Flashmob Sustentável – Experiência em Shopping analisa a importância do meio ambiente em nosso dia a dia
O programa Canadense Testé sur des humains fez um Flashmob super interessante em um shopping de Québec. A experiência se propôs a analisar a ação de pessoas comuns ao se depararem com uma garrafa esquecida ao lado de um lixo.
A idéia é bem bacana e o final do video é super divertido, assista acima e confira.
Tradução das informações contidas no video:
A cada ano 671.000 mil kg de plástico são produzidas no mundo.
A cada ano 400 milhões de garrafas e latas que poderiam ser recicladas em Quebec são destinadas a lixões.
Existem 18.000 peças de plástico flutuando em cada Km2 do oceano.
91% dos Quebequenses se preocupam com o meio ambiente
Fonte: Coletivo Verde.
Brasil centraliza debates sobre certificação AQUA
Processo inspirado em modelo francês, e que avalia construções sustentáveis, concorre com o sistema norte-americano LEED
Por: Altair Santos
A cidade de São Paulo sediou em março de 2011 a 2.ª Conferência Internacional sobre o Processo AQUA (Alta Qualidade Ambiental). Os debates em torno da certificação da construção sustentável, criada na França, atraíram especialistas de todo o mundo. Do Brasil, esteve presente o professor Manuel Carlos Reis Martins, coordenador executivo do Processo AQUA da Fundação Vanzolini.
Em sua palestra, ele destacou os principais aspectos da certificação AQUA para edifícios habitacionais e edifícios em operação. Na entrevista a seguir, Manuel Martins explica as semelhanças e diferenças entre as certificações AQUA e LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), como está o avanço das construções sustentáveis no Brasil e quais os requisitos que um empreendimento deve ter para reivindicar o certificado. Confira:
O processo AQUA (Alta Qualidade Ambiental) se compara à certificação LEED? O que eles têm em comum e o que têm de diferente?
Eles têm em comum a ideia de avaliar a sustentabilidade da construção, em termos de impacto ao meio ambiente, conforto e saúde. Essa preocupação do LEED é a mesma preocupação do AQUA. Agora, a partir daí, eles são totalmente diferentes. O LEED foi desenvolvido nos Estados Unidos com base na experiência de construção americana e nas normas e legislações americanas, enquanto o AQUA, no modelo francês HQE (Haute Qualité Environnementale), que é um modelo anterior ao LEED, leva em conta o desempenho, ou seja, não é um modelo que requeira soluções de projetos pré-concebidos. Porque quando o critério é desempenho, você pode responder a este desempenho com uma solução de projeto adequada para aquele local. Então, a partir daí, a Fundação Vanzolini fez, com a ajuda dos professores da Engenharia de Construção Civil da Poli/USP, a adaptação para o Brasil do HQE francês, que resultou no AQUA. Ele contempla legislações, regulamentações, parâmetros de desempenho e características da construção no Brasil.
Eles têm em comum a ideia de avaliar a sustentabilidade da construção, em termos de impacto ao meio ambiente, conforto e saúde. Essa preocupação do LEED é a mesma preocupação do AQUA. Agora, a partir daí, eles são totalmente diferentes. O LEED foi desenvolvido nos Estados Unidos com base na experiência de construção americana e nas normas e legislações americanas, enquanto o AQUA, no modelo francês HQE (Haute Qualité Environnementale), que é um modelo anterior ao LEED, leva em conta o desempenho, ou seja, não é um modelo que requeira soluções de projetos pré-concebidos. Porque quando o critério é desempenho, você pode responder a este desempenho com uma solução de projeto adequada para aquele local. Então, a partir daí, a Fundação Vanzolini fez, com a ajuda dos professores da Engenharia de Construção Civil da Poli/USP, a adaptação para o Brasil do HQE francês, que resultou no AQUA. Ele contempla legislações, regulamentações, parâmetros de desempenho e características da construção no Brasil.
Daria para dizer que a certificação AQUA é mais rigorosa do que o LEED?
Veja, o processo americano avalia por pontos. Então, tem de fazer um determinado número de pontos para ser certificado. Isso quer dizer que o empreendedor pode escolher os pontos que ele quer fazer, independentemente do contexto do empreendimento. O fato de ele escolher os pontos significa que o empreendimento pode não sair tão coerente assim e, mesmo assim, atingir o que é requerido pela certificação. Já o AQUA é mais rigoroso. O AQUA tem de atender todos os critérios. Ele busca uma série de fatores, como o contexto do empreendimento, onde ele vai se inserir, o que é o empreendimento, como ele vai funcionar. Além disso, analisa o local do terreno, a questão econômica e legal do empreendimento.
Veja, o processo americano avalia por pontos. Então, tem de fazer um determinado número de pontos para ser certificado. Isso quer dizer que o empreendedor pode escolher os pontos que ele quer fazer, independentemente do contexto do empreendimento. O fato de ele escolher os pontos significa que o empreendimento pode não sair tão coerente assim e, mesmo assim, atingir o que é requerido pela certificação. Já o AQUA é mais rigoroso. O AQUA tem de atender todos os critérios. Ele busca uma série de fatores, como o contexto do empreendimento, onde ele vai se inserir, o que é o empreendimento, como ele vai funcionar. Além disso, analisa o local do terreno, a questão econômica e legal do empreendimento.
Como é feita a avaliação para se obter a certificação AQUA?
A avaliação do AQUA é feita por meio de auditorias presenciais pela Fundação Vanzolini e por um organismo independente de terceira parte, que faz uma avaliação local, presencial com o empreendedor. Outra diferença é que esta avaliação é feita nas fases principais do empreendimento: na concepção, que corresponde ao projeto, e na realização, que abrange o final da construção e a entrega. Na concepção, uma auditoria fornece um primeiro certificado. Quando concluídos os projetos, é feita uma nova auditoria e sai um novo certificado. O mesmo é feito na fase de realização e de entrega do empreendimento.
A avaliação do AQUA é feita por meio de auditorias presenciais pela Fundação Vanzolini e por um organismo independente de terceira parte, que faz uma avaliação local, presencial com o empreendedor. Outra diferença é que esta avaliação é feita nas fases principais do empreendimento: na concepção, que corresponde ao projeto, e na realização, que abrange o final da construção e a entrega. Na concepção, uma auditoria fornece um primeiro certificado. Quando concluídos os projetos, é feita uma nova auditoria e sai um novo certificado. O mesmo é feito na fase de realização e de entrega do empreendimento.
Os dois processos, LEED e AQUA, são concorrentes ou complementares?
Eles são concorrentes porque focalizam a sustentabilidade da construção, a avaliação da sustentabilidade da construção de forma diferente. O processo LEED, por exemplo, não tem critério para desempenho acústico. O AQUA tem. O AQUA também exige um sistema de gestão do empreendimento para que se garanta que os objetivos sejam de fato alcançados e controlados ao longo de todo o empreendimento. Então, com estas diferenças, eles não são complementares, pois se alguém desenvolve um projeto que atende o AQUA isso significa que este projeto identificou e atendeu todos os requisitos do AQUA e enfocou a sustentabilidade de maneira coerente e abrangente.
Eles são concorrentes porque focalizam a sustentabilidade da construção, a avaliação da sustentabilidade da construção de forma diferente. O processo LEED, por exemplo, não tem critério para desempenho acústico. O AQUA tem. O AQUA também exige um sistema de gestão do empreendimento para que se garanta que os objetivos sejam de fato alcançados e controlados ao longo de todo o empreendimento. Então, com estas diferenças, eles não são complementares, pois se alguém desenvolve um projeto que atende o AQUA isso significa que este projeto identificou e atendeu todos os requisitos do AQUA e enfocou a sustentabilidade de maneira coerente e abrangente.
Por que a certificação LEED é mais difundida do que a AQUA?
Porque começou antes. Eles começaram em 1995 no Brasil e nós lançamos o AQUA em 1998. Mas hoje já está equilibrando isso.
