantadas, culminando principalmente na produção de carvão para siderúrgicas e celulose para empresas madeireiras, por exemplo. “Um viveiro demanda manutenção e conhecimentos técnicos e práticos para que atinja seus objetivos. Hoje é um negócio viável, principalmente nos planejamentos que têm foco florestal, que normalmente são instalados em fazendas”, explica Moreira. O encarregado florestal da Dacko lembra que fazer uma pesquisa mercadológica regional também é muito eficaz antes de iniciar a implantação de um viveiro.
Expoforest 2011
A Dacko vai participar da Expoforest 2011 – Feira Florestal Brasileira pela primeira vez com dois objetivos principais: o primeiro, encontrar a maior parte de seus clientes, que estão sendo especialmente convidados pela empresa a participar da primeira feira dinâmica da América Latina. O segundo objetivo, segundo Moreira, fazer novos clientes e iniciar contatos com empresas, empresários e produtores que ainda não possuem viveiro e gostariam de conhecer melhor as técnicas para sua implementação.
A empresa vai levar toda sua linha de produtos para a feira, com destaque para as bandejas plásticas, tubetes, mudas e insumos florestais.

Serviço:
Expoforest 2011
Data:
de 13 a 15 de abril de 2011
Local: Horto Florestal Mogi Guaçu, São Paulo, Brasil
Horário de visitação: das 9h às 17h

FSM discute os novos caminhos para o futuro da humanidade


Reinaldo Canto* 



De Davos na Suíça para Dacar no Senegal. Do frio congelante da Europa, para o calor escaldante da África. Essas são algumas, mas certamente não as maiores diferenças entre o Fórum Econômico Global encerrado na semana passada e o Fórum Social Mundial que está sendo realizado nestes dias. Elas, sem dúvida, vão muito além de questões geográficas e climáticas.
Ambos os encontros tem a nobre missão de discutir, refletir sobre atuais e futuros caminhos para a humanidade. E, terminam aí as suas semelhanças. Davos teve como protagonistas as cerca de 2.500 lideranças empresarias, executivos representantes do poder econômico mundial. Já o fórum de Dacar terá em torno de 100 mil participantes representantes de uma gama variada de etnias, ideologias, culturas, religiões, enfim de uma enorme diversidade que compõe boa parte da sociedade civil planetária. Um espaço aberto de discussão heterogêneo, plural e participativo.
Palco da pluralidade
O Fórum Social Mundial tem sido palco em suas diversas edições, de uma série de propostas que colocam o ser humano no centro do processo. São propostas e caminhos que tem em comum, o fato de colocar a economia a serviço do homem e não o homem a serviço da economia.
Entre as reflexões que definem o fórum está a busca por organizar a sociedade de uma maneira que ela seja capaz de atender as necessidades humanas. Daí vem o slogan sempre presente nesses encontros da construção de, “um outro mundo possível”. Do desenvolvimento de projetos alternativos para um novo modelo civilizatório.
Exemplos
Vale destacar, como exemplo, algumas das discussões que fazem parte do fórum nesses dias:
Princípios para um novo paradigma de civilização, que tem como objetivo superar as rupturas com a biosfera criando as condições para harmonizar as necessidades de sustentabilidade do planeta com as necessidades de desenvolvimento. Colocar na mesma agenda, o impulso as forças produtivas ao lado da implementação de justiça social, ética, integridade e transparência.
Diálogo, articulação e construção de plataformas de ação, na busca por uma nova relação entre governos e sociedade civil. Uma nova cultura política baseada na ética, transparência, horizontalidade e compartilhamento do conhecimento.
A crítica contundente é outro aspecto marcante do Fórum Social Mundial. Um painel denominado Críticas aos ideais civilizatórios de crescimento e progresso, afirma que o atual modelo de desenvolvimento e crescimento desordenado é responsável por destruições, exclusões e desigualdades. Pelos problemas climáticos e a agressão aos limites do planeta. Um modelo que valoriza mais o “ter” do que o “ser”.
Chama ainda a atenção propostas polêmicas como a de crescimento zero que visa antes do puro e simples crescimento econômico, a redução da pobreza, das desigualdades e a busca por melhorias na qualidade de vida das pessoas.
FSM: Rico, plural e democrático
Independentemente dos resultados obtidos no curto prazo, o Fórum Social Mundial é um espaço onde ocorrem momentos inspiradores capazes de trazer à tona, questões importantes sobre o papel a ser desempenhado por governos, empresas e sociedade civil. Papel que deve levar em conta, acima de tudo, a valorização da diversidade humana baseada em visões de mundo diferentes.

