Recentemente, publicamos o post “Por que investir em sustentabilidade”, onde mostramos que empresas que colocam sustentabilidade no centro da estratégia são mais lucrativas que concorrentes que deixam o assunto na periferia das suas ações.
Entretanto, para convencer a alta liderança de que a sustentabilidade é o melhor caminho a seguir, precisamos ter a capacidade de demonstrar com fatos e dados que o projeto é relevante. Na minha experiência, mostrar o retorno econômico e socioambiental da iniciativa (nesta ordem) é o melhor caminho para fazer as coisas acontecerem no curto prazo.
O vídeo da IBM sobre eficiência energética exemplifica isso.
Como mostrar os ganhos econômicos de uma iniciativa?
A forma mais simples é estimar redução de custos, como no caso do vídeo. Normalmente iniciativas voltadas à eficiência possuem ganhos de curto prazo e, quando exigem investimento, geram retorno financeiro positivo em alguns meses, o que não gera resistência por parte da liderança.
Outra forma é demonstrar a redução de riscos. Vamos imaginar que sua empresa seja um posto de gasolina e que conte com tanques de combustível enterrados construídos há 30 anos.
É possível que a estrutura esteja deteriorada e que o tanque esteja contaminando o solo. Para justificar o investimento da reforma, basta buscar o custo da multa ambiental e da remediação que outro posto tenha sofrido recentemente.
Pode-se, ainda, justificar as iniciativas olhando sob a perspectiva da expansão dos negócios. Digamos que sua empresa produz café e que o mercado de café orgânico tenha uma margem 3 vezes maior na Europa para seu produto. Neste contexto, não fica difícil justificar uma certificação.
Finalmente, há o argumento da reputação. Ele é normalmente medido pela capacidade de atrair pessoas talentosas, pela imagem que os funcionários têm da empresa, pela permanência dos melhores funcionários quantidade, pela imagem que a comunidade tem da empresa e pela e favorabilidade das notícias que saem na mídia espontânea.
Para tanto, algumas ferramentas de RH podem ajudar, como o resultado da pesquisa de clima e a taxa de rotatividade [ (número de demissões + admissões) / 2 / número de funcionários ativos].
Ainda que a reputação não seja um indicador financeiro, ela não é novidade para os executivos e costuma ter uma boa aceitação.
Isso significa que devemos desistir das mudanças mais profundas?
Claro que não! Mas nada melhor que possuir uma imagem de excelente desempenho para ser capaz de aprovar projetos maiores e mais arriscados. E nada melhor que gerar resultados positivos no curto prazo para construir esta imagem.
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