Estudo da USP analisou o uso de eletricidade, gás natural e painéis solares em três conjuntos habitacionais da CDHU localizados no Estado de São Paulo
Aline Rocha
A combinação do uso de eletricidade, gás natural e painéis solares é a que traz mais benefícios em longo prazo para o aquecimento de água em residências, de acordo com pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Energia da Universidade de São Paulo (USP).
Durante cerca de dois anos, o engenheiro elétrico José Carlos Saraiva analisou três edifícios residenciais da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) nos bairros da Bela Vista, Belenzinho, em São Paulo, e na cidade de Mogi das Cruzes.
No conjunto Belém L, de 38 unidades, o engenheiro detectou que a energia solar é utilizada junto com a eletricidade. Além disso, cada morador possui seu próprio painel de energia fotovoltaica para evitar que o pagamento das despesas seja feito por todos os condôminos.
Já no Bela Vista "A", de 57 unidades, a fonte de energia utilizada é o gás natural.
O pesquisador afirma que o custo de instalação é maior que o da eletricidade porque o chuveiro e a tubulação de água fria são instalados durante a obra. Porém, o custo de operação e de consumo do gás natural ainda é menor.
Em Mogi das Cruzes, o conjunto habitacional de 100 unidades adotou inicialmente a eletricidade e depois, o aquecimento solar.
A adequação, de acordo com Saraiva, também teve um custo maior, mas a redução no consumo de energia foi de 25% a 30%, com algumas unidades chegando a 50%.
No mesmo condomínio, o pesquisador afirma que a empresa concessionária de energia da cidade instalou chuveiros com um dispositivo automático de controle de temperatura.
Dessa forma, o aparelho utiliza apenas a energia necessária para atingir a temperatura desejada pelo morador, o que também reduz o consumo.
Em sua pesquisa, o engenheiro chegou à conclusão de que é melhor para o consumidor que as três fontes de energia sejam usadas ao mesmo tempo. "A combinação é vantajosa para a otimização de cada sistema, pois com isso se consegue utilizar cada um da melhor forma possível", afirma Saraiva.
O pesquisador reconhece que o custo de instalação é mais alto, mas afirma que ao longo da operação e do consumo os gastos são reduzidos. Ele sugere ainda que, para otimizar os custos, as construtoras prevejam no projeto a instalação de tubulações de gás, água quente e fria próximas aos pontos de instalação dos aparelhos de aquecimento.
Para acessar a pesquisa completa, clique aqui.
Fonte: www.piniweb.com.br
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