Reutilizar materiais, captar água da chuva e ter uma horta em casa são medidas simples que protegem o planeta e o bolso
Ana Paula Pessoto
São Paulo - Como harmonizar o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental?
Tal questão, muito discutida atualmente, fez surgir a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para propor meios para que os países possam se desenvolver a ponto de suprir suas necessidades e não impossibilitar que o mesmo ocorra com as futuras gerações.
Isso, pensando no global. Contudo, todos podem fazer a sua parte. A iniciativa de usar os recursos naturais com responsabilidade e diminuir desperdícios pode começar ainda em casa com medidas simples e ao alcance de todos.
Para a bióloga do Instituto Ambiental Vidágua, Tamara Quinteiro, a prática da sustentabilidade deve realmente começar em casa. “Mudando o seu modo de pensar, você muda o seu cotidiano e vai passando isso para a família, vizinhos, bairro, empresa... Você vira um multiplicador”.
Além de economia no orçamento, o desenvolvimento sustentável também prega, segundo a bióloga, a preservação ambiental e a melhoria na qualidade de vida.
Montar uma pequena horta caseira e utilizar a água da chuva mesmo que seja para limpar calçadas ou regar plantas mais tarde são medidas simples, porém, sustentáveis.
Em família
Ter uma horta em casa contribui para eliminar os gastos com transporte desde as lavouras até a sua casa, reduz o uso de agrotóxicos, o que contribui com a alimentação saudável, e é economia para o bolso, já que você tem a verdura e os temperos no quintal.
Outra vantagem da horta caseira é proporcionar uma atividade prazerosa que ajuda a aliviar as tensões do cotidiano e pode até se transformar em hobby.
Preocupada com a sustentabilidade, a nutricionista Lisa Chistina Neme Battistutta dá os primeiros passos em casa cultivando temperos usados na cantina da família, isso sem falar nas árvores frutíferas para o consumo da casa. “Produzimos massas caseiras e minha preocupação é livrar a comida dos agrotóxicos”, diz.
Se o ensinamento passa dos pais para os filhos, na casa de Lisa não é bem assim. Ela conta que quando vai ao supermercado com os filhos, eles levam sacolas retornáveis e ficam de olho nos produtos que ela coloca no carrinho: “O que eles mais notam é se as embalagens são recicláveis. E, em casa, separam todo o lixo. Acho que as crianças são exemplos para os adultos”.
Plantas e luz solar são alternativas para reduzir o consumo de energia
Entre suas atividades, o arquiteto e urbanista Gabriel Noboru Ishida desenvolve trabalhos voltados à sustentabilidade e dá dicas de como deixar sua casa mais ecológica sem perder o charme.
Pensando em eficiência térmica e redução de gastos energéticos com refrigeração, as plantas são ótimas opções. Além de deixar o interior da residência mais belo, ainda podem aumentar sutilmente a umidade relativa do ar e refrescar o ambiente.
“Ao mesmo passo, ao criar um microclima externo, a vegetação reduz significativamente a temperatura com sombreamento e umidade, além de também reduzir a reflexão de pisos e paredes, já que absorvem a energia solar e não emitem tal energia ao ambiente”, ressalta.
Para clarear a residência e evitar o desperdício com iluminação artificial, que tal abusar da luz do dia? Para tanto, as cortinas devem ter cores claras e translúcidas para refletir a luz solar, caso contrário, podem absorver o calor para dentro da casa, aumentando a temperatura.
Caso pense em construir ou reformar, Ishida orienta a pensar na posição das janelas e no material usado para aproveitar a luz solar sem aquecer a casa. “A face sul é melhor para as janelas, já que o sol fica sempre do lado norte, variando de leste a oeste. Nessa posição, as janelas permitem que a luminosidade natural entre na residência sem aquecê-la”.
Seguindo a mesma linha de raciocínio das cortinas, segundo o arquiteto, as janelas venezianas, brancas e metálicas, são melhores porque refletem e não esquentam, ou seja, não transmitem o calor para dentro da residência.
Já as cores das paredes também devem ser claras para reduzir o aquecimento das mesmas.
Água de chuva
Preocupadas com a economia, muitas empresas têm desenvolvido a visão sustentável. Uma imobiliária localizada na avenida Getúlio Vargas, por exemplo, colocou em prática um projeto que, entre outros cuidados, conta com uma cisterna que capta a água da chuva para ser usada, principalmente, nas descargas dos banheiros.
Segundo a gerente da imobiliária, Suzana Cristina de Abreu Laureano, o método implantado desde 2005 reduziu a conta de água da empresa em mais de 50%.
