Encontro debaterá Amazônia e sustentabilidade

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Jornalistas dos Estados da região se reúnem de 29 a 31 de maio, em Porto Velho (RO), para discutir problemas da Amazônia. A iniciativa é da Fundação Banco do Brasil 
RAY CUNHA
raycunha@gmail.com


BRASÍLIA – O Grão-Pará e Maranhão, que englobava a Amazônia Clássica (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima) e o estado do Maranhão, hoje integrante da Região Nordeste, foi uma das duas colônias portuguesas na América do Sul. A outra era o restante do atual Brasil.

Pois bem, os portugueses escravizaram os índios locais, que, juntamente com os escravos africanos, trabalhavam até morrer juntando todo tipo de riquezas, que eram levadas para a aristocracia portuguesa, principalmente madeira e ouro, bem como alguns índios, que serviam de bobos da corte em Lisboa e outras cortes. Essa foi a primeira fase do colonialismo amazônico.

A segunda e atual fase apresenta três exemplos bem-acabados: o primeiro deles é a exploração hidroelétrica na região. Peguemos o estado do Pará, onde fica a maior hidroelétrica nacional, Tucuruí. Metade dos municípios paraenses não conta com energia firme e muitas localidades do Pará não contam com energia elétrica alguma. Tucuruí alimenta os fornos da Albrás-Alunorte, onde se industrializa lingotes de alumina para o Japão. Antigamente, o Japão importava a bauxita. Como se vê, não é mais preciso colonizar a Amazônia a ferro e fogo, como fizeram os portugueses.

O segundo exemplo é o da Vale, que exporta principalmente ferro, também no Pará, mas não fica um tostão para caboclo algum.

O terceiro exemplo é a exploração ilegal de madeira, que vai para São Paulo e a Europa; e a ocupação da floresta derrubada por gado e soja.

O caboclo, o ribeirinho, se for flagrado pelo Ibama matando um jacaré para tirar a barriga da fome, apodrecerá, ou morrerá assassinado, numa das cadeias lotadíssimas das cidades da Amazônia.

Desde sempre que se faz confusão com desenvolvimento sustentável. Muita gente boa pensa que se trata de explorar a floresta de modo a produzir sempre. É isso, desde que a riqueza extraída sirva para o desenvolvimento do aborígene, e não para Mensalões.

Como se vê, a Amazônia continua colônia, agora de Brasília. Contudo, essa situação ocorre mais em decorrência de certa elite, que chafurda na desgraça do amazônida da floresta, ou da periferia. Exemplo clássico é o do atual presidente do Senado, o maranhense José Sarney, que se elegia pelo PMDB do estado do Amapá. Sarney só aparecia em Macapá em épocas de eleições. Agora, nem isso; foi eleito até 2019 e é provecto.

A massa é manobrada a troco de esmola. Daí porque o imperador Lula tem praticamente 100% de aprovação no estado do Amazonas. E como a Amazônia continua uma região mergulhada na Idade Média, muita gente que tem algum poder se espoja na desgraça alheia, incluindo escravidão, estupro e tráfico

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