Para ser modelo de sustentabilidade em Curitiba, revitalização da Avenida terá calçamento flex e pistas em pavimento rígido
Entrevistado
Arquiteto Reginaldo Reinert, do IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba)
Currículo
- Formado em Arquitetura e Planejamento Urbano – Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC)
- Responsável pelo setor de Planos e Estruturação Urbana do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC)
- Especialista em planos de desenvolvimento urbano e de transportes e projetos com mais de 20 anos de experiência na concepção e implementação de soluções técnicas para as cidades e regiões metropolitanas
- Ampla experiência na elaboração de planos governamentais para a mobilidade metropolitana grande e sistema de transporte, incluindo técnicas, institucionais, o trabalho legal de análise e concepção
- Desenvolvimento para o Governo de Angola de um extenso sistema de transporte urbano para a área metropolitana de Luanda e um amplo Plano de Desenvolvimento Urbano para a criação de uma área nova da cidade para a expansão de Luanda
- Professor da PUC-PR na cadeira de Projeto Arquitetônico
Contato: reinert@rla01.pucpr.br
Por: Altair Santos
Entre as obras de mobilidade urbana previstas para ocorrer em Curitiba, por causa da Copa do Mundo de 2014, a revitalização da Avenida Cândido de Abreu será a que mais trará inovações para a cidade. A partir dela, a prefeitura pretende criar um eixo de calçadões na capital paranaense, que ligará o Centro Cívico à Rua XV de Novembro.
O empreendimento terá duas etapas. A primeira começa em agosto e transformará o trecho que vai da Praça Dezenove de Dezembro até a sede da Prefeitura de Curitiba. As obras irão atingir uma extensão de 870 metros de comprimento por 18 metros de largura, e têm como prazo de conclusão dezembro de 2011. Na segunda fase, que começa em 2013, a revitalização se estenderá até a Praça Tiradentes, fechando o eixo de calçadões.
O responsável pelo projeto é o arquiteto Reginaldo Reinert, do IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba). Segundo ele, por causa da geologia do terreno e da durabilidade, os materiais usados na revitalização da Cândido de Abreu serão de concreto, paver e granito. “Haverá pavimento rígido (concreto) nas cinco faixas, no sentido do Palácio Iguaçu até a Praça Tiradentes, e calçamento com pista tátil para facilitar a acessibilidade de pessoas com deficiência visual”, explica.
Entre as inovações que a obra irá agregar à cidade, estão as seguintes: 1) será a primeira Via com cabeamento de iluminação subterrâneo (sem fios aparentes); 2) será a primeira Rua da cidade com WiFi (internet gratuita); 3) o calçadão será flex, ou seja, permitirá que o mobiliário urbano colocado sobre ele seja alterado conforme o uso proposto em cada trecho, e 4) terá uso múltiplo: pedestres, transporte coletivo e automóveis.
Ao custo de R$ 18 milhões, a primeira etapa da revitalização da Cândido de Abreu vai transformar a Avenida em um grande espaço de convivência a céu aberto, alternando mobilidade urbana com pontos de encontro, como cafés e bares. Para o arquiteto Reginaldo Reinert, a obra se equipara ao que foi feito na década de 1970 em Curitiba, quando houve o fechamento da Rua XV de Novembro. “Será um novo ponto de integração da cidade”, diz.
Sobre a convivência entre veículos e pedestres, o arquiteto avalia que a obra será concebida para harmonizar essa relação. “Ao longo do boulevard, os cruzamentos terão pistas elevadas, melhorando a segurança e facilitando a mobilidade de pedestres. Nestes pontos, obrigatoriamente, os veículos deverão reduzir a velocidade para passar pelo cruzamento”, avalia.
A obra terá também preocupação com a sustentabilidade, reduzindo o impacto das poluições do ar, visual e sonora. Por isso, a opção pelo calçamento em paver e o uso de concreto nas pistas, que usará a tecnologia Whitetopping – utiliza o pavimento flexível já existente como base, sem necessidade de sua remoção.
O pavimento em concreto, comprovadamente, vai agregar as seguintes vantagens à revitalização da Cândido de Abreu:
1) A cor clara do material favorece a visibilidade, provocando economia energética de até 60% em iluminação, em comparação com o asfalto;
2) Pela aderência, o espaço de frenagem é reduzido em 40%, gerando economia com custo de pneus do transporte coletivo;
3) A economia com combustível pode chegar a 17%, o que reduz também a emissão de gases poluentes;
4) Provoca menor variação de temperatura ao ambiente, minimizando o uso de ar condicionado nos edifícios no entorno;
5) Impede a percolação (água da chuva infiltrada no solo) protegendo lençóis freáticos e mananciais.
1) A cor clara do material favorece a visibilidade, provocando economia energética de até 60% em iluminação, em comparação com o asfalto;
2) Pela aderência, o espaço de frenagem é reduzido em 40%, gerando economia com custo de pneus do transporte coletivo;
3) A economia com combustível pode chegar a 17%, o que reduz também a emissão de gases poluentes;
4) Provoca menor variação de temperatura ao ambiente, minimizando o uso de ar condicionado nos edifícios no entorno;
5) Impede a percolação (água da chuva infiltrada no solo) protegendo lençóis freáticos e mananciais.
Entrevistado
Arquiteto Reginaldo Reinert, do IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba)
Currículo
- Formado em Arquitetura e Planejamento Urbano – Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC)
- Responsável pelo setor de Planos e Estruturação Urbana do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC)
- Especialista em planos de desenvolvimento urbano e de transportes e projetos com mais de 20 anos de experiência na concepção e implementação de soluções técnicas para as cidades e regiões metropolitanas
- Ampla experiência na elaboração de planos governamentais para a mobilidade metropolitana grande e sistema de transporte, incluindo técnicas, institucionais, o trabalho legal de análise e concepção
- Desenvolvimento para o Governo de Angola de um extenso sistema de transporte urbano para a área metropolitana de Luanda e um amplo Plano de Desenvolvimento Urbano para a criação de uma área nova da cidade para a expansão de Luanda
- Professor da PUC-PR na cadeira de Projeto Arquitetônico
Contato: reinert@rla01.pucpr.br
Crédito Foto: arquivo pessoal
Ilustrações: Fabiano Borba/Ippuc
Ilustrações: Fabiano Borba/Ippuc
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