Planta de energia limpa gera 2.800MWh por mês
Da redação
A Cemig já está comercializando a energia gerada por meio do biogás, produzido pela decomposição do lixo e composto por metano (CH4) e gás carbônico (CO2). O contrato de compra de energia elétrica incentivada – fonte alternativa – foi firmado com o Consórcio Horizonte Asja, grupo italiano líder em seu país na produção de energia através de fontes renováveis.
Desde novembro passado, início da operação, a planta de produção de energia alternativa está gerando em média 2.800 MWh por mês. Conforme contrato, a Cemig receberá anualmente, entre 2011 e 2014, 4,9 MW médios, energia suficiente para abastecer, por exemplo, todo o município mineiro de Diamantina nesse mesmo período.
Contratado pela Prefeitura de Belo Horizonte, o consórcio faz a exploração do gás no aterro sanitário da BR-040, desativado em 2007 no Bairro Jardim Filadélfia, região Noroeste da capital. No local, instalou-se a Estação de Aproveitamento de Biogás e uma usina termelétrica, que vai gerar energia utilizando os 21 milhões de toneladas de lixo acumulados em mais de 20 anos.
Para o superintendente de Compra e Venda de Energia no Atacado da Cemig, Marcos Aurélio Alvarenga, a parceria com a Asja é extremamente valiosa. “Para a Cemig, essa energia produzida, que conta com um benefício de 100% de desconto nas tarifas de transporte, é revendida a consumidores finais que, em função deste benefício, exercem sua opção de migrar do mercado cativo para o mercado livre com economia na sua conta de energia”, afirma.
Do ponto de vista ambiental, Marcos Aurélio acrescenta que “além de dar um tratamento melhor aos resíduos sólidos urbanos, a geração de energia a partir do biogás permite à Asja obter créditos de carbono, pois reduz as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. Com essa iniciativa, a Cemig contribui também para o desenvolvimento sustentável quando, através dessa compra, viabiliza fontes renováveis de energia”.
Funcionamento
Para que o aterro sanitário possa gerar energia, vários procedimentos são adotados. “A preparação do local é indispensável. Ele é completamente vedado com uma camada de argila, que facilita a perfuração e a captação do gás”, explica Enrico Roveda.
No aterro da BR-040, que já estava fechado desde 2007, foram feitas 170 perfurações. Cada perfuração possui um sistema de regulação que permite captar o gás liberado e bombear o líquido produzido pela decomposição do lixo, o chorume.
O gás captado, após receber um tratamento, é usado como combustível para mover os motores da termelétrica que gera energia e a envia diretamente para uma subestação da Cemig, presente no local. Essa energia segue para a rede da Cemig e está disponível para ser comercializada.
O gás captado, após receber um tratamento, é usado como combustível para mover os motores da termelétrica que gera energia e a envia diretamente para uma subestação da Cemig, presente no local. Essa energia segue para a rede da Cemig e está disponível para ser comercializada.
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