Prêmio atesta mais qualidade em empreendedores sociais brasileiros


Embora o número de inscrições tenham se mantido nas últimas edições, uma constatação dos organizadores do Prêmio Empreendedor Social, realizado pela Folha de S.Paulo e pela Fundação Schwab, e para a 3ª edição do Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro, iniciativa exclusiva da Folha mostra otimismo quanto ao futuro: 

“o aumento qualitativo notável, com grandes projetos na área socioambiental”.
Criadas pela reconhecer e dar visibilidade para os líderes que atuam de forma inovadora, sustentável e com forte impacto positivo na sociedade e em políticas públicas em áreas como agricultura, ambiente, cultura, desenvolvimento de negócios, educação, habitação e saúde, as premiações tornaram-se referências no setor social brasileiro.

“O crescimento qualitativo é medido com base no número de projetos altamente inovadores, sustentáveis e de forte impacto social direto, alcance e multiplicabilidade, critérios do prêmio. Tivemos, com isso, 25 semifinalistas de alto padrão segundo esses critérios em 2010 -e outros potenciais finalistas ficaram de fora. Eles serão convidados a participar novamente neste ano, contudo”, explica o editor-assistente, Cássio Aoqui, da Folha De S. Paulo.



Nas premiações, podem concorrer líderes de cooperativas, empresas sociais ou organizações não governamentais, além de pessoas físicas que executem iniciativas pioneiras, como a criação de um produto ou serviço ou a aplicação diferenciada de tecnologias já conhecidas. Neste ano, a pontuação também levará em conta os critérios perfil do empreendedor social (comprometimento, paixão e visão de futuro) e influências em políticas públicas.

Para 2011, segundo Aoqui, planeja-se um crescimento de inscrições de dois nichos: 1) empreendedores sociais com até três anos de atuação, para o Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro, que entra na terceira edição e se consolida como o principal prêmio no Brasil que revela iniciativas inovadoras em sua primeira fase de existência; 2) empresas ou negócios sociais, com fins lucrativos -em que o "core business" é a solução de um desafio socioambiental e o lucro é reinvestido em grande parte com esse fim.

O Empreendedor Social é promovido todos os anos pela Fundação Schwab, simultaneamente em 14 países e em cinco regiões (países da África, da África do Norte e do Oriente Médio, da América Latina, da Europa e Ásia). No Brasil, ocorre desde 2005, sempre com a Folha de S.Paulo como parceira exclusiva na realização. “O Brasil se destaca por bater recordes de inscrições ano após ano, trazendo a público o trabalho de centenas de empreendedores inovadores, que querem aperfeiçoar suas iniciativas, desejo que vai ao encontro de nossa missão”, afirma Mirjam Schoening, diretora-executiva da Fundação Schwab.

O outro concurso, o Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro, reconhece e promove talentos sociais que atuam há, no mínimo, um ano e, no máximo, três anos, de forma inovadora, e que precisem de mais visibilidade para atingir ou consolidar a sustentabilidade de sua iniciativa e multiplicar seu impacto positivo. Podem concorrer empreendedores de projetos recentes, mas com comprovado potencial em inovação, alcance e abrangência, multiplicação e impacto social. Neste ano, a pontuação também considerará o critério perfil do empreendedor social.

“A Folha reafirma seu papel pioneiro de investigar, descobrir e divulgar iniciativas que merecem ser amplamente conhecidas. Em 2011, com o aumento dos benefícios tanto para finalistas quanto para vencedores, os dois prêmios ficaram mais completos”, afirma Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha de S.Paulo.

Boom
Para a diretora da Ashoka Brasil, Monica de Roure, temos evidenciado, nos últimos 10 anos, um aumento crescente de organizações sociais atuantes no Brasil. Esse aumento se deve tanto por causas estruturais quanto sistêmicas. “Estruturalmente, o país tem apresentado um desenvolvimento acentuado nos setores privado e social, além de uma preocupação pública no estabelecimento de políticas públicas para geração de maior equidade econômica. Isto acaba por ter reflexo no grau de maturidade da sociedade civil”, acredita.

É de se esperar, na visão dela, que países que crescem economicamente junto com políticas de redistribuição, como tem sido o caso do Brasil, também colham os frutos desse avanço no grau de participação e organização de seus cidadãos, e, portanto, do setor social.
Sistemicamente, esse desenvolvimento do campo social tem permitido às organizações aprenderem umas com as outras e se fortalecerem, o que reflete no fato de acessarem com mais freqüência as oportunidades oferecidas para o setor, que só fazem crescer, e conseqüentemente aumentarem sua visibilidade. “Isso decorre também do maior espaço que assuntos de interesse público têm conquistado na agenda do setor privado e no dia a dia dos cidadãos”, argumenta.
Experiente no trabalho com empreendedores sociais, Monica ainda dá uma dica àqueles que participam desse tipo de premiação. “Uma recomendação importante é buscar aprender com o processo de seleção. Qualquer processo de seleção sério permite aos candidatos, independentemente dos resultados finais, colher aprendizados importantes ao longo do caminho. Se o candidato ou organização recusado estiver aberto para esse aprendizado e para a revisão crítica de seu trabalho que dele decorre, certamente estará mais apto para as próximas oportunidades. Se é que podemos falar em “caminho das pedras”, este seria o de se comprometer com uma curva pessoal de aprendizagem ao longo de todo o processo de maturidade de suas ideias de impacto social”.

Conheça mais sobre as primeirações, increva-se e conheça os finalistas das outras edições:
www.folha.com.br/empreendedorsocial.

Nenhum comentário: