Brasil passa para a 2ª posição no ranking de edificações esportivas com certificação LEED no mundo

O Brasil, assim como já vem acontecendo nos últimos anos, se destaca mundialmente nas questões relacionadas às construções sustentáveis. 









De acordo com o Green Building Council Brasil, o Brasil já o segundo país com o maior número de edificações esportivas com certificação LEED no mundo. 

O posto foi alcançado recentemente, quando o país certificou o Estádio Olímpico (do Grêmio) e o Centro de Desenvolvimento Esportivo, em Osasco/SP, que se juntaram a outros nove centros esportivos espalhados pelo país, sendo seis estádios utilizados na Copa do Mundo 2014.

Entre os estádios que receberam a certificação está o Maracanã, no Rio de Janeiro/RJ, que recebeu o LEED Prata. 

Além de ter abrigado a final do mundial de futebol, o “maior do mundo”, como é popularmente conhecido, servirá como espaço esportivo para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, e sediará, sobretudo, as cerimônias de abertura e encerramento.

Os outros estádios que já receberam a certificação LEED, e sediaram os jogos da Copa do Mundo 2014 são a Arena Castelão, em Fortaleza (LEED Certificado), a Arena Fonte Nova, em Salvador (LEED Prata), o Mineirão, em Belo Horizonte, segunda arena esportiva a receber o selo LEED Plantinum no mundo (LEED Platinum), a Arena da Amazônia, em Manaus (LEED Certificado) e a Arena Itaipava Pernambuco, em Recife (LEED Prata).

Para conquistar o posto, a iniciativa, coordenada pela Câmara de Sustentabilidade da Copa de 2014, possibilitou linhas de financiamento, coordenou câmaras temáticas de 12 Estados, diferentes equipes de projeto e envolvimento da iniciativa privada. 

O tema foi abordado durante a sessão de encerramento da 5ª Greenbuilding Brasil 2014 – Conferência internacional e Expo, no dia 07 de Agosto, às 14h. 

A sessão contará com a participação de Claudio Langone, coordenador da Câmara de sustentabilidade da Copa do Mundo de 2014.

O Case do Mineirão também terá destaque como sendo o primeiro estádio certificado LEED Platinum no mundo a sediar eventos esportivos de alta complexidade como a Copa do Mundo.

Cada estádio incorporou vários recursos sustentáveis que contribuíram para a sua certificação LEED. Por exemplo:

Arena Castelão

- Redução de 67,6% no consumo potável, redução de 12,7% no consumo anual de energia, 97% dos resíduos do projeto foram desviados do aterro sanitário, 100% das tintas, selantes e colas com baixo teor de compostos orgânicos voláteis, 97,44% das estações de trabalho e 100% dos espaços compartilhados possuem controle de iluminação.

Arena Fonte Nova

- 20% dos materiais de construção feitos de material reciclado, 75% dos resíduos do projeto de construção desviados do aterro sanitário e 35% de sua energia proveniente de fontes renováveis como solar e eólica.

Arena Pernambuco

- Utilizou Aço com 87% de matéria prima reciclada e cimento com 30% de matéria prima reciclada, 17% da energia é gerada por painéis fotovoltaicos reduzindo 142,81 tCO2 por ano.

Maracanã

- Reduzirá 23% do custo operacional do consumo com energia, 71,14% de redução do consumo de água potável e 100% de redução de água potável na irrigação, 9% da energia está sendo gerada por painéis fotovoltaicos, amplo acesso a transporte público (trens de superfície e mais de 60 linhas de ônibus).

Mineirão

O estádio do Mineirão merece um destaque especial, obteve a certificação máxima do LEED, conquistou 81 dos 110 pontos possíveis. Apenas o estádio do Mineirão e o estádio Texas Apogee (localizado no campus da University of North Texas) conseguiram este nível de certificação.

- Em parceria com a CEMIG, o estádio conta com uma usina de produção de energia renovável com capacidade de 1,42 MWp, são cerca de 6.000 módulos fotovoltaicos.

- Mais de 90% dos resíduos de obra foram reutilizados ou recicláveis; mais de 50.000 cadeiras do antigo Mineirão foram doadas para ginásios e estádios do interior; toda sucata metálica foi destinada para usinas recicladoras;

- Sistema com reaproveitamento de água por meio de caixas de decantação e bombas para lava rodas, para limpeza dos caminhões na saída da obra para evitar sujeira no entorno. Sistema gerou uma economia média de 18.000 litros por dia;

- Reservatório com capacidade de armazenamento de mais de 5 milhões de litros de água de chuva para reaproveitamento para encher bacias, mictórios e irrigar o campo por até 3 meses de estiagem.

Por Assessoria de Imprensa

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