Além dos jardins suspensos, o projeto prevê a criação de pólos de uso misto, no entorno das estações, que abrigariam funções como trabalho, moradia, escolas, shoppings e comércios, lazer e hospitais.
Caos
O projeto seria a solução para o problema de trânsito e crescimento desordenado da cidade que se desenvolve da seguinte forma: superaquecido, o mercado imobiliário não para de erguer empreendimentos. As novas -e antigas- construções estão dentro da lei de zoneamento, porém, resultam em uma distribuição desproporcional. Em alguns locais, como no centro, a concentração de prédios comerciais é alta e a de residências é baixa, em outros, como na Zona Leste, sobram moradias e faltam empresas.
Com isso, na capital paulista, por dia, 38 milhões de viagens são feitas para transportar as pessoas de suas casas para o trabalho, do trabalho para escolas, das escolas para os locais de lazer, entre outros trajetos.
Solução
Ao convidar Lerner para desenvolver o projeto, o Secovi - Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo - tinha como objetivo buscar soluções que incentivassem o uso misto em diferentes regiões da cidade e aliviassem o trânsito de São Paulo. O projeto pretende ser integrado no Plano Diretor da Cidade, cuja reestruturação está prevista para 2012.
Lerner foi o arquiteto escolhido pelo órgão para fazer esse projeto por ser “um dos maiores pensadores urbanistas do Brasil e do mundo”, segundo o vice-presidente do Secovi SP, Cláudio Bernardes.
Para Bernardes, “o projeto é plenamente viável, afinal, depois da construção dessa linha verde, cabe apenas planejar -desde o Plano Diretor- o que falta para cada região, comércio, moradia ou trabalho, e permitir que o mercado imobiliário construa, dentro da lei, como sempre”, diz. “Além de ter todas as suas necessidades atendidas em um só pólo, o projeto pode estimular a prática de esportes – com bicicleta e caminhada – já que será feito sobre um plano”, acrescenta.
Já desenhado para a região da marginal do rio Pinheiros – onde a CPTM já tem trens com qualidade de metrô – o projeto, por enquanto, ainda é embrionário, não tem memorial descritivo nem próximas etapas previstas. “Estamos propondo uma ideia para a cidade, se ela for bem aceita, continuaremos a detalhar”, explica o vice-presidente do Secovi.
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