Sustentabilidade se torna bom negócio

Atendendo à exigência dos clientes, construtoras têm projetos que podem diminuir gastos de energia e água

O tema da moda em quase todos os setores é sustentabilidade. E para o ramo imobiliário não poderia ser diferente. As empresas estão cada vez mais se preocupando em projetar empreendimentos, que além de contribuírem para manutenção dos recursos naturais do planeta, ainda rendem uma economia de dinheiro para os moradores, com menos gastos de energia e água.

De acordo com as construtoras, essas medidas de reutilização de recursos podem reduzir o consumo de energia em até 50%. Segundo o diretor da Pinto de Almeida, Naum Ryfer, o valor gasto a mais nas obras devido à incorporação dos itens de sustentabilidade é plenamente compensado.

“Calcula-se que a adequação de novos projetos aos melhores padrões de eficiência energética torne o custo da construção pelo menos 5% mais alto. Entretanto, a longo prazo, a iniciativa traz ganhos, não só para o meio ambiente. A economia de energia na ocupação de prédios com medidas sustentáveis pode chegar a 50% do que seria consumido sem esses padrões de eficiência”, destaca.

A Pinto de Almeida lançou no último mês o Portal de Itaipu, que será erguido na Estrada Francisco de Cruz Nunes, entre Pendotiba e a Região Oceânica, com 193 unidades de dois quartos, e valor de venda entre R$ 195 mil e R$ 220 mil.

De acordo com a construtora, o empreendimento, que teve todas as unidades vendidas em apenas um dia, será construído com telhado branco (que diminui absorção de calor e reduz consumo de energia), aproveitamento de água das chuvas para a limpeza das áreas comuns e rega dos jardins do condomínio. Naum Ryfer garante que a preocupação da empresa com a sustentabilidade é permanente.

Os princípios de responsabilidade social e ambiental já estão incorporados à conduta da empresa e continuarão sendo defendidos em nossos projetos. A empresa criou um Comitê de Sustentabilidade que avalia medidas a serem implementadas em seus projetos, além de promover a conscientização interna a respeito do tema”, disse Ryer.

Já a construtora Fernandes Maciel foi uma das primeiras a investir neste modelo de empreendimento sustentável. O presidente da empresa, Vicente Paulo Maciel, conta que o condomínio Buena Vista, entregue em 2009, já possuía medidas de eficiência, que, segundo ele, podem reduzir em até 40% o consumo de água.

“O condomínio paga praticamente a conta mínima obrigatória da concessionária, pois faz uso direto do sistema”.

Outro empreendimento da construtora, o The Garden, no Jardim Icaraí, lançado há dois anos, também conta em seu projeto com procedimentos para economia de água e energia, como a reutilização de águas pluviais para alimentação das caixas acopladas às bacias sanitárias, lavagem de pisos e hidratação de plantas.

A Fernandes Maciel se antecipou inclusive à lei sancionada pelo prefeito Jorge Roberto Silveira, em julho, que obriga novas construções ao reuso das águas cinzas, aquelas utilizadas em chuveiros, banheiras, lavatórios de banheiros, tanques e máquinas de lavar. O presidente da construtora lembra que a economia começa antes da entrega das chaves.

“Já durante a obra foram utilizadas as águas cinzas tratadas para misturas de emassamento e escoamento sanitário dos banheiros dos operários”.
Muito além das leis existentes e outras que podem surgir, a preocupação com a sustentabilidade na construção de novos empreendimentos está se tornando cada vez mais uma exigência dos compradores. Vicente Paulo Maciel constata que “o que antes era apenas mais um aspecto na compra do imóvel, hoje é verificado com muita atenção pelo adquirente”.

O diretor da Pinto de Almeida destaca a importância que as empresas devem dar à concepção de novos projetos, pensando não apenas em uma boa planta e qualidade no acabamento dos imóveis.

“A preocupação com o meio ambiente é um dos itens relevantes para a concepção dos novos projetos. Investir em sustentabilidade é pensar na responsabilidade que temos com as futuras gerações, além de ser uma exigência dos clientes, principalmente os mais jovens. O consumidor está muito mais consciente e a opção por empreendimentos que ofereçam serviços ecologicamente sustentáveis é um diferencial na hora da escolha por um imóvel”.

Para quem está de olho em empreendimentos dotados de itens para garantir maior eficiência no consumo de água e energia, a PDG e a Pinto de Almeida lançarão o condomínio Soul situado no Jardim Icaraí. Com apartamentos a partir de R$ 362 mil, de dois e três quartos, o empreendimento, segundo as construtoras, priorizará a consciência ambiental dos moradores, com diversas ações elaboradas para contribuir para a preservação do meio ambiente.

Entre elas, previsão para medidores individuais de água; uso de cores claras na fachada para conforto térmico; sensores de presença nas circulações comuns dos andares.

Para além de Niterói, está sendo construído em Itaboraí, com foco no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, o Vita Felice, da Gaia Realizações, com unidades de dois e três quartos a partir de R$ 179 mil. O projeto contempla diversos itens de sustentabilidade, como a instalação de hidrômetros individuais, coleta seletiva de lixo e reutilização das águas pluviais para rega dos jardins.

No entanto, não são apenas a redução no consumo de água e energia elétrica as únicas medidas que devem ser adotadas em empreendimentos. Outros aspectos menos práticos também devem ser considerados nesta tendência sustentável do mercado, como a origem dos materiais utilizados nas construções. Segundo o presidente da Fernandes Maciel, toda a madeira utilizada no The Garden é de reflorestamento.

“Durante a obra e também em seu acabamento, foram utilizadas madeiras de Reflorestamento”.

A PDG afirma que seu próximo lançamento, condomínio Soul, terá todas as portas e guarnições feitas de madeira de reflorestamento. A Pinto de Almeida também garante seguir a tendência no Portal de Itaipu, com todas as portas de madeira certificada ou de reflorestamento.

FONTE:O FLUMINENSE

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