| Fonte: Folha de São Paulo  | 
|  | 
| São  Paulo - Responsabilidade social, pegada de carbono, consumo eficiente  de água e de energia. Esses e outros temas ligados à sustentabilidade se  tornaram verdadeiros mantras no mundo corporativo, porém quase sempre  associados ao universo das grandes empresas e poderosos grupos  multinacionais. Para especialistas ouvidos pela Folha, a percepção de que sustentabilidade só vale para grandes empresas está ficando obsoleta. E pequenos e médios empresários que não se prepararem para essa mudança no ambiente de negócios, alertam, podem ficar para trás. Mais do que pessoas físicas, ainda sonolentas para o tema no Brasil, a fonte de pressão sobre o segmento das pequenas e médias vem de grandes fornecedores e varejistas, em busca de certificações e reconhecimentos de suas práticas de sustentabilidade, que inclui toda a cadeia de valor. O caso da Zara é exemplar. Presente em quase 80 países, a marca de roupas espanhola se envolveu num escândalo de trabalho irregular por causa de um fornecedor, praticamente sem expressão, localizado em São Paulo. O caso foi resolvido, mas a  reputação global da marca foi irremediavelmente arranhada. "Hoje, as  grandes empresas não vêem mais essas práticas como um item de  competição, mas sim de sobrevivência do próprio negócio.  E isso está  chegando às pequenas e médias, especialmente com a proximidade de um  marco regulatório nesse sentido para as cadeias produtivas", ilustra a  presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento  Sustentável (CEBDS), Marina Grossi. A porta de entrada de tais práticas nas pequenas e médias costuma ser diretamente associada à redução de custos, como a redução do consumo e o reúso de água em instalações e processos industriais, ou a troca de lâmpadas por opções mais eficientes em termos de consumo energético. Há ainda um esforço de entidades setoriais para que os empresários percebam que a promoção de ações internas e externas associadas à saúde e à melhoria da qualidade de vida também se revertem em maior produtividade. "Todos ganham", resume a empresária Martha Christina Bosso, da fundição Alboss, que adota um programa inovador para ajudar funcionários em dificuldades a sair do vermelho e ter o nome limpo nos órgãos de proteção ao crédito. | 
Pequenas empresas são cobradas por sustentabilidade
Assinar:
Postar comentários (Atom)
 

 
Nenhum comentário:
Postar um comentário