Porque começou antes. Eles começaram em 1995 no Brasil e nós lançamos o AQUA em 1998. Mas hoje já está equilibrando isso.
A certificação AQUA se baseia em 14 critérios de sustentabilidade distribuídos em quatro grandes temas: ecoconstrução, eco-gestão, conforto e saúde. Quais são esses 14 critérios?
Os critérios são os seguintes:
1- Em ecoconstrução você tem a categoria edifício e seu entorno, que requer que sejam cuidados todos os aspectos que garantam uma boa inserção do empreendimento: onde ele vai ser feito, o ambiente construído, a infraestrutura, os acessos, a conectividade urbana, ecossistema, enfim, tudo o que interage com o edifício e a própria vocação socioambiental do bairro.
2- Escolha integrada dos materiais, produtos e sistemas construtivos. Isso requer critérios de durabilidade compatível com a durabilidade da edificação, por que não tem sustentabilidade se não for durável. Aí, é preciso estar em conformidade com as normas técnicas, pois o sustentável tem que funcionar. Mas, ao mesmo tempo, precisa atender critérios de baixo impacto ambiental e de baixo impacto à saúde humana. Neste caso, inclui também a questão da formalidade da cadeia produtiva, já que a certificação veta recorrer à informalidade.
3- O terceiro item é o canteiro de obras de baixo impacto, em todos os sentidos: ruído, poeira, sujeira, visual, incômodos ao tráfego, etc.. Tem também redução de consumo de água e energia durante a obra, redução da duração de resíduos, destinação correta dos resíduos e eliminação ou redução de poluição de ar, água e solo.
4- No bloco ecogestão, há requisitos começando pela arquitetura e pela envoltória do edifício, de eficiência energética do edifício. Então começa pela arquitetura desenvolvida de modo a aproveitar melhor as condições bioclimáticas e passa pela escolha de sistemas prediais de baixo consumo, de melhor eficiência energética, sistemas de ventilação, sistemas de água e sistemas de climatização. Passa também pelo uso, quando viável, de energias alternativas locais. Se for demonstrado que economicamente é interessante usar energia solar, por exemplo, aí tem que usar energia solar ou para aquecer água. Enfim, é uma análise que depende do local.
5- Na categoria gestão da água, entra o aproveitamento de água de chuva e os sistemas economizadores em bacias, torneiras, chuveiros, que reduzem também o consumo. Tem ainda a gestão da retenção da água de chuva e da infiltração da água de chuva.
6- Sobre gestão dos resíduos de uso do edifício, é preciso um programa, já contemplado no projeto, que informe os fluxos, os locais e as cadeias locais de aproveitamento de resíduos, para que eles sejam conhecidos de antemão.
7- Manutenção do sistema que trata de facilidades de acesso, facilidades de manutenção, monitoramento dos sistemas de iluminação, de resfriamento, ventilação e outros e intervenções que causem menos impacto, tanto ao meio ambiente quanto as pessoas que estão usando o edifício.
8- Em conforto, existe o requisito de conforto térmico, que também começa pela arquitetura e sempre é olhado junto com outros itens, como, por exemplo, a questão da energia, sombreamento, ventilação e climatização.
9- Em conforto acústico, levam-se em consideração os isolamentos e o nível de ruído. Começa pela disposição do ambiente em termos arquitetônicos e passa também pelo formato dos materiais e pelos isolamentos.
10- Conforto visual, que leva em consideração requisitos de iluminação natural – os quais ajudam a economizar a energia – e requisitos de uma boa iluminação artificial, como uniformidade de luminância, temperatura de cor e ofuscamento. Tudo isso, o projeto de luminotécnica vai ter de atender.
11- Em conforto olfativo, que trata da identificação dos odores, da ventilação e do isolamento dos odores, sejam de fora, sejam de dentro, o ideal é ter uma ventilação que garanta as trocas de ar e possibilite um ambiente com boa qualidade do ar em termos de odor.
12- Requisitos de saúde, que levam em conta a qualidade sanitária dos ambientes, a minimização das fontes de ondas eletromagnéticas e a adequação dos ambientes, em termos de facilidade de limpeza para evitar o crescimento de fungos e bactérias.
13- Qualidade sanitária do ar, para identificar agentes poluição – tanto de fora quanto de dentro, se houver -, e tratar de isolar e ventilar para garantir as trocas de ar saudáveis.
14- Qualidade sanitária da água, que precisa atender requisitos que garantam a portabilidade da água, a separação das águas, como redes água não potável e redes de esgoto, e também a separação das redes de água quente e água fria, quando houver no empreendimento.
Os critérios são os seguintes:
1- Em ecoconstrução você tem a categoria edifício e seu entorno, que requer que sejam cuidados todos os aspectos que garantam uma boa inserção do empreendimento: onde ele vai ser feito, o ambiente construído, a infraestrutura, os acessos, a conectividade urbana, ecossistema, enfim, tudo o que interage com o edifício e a própria vocação socioambiental do bairro.
2- Escolha integrada dos materiais, produtos e sistemas construtivos. Isso requer critérios de durabilidade compatível com a durabilidade da edificação, por que não tem sustentabilidade se não for durável. Aí, é preciso estar em conformidade com as normas técnicas, pois o sustentável tem que funcionar. Mas, ao mesmo tempo, precisa atender critérios de baixo impacto ambiental e de baixo impacto à saúde humana. Neste caso, inclui também a questão da formalidade da cadeia produtiva, já que a certificação veta recorrer à informalidade.
3- O terceiro item é o canteiro de obras de baixo impacto, em todos os sentidos: ruído, poeira, sujeira, visual, incômodos ao tráfego, etc.. Tem também redução de consumo de água e energia durante a obra, redução da duração de resíduos, destinação correta dos resíduos e eliminação ou redução de poluição de ar, água e solo.
4- No bloco ecogestão, há requisitos começando pela arquitetura e pela envoltória do edifício, de eficiência energética do edifício. Então começa pela arquitetura desenvolvida de modo a aproveitar melhor as condições bioclimáticas e passa pela escolha de sistemas prediais de baixo consumo, de melhor eficiência energética, sistemas de ventilação, sistemas de água e sistemas de climatização. Passa também pelo uso, quando viável, de energias alternativas locais. Se for demonstrado que economicamente é interessante usar energia solar, por exemplo, aí tem que usar energia solar ou para aquecer água. Enfim, é uma análise que depende do local.
5- Na categoria gestão da água, entra o aproveitamento de água de chuva e os sistemas economizadores em bacias, torneiras, chuveiros, que reduzem também o consumo. Tem ainda a gestão da retenção da água de chuva e da infiltração da água de chuva.
6- Sobre gestão dos resíduos de uso do edifício, é preciso um programa, já contemplado no projeto, que informe os fluxos, os locais e as cadeias locais de aproveitamento de resíduos, para que eles sejam conhecidos de antemão.
7- Manutenção do sistema que trata de facilidades de acesso, facilidades de manutenção, monitoramento dos sistemas de iluminação, de resfriamento, ventilação e outros e intervenções que causem menos impacto, tanto ao meio ambiente quanto as pessoas que estão usando o edifício.
8- Em conforto, existe o requisito de conforto térmico, que também começa pela arquitetura e sempre é olhado junto com outros itens, como, por exemplo, a questão da energia, sombreamento, ventilação e climatização.
9- Em conforto acústico, levam-se em consideração os isolamentos e o nível de ruído. Começa pela disposição do ambiente em termos arquitetônicos e passa também pelo formato dos materiais e pelos isolamentos.
10- Conforto visual, que leva em consideração requisitos de iluminação natural – os quais ajudam a economizar a energia – e requisitos de uma boa iluminação artificial, como uniformidade de luminância, temperatura de cor e ofuscamento. Tudo isso, o projeto de luminotécnica vai ter de atender.
11- Em conforto olfativo, que trata da identificação dos odores, da ventilação e do isolamento dos odores, sejam de fora, sejam de dentro, o ideal é ter uma ventilação que garanta as trocas de ar e possibilite um ambiente com boa qualidade do ar em termos de odor.