*Reinaldo Canto é jornalista, consultor e palestrante. Foi diretor de comunicação do Greenpeace e coordenador de comunicação do Instituto Akatu. É colunista de Carta Capital e colaborador da Envolverde.
**Artigo publicado originalmente na coluna Cidadania & Sustentabilidade:

Pergunte ao Roberto, o personagem criado pelo Espaço Real de Práticas em Sustentabilidade.

Novo Hamburgo: A “energia verde” foi pauta do primeiro Economia & Negócios de 2011

O evento promovido pela ACI contou com a palestra de Luis Klauck, que apresentou as inovações e novidades no setor de energia para reduzir custos e proteger o meio ambiente.
Da Redação

 
A busca por soluções econômicas, através da chamada energia verde, foi o tema do 1º Economia & Negócios de 2011, promovido pela ACI.
O evento, realizado na noite de terça-feira, 08, contou com a palestra do empresário especializado em Comércio Exterior, Luis Klauck. O público presente pode conhecer as inovações no setor de energia direcionadas a reduzir custos e ainda proteger o meio ambiente.
A abertura dos trabalhos foi realizada pelo presidente da Fundação Desenvolvimento Ambiental (Fundamental), braço ambiental da ACI, Paulo Borges. “Este é um tema que tem muita afinidade com o trabalho que desenvolvemos na fundação. A sustentabilidade é o grande assunto a ser discutido, e não há como falar em proteção ao meio ambiente sem discutirmos as fontes de energia que serão utilizadas pelas empresas no futuro”, ressaltou o presidente da Fundamental.
O palestrante traçou um panorama da evolução das fontes de energia na história, explicou os tipos existentes e as principais formas de captação desses recursos. “O Brasil ainda depende muito, até por suas características naturais, da energia hidroelétrica. No entanto, outras fontes começam a ganhar força. Este é um caminho que sempre foi trilhado no mundo. O uso da energia está em constante modificação”, observou Klauck.

 

NOVIDADES – O evento serviu também para apontar o que há de mais moderno na produção de energia. “O foco agora é: energias renováveis, desenvolvimento sustentável e consciência ambiental, e a chamada green energy”. Muitas vezes pensamos que isso é para os outros países, ou para empresas de maior porte, mas temos que ter consciência de que é para todas as empresas”, enfatizou.
Mais utilizada no Brasil, a energia elétrica foi a explorada na palestra. “O governo investe em mais infraestrutura e mais produção. Nós, por outro lado, temos que nos preocupar em diminuir o consumo, em utilizar melhor a energia, porque o Estado não dará conta do fornecimento”, acrescentou Klauck.
SOLUÇÕES – Entre as soluções de curto prazo apontadas, o empresário destaca a tecnologia de iluminação com lâmpadas em LED. “Elas têm alta resistência e eficácia, um consumo muito mais baixo e reduz a emissão de gás carbônico”, explicou. A tecnologia tem sido bastante utilizada na Europa e nos Estados Unidos e deve entrar com força no Brasil.
“As lâmpadas incandescentes estão sendo trocadas pelas fluorescentes. Estas serão gradualmente substituídas pelas LED”, complementou o palestrante. O Economia & Negócios teve o patrocínio da Justen&Heberle Assessoria Empresarial.
Informações De Zotti
FOTOS: ilustrativas

