IFC fará isolamento térmico em casas de famílias carentes

Quem tem o hábito de consumir leite ou sucos comprados em embalagens longa vida (tetra pak) pode contribuir muito para um projeto desenvolvido pelo Instituto Federal Catarinense (IFC), Câmpus Videira. 

Com o título “Isolamento térmico de residências de famílias carentes através da reutilização de embalagens longa vida (tetra pak)”, professores e alunos da Instituição estão dispostos a melhorar a vida de pelo menos 15 famílias de baixa renda residentes no bairro Vila Verde, em Videira. O projeto consiste em forrar teto e paredes das casas utilizando as embalagens que têm a parte interna de alumínio.

“O projeto visa otimizar o bem estar de famílias carentes que moram em residências com problemas térmicos, ou seja, no verão a casa se torna praticamente um forno, pois geralmente estas residências não possuem um forro para que o calor, proveniente do sol, seja impedido de entrar na área útil da casa. Já no inverso essa falta de forro possibilita que o vento aumente ainda mais a sensação de frio dos moradores”, explica. 

Para forrar as casas, serão construídas placas de 01 metro quadrado (painéis ecologicamente corretos) utilizando silicone e grampeador para fixar as caixinhas.

As caixas longa vida são ideais para este fim, pois tem uma face aluminizada servindo como uma “manta térmica”. 

Esse material permite que a casa fique mais confortável, já que funciona como isolante térmico refletindo calor para cima em dias quentes e não deixando o calor sair das residências em dias frios, além de evitar goteiras, respingos e sujeita que entraria pelo telhado, conforme explica o professor Jaquiel Fernandes.

Jaquiel também comenta que várias residências de madeira não possuem nem mesmo as mata-juntas, possibilitando uma corrente de ar que passa pelo interior das casas. Com a forração, será possível diminuir ou aumentar em até oito graus célsius a temperatura das residências. 

Além da ajuda ao próximo, o professor cita o benefício ambiental, pois serão 10 mil caixas com alumínio e plástico que deixarão de ir para aterros sanitários. 

Além do coordenador, o projeto conta a participação de seis alunos do curso técnico em Eletroeletrônica integrado ao Ensino Médio (sendo dois bolsistas e os demais colaboradores) e dois estudantes do curso técnico em Agropecuária, também integrado ao Ensino Médio. 

Mobilização dos moradores
Para conseguir executar adequadamente o projeto, são necessárias 700 caixas longa vida para uma residência de 50 metros quadrados, somente para o forro, se esta mesma residência for isolada também em suas paredes laterais, serão necessárias mais 900 caixas. 

Sendo assim, para o isolamento completo de uma única residência são necessárias aproximadamente 1600 caixas de embalagens tetra pak. Ou seja, para atingir 15 casas, com o isolamento completo, o IFC precisa reunir mais de 24 mil caixinhas. 

Caso a arrecadação seja maior, mais casas poderão ser contempladas. Para atingir esta meta a Instituição pede a colaboração da população, comércios, mercados e empresas interessadas em ajudar. Basta colocar uma caixa para arrecadação e iniciar a mobilização.


Orientações

- Serão utilizadas apenas embalagens de um litro ou mais, pois as menores não são adequadas para o projeto.

- Se possível, pede-se para que a embalagem seja lavada com água para retirar o excesso de leite ou suco (caso não venha lavada, os integrantes do projeto providenciarão a limpeza das caixas).

- Trata-se de um projeto de Extensão com duração de um ano, mas na medida em que as caixas forem sendo coletadas as casas já poderão ser atendidas.
Converse com seus familiares e amigos para que guardem as caixas, pois você estará ajudando muitas pessoas carentes.

Entrega das caixas
Há um ponto de coleta das caixas no Instituto Federal Catarinense, mas caso pessoas/empresas/instituições consigam coletar uma boa quantidade de caixas o IFC irá buscar o material. 

CONTATO
Instituto Federal Catarinense (IFC) – Câmpus Videira
Rod. SC 303 KM 05 – Bairro Campo Experimental
Telefone: (49) 3533 4900

Informações com Jaquiel Salvi Fernandes (Coordenador do Projeto) ou Juliana Bauerle Motta (Jornalista).



O coordenador do Projeto, professor Jaquiel Salvi Fernandes.

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