Empresa também acredita em oportunidades de crescimento no setor de transmissão
Por Wagner Freire
A paranaense Copel vai participar dos próximos leilões de geração de energia, marcados para outubro, com "algumas centenas de MW eólicos".
O presidente da companhia, Lindolfo Zimmer, disse em teleconferência com acionistas que "a eólica está na moda" no País. "É importante para nossa matriz e não podemos ficar ausentes".
Embora Zimmer tenha afirmado que seus projetos serão competitivos, ele avisa que não vai sair vendendo energia a qualquer custo. "Não deixaremos de observar tudo aquilo que seja interessante e importante para a economia da empresa."
O executivo ainda fez questão de lembrar que a empresa estuda outras fontes, como solar, biomassa e gás.
Transmissão
Atualmente, a Copel possui dez projetos de transmissão em construção, que compreendem uma extensão de 3,5 mil km, além de dez subestações. Com a remuneração provinda desses empreendimentos, a Receita Anual Permitida (RAP), a companhia irá dobrar seus recebíveis nesse segmento, que vão saltar dos atuais R$228 milhões anuais para cerca de E$430 milhões.
"E não pararemos por aí, acreditamos que existe espaço para mais investimentos nesse negócio", aponta Zimmer.
No setor de geração, a hidrelétrica Mauá, que está em fase final de construção, tem previsão de entrar em operação em setembro desse ano.
Já para UHE Colíder, o executivo mantém o cronograma de antecipar a operação comercial da usina em um ano, sendo que o prazo original é 2014.
A empresa também está de olho nos aproveitamentos do rio Tapajós.
Zimmer revelou que R$ 110 milhões estão sendo gastos com os estudos de viabilidade na região. "O potencial de Tapajós é suficiente para atender duas cidades do porte de São Paulo", destaca o executivo da Copel.
Quanto a UHE Baixo Iguaçu, o presidente assume que a empresa está em negociação com a Neoenergia para entrar no empreendimento. Ele diz que o projeto "gerará sinergias" consideráveis para a Copel, caso o acordo seja fechado.
No entanto, a empresa espera que o período de concessão seja considerado a partir da assinatura do contrato de concessão da usina.
“O que se discute é que a concessão se conte a partir de agora. Acredito neste caso deva prevalecer o bom senso.”
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