Moda sustentável: o que é e como usá-la no dia a dia



Moda sustentável está relacionada ao consumo consciente 
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A moda muitas vezes é associada ao luxo e ao glamour. Mas, com alguns recursos naturais escassos, mais caros e uma tendência de consumo consciente, a indústria desse setor tem buscado oferecer produtos sustentáveis. 

Produtores e consumidores entendem que é possível produzir e consumir uma moda cheia de estilo e atitude respeitando as pessoas, o meio ambiente e toda a cadeia da indústria.

Moda sustentável está dentro da ideia de consumo consciente. Mas para entender o seu conceito, é importante entender o contexto da indústria da moda.


Contraponto ao modelo fast fashion

Por trás das roupas que compramos está a produção em massa e os resíduos químicos provenientes desse processo. O modelo de moda “fast fashion” ganha força desde a década de 1990, quando nos vimos diante de lojas com coleções mais baratas e novas quase toda semana.

Para manter os preços baixos, contudo, a fabricação da maioria das peças é feita em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, onde a mão de obra é mais barata e não há regularização de direitos trabalhistas e de condições de trabalho. Pensando em minimizar os impactos da moda, a solução seria repensar o ciclo completo de vida da peça de roupa que consumimos e evitar o desperdício.

Mas o que é moda sustentável?

Segundo a consultora de imagem e estilo Ju Processo, a ideia principal da moda sustentável é a redução dos poluentes na fabricação de roupas e acessórios, para assim, reduzir o impacto ambiental. Além de um maior cuidado em relação à mão de obra de quem produz as peças. 

“Essa necessidade surgiu a partir do consumo desenfreado e o descarte das peças ao menor sinal de desgaste e/ou mudança de tendência, sem se preocupar com o uso das matérias-primas e a poluição que a produção de roupas e acessórios gera”, explica a consultora.
O que a moda sustentável propõe?

A produção deve ser pensada de forma consciente, usando novas tecnologias para que os resíduos sejam reciclados. Esta é uma maneira de reduzir o desperdício de energia, água e produtos químicos na produção têxtil. 

Aos poucos, este panorama começa a mudar tanto no mercado de luxo (estilistas como Ralph Lauren, Stella McCartney e Eileen Fisher já estão usando tecidos orgânicos ou feitos da reciclagem de materiais) quanto na moda mais acessível, com o aumento do número de brechós, sites de venda e troca, que também contribuem para moda sustentável. 

Já que o consumidor consciente evita descartar roupa rapidamente e preocupa-se em como é a produção da peça.

É possível estar na moda e se vestir de maneira sustentável 
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Como aderir ao conceito sustentável de moda?

Juliana Processo dá a seguinte dica: “faça sempre a si mesmo a pergunta mais importante de todas: ‘Será que preciso mesmo disso?’ Assim é possível ter uma noção do que você realmente precisa comprar e do que é estímulo externo para se ter algo do qual você não precisa, como mais uma bolsa ou um sapato”. 

A moda precisa ser pensada de forma consciente, pois o que você compra e, principalmente, o que descarta, não é somente uma escolha pessoal. Afinal, estamos todos dividindo o mesmo planeta e seus recursos naturais.
Adaptações na hora das compras

Vale a pena o consumidor buscar produtos com materiais sustentáveis e de melhor qualidade para ter maior durabilidade que também sejam atemporais – podendo ser usados por muito mais tempo. Como indica a consultora, podemos começar pesquisando sobre as marcas que mais usamos para entender quais delas se comprometem com essa questão. 

“Desta forma você muda sua relação com a indústria da moda, mas sem afetar seu estilo. Escolha também peças com tecidos naturais ao invés dos sintéticos, pois os naturais são recicláveis”, explica.


Como "ressignificar" uma peça?

Seguindo o conceito, você pode dar um uso mais duradouro a uma peça que você já gosta, reformando ou dando novos usos. É importante que as peças não se tornem algo descartável. Outra dica da Juliana, é analisar item por item do seu guarda-roupa e manter nele somente as peças que você ama e que lhe caem bem. 

