Recuperação de matas ciliares de nascentes e mananciais terá R$ 200 milhões

Segundo o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, a recobertura vegetal merece destaque durante a crise hídrica

Por: Christina Suppa




Vegetação ao redor da nascente do Rio São Francisco. 
Foto: Beto Novaes/EM/D.A Press

Durante a abertura do segundo bloco do seminário, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, anunciou que a pasta pretende lançar em 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, o Programa Plantando Rios. 

O projeto já tem mais de R$ 200 milhões de orçamento e pretende reflorestar as matas ciliares de nascentes e mananciais. 

“A recobertura vegetal merece destaque durante a crise hídrica, pois sabemos de vários casos de sucesso pelo país em que a recuperação de nascentes aumentou a quantidade de água na região de forma rápida”, explicou o ministro.


Sarney Filho ainda destacou que o Fórum Mundial da Água, que acontecerá na capital em março de 2018, vai promover o diálogo sobre o uso global dos recursos hídricos. 

“Será um momento importante para estabelecer compromissos políticos com todas as nações participantes. E desde já chamo a atenção para o caráter plural e democrático do fórum. 

Pessoas do mundo todo podem participar para favorecer o amplo debate nos temas centrais do evento.”


O gerente de gestão pública Socioambiental do BNDES, Eduardo Bizzo, explicou que o Fundo Amazônia já captou mais de R$ 2,9 bi em doações para projetos em ações de prevenção, monitoramento, conservação e combate ao desmatamento na região. 

“É um mecanismo parecido com o REDD (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), de pagamento por resultados. 

Cerca de 97% das doações são da Noruega, 2,5% da Alemanha e 0,5% da Petrobras”, explica.


Carbono
Cerca de 9 bilhões de toneladas de carbono podem deixar de ser lançados no ar apenas se as florestas forem mantidas em pé. 

“Até 2015, o Brasil deixou de emitir 5 bilhões de toneladas pelas ações de redução do desmatamento da Amazônia. 

Essa tem sido considerada pelos ambientalistas como uma das maiores contribuições para amenizar as mudanças climáticas no mundo”, avalia Bizzo.

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