12- Requisitos de saúde, que levam em conta a qualidade sanitária dos ambientes, a minimização das fontes de ondas eletromagnéticas e a adequação dos ambientes, em termos de facilidade de limpeza para evitar o crescimento de fungos e bactérias.
13- Qualidade sanitária do ar, para identificar agentes poluição – tanto de fora quanto de dentro, se houver -, e tratar de isolar e ventilar para garantir as trocas de ar saudáveis.
14- Qualidade sanitária da água, que precisa atender requisitos que garantam a portabilidade da água, a separação das águas, como redes água não potável e redes de esgoto, e também a separação das redes de água quente e água fria, quando houver no empreendimento.
O senhor, recentemente, palestrou sobre os aspectos da certificação AQUA para edifícios habitacionais e edifícios em operação. Como ela se aplica nestas obras?
Dos edifícios habitacionais você faz uma análise do local, faz uma análise do empreendimento, programa o que vai ser o empreendimento e identifica as 14 categorias de desempenho. Verifica em quais dará para chegar no bom, no superior ou no excelente. Justifica este perfil e define um sistema de gestão para garantir que no desenvolvimento dos projetos e na execução da obra este perfil vai se concretizar. Feito isso, realiza-se uma primeira avaliação e uma auditoria de certificação AQUA pela Fundação Vanzolini. Elas vão avalizar o sistema de gestão e detalhar os princípios de projeto para se atingir o desempenho em uso de energia, em uso da água e em conforto térmico, por exemplo. Para isso, é preciso detalhar no projeto os cálculos, os modelos matemáticos, as definições de materiais, os dimensionamentos dos ambientes, entre outros. Detalha-se o projeto inteiro, mostrando que ele vai resultar no nível de desempenho proposto pelo programa. No final, a Fundação Vanzolini faz outra auditoria e emite um certificado com as três fases preenchidas: programa, concepção e realização. Aí, se tem o empreendimento habitacional com o certificado de todas as fases. O certificado da fase programa pode ser usado no lançamento do empreendimento. O de concepção significa que o projeto deu corpo àquelas diretrizes fundamentadas no programa. E o de realização quer dizer que a sua obra ficou como era para ficar, atendendo o AQUA nos níveis propostos.
Dos edifícios habitacionais você faz uma análise do local, faz uma análise do empreendimento, programa o que vai ser o empreendimento e identifica as 14 categorias de desempenho. Verifica em quais dará para chegar no bom, no superior ou no excelente. Justifica este perfil e define um sistema de gestão para garantir que no desenvolvimento dos projetos e na execução da obra este perfil vai se concretizar. Feito isso, realiza-se uma primeira avaliação e uma auditoria de certificação AQUA pela Fundação Vanzolini. Elas vão avalizar o sistema de gestão e detalhar os princípios de projeto para se atingir o desempenho em uso de energia, em uso da água e em conforto térmico, por exemplo. Para isso, é preciso detalhar no projeto os cálculos, os modelos matemáticos, as definições de materiais, os dimensionamentos dos ambientes, entre outros. Detalha-se o projeto inteiro, mostrando que ele vai resultar no nível de desempenho proposto pelo programa. No final, a Fundação Vanzolini faz outra auditoria e emite um certificado com as três fases preenchidas: programa, concepção e realização. Aí, se tem o empreendimento habitacional com o certificado de todas as fases. O certificado da fase programa pode ser usado no lançamento do empreendimento. O de concepção significa que o projeto deu corpo àquelas diretrizes fundamentadas no programa. E o de realização quer dizer que a sua obra ficou como era para ficar, atendendo o AQUA nos níveis propostos.
E para os edifícios em operação?
Os edifícios em operação exigem um diagnóstico diferente. Primeiro, é preciso verificar se eles têm uma qualidade ambiental intrínseca que permita atingir os níveis de desempenho do AQUA. É preciso um inventário, para ver como eles estão em termos de segurança, rede elétrica, proteção contra incêndios, segurança estrutural, acessibilidade e outros. Com base nesta primeira avaliação, o empreendedor define qual vai ser o perfil de desempenho e o sistema de gestão. Neste caso, diferente do sistema de gestão da execução da obra, que envolve outros atores, como projetistas, construtores e empreiteiros. Agora, prevalece a gestão de uso e os atores são administradores prediais, gestores de facilites e os próprios condôminos. Tudo isso pode ser feito em duas fases. Uma que diagnostica se é possível atingir um perfil de desempenho e estabelecer um sistema de gestão. Essa etapa vai medir durante um ano os registros de desempenho de energia, de água, de conforto e outros. Aí ocorre a segunda avaliação, que permite a certificação final da operação. Feito isso, a Fundação Vanzolini passa a acompanhar anualmente este edifício para manter a certificação, verificando se ele preserva e melhora seus desempenhos.
Os edifícios em operação exigem um diagnóstico diferente. Primeiro, é preciso verificar se eles têm uma qualidade ambiental intrínseca que permita atingir os níveis de desempenho do AQUA. É preciso um inventário, para ver como eles estão em termos de segurança, rede elétrica, proteção contra incêndios, segurança estrutural, acessibilidade e outros. Com base nesta primeira avaliação, o empreendedor define qual vai ser o perfil de desempenho e o sistema de gestão. Neste caso, diferente do sistema de gestão da execução da obra, que envolve outros atores, como projetistas, construtores e empreiteiros. Agora, prevalece a gestão de uso e os atores são administradores prediais, gestores de facilites e os próprios condôminos. Tudo isso pode ser feito em duas fases. Uma que diagnostica se é possível atingir um perfil de desempenho e estabelecer um sistema de gestão. Essa etapa vai medir durante um ano os registros de desempenho de energia, de água, de conforto e outros. Aí ocorre a segunda avaliação, que permite a certificação final da operação. Feito isso, a Fundação Vanzolini passa a acompanhar anualmente este edifício para manter a certificação, verificando se ele preserva e melhora seus desempenhos.
Empreendimentos voltados para o programa Minha Casa, Minha Vida têm condições de atender a certificação AQUA?
Hoje temos um empreendimento em São Paulo que já se certificou na fase programa habitacional para faixa de três a dez salários mínimos. É perfeitamente viável.
Hoje temos um empreendimento em São Paulo que já se certificou na fase programa habitacional para faixa de três a dez salários mínimos. É perfeitamente viável.
Em termos de empreendimentos sustentáveis, como o Brasil se posiciona no mundo?
França, Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos, Japão e Austrália têm mais porque eles começaram antes. Eu visitei a Austrália em 1994 e eles já estavam fazendo. Na França, o nosso parceiro habitacional Cercol começou em 1992. Os americanos e os alemães começaram em 1990. Mas o Brasil está com um desenvolvimento rápido. Hoje, aliás, o país já tem mais empreendimentos com certificação AQUA do que LEED. São 29 edifícios certificados e um conjunto de 80 casas.
França, Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos, Japão e Austrália têm mais porque eles começaram antes. Eu visitei a Austrália em 1994 e eles já estavam fazendo. Na França, o nosso parceiro habitacional Cercol começou em 1992. Os americanos e os alemães começaram em 1990. Mas o Brasil está com um desenvolvimento rápido. Hoje, aliás, o país já tem mais empreendimentos com certificação AQUA do que LEED. São 29 edifícios certificados e um conjunto de 80 casas.
Entrevistado
Professor Manuel Carlos Reis Martins, coordenador executivo do Processo AQUA da Fundação Vanzolini.