“As roupas que saírem podem ser doadas para instituições de caridade ou trocadas, vendidas em brechós, sites, lojas de aluguel de roupas, bazar entre amigas, etc. Fazer as peças circularem ao invés de descartá-las é uma das melhores formas de ressignificar uma peça”, indica a consultora.

Do banho à roupa e às compras, até ao sexo. Como ser mais sustentável?


45% dos consumidores estão a optar por fazer compras mais sustentáveis neste tempo de pandemia. E já são muitas as opções disponíveis. Conheça algumas delas, selecionadas pelo ECO/Capital Verde.

A pergunta foi feita no início de abril a mais de três mil consumidores em 15 países, nos cinco continentes. De que forma a pandemia de Covid-19 está a alterar os seus hábitos de consumo? 45% dos inquiridos num estudo recente da consultora Accenture não hesitaram em responder que estão a optar por fazer compras mais sustentáveis e que irão manter esse cuidado no futuro. 

Além disso, 64% estão mais preocupados com o desperdício alimentar e 50% estão a comprar alimentos com maior consciência da sua saúde.

Na Planetiers, plataforma de e-commerce para produtos sustentáveis, a procura tem vindo, de facto, a aumentar nos últimos meses, garante Sérgio Ribeiro, diretor-executivo da startup. O empreendedor quis colocar à disposição dos consumidores, da forma mais rápida e acessível, várias alternativas de consumo mais sustentáveis. 

“Agora as pessoas estão mais em casa e temos sentido uma procura mais no online. As pessoas querem continuar a comprar coisas mais ecológicas para o seu dia-a-dia. Neste momento estamos a ser postos à prova a todos os níveis e temos mesmo de consumir de forma mais ecológica para reduzir a nossa pegada“, rematou Sérgio Ribeiro.

Da agricultura orgânica e jardinagem à alimentação, sem esquecer os animais de estimação, os bebés, a casa, o desporto, as energias renováveis, jogos e brinquedos, material de escritório, livros, moda sustentável, saúde e beleza, serviços, tecnologia, viagens e turismo sustentável, são muitas as opções disponíveis. Conheça algumas delas, selecionadas pelo Capital Verde.

Tomates cereja no parapeito da janela
À venda no marketplace da Planetiers por 9,99 euros, o Mini Jardim Urbano Plant & Grow traz um saco de juta com um pacote de substrato biológico (sem químicos) e sementes de tomate (cereja, pêra-amarelo ou cereja-preto) com instruções para cultivar um jardim vertical lá em casa. E poder produzir a própria comida sem sair de casa. 

Estes sacos de crescimento podem ser pendurados numa cerca, numa parede, na varanda, no parapeito da janela ou qualquer outro local com luz natural.

“A cada ano, 1,3 biliões de toneladas de alimentos são desperdiçados, que consomem 250 triliões de litros de água, 1,4 biliões de hectares de terra e geram 4,4 toneladas de dióxido de carbono. 

Ao cultivares as tuas próprias sementes sem produtos químicos, reduzes a embalagem, minimizas o gasto de energia e as emissões do transporte de mercadorias”, informa a Planetiers na ficha de produto.

Champô sólido contra as embalagens de plástico
Produtos que durante décadas e décadas foram vendidos em embalagens de plástico, como champôs e condicionadores — gerando milhões de toneladas de resíduos: estima-se que por minuto sejam vendidas no mundo um milhão de embalagens de plástico –, estão agora a ser vendidos como sólidos (à semelhança dos sabonetes). 

Com 0% de plástico, a marca Foamie garante que “virou o mundo dos champôs ao contrário”: em vez do tradicional frasco, o champô surge aqui em forma de barra ergonómica, com uma fita de algodão na ponta para que possa ser pendurado a secar no final de cada utilização.

É composto por Syndet, um detergente sintético sem sabão, e tem uma longa duração, de aproximadamente 25 utilizações. 

Está disponível por 6,95 euros em três referências adequadas a cada tipo de cabelo: aloé vera e óleo de amêndoa para cabelo seco; extrato de hibisco e extrato de urtiga para cabelo danificado; óleo de coco e proteína de trigo para cabelo normal.


