Empresas líderes em estratégias sustentáveis são muito mais seguras na hora de relacionar a sustentabilidade à lucratividade, segundo estudo que ouviu mais de 3 mil executivos de companhias de diversos portes
Entusiastas e cautelosas: assim a pesquisa anual Sustentabilidade & Inovação, realizada entre 2010 e 2011, pelo Boston Consulting Group em parceria com a MIT Sloan Management Review, ilustra o abismo existente entre as empresas líderes em estratégias de sustentabilidade (entusiastas) e as retardatárias (cautelosas).
Na hora de relacionar a lucratividade do negócio aos aspectos sustentáveis, as corporações entusiastas são muito mais seguras.
Parte disso se deve à habilidade que essas empresas possuem de aumentar as vendas fornecendo novos produtos valorizados por um consumidor que se preocupa, entre outros aspectos, com cadeias de fornecimento éticas e uso eficiente de energia.
Segundo o estudo, os líderes das entusiastas são três vezes mais propensos a acreditar que suas decisões sobre sustentabilidade foram lucrativas: 66% deles afirmam que as ações ou decisões de suas empresas ligadas à sustentabilidade aumentaram os lucros.
Em contrapartida, só 23% dos líderes das cautelosas dizem o mesmo. Questionados acerca dos três principais benefícios da sustentabilidade, 38% das empresas entusiastas assinalam a opção “vantagem competitiva”, ao passo que 21% das cautelosas partilham da mesma resposta.
Curva ascendente
A pesquisa sinaliza que uma quantidade crescente de empresas está aumentando seus investimentos em sustentabilidade, contrariando as projeções traçadas desde a recessão econômica iniciada em 2008. Enquanto no estudo anterior, realizado em 2009/2010, 25% dos respondentes estavam aumentando o comprometimento com a sustentabilidade, na atual, 59% fizeram a mesma afirmação.
Para os analistas do estudo BCG/Sloan, o crescimento nos investimentos em sustentabilidade é explicado, sobretudo, pelo fato de que as empresas acreditam, cada vez mais, que a sustentabilidade será um modo de obter vantagens. Elas creem mesmo que precisará ser incorporada estrategicamente em todos os aspectos da operação e que, no futuro, exigirá uma mudança radical no comportamento competitivo das companhias.
Dificuldade de quantificar não diminui entusiasmo
As empresas ainda sofrem no momento de quantificar o retorno sobre o investimento em sustentabilidade. Porém, um aspecto diferencia as entusiastas das cautelosas: elas não perdem o entusiasmo, mesmo sem evidências empíricas.
Em outras palavras, trabalham para desenvolver as práticas de mensuração que as ajudarão a relacionar suas atividades de sustentabilidade à lucratividade.
Referência: HSM Management (edição 91)
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