Por Clovis Akira em Green Life
Todo mundo já deve ter visto espalhado em algum ponto da sua cidade, lixeiras seletivas, aquelas lixeiras coloridas para separar diferentes tipos de lixo.
Mas na realidade o que presenciamos é que ninguém separa nada, a única preocupação é se livrar do lixo. Isso tudo deve-se a falta de informação e de campanhas para conscientizar a população a separar o lixo corretamente.
Na verdade, os únicos que se preocupam em separar o lixo, são os catadores de recicláveis, no entanto, a iniciativa visa apenas o lucro, pois é seu meio de subsistência, e o que interessa a eles é a latinha de alumínio, plásticos e papelão, e o restante fica tudo amontoado e misturado, a espera dos caminhões da coleta urbana.
Fazendo uma pequena pesquisa com algumas pessoas, vizinhos e parentes, todos se dizem dispostos a separar o lixo em suas casas, mas não o fazem por não saberem a forma de fazer a seleção, e por não haver na sua cidade um serviço de coleta seletiva, então pra que separar se no final vai tudo pro mesmo lugar.
Reduzir o lixo
Se o lixo é um problema o melhor resíduo que existe é o que não foi gerado, pena que é impossível viver sem produzir restos, mas é possível diminuir a quantidade produzida.
Ao repensar a relação que temos com as sobras do lixo doméstico, podemos identificar situações em que outra conduta fará enorme diferença no volume de lixo gerado.
Quando fizer compras no supermercado o consumidor pode escolher produtos que venham com menos embalagens ou com embalagens mais resistentes e reutilizáveis.
Também não podemos ignorar o desperdício de alimentos. Antes mesmo de se tornar lixo os alimentos desperdiçados já são um problema e uma vergonha nacional.
O combate à miséria brasileira é batalha de longa data e sempre se soube que o desperdício no Brasil é imenso, provavelmente capaz de reduzir muito a fome em nosso país.
Reciclar e Reutilizar
Quanto aos materiais que podem ser reciclados, eles esbarram em grandes dificuldades. Cada material deve ir para uma fabrica diferente, o que demanda um esquema de separação anterior à coleta.
Além disso, nem todas as regiões possuem fábricas que façam a reciclagem de todos os materiais e aí nem sempre adianta separar.
Devido a essas dificuldades torna-se complicado implantar no país o programa dos “três erres” (3 R), que significa, reduzir, reutilizar e reciclar.
É comum que a venda dos materiais não cubra os custos da coleta seletiva e a Prefeitura pode achar que o estímulo à reciclagem não compensa.
Por isso é fundamental que o órgão público encare a coleta seletiva de materiais recicláveis não só pela questão econômica, mas como um beneficio social e ambiental para toda a sociedade.
Se fizer a coleta seletiva integrada a um importantíssimo sistema de gerenciamento de resíduos, todos os benefícios (sociais, ambientais e econômicos) serão muito maiores.
Esse sistema é a maneira mais completa de lidar como o lixo tóxico, lixo orgânico, aterro sanitário, lixão, impactos da coleta e da disposição, custos, questões de saúde publica e de emprego.
Fundamentalmente, cabe ao poder publico pensar na logística, na destinação dos resíduos recicláveis e, sobretudo, na conscientização das pessoas, afinal, a coleta seletiva não significa simplesmente instalar lixeiras coloridas pela cidade.
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