Lâmpada fluorescente ou fria, à esquerda, garante a
mesma luminosidade com até cinco vezes menos gasto
de energia do que a lâmpada incandescente ou quente
Foto: Getty Images
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De acordo uma projeção da Empresa de Pesquisa Energética
(EPE), o consumo de energia elétrica crescerá 4,8% ao ano até 2020. Isso
significa que o gasto em residências subirá dos 107,2 GWh registrados
em 2010 para 166,9 GWh daqui a uma década.
Mas é possível reduzir esses
números a partir de pequenos hábitos - como apagar as luzes nos cômodos
sem utilização - e do uso otimizado dos equipamentos e utilitários
domésticos. As lâmpadas, por exemplo, podem economizar até 9,6 KW por
mês - considerando quatro lâmpadas comuns ligadas cinco horas por dia.
Há dois tipos principais de lâmpadas usadas em casas: as incandescentes,
ou amarelas, e as fluorescentes, ou brancas. Essas últimas, de acordo
com o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), são
as que mais economizam luz - até 75% em relação ao primeiro tipo,
conhecido também como "comum". O gasto menor se deve ao modo como as
duas funcionam, e à quantidade de energia elétrica gasta para gerar uma
mesma quantidade de luminosidade.
As incandescentes têm um filamento de tungstênio, metal com o maior
ponto de fusão entre os conhecidos pela química. Quando a corrente
elétrica passa pelo fio, faz com que os elétrons se choquem e liberem
luz e calor. A luz se espalha pelo gás que existe dentro do bulbo de
vidro da lâmpada, iluminando o ambiente. Em uma lâmpada queimada, o
filamento de tungstênio está partido e a energia não consegue chegar ao
outro lado, ou seja, não há produção de luz.
As lâmpadas fluorescentes não têm fios de metal. Elas são em formato de
tubo - grande e único, ou pequenos e curvados - dentro do qual há gás ou
vapor. Quando a corrente elétrica passa por esse meio gasoso, produz
luz. O calor dissipado é muito menor - por isso essas lâmpadas também
são conhecidas como frias, enquanto as amarelas são chamadas de quentes.
Mas não é por causa da temperatura que as lâmpadas fluorescentes são
mais eficientes do que as incandescentes: é por causa da quantidade de
luz em relação ao gasto de energia. A quantidade de luz é medida pelo
fluxo luminoso, cuja unidade é o lúmens, abreviado lm. O consumo é
medido em quilowatts por hora (KWh), ou seja, está ligado à potência da
lâmpada.
Na prática, isso significa que uma lâmpada branca de 40W gera o mesmo
gasto de energia que uma lâmpada amarela de 40W. A diferença é que a
lâmpada frio emite cerca de 3 mil lúmens, enquanto a quente emite apenas
600 lm. Fazendo as contas, no lugar de uma lâmpada incandescente de 40W
para iluminar a sala de estar, poderia ser usada uma lâmpada
fluorescente de 8 W, com o mesmo resultado final em termos de iluminação
- e cinco vezes menos consumo de energia elétrica.
Entre as fluorescentes, um dos tipos mais comuns é o tubular, que
precisa de um reator para adequar a tensão da rede elétrica (medida em
Volts). Já no caso das lâmpadas fluorescentes compactas ou circulares
(LFC), o reator vem acoplado à lâmpada - há diferença entre as bases de
encaixe, que exigem bocais específicos, e as de rosca, que podem ser
instaladas nos soquetes de lâmpadas incandescentes comuns.
Os modelos
fluorescentes compactos têm tubos em forma de U ou arco, enquanto os
circulares têm formato, como o nome indica, completamente circular - e
precisam de adaptadores para serem ligadas a bocais comuns.
Para uso residencial, o Procel indica as lâmpadas brancas, pois têm
durabilidade de seis a oito vezes maior do que as amarelas, e alta
eficiência, com baixo consumo de energia. Elas são ideias para o uso em
ambientes em que passam mais de quatro horas ligadas.
O Programa também
indica o uso para minuteiras, que acendem por um minuto quando o
interruptor é acionado, e para as acionadas por sensor de presença, que
só permanecem ligadas enquanto há movimentação no ambiente, mas faz a
ressalva de que a economia, nesse caso, não é tão grande.
E quem garante que há, realmente, economia de energia com as lâmpadas
brancas? O próprio Procel. O selo do Programa indica que a lâmpada foi
testada e atende a parâmetros de economia e durabilidade - todo ano,
fabricantes reapresentam os modelos para novos testes.
O selo também
funciona como garantia de que lâmpada não vai queimar no período de 12
meses - não incluídos problemas causados por mal uso. Segundo o Procel, o
selo serve, mais do que isso, para orientar o cliente sobre quais os
artigos que oferecem, de fato, o que a tecnologia promete, evitando
decepções que poderiam levar os consumidores a abandonar seu uso.
Fonte: Terra
Fonte: Terra