Currículo
- Coordenador Executivo da Certificação da Construção Sustentável (Processo AQUA)
- Coordenador Técnico da Certificação de Sistemas de Gestão Ambiental ISO 14000 e auditor-líder de Sistemas de Gestão da Qualidade, Meio Ambiente, Segurança e Saúde Ocupacional e Responsabilidade Social da Fundação Vanzolini
- Professor de Sistemas de Gestão Integrada dos cursos de pós-graduação na FIA/FEA-USP e IEE-USP
- Engenheiro civil pela Escola Politécnica da USP e Ph.D pelo Imperial College – London University
- Especialização em Processo AQUA – Construção Sustentável (HQE Francês) – e Gestão (Brasil, França e Japão)
Contato: comunicacao@vanzolini.org.br / karina@ateliedetextos.com.br (assessoria de imprensa)
Professor Manuel Carlos Reis Martins, coordenador executivo do Processo AQUA da Fundação Vanzolini.
Currículo
- Coordenador Executivo da Certificação da Construção Sustentável (Processo AQUA)
- Coordenador Técnico da Certificação de Sistemas de Gestão Ambiental ISO 14000 e auditor-líder de Sistemas de Gestão da Qualidade, Meio Ambiente, Segurança e Saúde Ocupacional e Responsabilidade Social da Fundação Vanzolini
- Professor de Sistemas de Gestão Integrada dos cursos de pós-graduação na FIA/FEA-USP e IEE-USP
- Engenheiro civil pela Escola Politécnica da USP e Ph.D pelo Imperial College – London University
- Especialização em Processo AQUA – Construção Sustentável (HQE Francês) – e Gestão (Brasil, França e Japão)
Contato: comunicacao@vanzolini.org.br / karina@ateliedetextos.com.br (assessoria de imprensa)
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
Fonte: Cimento Itambé
Software calcula efeitos do circuito elétrico sobre o meio ambiente
Manual sobre dimensionamento econômico e ambiental complementa projeto do Procobre para redução de CO² e economia de energia.
A FIEE Elétrica 2011 – 26ª Feira Internacional da Indústria Elétrica, Energia e Automação está prestes a começar, sempre com foco na apresentação das tendências de consumo e inovações do setor. Paralelo ao evento, o Procobre – Instituto Brasileiro do Cobre, tem desenvolvido materiais de divulgação e produtos com o objetivo de demonstrar a efetividade do dimensionamento elétrico para economia de energia e redução da emissão de CO²
Entre os projetos estão a apresentação de um software que dimensiona os circuitos levando em conta aspectos de economia de energia eos efeitos deste dimensionamento sobre o meio ambiente. De acordo com o engenheiro eletricista e consultor do Procobre Hilton Moreno, responsável pelo programa e também pela elaboração do Manual “Dimensionamento Econômico e Ambiental de Condutores Elétricos”, as mais significativas emissões de CO² num sistema elétrico são produzidas quando os condutores estão sendo utilizados no transporte de energia elétrica. Um só circuito elétrico, sob certas condições, pode ser responsável pela emissão indireta de milhares de quilos de CO2 na atmosfera no decorrer de alguns anos.
“Desenvolvido pelo Instituto Brasileiro do Cobre – Procobre, o software é direcionado para profissionais envolvidos com instalações elétricas interessados em dimensionar circuitos elétricos com condutores de cobre de baixa tensão até 1.000 volts pelos critérios de dimensionamento econômico descritos na NBR 15920 da ABNT e ambiental”, explica Moreno.
Além do software, o manual desenvolvido em 2010 traz os critérios de dimensionamento econômico para todos os tipos de instalação elétrica de baixa tensão, tanto prediais ou comerciais quanto industriais ou nas redes públicas de distribuição de energia.
Tanto o software quanto os manuais estão disponíveis para download gratuito pelo site do Leonardo Energy Brasil, mantido pelo Procobre:
Perfil- O Procobre – Instituto Brasileiro do Cobre é uma instituição sem fins lucrativos cuja missão é a promoção do uso do cobre, impulsionando a pesquisa, o desenvolvimento sustentável de novas aplicações e difundindo sua contribuição para uma melhor qualidade de vida e progresso da sociedade. O Procobre faz parte da ICA - Internacional Copper Association, com sede em Nova Iorque encarregada de liderar a promoção do cobre mundialmente.
Fonte: Portal Fator Brasil
Copa 2014 - Algumas iniciativas já foram colocadas em prática, mas ainda resta muito a fazer
Ao discursar na África do Sul em julho de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi categórico:
- Faremos uma Copa verde como as nossas florestas.
- Faremos uma Copa verde como as nossas florestas.
Menos de um ano depois, já é possível notar alguns esforços para fazer do desejo de Lula uma realidade. Os projetos de melhoria da qualidade da obra dos estádios que receberão jogadores e turistas devem seguir uma linha de redução de impacto ambiental. Alguns já confirmaram a captação da água da chuva e o uso de placas solares. Outros, aproveitam a etapa das obras para doar cadeiras antigas para estádios menores e comercializar material de demolição. Ainda assim, o desejo do coordenador da temática nacional de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Copa de 2014, Claudio Langone, quer mais:
- A ideia é que os visitantes sintam a preocupação socioambiental.
Os organizadores da Copa do Mundo no Brasil tem plena consciência da amplitude do evento, considerado um dos mais televisionados do mundo. Por isso mesmo, desejam que as ações verdes apostadas possam ser vistas mundo afora.
Para alcançar os principais objetivos - mobilizar a sociedade, garantir um legado verde para o país e articular a sustentabilidade como política de inclusão social - será preciso trabalhar bastante. Grande parte dos planos estão definidos, a maioria das arenas está com obras em andamento e muitas buscam certificações ambientais como o LEED - Green Building Council. A grande questão é que grande parte do planejado começa a se desenvolver agora e alcançar a sensibilização dos visitantes e a mobilização dos brasileiros exige esforço.
Um bom exemplo vem da Grã-Bretanha. Com um plano de metas rigoroso e uma equipe que fiscaliza cada etapa do processo o país quer garantir que a Olimpíada de 2012 seja efetivamente considerada verde.
- Foi prometido que seriam os Jogos Olímpicos mais sustentáveis da história. À época, perceberam que sustentabilidade é algo difícil de se definir, e que muita coisa é falada sobre o assunto, mas, às vezes, muito pouco é realmente feito. Por enquanto, estamos de acordo que a comissão tem sido um sucesso - afirma Shaun McCarthy, coordenador da Commission for a Sustainable London 2012 (Comissão para uma Londres 2012 Sustentável).
O investimento em estádios com alta qualidade e baixo impacto é uma delas. Por isso, o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) lançou o programa BNDES ProCopa Arenas que deve financiar parte das obras desde que padrões de redução do impacto sejam respeitados.
Estados como Amazonas, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro já formalizaram seus pedidos. Mesmo assim, para receber o dinheiro, será preciso cumprir três condições básicas estabelecidas pelo banco: sustentabilidade econômica pós-Copa, padrões construtivos e de gestão adequados ao uso dos recursos ambientais e adequação ao entorno do estádio.
- Licenciamento ambiental não é diferencial, precisamos ir além - diz Claudio Langone, coordenador da temática nacional de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Copa de 2014.
Um projeto semelhante, chamado BNDES ProCopa Turismo, também deve estimular a construção de hotéis com características verdes ou eficiência energética. Nesse caso, o grande diferencial é o prazo extenso de pagamento e a exigência de certificações aceitas pelo Inmetro, como o Procel Edifica.
Outra ideia importante, mas que ainda está no começo, é o inventário de carbono dos jogos. Está nos planos calcular os gases do efeito estufa emitidos pelas atividades executadas aqui, exceto os que provêm de viagens aéreas. O modo como será feito a compensação – plantio de árvores ou compra de créditos de carbono, por exemplo – também não está definido.
Fonte: NOSSO MUNDO SUSTENTÁVEL
Philips transfere atividades para escritório sustentável e implementa jeito inovador de trabalhar
Com meta de se tornar empresa líder de saúde e bem-estar, a Philips implementou o conceito Workplace Innovation que estimula a integração das pessoas, o uso de tecnologia de ponta e proporciona mais qualidade de vida, tudo aliado a sustentabilidade das atividades
São Paulo, Brasil - A Philips oferece em seu portifólio produtos nas áreas de iluminação, cuidados com a saúde e consumo e estilo de vida, que visam proporcionar saúde e bem-estar às pessoas. Em linha com o objetivo de ser líder em saúde e bem-estar, a Philips do Brasil apresenta sua maneira inovadora de trabalhar dentro do conceito Workplace Innovation (WPI). O objetivo desse conceito é tornar o ambiente de trabalho um local onde as pessoas tenham todas as condições de trabalhar de maneira inteligente, eficiente, sustentável e ao mesmo tempo com mais qualidade de vida.
Por meio do design e de uma nova filosofia de gestão a Philips revoluciona a sua forma de trabalhar, proporcionando equilíbrio entre a vida pessoal e profisisonal. Tudo para alinhar ainda mais o seu dia-a-dia á sua missão de ser a empresa líder em saúde e bem-estar. Não ter mais estação de trabalho fixa, interagir com as diversas áreas da empresa, conscientizar-se para o uso do squeeze em vez do copinho plástico, usufruir de espaços diferenciados para as atividades diárias, contar com tecnologia de ponta para a comunicação, imprimir menos papel, horários flexíveis e home office como opção de trabalho, escolher a escada em vez do elevador. Essas são algumas das características da nova realidade de trabalho da Philips. Um conceito global desenvolvido especialmente para a empresa, que estimula seus funcionários a transformar, por completo, a forma de executar as atividades e a viver a sustentabilidade todos os dias. Essa mudança acontece mundialmente e o Brasil é um dos 7 países, único da América Latina, que já adotou o WPI. Os outros países que já o adotaram são: EUA, Turquia, Holanda, China, Índia e Suécia. Outros 36 projetos estão em desenvolvimento em todo o mundo, seguindo guidelines de sustentabilidade, inovação e mobilidade.
O projeto brasileiro proporciona uma estrutura moderna que contempla um novo escritório – modelo único na América Latina - tecnologias que permitem integração total entre todas as equipes, tanto do Brasil quanto do exterior, e critérios de sustentabilidade que visam à certificação da Leed (Leadership in Energy and Environmental Design), da US Green Building Council, na categoria escritório verde. Todo o trabalho de implementação do WPI busca o equilíbrio de três pilares fundamentais: Pessoas, Ambiente e Tecnologia, ingredientes fundamentais para uma receita equilibrada de produtividade e qualidade de vida.
“O WPI é um dos principais pilares para nos ajudar a atingir a meta de nos tornarmos uma empresa líder em saúde e bem-estar. A Philips adotou novos conceitos que reforçam o foco em sustentabilidade, inovação e mobilidade e tem como principal expectativa a prática desses princípios. Nosso maior desejo é proporcionar bem-estar aos nossos funcionários, clientes e parceiros, estimular a consciência e a responsabilidade socioambiental, mostrar que é possível atuar no mercado de trabalho com muita competitividade, porém com respeito aos nossos valores. Queremos que cada um faça sua parte dentro e fora da empresa, contribuindo para um planeta melhor e mais sustentável”, afirma o presidente da Philips do Brasil, Marcos Bicudo.
Na prática, as mudanças foram incorporadas meses antes da mudança, com treinamentos e preparação dos funcionários para a nova realidade, limpeza geral do escritório antigo – reciclando toneladas de papel – e construção do escritório em si, uma obra limpa, onde tudo foi feito de maneira adequada, visando a economia de recursos e descarte adequado de materiais. Os cuidados com cada detalhe foram minuciosos, 35 espaços foram analisados antes da escolha final. Fatores como a localização, o suporte de tecnologias e as rotas para o transporte ajudaram a determinar a escolha do novo escritório, que agora está no Castelo Branco Office Park, em Barueri (SP).
São oito mil m2 distribuídos por quatro andares. Não há mais diferenciação estrutural hierárquica e poucas pessoas têm estações de trabalho fixas, o que permitirá ao funcionário integração com todas as equipes e flexibilidade de trabalhar no espaço que melhor lhe for útil para determinada atividade, inclusive em casa, se for necessário. Um dos andares é dedicado aos serviços, como agência bancária, ambulatório, Espaço Mais Vida (relaxamento e massagem), salas de treinamentos e lanchonete.
Os projetos de arquitetura, iluminação e tecnologia foram as principais ferramentas que permitiram a implementação do conceito WPI da Philips. O novo espaço foi desenvolvido com foco na necessidade dos usuários. Os ambientes de trabalho foram dimensionados, iluminados e mobiliados de acordo com a atividade que será realizada naquele local. O projeto de iluminação contempla o que há de mais moderno no portfólio mundial da Philips. Os recursos têm iluminação com LEDs, sensores de presença e sistemas de luz dinâmica que permitem uma ambientação personalizada capaz de simular diversas variações de luminosidade. As luminárias aplicadas são de design futurista, algumas inéditas no Brasil, e permitem, além da sensação de bem-estar para o trabalho, a economia eficiente de energia.
Para garantir os princípios de mobilidade, flexibilidade e produtividade, a Philips disponibiliza aos funcionários uma série de recursos tecnológicos. Há um sistema de conexão completa (seja por e-mail, compartilhamento de dados, comunicador interno, webmeetings (Connect Meeting e Connect Webmeeting) e conexões para chamadas telefônicas. Assim, fica ainda mais fácil localizar todos da empresa. Há ainda internet sem fio em todos os andares, acesso ao prédio simplificado com cartão inteligente, telefone celular, aplicações para chamadas VoIP gratuitas para chamadas de PC para PC e reuniões virtuais. Além disso, a empresa possui sistema de impressão e digitalização de arquivos central, que estimulará a redução de impressões de uma forma geral, economizando o uso de papel e estimulando uma rotina sustentável.
O novo ambiente de trabalho, além de ser um show case da empresa, reforças um valor essencial da Philips que é depender um dos outros. A liberdade , a responsabilidade e busca por resultados excelentes fazem parte do conceito do novo escritório da organização.
Sobre a Philips do Brasil
A Philips do Brasil é uma subsidiária da Royal Philips Electronics da Holanda e atua no País há 86 anos. Líder dos mercados locais de eletroeletrônicos, eletrodomésticos portáteis, produtos para cuidados pessoais, lâmpadas, aparelhos de raio X e sistemas de monitoramento de pacientes. Outras informações para a imprensa estão disponíveis no site da Philips do Brasil: www.philips.com.br.
Sobre a Royal Philips Electronics
A Royal Philips Electronics da Holanda (NYSE: PHG, AEX: PHI) é uma empresa diversificada de saúde e bem-estar, com foco em melhorar a vida das pessoas por meio de inovações oportunas. Líder global em cuidados com a saúde, estilo de vida e iluminação, a Philips integra tecnologia e design ao prover soluções para as pessoas, baseadas fundamentalmente em pesquisas com consumidores e na promessa de marca “sense and simplicity”. Com sede na Holanda, a Philips emprega aproximadamente 116 mil funcionários em mais de 60 países. Com um volume de vendas de 23 bilhões de euros em 2009, a empresa é líder de mercado em soluções para cuidados cardíacos, cuidados com a saúde em casa, soluções eficientes em iluminação e novas aplicações de iluminação, bem como em produtos de consumo e estilo de vida para o bem-estar pessoal, com forte posicionamento em flat TV, barbeadores elétricos, entretenimento portátil e saúde bucal. Mais informações sobre a Philips podem ser encontradas no site www.philips.com/newscenter.
Informações para a Imprensa:
Philips – Assessoria de Imprensa
Ketchum Estratégia/OneVoice
Juliana Wruck / juliana.wruck@ketchum.com.br (11) 5090-8924
Ana Carolina Garcia / ana.garcia@ketchum.com.br (11) 5090-8912
Fabrício Costa / fabricio.costa@ketchum.com.br (11) 5090-8948
Brasileiros criam superplástico com abacaxi e banana
Redação do Site Inovação Tecnológica
Os bioplásticos feitos com nanocelulose extraída do abacaxi são 30 vezes mais leves e de 3 a 4 vezes mais fortes do que os plásticos usados nos carros hoje.[Imagem: Mikael Ankerfors]
Cientistas brasileiros querem que os chamados "carros verdes" - carros ambientalmente corretos, ou menos ambientalmente danosos do que os atuais - tenham o verde guardado fundo em suas fibras mais íntimas.
Alcides Leão e seus colegas da USP desenvolveram uma técnica para usar fibras de abacaxi, banana e outras plantas em uma nova geração de plásticos automotivos.
Superplásticos de plantas
Os plásticos compósitos à base de plantas são mais fortes e mais leves do que os atuais - e mais ambientalmente corretos, por dispensarem uma parte do material à base de petróleo.
Segundo Leão, as fibras retiradas do abacaxi e da banana parecem ser frágeis, mas, quando testadas na forma de fibras de nanocelulose, elas são extremamente fortes - quase tanto quanto o famoso Kevlar, usado na fabricação de roupas à prova de bala.
Com a vantagem de que, ao contrário do Kevlar e de outros plásticos tradicionais, que são feitos de matérias-primas oriundas do petróleo e do gás natural, as fibras de nanocelulose são completamente renováveis.
"As propriedades desses plásticos são incríveis," disse Leão. "Eles são leves, mas muito fortes - 30 vezes mais leves e de 3 a 4 vezes mais fortes. Nós acreditamos que uma grande variedade de peças de automóveis, incluindo painéis, pára-choques e painéis laterais, será feita de nanofibras de frutas no futuro."
E em um futuro próximo: segundo Leão, os superplásticos à base de nanocelulose poderão estar no mercado dentro de dois anos.
Além do aumento na segurança, os bioplásticos permitirão a redução do peso do veículo, com um ganho direto na economia de combustível.
O pesquisador brasileiro cita ainda outras vantagens. Segundo ele, os plásticos com as nanofibras de frutas incorporadas têm maior resistência a danos causados pelo calor e por derramamento de líquidos, como a gasolina.
Nanocelulose
A celulose é o material básico que forma a madeira e outras partes das plantas.
Suas fibras, em suas dimensões naturais, têm sido usadas na fabricação de papel há séculos.
Mais recentemente, os cientistas descobriram que o processamento intensivo da celulose libera fibras extremamente pequenas, a chamada nanocelulose - fibras com comprimentos na faixa dos nanômetros, ou bilionésimos de metro.
Estas nanofibras são tão pequenas que seria necessário colocar 50.000 delas enfileiradas para cobrir o diâmetro de um fio de cabelo humano.
Assim como as fibras de vidro e fibras de carbono, as fibras de nanocelulose podem ser adicionadas às matérias-primas usadas na fabricação do plástico, gerando plásticos reforçados que são mais fortes e mais duráveis.
Nanofibras
Leão afirma que as folhas e caules de abacaxi são mais promissores como fonte de nanocelulose do que a madeira comum.
Outras fontes adequadas de nanocelulose estudadas pelo grupo são o curauá (Ananás Erectifolius)), um parente do abacaxi, a banana, a casca de coco e o sisal.
Para preparar as nanofibras, os cientistas colocaram as folhas e caules de abacaxi ou das demais plantas em um equipamento parecido com uma panela de pressão.
O "molho" é formado por um conjunto de compostos químicos, e o cozimento é feito em vários ciclos, até produzir um material fino, parecido com o talco.
O processo é caro, mas é necessário apenas um quilograma de nanocelulose para produzir 100 quilogramas de plásticos leves e super-reforçados.
"Por enquanto nós estamos focando na substituição dos plásticos automotivos," disse Leão. "Mas no futuro poderemos substituir peças automotivas hoje feitas de aço ou alumínio usando esses materiais à base de nanocelulose de plantas."
Brasil bate recorde de participação na Hora do Planeta
A Hora do Planeta aconteceu no último sábado (26) e durante uma hora monumentos e casas em todo o mundo mantiveram suas luzes apagadas.
No Brasil os destaques ficaram por conta de importantes pontos turísticos, como o Cristo Redentor, no Rio, e a Ponte Octávio Frias de Oliveira, em São Paulo.
O evento começou a ocorrer em 2007, na Austrália, e desde então tem conquistado cada vez mais participantes espalhados pelos mais diversos locais do mundo. Em 2011, a ONG ambiental WWF, que organiza a mobilização, conseguiu o apoio de 3.800 cidades, em 134 países, que mantiveram apagadas as luzes de diversos monumentos, entre as 20h30 e 21h30.
A Hora do Planeta acontece para mostrar, mobilizar e conscientizar as pessoas da importância da luta contra as mudanças climáticas. Quanto maior o número de participantes, maior é também a demonstração de que o mundo está preocupado com os impactos das ações humanas na natureza.
As grandes cidades brasileiras apoiaram o evento e mantiveram as luzes de lugares como o a Esplanada dos Ministérios e o Palácio do Planalto, em Brasília, o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, no Rio, a Ponte Estaiada, o Obelisco e o Teatro Municipal, em São Paulo, apagadas.
A ação foi repetida em casas, empresas e até mesmo em reuniões religiosas espalhadas por 127 municípios brasileiros que se comprometeram em apoiar a ideia e colaboraram para que o país batesse o recorde de participantes.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, juntamente com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Minc, desligou as luzes da capital carioca e participou de uma homenagem feita às vítimas das enchentes no estado do Rio de Janeiro.
“Hoje, o Brasil está se juntando a mais de cem países no mundo para mostrar a necessidade de cuidar do planeta. A proteção do meio ambiente é vida e o povo brasileiro pode modificar a realidade atual de degradação. Depende de vocês e de todos nós”, declarou a ministra durante a sua participação no evento.
"A participação de pessoas, organizações e governos na Hora do Planeta é um gesto concreto em direção à sustentabilidade. Significa que todos estão preocupados e atentos ao aquecimento global e que queremos fazer a nossa parte pelo direito de nossos filhos e netos herdarem um planeta habitável", finalizou a secretária geral da rede WWF-Brasil, Denise Hamú.
Com informações da WWF.
Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável
Guilherme Gorgulho - Inovação Unicamp
Economia verde
Economia verde
A busca de um novo modelo econômico de baixo carbono, baseado no melhor aproveitamento dos recursos naturais, exigirá um investimento anual de mais de US$ 1,3 trilhão, ou 2% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, em dez setores estratégicos, até a metade do século XXI.
O relatório Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), mensura o peso que as políticas públicas terão no fomento de novas tecnologias nos próximos 40 anos e atribui à iniciativa privada a maior parte da responsabilidade desse investimento.
Segundo o PNUMA, políticas adotadas nas últimas três décadas para garantir um crescimento econômico aliado à eficiência energética e ao menor consumo de recursos naturais produziram resultados "modestos demais" em termos de promoção da transição para a chamada "economia verde".
A ONU defende a necessidade de investimentos intensivos nas áreas de agricultura, indústria, energia, água, edifícios, gestão de resíduos, pesca, silvicultura, turismo e transportes.
O relatório indica que o crescimento mundial da economia nesse cenário mais "verde" seria maior do que o registrado no atual modelo econômico, apesar do conceito disseminado que opõe desenvolvimento a sustentabilidade ambiental.
"Em uma transição para uma economia verde, serão criados novos empregos que, ao longo do tempo, superarão as perdas de empregos da economia marrom [de alta emissão de carbono]", diz o documento.
Menos subsídios para a economia marrom
Desse montante de US$ 1,3 trilhão, a maioria dos recursos deverá ser oriunda do capital privado, apesar do importante papel atribuído ao setor público na definição de políticas de fomento dessas tecnologias.
Cabe aos governos, de acordo com o documento, principalmente direcionar os esforços para fomentar o aprimoramento dos setores-chave e redimensionar estratégias que estimulam financeiramente segmentos ligados à economia de alta emissão de carbono. "Corrigir subsídios onerosos e prejudiciais em todos os setores abriria espaço fiscal e liberaria recursos para a transição para uma economia verde." O PNUMA calcula que o fim dos subsídios destinados a apenas quatro setores (energia, água, pesca e agricultura) traria uma economia anual de 1% a 2% do PIB global.
Um dos exemplos, diz o texto, são os subsídios destinados à produção e comercialização de combustíveis fósseis, que superaram a marca de US$ 650 bilhões em 2008, o que desestimula uma mudança de matriz energética para os recursos renováveis.
"O uso de ferramentas como impostos, incentivos fiscais e licenças negociáveis para promover investimentos e inovações verdes também é essencial, assim como o investimento em capacitação, treinamento e educação", explica o documento.
Emergência verde
Mesmo estando aquém do ritmo desejado, de acordo com o PNUMA, a transição para o modelo da "economia verde" ocorre em "escala e velocidade nunca antes vistas".
O segmento de energia limpa é um dos que mais crescem; a previsão é de que investimentos mundiais no setor tenham aumentado 30% no último ano, passando de US$ 186 bilhões em 2009 para US$ 243 bilhões em 2010.
O PNUMA destaca que países não membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), como Brasil, China e Índia, têm-se sobressaído, ampliando sua participação mundial em investimentos em energia renovável de 29% em 2007 para 40% em 2008.
Os autores de Rumo a uma Economia Verde atribuíram ao setor de energia o maior montante, US$ 362 bilhões (27%), do total de recursos de US$ 1,347 trilhão a ser investido anualmente. O segundo segmento que deve receber mais recursos é o de transportes, com US$ 194 bilhões (14%).
Na sequência, aparecem os setores de edifícios e turismo (US$ 134 bilhões ou 10% cada um), agricultura, água, gestão de resíduos e pesca (US$ 108 bilhões ou 8% cada um), indústria (US$ 76 bilhões ou 6%) e silvicultura (US$ 15 bilhões ou 1%).
Biomassa brasileira
O desempenho do Brasil nos biocombustíveis ganha relevo no capítulo de energia renovável.
O bioetanol produzido no País é destacado como uma das duas únicas opções comercialmente maduras para a geração energética entre as fontes renováveis do mundo, ao lado da energia hidrelétrica produzida em grandes represas, que supre 16% da demanda do mundo.
"Em termos de utilizações sustentáveis de biomassa, a produção de combustíveis para transporte baseados em bioetanol no Brasil já é uma tecnologia comercialmente madura", informa o texto, em comparação com outras tecnologias promissoras para a geração de energia limpa, como a eólica, considerada ainda nas fases de implantação e difusão no mundo.
Economicamente o segmento de energia renovável ganha cada vez mais destaque, tendo empregado direta ou indiretamente mais de 2,3 milhões de pessoas no planeta, segundo balanço feito em 2006 e citado no relatório.
O Brasil é o segundo país do mundo que mais emprega nesse setor, com cerca de 500 mil trabalhadores, o que representa 20,7% de toda mão-de-obra envolvida no segmento no mundo.
Sustentabilidade na construção civil
O relatório divide as áreas estratégicas de investimento em capítulos, que foram organizados por especialistas das diversas áreas e de várias partes do mundo.
O capítulo sobre edifícios e construção civil foi coordenado por três especialistas, entre eles a arquiteta brasileira Joana Carla Soares Gonçalves, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, onde atua no Departamento de Tecnologia da Arquitetura, no Laboratório de Conforto Ambiental e Eficiência Energética. Desde 2009, ela também é professora orientadora do Programa de Pós-Graduação Energia e Ambiente da Architectural Association Graduate School, em Londres.
Joana coordenou a equipe de autores em parceria com os pesquisadores Philipp Rode e Ricky Burdett, da London School of Economics, em Londres, e também redigiu textos com definições de conceitos, sobre a importância da inserção do projeto arquitetônico no contexto climático, do conforto ambiental, do emprego de materiais e das vantagens de reabilitação de prédios.
Em entrevista por e-mail a Inovação, a professora da USP, que está em Londres, aponta o papel fundamental do uso da tecnologia na construção civil para a constituição de edifícios "mais verdes" e diz que o foco do relatório é nas inovações que busquem a economia de energia, destacadas dentro do tópico "Oportunidades".
"No entanto, eu gostaria de destacar que tecnologia, no que tange aos sistemas prediais, é só um fator dentre outros que colocamos sucintamente. Definitivamente, o foco não está só na tecnologia, mas no edifício como um todo, incluindo seus ocupantes", afirmou Joana.
Edifícios Inteligentes
O relatório da UNEP, detalha a professora, tem como objetivo fornecer informações para os agentes tomadores de decisão de todo o mundo, abordando desafios, oportunidades e instrumentos, mas principalmente mensurando os impactos e as vantagens econômicas dessa transição. "É importante destacar também que, de uma maneira geral, ainda temos poucos dados quantitativos disponíveis sobre os custos e as vantagens econômicas de edifícios de menor impacto ambiental, em diferentes partes do mundo", esclarece Joana. "Achar esses números para montar nosso argumento a favor de edifícios mais verdes foi um grande desafio", diz a autora, acrescentando que mesmo assim a equipe teve êxito na construção da base de argumentos, com dados e fatos convincentes.
Relatórios técnicos
Segundo a professora da USP, o documento "Rumo a uma Economia Verde" não foi proposto para ser uma publicação técnica, mas sim informativa. No entanto, ele será desdobrado em relatórios técnicos que desenvolverão em detalhes as questões principais de cada um dos capítulos.
Joana contribuirá para os relatórios do PNUMA sobre edifícios abordando temas como a conscientização e inserção econômica dos edifícios de menor impacto ambiental.
Joana Gonçalves afirma que não há no Brasil uma valorização suficiente da etapa de projeto dentro da construção civil; para ela, os projetos devem ser mais "inteligentes" e contemplar todos os aspectos do impacto ambiental, como os materiais, o conforto dos usuários e o melhor aproveitamento dos recursos naturais, como luz e ventilação. "O arquiteto tem que conhecer mais e melhor todas as questões de desempenho ambiental, assim como os engenheiros de todas as naturezas precisam entender melhor os vários aspectos do desempenho ambiental dos projetos arquitetônicos e da construção para pensar as soluções tecnológicas."
Prédios novos x prédios requalificados
O setor da construção civil responde por mais de um terço do consumo de recursos do planeta, o que inclui 12% do consumo mundial de água doce, além de gerar 40% de todos os resíduos sólidos do mundo, de acordo com o PNUMA.
Duas abordagens diferentes devem ser empreendidas para tornar o setor mais "verde", de acordo com o relatório. Nos países desenvolvidos, as principais oportunidades estão na requalificação dos prédios existentes, para torná-los ambientalmente mais eficientes por meio de intervenções que reduzam o consumo de energia e incluam o uso de fontes renováveis. Já nos países não membros da OCDE, diz o documento, o déficit habitacional abre mais possibilidades para a exploração de novas gerações de construções com designs inovadores e novos padrões de desempenho.
"No entanto, deve ser considerado que, em muitos casos, o que já projetamos nos últimos 50 anos ou mais, principalmente nas grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e outras, representa um estoque edificado significativo que precisa ser recuperado e reutilizado, visando também um menor impacto ambiental", pondera a professora. "Esse ponto é bem reforçado no relatório; definitivamente, não é somente sobre o novo, mas também sobre o já existente."
Para Joana, um fator que favorece o Brasil é o clima ameno, que possibilita construir prédios mais eficientes, com menor consumo de energia e impacto ambiental reduzido. Mas para isso, diz ela, é necessário investir mais em projetos e compreender melhor o papel dos usuários.
Lançamento da ferramenta de 06 passos para a seleção produtos e materiais sustentáveis
A ferramenta indica seis passos básicos para a escolha de empresas fornecedoras alinhadas aos princípios da sustentabilidade, uma iniciativa do CBCS – Conselho Brasileiro de Construção Sustentável em parceria com a ABRAMAT – Associação de Fabricantes de Materiais, a CDHU – Companhia de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, Editora PINI e com apoio da ANFACER – Associação de Fabricantes de Revestimentos. A ferramenta é gratuita e está disponível no site www.cbcs.org.br.