Embaixada Italiana no Brasil será abastecida por energia solar

Brasília já tem sua primeira Embaixada Verde. Equipada com painéis solares, a sede diplomática da Itália deve conquistar autonomia energética em breve e ainda pode contribuir para o abastecimento da rede elétrica da cidade 
 

Valerio Cecchi, da Enel Green Power, Gherardo La Francesca, embaixador italiano no Brasil e 
Jorge Miguel Samek, diretor-geral da Itaipu Binacional, na apresentação da Embaixada Verde
 
 
 
A Embaixada da Itália, em Brasília, apresentou na semana passada, dia 9, um projeto pioneiro no país, batizado de Embaixada Verde, no qual a sede diplomática pretende, em um curto período, conquistar a autonomia energética a partir de fontes renováveis e limpas
Para isso, foram instalados 405 painéis solares na cobertura de 4 mil metros quadrados do prédio, que poderão gerar 86 MWh por ano. A maior novidade é que a planta solar está conectada à rede elétrica da cidade, podendo repassar a energia excedente não-consumida para a Companhia Energética de Brasília (CEB). 

Trata-se de um projeto-piloto em parceria com a Enel, gigante italiana do setor elétrico. “Nesse sistema não há baterias, o que torna o processo mais barato. Há na verdade uma troca: a energia excedente é entregue à rede para ser usada pela CEB, que ‘restitui’ essa energia para a embaixada à noite. No final de cada mês, é feito um acerto econômico pela diferença entre o que foi gerado e o que foi consumido”, informou Henrique de Las Morenas, gerente geral da Enel Green Power para o Brasil, durante a apresentação. Estima-se que a planta solar exporte 8 MW/h por ano. 

A iniciativa surgiu a partir da preocupação com a conta de luz, como revelou o embaixador Gherardo La Francesca. “Quando cheguei ao Brasil e fiquei a par de toda a administração, me espantei com a conta de energia elétrica. Chegamos a fazer um estudo técnico de implantação de energia solar, mas era muito caro. Conseguimos, então, a parceria com o Grupo Enel e a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para esse projeto. Parte do custo de implantação será pago com a economia na conta de energia”, disse ele, que espera ver o projeto replicado em função da sua viabilidade técnica e financeira. 

Também faz parte do projeto da Embaixada Verde a utilização de um carro elétrico desenvolvido pela Itaipu Binacional, em parceria com a Fiat. Ele ficará a serviço do embaixador e será abastecido com a energia produzida pelos painéis solares. “O carro será experimentado em seu uso urbano e passaremos os dados para os desenvolvedores. A embaixada se tornou um grande centro de pesquisa”, explicou La Francesca. 

DE CONSUMIDOR A PRODUTOR
A microgeração distribuída de energia, como é chamado esse sistema, é algo comum na Europa e nos Estados Unidos, mas ainda inédito no Brasil. Na Itália, os consumidores que têm painéis solares em suas casas podem vender a energia extra que produzem para as companhias de energia elétrica e, assim, ter descontos na conta de luz ou mesmo receber um dinheirinho extra, além de proporcionar ganhos para o meio ambiente

O coração do sistema é o uso de um medidor eletrônico bidirecional, capaz de medir tanto a energia consumida quanto a produzida. “O projeto ‘Embaixada Verde’ é rico pelo efeito prático de demonstração de como isso é possível também no Brasil”, afirma Nelton Miguel Friedrich, Diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu Binacional. 

No Brasil, todos os medidores são analógicos e aferem apenas o consumo. “Até o final de 2012, queremos implementar um programa nacional de substituição dos medidores para que toda nova unidade de consumo tenha os equipamentos eletrônicos”, afirmou André Pepitone da Nóbrega, diretor da Aneel. 

Ter vários pequenos produtores de energia integrados traz inúmeros benefícios, segundo especialistas:
- reduz a sobrecarga das redes,
- melhora o nível de tensão nos momentos de pico,
- diversifica a matriz energética,
- reduz as perdas e o impacto ambiental e
- aumenta a confiabilidade no sistema. 

