Rio+20: Ban Ki-moon admite que esperava documento mais ambicioso

CIRILO JUNIORDireto do Rio de Janeiro
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, admitiu nesta quarta-feira que esperava um documento final mais ambicioso para a Rio+20. 
Ele, no entanto, ressaltou que a conferência não é o fim, e sim, o início do que pode ser um novo caminho em busca de um mundo menos pobre, mais igualitário e sustentável nos próximos anos.


"Também esperava um documento final mais ambicioso. As negociações, no entanto, foram muito difíceis e lentas, por muitas ideias conflitantes. Mas as propostas foram muito corajosas", afirmou, em entrevista coletiva, após a abertura dos debates entre líderes de governo da Rio+20.

Ki-moon disse esperar que os líderes tenham sensibilidade sobre as questões que serão discutidas na conferência, e que possam direcionar as ações que serão implementadas após a Rio+20.

"Os chefes de Estado têm a vontade política. Temos muitos recursos limitados no planeta. Dependendo da vontade política, as consequências a respeito desses recursos podem ser enormes. Por isso, contamos com os líderes. Que desempenhem suas ações como líderes globais. Eles representam países, mas isso faz parte do passado. Hoje, o mundo é todo interconectado".

Sobre a Rio+20 
Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. 

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 de junho na cidade, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.

Depois do período em que representantes de mais de 100 países discutiram detalhes do documento final da Conferência, o evento se prepara para ingressar na etapa definitiva. De quarta até sexta, ocorrerá o Segmento de Alto Nível da Rio+20 com a presença de diversos chefes de Estado e de governo de países-membros das Nações Unidas.

Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários líderes mundiais não estarão presentes, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David Cameron. Além disso, houve impasse em relação ao texto do documento definitivo. 

Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida após o encontro.

Nenhum comentário: