SPFW recicla o tema da sustentabilidade


Com cenografia dos irmãos Campana, a semana de moda paulistana exalta o Brasil e escolhe materiais recicláveis para decorar o evento, que repete temática de junho de 2012

Prédio da Bienal decorado pelos Irmãos Campana para a 35ª edição do SPFW
Prédio da Bienal decorado pelos Irmãos Campana para a 35ª edição do SPFW (Vanessa Carvalho/Folhapress)
Teve início na tarde desta segunda-feira a 35ª edição do São Paulo Fashion Week. Alocado no prédio da Bienal, no parque do Ibirapuera, o evento de moda receberá até a próxima sexta-feira a coleção verão 2013/2014 de importantes marcas nacionais. 

A semana de moda recicla nesta estação o tema da sustentabilidade, que já pautou a edição de junho de 2012. 

Convidados para cuidar da cenografia do prédio, os artistas irmãos Fernando e Humberto Campana escolheram materiais como piaçava e papelão dourado para revestir as paredes do pavilhão desenhado por Oscar Niemeyer. 

A idéia, segundo eles, era tanto chamar a atenção para a sustentabilidade como remeter à natureza brasileira, tema também já utilizado. 

Outros materiais usados foram madeira e ramos de mandacaru, extratos vegetais que criam um elo entre a SPFW e o parque Ibirapuera, ambiente em que está inserida.

Há trinta anos no mercado de design-arte, a dupla pareceu confortável na semana de moda. "A SPFW é importante para o Brasil e para São Paulo. Para projetar novos talentos e também os consagrados", disse Humberto em entrevista coletiva realizada no início da tarde. 

“Trabalhamos muito fora do Brasil, então é bom fazer um evento assim na nossa cidade.”

À parte a preocupação ambiental, a SPFW Verão 2013/2014 vai ser marcada por desfiles no estilo direto ao ponto -- de venda, mesmo. 

Mais do que nunca, o que se espera é que saiam de cena os figurinos conceituais e que as passarelas sejam tomadas por roupas prontas para o uso no dia a dia. 

A tendência, surgida na Europa, reflete o cenário de crise econômica que atinge boa parte do mundo e o crescimento das chamadas fast-fashion, cadeias de lojas de departamento como a C&A e a Rener, que não param de ganhar terreno com mercadorias simples e baratas.



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