Especialistas querem mobilização da população para as questões ambientais e mudanças climáticas

Da Redação


Mudanças climáticas: engajamento precisa ser individual e 
sistêmico, por meio de iniciativas governamentais


São Paulo – O cineasta Fernando Meirelles quer fazer com que o maior número de pessoas possível entenda e se mobilize pela questão das mudanças climáticas.

Depois de levar o problema para 3,5 bilhões de pessoas na abertura da Olimpíada no Rio, ele está agora desenvolvendo uma série de TV com a BBC. Por um lado, quer difundir informações sobre o tema e, por outro, engajar as pessoas para que elas se mobilizem para isso.

Meirelles contou seus planos na terça-feira, 4, durante o debate 

“Saindo do gueto ambientalista: o desafio de mobilizar as pessoas para a sustentabilidade“, promovido pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo.

Ele e mais três especialistas em comunicação debateram como fazer com que o tema seja incorporado nas discussões do dia a dia das pessoas, das empresas e dos governos.

Em linhas gerais, a mensagem que todos passaram é que é preciso atuar em duas frentes: uma mais individual, que toque as pessoas para elas se entenderem parte do problema e assim poderem se engajar em busca de soluções; e em uma mais sistêmica, em que a sustentabilidade deixe de ser tratada de modo setorial, como por um departamento dentro de uma empresa, por exemplo, ou apenas por uma secretaria ou ministério, e entre na base de ações de empresas ou governos.

“É preciso ativar outras dimensões nas pessoas, para se sentirem motivadas a participar. É importante virar uma convocação, um convite de ação. E tem de trazer uma porta de saída. 

Não adianta dar só os fatos desesperados. É como falar de morte. Ninguém quer falar disso, porque se não tem saída, melhor nem falar”, comentou Mônica Gregori, que fez o estudo 

“O Fluxo das Causas”, sobre desafios para grandes causas como cidades sustentáveis e mudanças climáticas.

Meirelles, que se disse um pessimista sobre o futuro do planeta, contou que fez isso na Olimpíada, ao mostrar o problema, mas em seguida ao apresentar uma solução: o plantio de árvores. 

“Acho que em geral as imagens catastróficas, de desastres, que já vimos tanto, não tocam mais. 

Mas ali a ideia era ir direto à informação. E depois veio a boa notícia: mostramos projetos de reflorestamento em todo o mundo. Representam a mudança de atitude que queremos. Plantar floresta é a maneira mais barata de absorver carbono. Não resolve o problema, mas mitiga”, disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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