Gestão avançada da sustentabilidade, novo paradigma da liderança.

Estado de São Paulo cria programa para proteção das Unidades de Conservação (UCs)

 José Luiz Tejon Megido
Terra da Gente, com info SMA

 










Foi lançada ontem, durante o II Fórum de Cooperação Internacional, em São Paulo, a Comissão Paulista de Biodiversidade e o Programa Parcerias para a Sustentabilidade das Unidades de Conservação (UCs).

Em outras palavras, o documento estabelece mecanismos para viabilizar a concessão de serviços de gestão e ecoturismo em unidades de conservação à iniciativa privada, ONGs, comunidades locais e eventuais consórcios para participar de editais de licitação.  
 
Com o Programa de Parcerias, a Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo (FF), órgão da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SMA), está autorizada a formalizar parcerias com a iniciativa privada para exploração dos atrativos turísticos nas UCs. O objetivo é buscar apoio e recursos para fortalecer as ações de conservação e produção florestal. Por outro lado, visa oferecer serviços de qualidade de ecoturismo e toda gama de subprodutos daí resultantes.  

 










São Paulo foi o primeiro Estado do Brasil a estabelecer áreas naturais protegidas no País e pioneiro em criar uma Polícia Florestal e também o primeiro corredor de área protegida da Mata Atlântica, com o Parque Estadual da Serra do Mar, em 1977.
Recentemente, o Estado criou três áreas de proteção ambiental marinha. Com mais de 100 unidades de conservação, São Paulo tem hoje 4,7 milhões de hectares de áreas protegidas.  

 













Parcerias do programa  
O projeto Parcerias para a Sustentabilidade das Unidades de Conservação (UCs) foi construído em parceria com o Instituto Semeia e o Programa de Ecoturismo na Mata Atlântica, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que injetou mais de R$ 30 milhões em seis UCs de São Paulo.  
O objetivo do programa é buscar alternativas de parcerias na prestação de serviços ligados ao turismo em áreas especialmente protegidas, inclusive nos Parques.
São trilhas, esportes de aventura (como rafting e mergulho), restaurantes e lanchonetes, centros de visitação e vários serviços que podem ser concedidos às entidades de iniciativa privada, principalmente àquelas existentes em cidades abrangidas pelas UCs. A utilização de mão de obra local é uma das bases para a geração de emprego e incremento econômico nas comunidades vizinhas às áreas protegidas.  

 











Com o decreto, a FF está autorizada a preparar os editais de licitação, a partir da definição de uma matriz para cada uma das áreas selecionadas pela instituição. Hoje, são 33 unidades aptas a participarem do programa, sendo 29 parques estaduais, dois monumentos naturais e dois parques ecológicos. Os principais atrativos naturais abertos à visitação são 169 trilhas, 77 cachoeiras, 25 cavernas, 42 poços abertos e 94 atrativos históricos culturais. São unidades com pousadas, camping, lanchonetes, restaurantes, estrutura de lazer para uso público. A estimativa é que os primeiros editais estejam prontos no início de 2012.  

Após a assinatura do decreto, a FF definirá as unidades que deverão ter serviços concedidos e quais serão esses serviços. Preparar as licitações e publicar os editais firmando contratos com os vencedores dos certames. Posteriormente, acompanhará e fará a fiscalização da execução dos contratos.  
O Programa de Parcerias prevê ainda a recuperação de ecossistemas degradados e a criação de meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental. “Queremos aumentar a capacidade operacional da FF com foco na conservação e melhorar os serviços voltados para atendimento ao público visitante.

 









Com o programa, também vamos gerar renda e oportunidades para a população local e do entorno das unidades. Além de captar recursos para a sustentabilidade financeira das unidades e envolver outros setores e segmentos na conservação das áreas protegidas”, explica o secretário Bruno Covas.  

Segundo João Gabriel Bruno, a FF tem 92 unidades de sua responsabilidade. “Com o Programa de Parcerias vamos buscar a sustentabilidade financeira das unidades. A ideia central é prover as unidades de conservação onde são possíveis inúmeras práticas de lazer, com equipamentos de apoio e sustentação ao turismo, educação ambiental, pesquisa científica de modo a auxiliar no sustento econômico das atividades e incentivar investimentos para melhorar a infraestrutura necessária a essas práticas”, afirma o diretor executivo da Fundação.

Fonte: EPTV-Globo.com