Reaproveitamento de entulho, coleta seletiva de lixo, lava-rodas e instalação de usina de energia na cobertura são algumas das ações sustentáveis na obra do estádio
Foto: Rodrigo Lima/Portal da Copa/ME/Dezembro de 2012
As obras de reforma e modernização do Mineirão tiveram início em janeiro de 2010. Desde o início, os trabalhos foram pautados por noções de sustentabilidade, com objetivo de diminuir o impacto ambiental e compensar o meio ambiente.
Para isso, diversas medidas foram adotadas no processo de reforma, a começar pela escolha dos produtos. Qualquer tinta que não fosse à base de água, por exemplo, não foi usada. Foi organizado um sistema de coleta seletiva de lixo e armazenamento de resíduos sólidos.
Houve reaproveitamento de 90% dos entulhos. A terra que foi retirada para o rebaixamento do campo foi usada em obras de mobilidade e também doada para preencher cavas de mineradoras.
O concreto foi destinado à pavimentação de ruas. Ginásios e estádios mineiros receberam as antigas cadeiras do estádio. O gramado foi reutilizado em um projeto de inclusão social do governo de Minas.
As madeiras retiradas do entorno foram reaproveitadas por artesãos mineiros na produção de arte popular. O reuso da água conta com o auxílio de um reservatório para seis milhões de litros.
Em caso de estiagem de três meses, a quantidade é suficiente para uso em descargas dos sanitários, irrigação do gramado e jardins e para limpeza das áreas externas.
Controle da poeira
A emissão de poeira foi controlada: caminhões-pipa umidificaram a terra ao longo da obra. Enquanto isso, nos portões de saída de veículos pesados foi utilizado o “lava-rodas”, que retirava o barro e a sujeira das rodas e máquinas de caminhões, para manter limpas as ruas do entorno.
Geração de energia
Uma usina fotovoltaica foi instalada na cobertura do estádio, capaz de captar energia solar e transformá-la em energia elétrica. As placas têm potência de 1,6 megawatt, suficiente para 1.200 residências de médio porte.
A iluminação do estádio tem como características a alta eficiência e o baixo consumo, com sistema elétrico inteligente.
“O Mineirão nos dá uma lição no sentido de que é possível transformar o antigo no novo sem agredir o ambiente”, disse Ricardo Barra, diretor-presidente do Consórcio Minas Arena, responsável pela reforma do Mineirão e pela operação do estádio por 25 anos.
Com todas as iniciativas, o estádio almeja alcançar o certificado LEED (Leadership in Energy na Enviromental Design) na categoria “Nova Construção e Renovação Principal”, concedida a projetos de reconstrução.
Quem concede a certificação é o U.S. Green Building Concil.
Demolição
Como a fachada do estádio foi preservada, deixou-se de produzir bastante entulho.
Se o Mineirão fosse demolido, a estimativa é de que fossem descartados 32.500 metros cúbicos de concreto, referentes a pórticos, paredes, cobertura antiga e arquibancadas em geral, além de 3.610 toneladas de aço.
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