A produção primária e o processamento feito em setores como a agricultura, silvicultura, pesca, exploração de petróleo e gás, mineração e utilidades custam 7,3 trilhões de dólares por ano em razão dos danos ao meio ambiente, saúde e outros benefícios para a humanidade.
A informação é do relatório Capital Natural em Risco – As 100 Maiores Externalidades dos Negócios, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 15 de abril.
O estudo, que oferece uma perspectiva dos maiores riscos sofridos pelo capital natural por conta dos negócios, investidores e governos, foi realizado pela Trucost, empresa de dados ambientais, em nome do programa Economia do Meio Ambiente e da Biodiversidade para a Coalizão de Empresas (Teeb).
A apresentação da pesquisa ocorreu durante uma cúpula de negócios e meio ambiente em Nova Déli, capital da Índia.
De acordo com o relatório, as 100 maiores externalidades ambientais globais, consequências de uma atividade econômica que normalmente não é contabilizada pelo gerador dessa atividade, custam à economia mundial em torno de 4,7 trilhões de dólares ao ano, ou 65% do total de impactos identificados do setor primário.
A maioria dos custos:
38%, é derivada de emissões de gases de efeito estufa,
seguida pelo consumo da água, 25%,
uso do solo ,24%, poluição do ar,
7%, poluição da água e do solo, 5%,
e resíduos, 1%.
No Brasil
Sobre o Brasil, o relatório atentou para o fato de que 70% do desmatamento no país ser causado pela pecuária, utilizando dados de 2006 da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Devido à magnitude do uso da terra para criação de gado no país e do alto valor dos serviços dos ecossistemas da terra virgem utilizada na América do Sul, o impacto da pecuária na região é especialmente elevada.
O tratamento do gado em terras sul-americanas, com danos de 354 bilhões de dólares anuais, está na segunda colocação do ranking dos impactos mais custosos para as economias.
Em primeiro lugar está o uso do carvão no leste da Ásia, que custa cerca de 453 bilhões de dólares anualmente.
"As empresas prospectivas já estão reconhecendo que a chave para a competitividade em um mundo com recursos cada vez mais limitados dependerá, em grande parte, da intensificação da eficiência dos recursos naturais e do corte dos rastros da poluição", declarou o diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Achim Steiner.
Fonte: ecodesenvolvimento.org
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