Os requisitos para o uso racional de energia em construções sustentáveis são: atender as regras do PROCEL Edifica, ter iluminação natural, energia renovável, otimização do desempenho energético e processos de medição
Foto: Divulgação
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O modelo para construções sustentáveis, até então disponível apenas para edificações comerciais, está prestes a ganhar uma versão para ser adotada em residências.
O referencial está sendo criado pelo Green Building Council Brasil (GBC), organização que fomenta a indústria de construções sustentáveis no País.
O uso racional de energia tem grande peso entre os critérios de avaliação de uma construção sustentável. Entre as regras estão: atendimento aos pré-requisitos descritos pelo PROCEL Edifica; iluminação natural; energia renovável; otimização do desempenho energético; processos de medição e verificação.
Outros itens importantes são uso racional da água, de materiais e recursos, qualidade ambiental interna, regras sociais e inovação.
O desenvolvimento do referencial específico para residências começou há pouco mais de um ano a partir da crescente demanda do mercado de construção civil e das empresas membros da instituição.
"Muitos proprietários nos procuravam para saber como construir uma casa sustentável, a preocupação com os materiais a serem utilizados e o que deveria ser observado. Nós levamos esses questionamentos em consideração para desenvolver essas diretrizes", afirma Maria Carolina Fujihara, coordenadora técnica do GBC.
O trabalho tem o objetivo de criar parâmetros nacionais de sustentabilidade para residências unifamiliares ou multifamiliares, de baixo, médio e grande porte.
Segundo o gerente técnico da organização, Marcos Casado, a base para criação desse novo referencial foi o LEED for Homes, desenvolvido pelo U.S Green Building Council (USGBC) que é utilizado para certificar empreendimentos residenciais nos Estados Unidos.
"O que nós fizemos foi incorporar a essa base o melhor de todos os sistemas de certificação existentes no mercado brasileiro e mundial", afirma.
O "Referencial para Casas Sustentáveis" foi submetido à consulta pública pelo site da organização e recebeu comentários de cidadãos e especialistas do país inteiro. No momento, a entidade está selecionando cinco empreendimentos para a fase piloto.
Serão inseridos projetos de baixo, médio e alto padrão sem restrições de metragem mínima ou máxima. A partir de 2013, data prevista para finalização, o GBC Brasil também oferecerá cursos de capacitação para profissionais e pessoas interessadas em aprender como tornar uma habitação sustentável a partir das diretrizes apontadas pelo documento.
Os empreendimentos serão avaliados segundo as categorias descritas abaixo:
- Implantação: controle de erosão, sedimentação e poeira na obra; seleção do terreno; paisagismo; redução de ilha de calor; controle e gerenciamento de águas pluviais; controle de pragas e doenças;
- Uso Racional da Água: medição e gerenciamento do consumo de água fria; sistemas de irrigação eficientes;
- Energia e Atmosfera: atendimento aos pré-requisitos descritos pelo PROCEL Edifica; iluminação natural; energia renovável; otimização do desempenho energético; processos de medição e verificação.
- Materiais e Recursos: aspectos como gerenciamento de resíduos, uso de madeira legalizada e materiais ambientalmente preferíveis, entre outros;
- Qualidade Ambiental Interna: controle de emissão de gases de combustão, filtragem do ar exterior; acústica, etc;
- Requisitos Sociais: legalidade e qualidade da obra; acessibilidade universal, adoção de boas práticas para operação e manutenção;
- Inovação e Projeto: análise do ciclo de vida e gerenciamento da qualidade com foco na durabilidade; projeto integrado e planejamento etc.
- Créditos Regionais: levarão em conta as especificidades de cada região do país.
Economídia
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