Estudo avalia benefícios para florestas com criação do Redd

Estudo coordenado pelo economista Bernardo Strassburg, diretor-executivo do Instituto Internacional para a Sustentabilidade, sobre o mercado de créditos de carbono informa que, quanto maior o valor da tonelada de CO2, mais espécies de plantas e de animais que vivem nas florestas podem ser preservados. 
 
O cálculo é de que o sistema pode reduzir em até 75% a perda da biodiversidade nas florestas tropicais. 
 

O primeiro estudo a fazer uma análise do impacto global do mecanismo de Reduação de Emissões por Desmatamento e Degradação (Redd) foi publicado na última edição da revista Nature Climate Change.

Com o preço da tonelada de carbono a US$ 25 (cerca de R$ 43) seria possível, segundo os pesquisadores, evitar de 84% a 94% das extinções. Essa ação também seria capaz de impedir a liberação para a atmosfera de 4,3 bilhões de toneladas de CO2 por ano. 
 
"Mesmo com a tonelada de carbono a US$ 3, US$ 7 e US$ 10 há benefícios, mas quanto maior o valor mais interessante deixar a floresta em pé."

Os autores do estudo chamam a atenção ainda para a necessidade de associar o Redd a estratégias para evitar a devastação de outros biomas. Uma vez que a manutenção de florestas pode, por exemplo, deslocar a ocupação para outros biomas como, por exemplo, o Cerrado, no caso do Brasil.

No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas acaba de divulgar as regras para a negociação de créditos de carbono no mercado voluntário. 
 
A lógica do mercado de carbono é a seguinte: quem preserva florestas (evita emissões e garante absorção) vende créditos para que lançou mais gases de efeito estufa do que o permitido por países, convenções etc.

Hoje, existe o mercado composto pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, previsto no Protocolo de Quioto. Por ele, países ricos (têm cotas obrigatórias de emissão).

Que emitiram além do permitido, podem comprar créditos de países mais pobres e em desenvolvimento (que não têm contas obrigatórias) que apresentam baixa emissão de CO2. Os projetos e transações são avaliados por mecanismos da ONU. Esse mercado não deslanchou por ser muito burocrático.

O outro mercado é o voluntário. Ele abrange todas as negociações de créditos de carbono e neutralizações de emissões de gases do efeito estufa que são realizadas por empresas que não possuem metas sob o Protocolo de Quioto.
 

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