Intervenções arquitetônicas ajudam a adequar edificações antigas ao conceito de prédio verde e recuperam áreas degradadas dos grandes centros urbanos
Por: Altair Santos
O Brasil vive uma onda de retrofit. Prédios públicos, edifícios localizados nos centros das grandes cidades e até estádios têm sido alvo de intervenções arquitetônicas, que ampliam a vida útil e modernizam seus projetos. A certificação de prédio verde estimula essas revitalizações, como explica o professor Orlando Pinto Ribeiro, da Universidade Positivo, em Curitiba, e vice-presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA-PR). “O retrofit ameniza o impacto das edificações antigas no meio ambiente, seja do ponto de vista de utilização energética, de calor ou de aproveitamento de águas pluviais”, diz, lembrando que essa é uma tendência mundial e não apenas exclusividade do urbanismo brasileiro.
Por: Altair Santos
O Brasil vive uma onda de retrofit. Prédios públicos, edifícios localizados nos centros das grandes cidades e até estádios têm sido alvo de intervenções arquitetônicas, que ampliam a vida útil e modernizam seus projetos. A certificação de prédio verde estimula essas revitalizações, como explica o professor Orlando Pinto Ribeiro, da Universidade Positivo, em Curitiba, e vice-presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA-PR). “O retrofit ameniza o impacto das edificações antigas no meio ambiente, seja do ponto de vista de utilização energética, de calor ou de aproveitamento de águas pluviais”, diz, lembrando que essa é uma tendência mundial e não apenas exclusividade do urbanismo brasileiro.
Orlando Pinto Ribeiro: elementos pré-moldados têm
sido usados em intervenções de retrofit.
Os arquitetos especialistas em retrofit têm uma predileção pelos edifícios erguidos em concreto armado. Segundo eles, são construções preparadas para receber intervenções mais pesadas em suas instalações, e até equipamentos de grande porte que possam vir a ser necessários para que os prédios melhorem seus desempenhos. Orlando Pinto Ribeiro destaca também que atualmente os elementos em pré-moldado têm ganhado cada vez mais espaço nas obras de retrofit. “É uma tendência natural se trabalhar com esses materiais, uma vez que o retrofit não é uma reconstrução, mas sim uma intervenção em cima de edificação pré-existente. Então, todo o processo industrializado é muito bem vindo no trabalho”, revela.
Atualmente, a legislação brasileira incentiva o retrofit. Não apenas nas edificações como nos espaços urbanos. Neste caso, áreas que ficaram degradadas nas cidades, seja pela especulação imobiliária, seja por mau uso, são submetidas a processos de revitalização. É o chamado retrofit urbano, que em Curitiba tem no bairro Rebouças o exemplo melhor acabado. “Era uma área totalmente industrializada que está mudando o perfil, por meio de parceria pública e privada”, afirma o arquiteto Orlando Pinto Ribeiro. Em São Paulo, a região da Avenida Paulista talvez seja hoje a área urbana que mais tem sido objeto do retrofit. O alvo, no caso, são os antigos prédios residenciais, que têm sido transformados em espaços comerciais.
Copa 2014
A escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014 levou o retrofit para dentro dos estádios. Segundo o arquiteto e professor da Universidade Positivo, a readequação de Maracanã, Beira-Rio, Mineirão, Castelão e Arena da Baixada, para cumprir o caderno de encargos da Fifa, é um exemplo claro de que o retrofit cabe em qualquer obra. “Essas intervenções podem sim ser consideradas como retrofit, que consiste em revitalizar estes edifícios dando a eles oportunidades de funcionar com um desempenho superior ao que eles têm hoje”, avalia Orlando Pinto Ribeiro.
Com um espectro amplo, o retrofit é também comum em edifícios de valor histórico. Só que, neste caso, a ação exige uma mistura de reforma com restauro. Muitas vezes é mantida a casca do edifício, que é o perímetro daquilo que a cidade está acostumada a ver na paisagem urbana, e a intervenção maior se dá no interior do edifício. “Em patrimônios históricos, as soluções pré-fabricadas são de grande valia para este tipo de recuperação”, diz Orlando Pinto Ribeiro. O Palácio Iguaçu, em Curitiba, é um exemplo. “Ali foram feitas readaptações dos espaços internos e mudanças na fachada original, que era de vidro transparente e foi substituída por uma de vidros verdes”, completa o arquiteto, que hoje atua no retrofit do edifício Nerina Caillet, na rua Marechal Deodoro, no eixo financeiro de Curitiba.
