A nova iniciativa utiliza, na verdade, a cidade como laboratório e não tem nada a ver com um laboratório tradicional de análises clínicas ou pesquisa. Nele qualquer pessoa pode discutir, vivenciar atividades e experimentar a cocriação de projetos voltados para inovação social.
O Translab é o primeiro laboratório cidadão ou living lab do Rio Grande do Sul e é aberto para as pessoas que queiram cruzar arte, ciência e tecnologia, a fim de transformar a vida na cidade, seja, por exemplo, em um projeto de mobilidade acessível, de design para inclusão etc.
“O Translab entende que os benefícios sociais acontecem quando o processo de inovação inicia e acontece pelas pessoas.
Para isso é preciso promover o fortalecimento do diálogo com as demais interfaces do governo, das corporações e universidades”, afirma Aron Litvin, um dos coordenadores do Translab.
“Um projeto de inovação social não deve ser confundido com voluntariado ou assistencialismo.
É importante pensar a estratégia de sustentabilidade econômica como um negócio”, adverte outro coordenador do laboratório, o psicólogo Daniel Caminha.
De acordo com ele, o foco no capital humano para soluções inovadoras vem ao encontro do aprender fazendo, da experimentação e do compartilhamento de conhecimento.
“A cultura maker é outro fator crucial do laboratório, por isso o Translab tem um espaço com estilo de atelier para criação livre e prototipação que acolhe processos de construção em madeira, plástico, papelão e equipamentos eletrônicos”, explica.
Entre os processos de imersão com teorias e práticas passando por planejamento e cocriação em busca de descobertas para o desenvolvimento de projetos no Translab, vale destacar os quatro projetos abaixo:
Paxart – oferece aprendizagem vivencial em arte urbana aplicando técnicas de pintura, grafite, murais, posters e colagens. Por exemplo, em um dos grupos, desenhou-se pelas paredes e muros da casa onde está o Translab e os alunos fizeram cartazes que depois foram colados pela cidade livremente.
A Pezito – grupo de caminhada que faz o trajeto casa/escola e vice-versa para crianças e adolescentes de 7 a 13 anos, sendo que além do guia, a família participa. A ideia é ampliar a convivência, aumentar os laços com o bairro, diminuir a obesidade infantil e o uso de carro.
Guif – um grupo de designers de produto ensina as pessoas a criarem mobiliário, no caso inicial e para leigos, banquinhos de madeira. Há noções de materiais, aplicação e o processo de design é totalmente aberto.
Raiz Urbana – incentiva a conscientização e produção de alimentos em ambiente urbano. Eles estão com um trabalho em uma escola pública (Escola Estadual de Ensino Fundamental Ivo Corseuil) bem interessante que a educação ecológica está em toda proposta pedagógica e toda comunidade escolar participa.
Há uma horta na escola e a consciência sobre a cadeia alimentar ampliou.
Para saber mais sobre o laboratório e participar das atividades, basta acompanhar pelo site da TransLab.
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