Estudo aponta grandes investimentos para o período de 2010 a 2014 passando por telecom, sistemas e capacitação profissional
A conjuntura econômica global propiciou ao Brasil pelo menos nos últimos dois anos uma visibilidade internacional que o País não conhecia há algum tempo. E não falamos apenas de carnaval e títulos de campeonatos de futebol. O bom momento da economia trouxe uma sucessão de boas notícias, como o grau de investimento, que culminaram com a escolha do País para sediar a Copa do Mundo em 2014 e a Olimpíada em 2016. E esses dois últimos fatos farão com que o mercado interno se torne um polo de atenção global para diversos tipos de atividade.
"Tem empresas de TI vindo para o Brasil por conta da Copa e não necessariamente ficando no Rio de Janeiro ou em São Paulo", avisa José Carlos Pinto, sócio da área de assessoria da Ernst & Young, consultoria que divulgou o estudo "Brasil Sustentável: impactos socioeconômicos da Copa do Mundo 2014", produzido em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A pesquisa estima que serão investidos R$ 30 bilhões no País para a recepção do evento, valor que envolve estádios, urbanização, tecnologia, entre outros pontos. Mas o que mais impressiona na análise, é um ponto ressaltado por Pinto. "Esses investimentos têm uma repercussão muito complexa. Mas isso vai gerar uma movimentação adicional de R$ 142 bilhões." Essa geração de receita está compreendida ao longo de quatro anos, entre 2010 e 2014, e contempla, por exemplo, movimentação de turistas, consumo de telecom, entre outros.
O estudo não traz um investimento específico em tecnologia, mas alguns dados revelam que não será pouco. Apenas para acomodar o fluxo de informações e a capacidade de processamento estão previstos R$ 309 milhões. Eles usam como base o que houve na Alemanha em 2006, quando, em 32 dias, o evento gerou produção e tráfego de cerca de 15 terabytes de dados, o que exigiu a participação de mais de mil profissionais da área.
Outra ação importante que terá plena participação de TIC é a construção do International Broadcast Center (IBC), que demandará R$ 184 milhões, isso sem falar na atuação que as companhias de tecnologia e telecom terão nos International Media Centers (IMCs) que ficarão nos estádios e estão previstos nos projetos de adequação.
Até agora, apenas investimentos privados foram citados. Há ainda toda a expectativa em torno do Plano Nacional de Banda Larga, citado pela pesquisa, que deve receber R$ 13 bilhões de investimento público. E este projeto, em especial, é essencial tanto pelo legado social, que ficará a cabo da popularização da internet rápida para as diversas camadas sociais, e para dar conta de toda a banda que será utilizada com a chegada dos turistas e jornalistas de todos os lados do mundo.
Mas, de acordo com Pinto, as coisas estão caminhando. Ele afirmou que diversas companhias já estão com equipes trabalhando para a Copa. "Muitas já têm previsão de investimento e retorno. Em TI tem muita gente dedicada (à Copa)." O executivo lembra ainda que a tecnologia deixará muita coisa boa. Ele exemplifica com um software de gestão do estádio - bilheteria, evacuação de pessoas -, que pode vir da Alemanha, a fabricante está em busca de parceiros. Tem ainda, na questão da venda de ingressos, o sistema gerenciado pela MATCH, parceira da FIFA.
Além disso, há uma estimativa de geração de 3,6 milhões de postos de trabalho no mesmo período. "(O evento) ajuda posicionar o Brasil de forma diferenciada. Tem tido boa vontade (de todos os lados), mas pouca integração", alerta.
A conjuntura econômica global propiciou ao Brasil pelo menos nos últimos dois anos uma visibilidade internacional que o País não conhecia há algum tempo. E não falamos apenas de carnaval e títulos de campeonatos de futebol. O bom momento da economia trouxe uma sucessão de boas notícias, como o grau de investimento, que culminaram com a escolha do País para sediar a Copa do Mundo em 2014 e a Olimpíada em 2016. E esses dois últimos fatos farão com que o mercado interno se torne um polo de atenção global para diversos tipos de atividade.
"Tem empresas de TI vindo para o Brasil por conta da Copa e não necessariamente ficando no Rio de Janeiro ou em São Paulo", avisa José Carlos Pinto, sócio da área de assessoria da Ernst & Young, consultoria que divulgou o estudo "Brasil Sustentável: impactos socioeconômicos da Copa do Mundo 2014", produzido em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A pesquisa estima que serão investidos R$ 30 bilhões no País para a recepção do evento, valor que envolve estádios, urbanização, tecnologia, entre outros pontos. Mas o que mais impressiona na análise, é um ponto ressaltado por Pinto. "Esses investimentos têm uma repercussão muito complexa. Mas isso vai gerar uma movimentação adicional de R$ 142 bilhões." Essa geração de receita está compreendida ao longo de quatro anos, entre 2010 e 2014, e contempla, por exemplo, movimentação de turistas, consumo de telecom, entre outros.
O estudo não traz um investimento específico em tecnologia, mas alguns dados revelam que não será pouco. Apenas para acomodar o fluxo de informações e a capacidade de processamento estão previstos R$ 309 milhões. Eles usam como base o que houve na Alemanha em 2006, quando, em 32 dias, o evento gerou produção e tráfego de cerca de 15 terabytes de dados, o que exigiu a participação de mais de mil profissionais da área.
Outra ação importante que terá plena participação de TIC é a construção do International Broadcast Center (IBC), que demandará R$ 184 milhões, isso sem falar na atuação que as companhias de tecnologia e telecom terão nos International Media Centers (IMCs) que ficarão nos estádios e estão previstos nos projetos de adequação.
Até agora, apenas investimentos privados foram citados. Há ainda toda a expectativa em torno do Plano Nacional de Banda Larga, citado pela pesquisa, que deve receber R$ 13 bilhões de investimento público. E este projeto, em especial, é essencial tanto pelo legado social, que ficará a cabo da popularização da internet rápida para as diversas camadas sociais, e para dar conta de toda a banda que será utilizada com a chegada dos turistas e jornalistas de todos os lados do mundo.
Mas, de acordo com Pinto, as coisas estão caminhando. Ele afirmou que diversas companhias já estão com equipes trabalhando para a Copa. "Muitas já têm previsão de investimento e retorno. Em TI tem muita gente dedicada (à Copa)." O executivo lembra ainda que a tecnologia deixará muita coisa boa. Ele exemplifica com um software de gestão do estádio - bilheteria, evacuação de pessoas -, que pode vir da Alemanha, a fabricante está em busca de parceiros. Tem ainda, na questão da venda de ingressos, o sistema gerenciado pela MATCH, parceira da FIFA.
Além disso, há uma estimativa de geração de 3,6 milhões de postos de trabalho no mesmo período. "(O evento) ajuda posicionar o Brasil de forma diferenciada. Tem tido boa vontade (de todos os lados), mas pouca integração", alerta.
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