“Já temos tecnologia para isso, mas falta regulamentação no Brasil. Por enquanto, o sistema não é viável para os pequenos consumidores porque a implantação técnica ainda é mais cara do que a energia gerada, mas acreditamos que isso mudará logo, pois o custo da energia solar tem caído muito e o Brasil oferece grande potencial”, salientou Morenas. 

De fato, o grande nó para a implementação dessa nova realidade, que poderá impulsionar a energia solar no país, é a falta de leis que regulem as energias limpas e a conexão dos geradores de pequeno porte para criar “redes inteligentes”. Segundo Nóbrega, da Aneel, já estão sendo feitas audiências e consultas públicas para estabelecer um marco regulatório para o setor, mas ainda sem prazo para qualquer definição. 

O Brasil é considerado um dos países com maior potencial de exploração da energia solar por reunir alto nível de insolação – cerca de sete horas por dia – e alta tarifa ao consumidor final, o que viabiliza os investimentos. 

Durante o seminário realizado para apresentar o projeto Embaixada Verde, o professor Ricardo Rüther, coordenador do Grupo de Pesquisa Estratégica em Energia Solar da Universidade Federal de Santa Catarina, fez uma comparação do aproveitamento energético de todo o sol que brilha no nosso território: a água do lago de Itaipu, com 1350 km², é capaz de produzir 14 GW/ano; se painéis solares ocupassem a mesma área, produziriam 108 GW/ano.

Spa americano tem construção sustentável e proporciona total contato com a natureza

Localizado em um terreno de 400 hectares, na cidade Tucson, estado do Arizona (EUA), salpicado de cactos com mais de cem anos de existência, o Miraval é mais que um spa de luxo e um retiro de bem-estar pois a premissa para a sua construção foi proteger o lugar. 

O projeto dispõe de iluminação de baixa voltagem, balcões de concreto reciclado, 
janelas de alto desempenho, e pinturas não tóxicas. (Imagem:Divulgação)
 


 
O Miraval Arizona é um spa de luxo que pretende mais do que apenas curar o corpo e a mente, ele também trabalha para proteger a Terra.
A construção foi desenvolvida pelo escritório de arquitetura Mithun, líder em desenvolvimento sustentável e urbanismo. Nela foram adicionados novos edifícios aos edifícios mais antigos para dar lugar a espaços de bem-estar, meditação, yoga, tratamentos ao ar livre e quartos. Com edifícios feitos de terra batida, em respeito ao deserto, uso consciente de água e energia, o Miraval serve como inspiração ecológica.
O spa é construído de taipa, que serve como massa térmica mantendo o interior fresco durante o dia e emite calor durante a noite. Tijolos de argila foram feitos in loco e os materiais locais foram usados em outras etapas da construção. Caminhos de granito decomposto percorrem todo o resort e ajudam na drenagem durante a estação chuvosa.
Voltados para sul, os quartos aproveitam a energia passiva. Grandes palas proporcionam sombra aos interiores e as janelas permitem a ventilação natural. Os quartos também dispõem de uma série de outros sistemas e materiais energeticamente eficientes, como iluminação de baixa voltagem, balcões de concreto reciclado, janelas de alto desempenho e pinturas não tóxicas com baixo teor de compostos orgânicos voláteis.
O paisagismo em torno dos quartos e em todo o resort, faz uso inteiramente de espécies vegetais nativas que não necessitam de irrigação. O resort também tem planos para construir no local uma fábrica de tratamento de água que irá recuperar as águas residuais para o paisagismo e uso na irrigação.
O spa e as suas instalações tentam destacar a estreita ligação que temos com a natureza e o escritório Mithun trabalhou para fazer o mesmo em todos os elementos que eles incluíram na sua concepção.

Curitiba irá discutir o futuro das cidades na CICI2011

Segunda Conferência Internacional de Cidades Inovadoras, organizada pelo Sistema Fiep, vai reunir 4 mil pessoas e mais de 200 municípios de todo o mundo entre 17 e 20 de maio 
 
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Solenidade de abertura da CICI2010: debates continuam em 2011 (Foto: Gilson Abreu)
Como deve ser a cidade ideal para o futuro? Essa é a questão chave da II Conferência Internacional de Cidades Inovadoras - CICI2011, que será realizada pelo Sistema Fiep entre 17 e 20 de maio, no Cietep, em Curitiba. Esta edição está repleta de novidades. Além da continuidade das discussões já travadas em 2010, este ano os temas centrais serão voltados às cidades ideais para o futuro: cidades digitais; cidades educadoras; cidades empreendedoras; cidades geradoras de energia limpa; e cidades inteligentes. Para garantir o alto nível das discussões, já confirmaram participação nos painéis que serão apresentados durante o evento nomes importantes do Brasil e do exterior. Entre eles, o físico austríaco Fritjof Capra; o economista norte-americano Jeremy Rifkin; o diretor da Global Governance Initiative, Parag Khanna - assessor da campanha do presidente dos Estados Unidos, Barak Obama -; e o médico e especialista em Redes Sociais americano, Nicholas Christakis. O Brasil também trará grandes nomes, como o antropólogo Tião Rocha, o arquiteto Jaime Lerner, o especialista em desenvolvimento local, capital social e redes sociais Augusto de Franco, e o idealizador da CICI e também presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures.

Copa do Mundo de 2014
Outra novidade da CICI2011 é pensar no modelo ideal de cidades que irão sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014, que será realizada em 12 capitais brasileiras. Todas as cidades irão participar do evento, apresentando seus projetos e o que já estão fazendo de inovador para promover o Mundial de futebol. As cidades de Stuttgart (Alemanha) e Durban (África do Sul) também foram convidadas para falar de suas experiências na realização das Copas de 2006 e 2010, respectivamente.

Interatividade 

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Mensagens postadas no Twitter são reproduzidas 
em telas nas salas de palestras 
(Foto: Mauro Frasson)

Assim como na edição do ano passado, a CICI2011 também irá desenvolver ações de interatividade com os participantes. A grande novidade para este ano será o globo das cidades. Será instalado no centro do evento um globo de telas representando as cidades-tema. Nessas telas serão projetadas, em realidade futura, as principais discussões abordadas em cada tema, em tempo real. Na primeira edição, a rede social Twitter foi a sensação do evento e será mantida e ampliada este ano. Todas as salas terão telas gigantes onde as mensagens postadas na rede citando o a CICI2011 serão automaticamente transmitidas.
Confira a programação completa da II Conferência Internacional de Cidades Inovadoras no site www.cici2011.org.br.

Femade 2011 vai apresentar novas tecnologias para transformação de madeira

Visitantes também poderão participar de rodada de negócios e discussões com especialistas em pinus 
 
 


A Feira Internacional da Indústria da Madeira, Móveis e Setor Florestal – FEMADE 2011, que será realizada de 13 a 16 de setembro, em Pinhais (PR), vai reunir os principais fabricantes de máquinas e equipamentos para a transformação da madeira. O objetivo do evento, que passa a ocorrer apenas nos anos ímpares, é fomentar novos negócios, permitir a troca de experiências entre indústria de madeira e fornecedores, assim como promover o diálogo entre os profissionais que compõem a cadeia produtiva.

O pavilhão do Expotrade vai receber as últimas novidades em máquinas, equipamentos, ferramentas e acessórios para transporte, logística e sistemas de armazenamento de informação. Além disso, será possível conhecer o que há de novo para o reaproveitamento de resíduos de madeira e geração de energia e sistemas de secagem de madeira serrada. A indústria moveleira também vai estar representada por expositores com equipamentos para a produção industrial de móveis e sistemas de automação.