Com medidas simples e baratas, você também pode armazenar a água da chuva em casa e utilizá-la para regar plantas e lavar calçadas, por exemplo. Porém, atente para o local usado para depositar a água que deve ser devidamente fechado para evitar que o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, deposite seus ovos.
Fonte: Jornal da Cidade de Bauru
Para a bióloga do Instituto Ambiental Vidágua, Tamara Quinteiro, a prática da sustentabilidade deve realmente começar em casa. “Mudando o seu modo de pensar, você muda o seu cotidiano e vai passando isso para a família, vizinhos, bairro, empresa... Você vira um multiplicador”.
Além de economia no orçamento, o desenvolvimento sustentável também prega, segundo a bióloga, a preservação ambiental e a melhoria na qualidade de vida.
Montar uma pequena horta caseira e utilizar a água da chuva mesmo que seja para limpar calçadas ou regar plantas mais tarde são medidas simples, porém, sustentáveis.
Em família
Ter uma horta em casa contribui para eliminar os gastos com transporte desde as lavouras até a sua casa, reduz o uso de agrotóxicos, o que contribui com a alimentação saudável, e é economia para o bolso, já que você tem a verdura e os temperos no quintal.
Outra vantagem da horta caseira é proporcionar uma atividade prazerosa que ajuda a aliviar as tensões do cotidiano e pode até se transformar em hobby.
Preocupada com a sustentabilidade, a nutricionista Lisa Chistina Neme Battistutta dá os primeiros passos em casa cultivando temperos usados na cantina da família, isso sem falar nas árvores frutíferas para o consumo da casa. “Produzimos massas caseiras e minha preocupação é livrar a comida dos agrotóxicos”, diz.
Se o ensinamento passa dos pais para os filhos, na casa de Lisa não é bem assim. Ela conta que quando vai ao supermercado com os filhos, eles levam sacolas retornáveis e ficam de olho nos produtos que ela coloca no carrinho: “O que eles mais notam é se as embalagens são recicláveis. E, em casa, separam todo o lixo. Acho que as crianças são exemplos para os adultos”.
Plantas e luz solar são alternativas para reduzir o consumo de energia
Entre suas atividades, o arquiteto e urbanista Gabriel Noboru Ishida desenvolve trabalhos voltados à sustentabilidade e dá dicas de como deixar sua casa mais ecológica sem perder o charme.
Pensando em eficiência térmica e redução de gastos energéticos com refrigeração, as plantas são ótimas opções. Além de deixar o interior da residência mais belo, ainda podem aumentar sutilmente a umidade relativa do ar e refrescar o ambiente.
“Ao mesmo passo, ao criar um microclima externo, a vegetação reduz significativamente a temperatura com sombreamento e umidade, além de também reduzir a reflexão de pisos e paredes, já que absorvem a energia solar e não emitem tal energia ao ambiente”, ressalta.
Para clarear a residência e evitar o desperdício com iluminação artificial, que tal abusar da luz do dia? Para tanto, as cortinas devem ter cores claras e translúcidas para refletir a luz solar, caso contrário, podem absorver o calor para dentro da casa, aumentando a temperatura.
Caso pense em construir ou reformar, Ishida orienta a pensar na posição das janelas e no material usado para aproveitar a luz solar sem aquecer a casa. “A face sul é melhor para as janelas, já que o sol fica sempre do lado norte, variando de leste a oeste. Nessa posição, as janelas permitem que a luminosidade natural entre na residência sem aquecê-la”.
Seguindo a mesma linha de raciocínio das cortinas, segundo o arquiteto, as janelas venezianas, brancas e metálicas, são melhores porque refletem e não esquentam, ou seja, não transmitem o calor para dentro da residência.
Já as cores das paredes também devem ser claras para reduzir o aquecimento das mesmas.
Água de chuva
Preocupadas com a economia, muitas empresas têm desenvolvido a visão sustentável. Uma imobiliária localizada na avenida Getúlio Vargas, por exemplo, colocou em prática um projeto que, entre outros cuidados, conta com uma cisterna que capta a água da chuva para ser usada, principalmente, nas descargas dos banheiros.
Segundo a gerente da imobiliária, Suzana Cristina de Abreu Laureano, o método implantado desde 2005 reduziu a conta de água da empresa em mais de 50%.
Com medidas simples e baratas, você também pode armazenar a água da chuva em casa e utilizá-la para regar plantas e lavar calçadas, por exemplo. Porém, atente para o local usado para depositar a água que deve ser devidamente fechado para evitar que o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, deposite seus ovos.
Fonte: Jornal da Cidade de Bauru
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