Detentor da floresta amazônica e da maior biodiversidade do mundo, Brasil deve ser um dos países em desenvolvimento beneficiados
Foto: leoffreitas
Três países europeus, Alemanha, Noruega e Finlândia, anunciaram a contribuição de US$ 180 milhões (cerca de R$ 360 milhões) para um fundo intitulado Mecanismo de Parceria para o Carbono Florestal, criado pelo Banco Mundial a fim de compensar nações em desenvolvimento que reduzem emissões de dióxido de carbono (CO2) a partir da preservação de suas florestas.
Com as novas doações, a capitalização do mecanismo alcança a marca de US$ 650 milhões, garantindo o apoio aos esforços dos países em desenvolvimento em diminuir a perda de florestas e emissões dos gases que causam o efeito estufa.
O Banco Mundial destacou que o resultado será grandes incentivos pagos até 2020 aos países em desenvolvimento florestal. O órgão lembrou que as florestas continuam sendo perdidas, apesar dos esforços para levar o mundo a um caminho mais verde e de baixo carbono.
Segundo o Banco Mundial, o mecanismo é formado por dois fundos.
O Fundo de Preparação, conhecido como Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (Redd+), fornece financiamento aos países para que criem estratégias nacionais de redução de emissões a partir do combate ao desmatamento e degradação de florestas.
Já o Fundo de Carbono irá fornecer pagamentos mediante a verificação de que as emissões foram reduzidas a partir de projetos de larga escala da iniciativa Redd+.
O Banco Mundial destacou que o resultado será grandes incentivos pagos até 2020 aos países em desenvolvimento florestal.
O órgão lembrou que as florestas continuam sendo perdidas, apesar dos esforços para levar o mundo a um caminho mais verde e de baixo carbono.
Estratégia brasileira
O potencial da Floresta Amazônica como mecanismo de combate às mudanças climáticas será, em 2013, um dos focos do Ministério do Meio Ambiente (MMA). O monitoramento dos biomas brasileiros e a conclusão da estratégia nacional do mecanismo Redd+ surgem como prioridades para este ano.
A cooperação com outros países e o avanço nas negociações internacionais também aparecem entre as perspectivas do governo federal.
O secretário de mudanças climáticas e qualidade ambiental, Carlos Klink, adiantou que o ministério deve finalizar a estratégia nacional de Redd+ neste ano.
Segundo ele, a medida apoiará a implantação de projetos voltados para a conservação florestal como forma de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
“O plano já está bem desenhado e, em breve, será levado adiante”, explicou. Neste ano, devem passar a valer, ainda, os Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima de indústria, da mineração, de saúde e de transporte.
Para serem colocadas em prática, as ações de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas terão de dialogar com a realidade de cada área do país. De acordo com Klink, existem, hoje, 18 legislações estaduais que tratam do assunto. “É um tema muito complexo e o maior desafio é definir como articular e harmonizar tudo isso”, observou. “Essa convergência será uma agenda de extrema importância para este ano.”
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