Negócios e Capacitação

Além de todo o espaço de convívio dos estandes e exposição dos produtos, os participantes da feira terão mais uma oportunidade para efetivar novos negócios durante a FEMADE 2011. Na 5ª Rodada Internacional de Negócios, empresários brasileiros e importadores poderão negociar diretamente. O foco das rodadas estará em máquinas para a indústria da madeira e nos produtos de madeira de maior valor agregado. Na última edição, a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), que organizou a Machine Business com o apoio da APEX (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), registrou mais de 30 reuniões, com a presença de 16 empresas vendedoras e quatro compradores (Argentina, Colômbia, Guatemala e Peru). Já a Wood Business, organizada pela Hannover Fairs Sulamérica, registrou mais de 50 reuniões, com a participação de empresas brasileiras e de países, como Alemanha, Argentina, China, França, Itália e Turquia.

Outros eventos fazem parte da programação da FEMADE 2011. Em sua segunda edição, o ExpoMarcenaria vai permitir que profissionais da marcenaria ampliem conhecimentos e técnicas sobre as últimas novidades para o segmento. Técnicos do Senai/Cetman farão palestras de treinamento e qualificação de mão de obra.

Já o 3° Congresso Internacional do Pinus irá promover o debate sobre temas como evolução tecnológica do cultivo da espécie, participação no mercado nacional e internacional e a relação entre oferta e demanda de políticas de incentivo e investimento. Dados do setor apontam que são previstos investimentos de US$ 20 bilhões nos próximos sete anos na base florestal e na construção de novas fábricas para elevar a produção de celulose e madeira no país.

Resultados
A última edição da FEMADE, realizada em 2010, recebeu mais de 8 mil visitantes, provenientes de 16 países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, China, Colômbia, Equador, Finlândia, França, Itália, México, Peru, Portugal, Taiwan, Turquia e Uruguai, além de representantes de 21 estados brasileiros e do Distrito Federal.

A Hannover Fairs Sulamérica, organizadora da feira, registrou na edição 2010 um crescimento de 44% no número de expositores em relação à edição de 2008. As companhias internacionais também representavam apenas 4,5% dos expositores há quatro anos, sendo que este número saltou para 30%. “Asiáticos, europeus e latino-americanos desejam investir no Brasil, em especial, no mercado de madeira e móveis. Muitos deles apostam na FEMADE para prospectar esse mercado”, afirma o diretor da empresa organizadora, Constantino Baümle.

Apoio
O evento já conta com o apoio das principais entidades representativas do setor madeireiro, entre elas: Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira (Abipa), Associação Brasileira de Preservadores de Madeira (ABPM), Associação Brasileira dos Produtores de Formol e Derivados (Abraf), Associação Nacional dos Produtores de Pisos de Madeira (ANPM), Associação Paranaense dos Atacadistas e Varejistas de Produtos para Marcenaria (Apam), Sindicato da Indústria do Mobiliário e Marcenaria do Estado do Paraná (Simov), Sindimadeiras – SC. Há ainda uma parceria com o Sebrae-PR, a Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais (Sbef), Sociedade Brasileira de Agrossilvicultura (Sbag), Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (Ipef), Centro Brasileiro para Conservação da Natureza e Desenvolvimento Sustentável (CBCN), (Instituto de Comércio Exterior do Paraná (Cexpar) e Rede Nacional de Biomassa para Energia (Renabio).

Serviço:

FEMADE 2011
Data: de 13 a 16 de setembro de 2011
Local: Expotrade Convention Center – Pinhais – PR – www.expotrade.com.br
Promoção: Abimaq – associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos
Realização/Organização: Hannover Fairs Sulamérica
Mais informações: www.feirafemade.com.br
Fone: + 55 41 3027.6707

NASA mostra imagens do Sol em frente e verso

Fonte: Redação do Site Inovação Tecnológica 

NASA mostra imagens do Sol em frente e verso
Ver o Sol simultaneamente pelos dois lados significa que nunca mais uma tempestade solar 
surgirá do outro lado e nos pegará de surpresa, dizem os cientistas. [Imagem: NASA]
Os dois lados do Sol
Usando duas sondas espaciais, posicionadas atrás e à frente do Sol, em relação à órbita da Terra, a NASA finalmente conseguiu fazer imagens simultâneas dos dois lados da nossa estrela.
"Pela primeira vez podemos observar a atividade solar em toda a sua glória em 3 dimensões", comemorou Angelos Vourlidas, um membro da equipe científica da missão STEREO.
Como as duas sondas ficam separadas por um pouco menos de 180º, elas na verdade "perdem" uma pequena fatia do Sol, que foi interpolada para simular a visão completa de 360 graus.
Mas essa diferença deverá diminuir e a qualidade da imagem do lado distante do Sol deverá melhorar nas próximas semanas, conforme os engenheiros alinham melhor as sondas e coletam mais imagens, melhorando os dados para a interpolação.

