Fenasucro & Agrocana adotam postura verde

Feiras têm campanha de neutralização de emissões de CO2 e contam com o Espaço Verde, voltado à responsabilidade ambiental
Por Valter Jossi Wagner

A Fenasucro & Agrocana 2011 que terminaram nesta sexta-feira (02/09) no Centro de Eventos Zanini, na cidade de Sertãozinho, interior de São Paulo, levantaram a bandeira verde. As feiras trabalharam com um sistema de neutralização das emissões de CO2 geradas durante os quatro dias do evento.

O projeto é organizado pela Reed Multiplus em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente de Sertãozinho e com as empresas Cooperar Engenharia Ambiental e Arvoredo, produtora de mudas.



Segundo a engenheira ambiental Mariana Barbosa da Cooperar, através de uma pesquisa feita em 2008 foi traçado o impacto ambiental que a feira produz ao meio ambiente."Vimos que a quantidade de resíduos sólidos produzidos pela feira é muito alta devido ao material de divulgação dos estandes”, diz reforçando que esta primeira preocupação foi trabalhar e desenvolver a educação ambiental do expositor, diz.

Outra preocupação dos organizadores é com a coleta seletiva do lixo produzido pela feira. Através de uma parceria com a Cooperativa dos agentes ambientais da cidade de Sertãozinho, todo o lixo produzido pela feira está sendo retirado pela cooperativa que faz a coleta e venda destes produtos.Todo material arrecadado está sendo destinado para a cooperativa de trabalhadores.

Além disso, segundo a engenheira, outro ponto que foi levado em consideração é a alta quantidade de emissões atmosféricas devido a movimentação dos veículos, desde as montadoras que vem de outros Estados, com veículos pesados, com grande consumo de diesel e o deslocamento dos expositores."Nós mensuramos as emissões de gases de efeito estufa através da queima do combustível fóssil. A feira de 2010 gerou 980 toneladas de carbono para a atmosfera", declarou.

Segundo os organizadores para se calcular as emissões de carbono a feira conta com um um inventário de carbono. Através de entrevistas com os visitantes e com os expositores, são coletados dados e chega-se a quantidade de quanto foi produzido de carbono e jogado na atmosfera. Tudo isso está sendo calculado e contará com reposição ambiental.

Ainda com este olhar às questões verdes, a feira conta neste ano com uma área dedicada à responsabilidade ambiental : o Espaço Verde. Trata-se de um ambiente para convivência no Centro de Eventos Zanini, estruturado junto ao viveiro permanente de mudas de árvores nativas.



Dentro deste espaço há uma equipe de profissionais distribuindo mudas de árvores nativas aos visitantes, bem como atendendo a projetos da Secretaria de Meio Ambiente de Sertãozinho. Além de minimizar o impacto à atmosfera, que a movimentação natural das feiras ocasiona, o projeto pretende distribuir, em média, mil mudas entre os visitantes até o último dia de evento. Há no viveiro, uma grande diversidade de espécies frutíferas como goiaba, pitanga, romã e a jabuticaba. Além das variedades dos Ipês Roxo, Branco e Amarelo.

Além disso, quem chega no espaço se depara com um empório com sucos e café feitos a partir de produtos orgânicos. O cenário foi projetado para promover a sustentabilidade e criar um ponto de parada para os visitantes conhecerem os trabalhos de empresas e instituições envolvidas no projeto. “Aqui os visitantes podem descansar, relaxar e depois remotar a visita na feira”, comenta Mariana.

O Espaço Verde oferece apoio ao projeto de compensação dos gases. Mas segundo a engenheira ambiental responsável esta é mais uma ação de incentivo à educação ambiental feita pelos organizadores.. "O que vai realmente fazer a compensação e o sequestro de carbono, será o plantio de mudas nativas, seguindo os padrões de reflorestamento e através da doação de 2.500 mudas para a prefeitura da cidade”, conclui.

Fonte: CeluloseOnline