Os arquitetos especialistas em retrofit têm uma predileção pelos edifícios erguidos em concreto armado. Segundo eles, são construções preparadas para receber intervenções mais pesadas em suas instalações, e até equipamentos de grande porte que possam vir a ser necessários para que os prédios melhorem seus desempenhos. Orlando Pinto Ribeiro destaca também que atualmente os elementos em pré-moldado têm ganhado cada vez mais espaço nas obras de retrofit. “É uma tendência natural se trabalhar com esses materiais, uma vez que o retrofit não é uma reconstrução, mas sim uma intervenção em cima de edificação pré-existente. Então, todo o processo industrializado é muito bem vindo no trabalho”, revela.
Atualmente, a legislação brasileira incentiva o retrofit. Não apenas nas edificações como nos espaços urbanos. Neste caso, áreas que ficaram degradadas nas cidades, seja pela especulação imobiliária, seja por mau uso, são submetidas a processos de revitalização. É o chamado retrofit urbano, que em Curitiba tem no bairro Rebouças o exemplo melhor acabado. “Era uma área totalmente industrializada que está mudando o perfil, por meio de parceria pública e privada”, afirma o arquiteto Orlando Pinto Ribeiro. Em São Paulo, a região da Avenida Paulista talvez seja hoje a área urbana que mais tem sido objeto do retrofit. O alvo, no caso, são os antigos prédios residenciais, que têm sido transformados em espaços comerciais.
Copa 2014
A escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014 levou o retrofit para dentro dos estádios. Segundo o arquiteto e professor da Universidade Positivo, a readequação de Maracanã, Beira-Rio, Mineirão, Castelão e Arena da Baixada, para cumprir o caderno de encargos da Fifa, é um exemplo claro de que o retrofit cabe em qualquer obra. “Essas intervenções podem sim ser consideradas como retrofit, que consiste em revitalizar estes edifícios dando a eles oportunidades de funcionar com um desempenho superior ao que eles têm hoje”, avalia Orlando Pinto Ribeiro.
Com um espectro amplo, o retrofit é também comum em edifícios de valor histórico. Só que, neste caso, a ação exige uma mistura de reforma com restauro. Muitas vezes é mantida a casca do edifício, que é o perímetro daquilo que a cidade está acostumada a ver na paisagem urbana, e a intervenção maior se dá no interior do edifício. “Em patrimônios históricos, as soluções pré-fabricadas são de grande valia para este tipo de recuperação”, diz Orlando Pinto Ribeiro. O Palácio Iguaçu, em Curitiba, é um exemplo. “Ali foram feitas readaptações dos espaços internos e mudanças na fachada original, que era de vidro transparente e foi substituída por uma de vidros verdes”, completa o arquiteto, que hoje atua no retrofit do edifício Nerina Caillet, na rua Marechal Deodoro, no eixo financeiro de Curitiba.
Estádio Maracanã: retrofit para adequar o patrimônio histórico
às exigências da Fifa para a Copa 2014.
Entrevistado
Arquiteto Orlando Pinto Ribeiro, professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Positivo
Currículo
- Graduação em Arquitetura e Urbanismo (UFPR – 1993)
- Mestrado em Arquitetura e Urbanismo (PROPAR / UFRGS – 2003)
- Coordenador (desde 2006) e professor (desde 2000) do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Positivo
- Vice-Presidente (Relações Institucionais) da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA-PR)
- Sócio proprietário e coordenador geral da empresa Contexto Arquitetura S/S LTDA.
- Diretor Geral do Seminário Internacional de Curitiba – Ateliês de Projeto Urbano (Si CWB)
- Revisor dos verbetes de Arquitetura e Urbanismo do Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
Contato: oribeiro@up.com.br ou orlando@contexto.arq.br
Créditos fotos: Divulgação
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
Arquiteto Orlando Pinto Ribeiro, professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Positivo
Currículo
- Graduação em Arquitetura e Urbanismo (UFPR – 1993)
- Mestrado em Arquitetura e Urbanismo (PROPAR / UFRGS – 2003)
- Coordenador (desde 2006) e professor (desde 2000) do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Positivo
- Vice-Presidente (Relações Institucionais) da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA-PR)
- Sócio proprietário e coordenador geral da empresa Contexto Arquitetura S/S LTDA.
- Diretor Geral do Seminário Internacional de Curitiba – Ateliês de Projeto Urbano (Si CWB)
- Revisor dos verbetes de Arquitetura e Urbanismo do Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
Contato: oribeiro@up.com.br ou orlando@contexto.arq.br
Créditos fotos: Divulgação
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
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