Física solar
"Este é um grande momento para a física solar," diz Vourlidas. "As sondas STEREO revelaram o Sol como ele realmente é - uma esfera de plasma quente e campos magnéticos tecidos em uma malha intrincada."
Cada uma das sondas STEREO fotografa metade da estrela e envia as imagens para a Terra. Os cientistas então combinam as duas imagens para criar uma esfera.
NASA mostra imagens do Sol em frente e verso
Como as duas sondas ficam separadas por um pouco menos de 180º, elas na verdade "perdem" uma pequena fatia do Sol, que foi interpolada para simular a visão completa de 360 graus. [Imagem: NASA]
Mas as fotografias não são apenas imagens comuns. Os telescópios da missão STEREO são ajustados para capturar quatro comprimentos de onda da radiação ultravioleta extrema, selecionados para rastrear os principais aspectos da atividade solar, tais como erupções, tsunamis solares e filamentos magnéticos.
Sol em 3D
E o que torna imagens simultâneas dos dois lados do Sol tão importantes?
Considere o seguinte: uma mancha solar ativa pode surgir no lado mais distante do Sol, completamente invisível da Terra. Então, a rotação do Sol traz essa região em direção ao nosso planeta, emitindo labaredas e nuvens de plasma sem nenhum aviso prévio.
Isso agora não acontecerá mais.
"As regiões ativas do outro lado do Sol já não podem mais nos pegar de surpresa. Graças à STEREO, sabemos que elas estão vindo," disse Bill Murtagh, especialistas em clima espacial, da NASA.

Pesquisador quer quantificar Sustentabilidade Ambiental

Com informações da Agência USP 

O pesquisador brasileiro Joaquim Francisco de Carvalho, da USP, desenvolveu um estudo onde propõe uma metodologia para medir a sustentabilidade ambiental de maneira quantitativa.
 
Técnica permite medir sustentabilidade ambiental de modo quantitativo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ainda não existe uma técnica para medir e comparar 
sustentabilidade ambiental de diversos projetos.
[Imagem: Adaptado de Wikimedia]
 
Um artigo sobre o tema acaba de ser publicado na Renewable and Sustainable Energy Reviews.

Definição de sustentabilidade

Segundo Carvalho, a definição de sustentabilidade geralmente aceita é baseada no chamado Relatório Brundtland, de 1987. Esta definição qualitativa estabelece que um projeto é sustentável quando não contribui para degradar o meio ambiente e o mantém capaz de fornecer recursos para as gerações futuras.

Embora esta definição tradicional seja adequada para o debate político, por levar em conta apenas o lado qualitativo, não há até hoje uma definição quantitativa sobre sustentabilidade.

"Com base nesta definição, fica impossível afirmar, com segurança, que a construção de uma usina hidrelétrica causará mais ou menos danos ao meio ambiente do que centrais termelétricas a carvão ou a biomassa" pondera Carvalho.

"Entretanto, o artigo recentemente publicado deve ser considerado apenas como uma pesquisa básica sobre o assunto, que poderá ser útil na medida que oferece para outros estudiosos sugestões para linhas de pesquisas a serem exploradas sobre o tema", alerta ele.

O que é entropia

A metodologia foi baseada em conceitos de um ramo da Física denominado "Termodinâmica do Não-equilíbrio" e está estruturada a partir dos princípios de mínima e máxima produção de entropia.

A entropia é uma grandeza permite avaliar a degradação da energia de um sistema - a entropia de um sistema caracteriza o seu grau de desordem.