Ganga sustentável com menos 65% de água


A C&A lançou uma nova coleção de ganga, composta por calças, casacos, calções e saias “amigos do ambiente”: são feitos de algodão reciclado e registam uma poupança de água em todo o processo de produção, atingindo até -65% na fase de lavagem. Cada peça conta com o certificado Cradle to Cradle Platinum (atribuído no C2C Congress em Berlim) e a marca garante que se trata da ganga “mais sustentável do mundo”. 

Para isso, durante o processo de produção foram atingidos os melhores resultados possíveis em termos de reutilização de materiais, energias renováveis, gestão de carbono, administração de água e justiça social. 

Além disso, este novo tecido denim é produzido exclusivamente a partir de recursos 100% renováveis, é reciclável e biodegradável.

“Para ter a primeira fábrica do mundo a receber o certificado Cradle to Cradle Platinum, a C&A fez uma parceria com o fornecedor Rajby Textiles Ltd. e com o consultor de economia circular Eco Intelligent Growth. Estas alianças realçam, uma vez mais, o compromisso da empresa em difundir a moda circular”, disse a empresa em comunicado.




Em 2018, a C&A conseguiu poupar 1.000 milhões de m3 de água, o equivalente a 400.000 piscinas olímpicas e reduziu a emissão de CO2 em 116.000 toneladas, o equivalente às emissões anuais de 70.000 carros, como concluiu o seu Relatório Global de Sustentabilidade.


Saco 100% reciclado e 100% reciclável



A regra já é conhecida por todos: levar sacos recicláveis para ir às compras, para evitar ter de comprar novos sacos de plástico, o que não só custa dinheiro como prejudica o ambiente. No entanto, por vezes há distrações e quando chegamos à caixa para pagar, os sacos ficaram em casa. 

A pensar nisso, a Auchan lançou um saco produzido a partir de plástico usado nas suas lojas: o novo saco Eco Circular é 100% reciclado e 100% reciclável, feito a partir de resíduos de plástico separados nas lojas Auchan, de forma a reduzir o desperdício e permitir uma maior poupança de recursos.

No processo de produção não são utilizadas matérias novas nem pigmentos corantes, pelo que este novo saco não só é reutilizável como é também 100% reciclável no seu fim de vida. O saco Eco Circular é produzido a partir do filme plástico que até agora era enviado para reciclagem. 

A partir de agora, este resíduo é separado nas lojas do grupo, transformando-se em matéria-prima deste novo produto, no âmbito da estratégia “Menos Plástico Melhor Uso”.


Numa primeira fase, o saco Eco Circular vai ser usado nas entregas da loja online, estando em fase de estudo a sua utilização nas lojas físicas.
Preservativos vegan e com baixas emissões de CO2.




A marca é alemã, foi fundada em 2015 e chama-se Einhorn (unicórnio, em português). Vende preservativos vegan e sustentáveis, entre muitos outros produtos (para a higiene íntima feminina e roupas). 

Ou seja, não há quaisquer ingredientes de origem animal envolvidos na sua produção e processo de testes. 

A missão da marca é a “sustentabilidade justa” (fairstainability, no original, em inglês), o que significa integrar critérios de sustentabilidade em toda a cadeia de valor: desde a extração do látex (proveniente das árvores-da-borracha), criando condições de trabalho justas e garantindo a biodiversidade das plantações, até à prevenção do uso de pesticidas e à redução de emissões de CO2.

Outra diferença passa pelas embalagens: os preservativos Einhorn (6 euros, sete unidades) são vendidos em pequenos pacotes semelhantes aos de batatas-fritas, decorados com padrões únicos criados por artistas, designers e fotógrafos.

As embalagens são feitas de bioplástico compostável, mas ainda assim a marca opta por compensar parte do CO2 que emite através do projeto Seven Clean Seas, uma startup de Singapura que leva a cabo plantações de árvores em Espanha, por exemplo.

Em 2019 a empresa foi responsável pela emissão de 395 toneladas de CO2, que compensou ao investir no projeto de reflorestamento da Land Life Company, com a plantação de árvores numa área equivalente a oito campos de futebol. 

Anualmente, investem 50% dos lucros em projetos sem fins lucrativos, como padrões justos e sustentáveis ​​no cultivo de borracha ou projetos de direitos humanos na Tanzânia.

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