"Podemos dizer que a sustentabilidade de um sistema, como a Terra, por exemplo, depende basicamente do equilíbrio dos fluxos de energia que entram e saem, compara Carvalho.

Este equilíbrio é influenciado pelo número de elementos do sistema e por seu regime termodinâmico, ou pelo nível de organização de seus elementos. Isso caracteriza a entropia do sistema. Sistemas sustentáveis produzem pouca entropia e são bem organizados, enquanto sistemas insustentáveis produzem muita entropia e são caóticos".

O pesquisador usa como exemplo a energia que chega na Terra por meio do Sol.

"Neste caso, a energia solar, recebida direcionalmente num fluxo de alta qualidade e baixa entropia, é responsável por uma série de fenômenos atmosféricos e geológicos, pela fotossíntese, pelo metabolismo das plantas e de animais e é reemitida com baixa qualidade (degradada) e alta entropia. Porém, há um balanço energético entre a energia que entra e a que sai", esclarece, lembrando que entropia está associada à temperatura.

Já no caso de uma plantação de cana-de-açúcar em áreas especialmente desmatadas para isso, Carvalho explica que o fluxo entrópico é alto, entre outros fatores, por força do desmatamento, que causa a destruição de um ecossistema e, consequentemente, de uma série de informações genéticas e biológicas, gerando caos (desequilíbrio) naquele meio.

"Qualquer processo que desorganize, destrua informação ou diminua a eficiência de um sistema aumenta a sua entropia. As causas podem ser o atrito, em sistemas mecânicos; resistência elétrica, em sistemas elétricos; super-exploração e mau uso do solo, em sistemas agrícolas; transportes caóticos e desperdício de energia, nas cidades, etc", destaca o pesquisador.

Definição de desenvolvimento sustentável


"Podemos então definir desenvolvimento sustentável em função da intensidade dos impactos ambientais causados pelas atividades econômicas, como aquele que tenda a manter os fluxos de entropia dos sistemas terrestres próximos aos atuais, que são os que viabilizam a vida humana. Esta definição ainda não é precisa; entretanto, com base nela, poderíamos estabelecer escalas de magnitudes de impactos sobre o ambiente natural, provocados por atividades econômicas básicas", sugere Carvalho.

Segundo o pesquisador, essas escalas ainda são limitadas pela escassez de trabalhos experimentais e, portanto, pela insuficiência de dados quantitativos. "Mas na medida que vá crescendo o interesse por este assunto, os pesquisadores da área de energia poderão definir escalas cada vez mais precisas, em função do que poderíamos chamar de Graus Entrópicos das atividades consideradas.

Índice de desenvolvimento humano sustentável


No artigo, o pesquisador sugere ainda a criação de um Índice de Desenvolvimento Humano Sustentável (IDHS), que seria obtido a partir do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) - formado por dados ligados à expectativa de vida ao nascer, educação e Produto Interno Bruto (PIB) de um país - e de um Índice de Sustentabilidade Ambiental (ISA).

O ISA seria estabelecido em função dos graus entrópicos dos produtos de maior peso na economia.

"Os materiais de maior impacto entrópico teriam peso maior. Por exemplo, o impacto de um quilo de alumínio - que implica extração do minério e elevado consumo de eletricidade - é bem maior do que o de um quilo de madeira, que é produzida por fotossíntese, um processo natural que consome apenas energia solar, dióxido de carbono e água, existentes na atmosfera", explica.

No artigo, o pesquisador sugere ainda que a Organização Mundial do Comércio (OMC) utilize o IDHS para estabelecer escalas de acréscimos e decréscimos nas tarifas de exportação de países, de acordo com índices maiores ou menores de IDHS.
 
Bibliografia: 
Measuring economic performance, social progress and sustainability using an index
Joaquim Francisco de Carvalho
Renewable and Sustainable Energy Reviews
December 2010
Vol.: 15, Issue 2, February 2011, Pages 1073-1079
DOI: 10.1016/j.rser.2010.11.040