“A expectativa a partir da utilização dessa ferramenta é que o setor de um salto de qualidade de maneira que a vida útil dos edifícios brasileiros aumentem e que diminua a necessidade de reposição e manutenção freqüentes para evitar o uso de recursos naturais minimizando os impactos ambientais inerentes a própria atividade de construção”, afirma Vanderley John, Coordenador do Comitê de Materiais e Conselheiro do CBCS.
Conheça melhor os 6 passos para seleção de insumos e fornecedores com critérios de sustentabilidade.
PASSO 1 - Verificação da formalidade da empresa fornecedora (CNPJ)
Toda empresa deve estar formalmente regularizada com o Governo Federal. Ela tem que estar presente no CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica. Uma empresa que não esteja cadastrada significa que os impostos não estão sendo recolhidos ou que a empresa não tem existência legal. Em princípio, o CNPJ deve estar impresso na embalagem, no produto ou na nota fiscal. Em alguns casos em que o número não esteja disponível (produtos vendidos em quantidades menores que a embalagem do fabricante ou a granel, por exemplo), é necessário consultar a revenda, o importador ou o fornecedor.
A verificação da validade do CNPJ deve ser feita no site da Receita Federal: http://www.receita.fazenda.gov.br. Caso o CNPJ seja válido, o sistema retorna o nome completo da empresa e o estado da Federação onde a unidade fabril está localizada. Caso o CNPJ não esteja ativo ou válido, o fornecedor deverá ser descartado.
PASSO 2 - Verificação da formalidade da empresa: licença ambiental da unidade fabril
Nenhuma atividade industrial pode operar legalmente sem licença ambiental, concedida pelo órgão ambiental estadual. A existência da licença não é garantia ao meio ambiente, mas a sua ausência praticamente elimina qualquer possibilidade de respeito à lei. Alguns órgãos da federação possibilitam a consulta através do nome completo da empresa e da unidade da federação, enquanto outros órgãos exigem o fornecimento do número do processo. Caso o órgão da federação só possibilite a consulta da licença ambiental através do número do processo, solicite ao fabricante uma cópia da licença ou número do protocolo e confirme a validade da licença nos sites dos órgãos ambientais. O site do CBCS tem um mapa do Brasil, onde basta apontar para um estado e clicar duas vezes que o site do órgão ambiental estadual já é acionado. Acesse o site do CBCS (http://www.cbcs.org.br) e depois basta apertar no ícone “Seleção dos 6 passos”.
PASSO 3 - Legalidade e regularidade da mão de obra
A existência de um fornecedor na lista de empresas que utilizaram mão de obra infantil ou escrava a desqualifica como fornecedor sustentável, pela ilegalidade de seus atos.Deve-se verifar na lista presente na Ferramente de 6 passos se a empresa fornecedora está presente.
PASSO 4 - Qualidade do produto – respeito às normas técnicas
A baixa qualidade dos produtos é uma fonte importante de desperdício: estes produtos não apresentam desempenho adequado e uma grande parcela deles acaba sendo substituída, gerando custos e resíduos. As normas técnicas são o critério mínimo de qualidade vigente e seu respeito é obrigatório no Brasil. Verifique se o fornecedor está na lista de empresas qualificadas pelo SiMaC – Sistema de Qualificação de Materiais, Componentes e Sistemas Construtivos – projeto inserido no PBQP-H – Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat, um programa do governo federal que acompanha a qualidade de um grande número de setores e que publica a relação dos fabricantes que produzem em conformidade e não conformidade às normas técnicas da ABNT.
Neste passo O CBCS contou com a ajuda da Editora PINI na indicação da melhor nomenclatura utilizada pelos projetistas e especificadores na fase de orçamentação dos materiais facilitando a busca por informações sobre as conformidades técnicas aos usuários. Além disso, a CDHU – Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado de São Paulo - cedeu as plantas de edifícios tipos das unidades térreas familiares para incorporação na ferramenta, com isso os usuários da ferramenta dos seis passos poderão fazer uma navegação virtual sobre o edifício levando-os direto para o componente a ser consultado dentro do projeto, onde será possível verificar a conformidade do componente com as normas brasileiras.
Alguns produtos tradicionais ainda não fazem parte do PBQP-H. Neste caso é necessário exigir do fabricante a demonstração da qualidade do produto, a partir de uma avaliação feita por entidade de terceira parte reconhecida. Outros produtos, por serem inovadores, ainda não dispõem de norma técnica nacional, logo é necessário exigir uma avaliação de acordo com as diretrizes do SiNaT – Sistema Nacional de Avaliação Técnica que utilizam a Norma NBR 15.575/2008 “Edifícios Habitacionais de até 5 pavimentos – Desempenho – Partes 1 a 6”, realizada por entidade de terceira parte acreditada pelo PBQP-H, a ITA – Instituição Técnica Avaliadora.
PASSO 5 - Analisar o perfil de responsabilidade socioambiental da empresa
A Responsabilidade Social Empresarial, RSE, está além do que a empresa deve fazer por obrigação legal. A Responsabilidade Social é a tradução e incorporação dos valores e compromissos das empresas em todas suas formas de relações em seus negócios. Podemos dizer que a RSE pode promover negócios sustentáveis, que por sua vez, são conscientes dos impactos positivos e negativos no campo econômico, social e ambiental, sejam eles gerados pelo negócio ou pela sociedade , procurando gerenciar os riscos e as potencialidades ou oportunidades que estão presentes na empresa e na sociedade. A sustentabilidade não está só na empresa ou na sociedade, com os patrões ou com empregados, com as pessoas ou com o meio ambiente, mas nas relações que se estabelecem em todos os níveis e em toda cadeia do negócio. Portanto, a melhor forma de avaliar a RSE de fornecedores é através do relacionamento e de toda forma de realizar o negócio. É assumir uma co-responsabilidade dos insumos e serviços adquiridos, assim como tornar sua própria prática transparente para a sociedade.
PASSO 6 - Cuidado com a Propaganda Enganosa
É necessário que o cliente confirme a consistência e relevância das afirmações de eco-eficiência dos produtos e processos declarados pelos fornecedores. Mesmo produtos certificados podem levar a equívocos: qual o critério da certificação? Estes critérios são públicos? Qual a seriedade do processo?
Lembre que pequenos avanços produzidos em grande escala geram mais benefícios que grandes avanços aplicados a uma pequena parcela da produção: procure julgar a eco-eficiência global da empresa e não apenas do produto de interesse.
Sobre o CBCS
O Conselho Brasileiro de Construção Sustentável foi constituído em agosto de 2007 como uma OSCIP com o objetivo de induzir o setor da construção a utilizar práticas mais sustentáveis que venham melhorar a qualidade de vida dos usuários, dos trabalhadores e do ambiente que cerca as edificações. O Conselho é resultado da articulação entre lideranças empresariais, pesquisadores, consultores, profissionais atuantes e formadores de opinião.
O CBCS se relaciona com importantes organizações nacionais e internacionais que se dedicam ao tema, sob diferentes perspectivas, a partir da ótica ambiental, de responsabilidade social e econômica dos negócios. Além disso, os comitês temáticos que estão em funcionamento, debatem e indicam boas práticas para as áreas mais prementes da edificação, como a de Energia, Água, Materiais, Projetos, Avaliação de Sustentabilidade, Urbano além de questões econômicas e financeiras.
Feicon - Destaque para a Sustentabilidade
Realização da Feicon Batimat põe em evidência técnicas e materiais menos impactantes na arquitetura, na construção e na decoração
Karine Miranda - Especial para A Gazeta A sustentabilidade se mostra como uma das principais preocupações na construção civil, arquitetura e decoração. A Feira Internacional da Indústria da Construção - Feicon Batimat, maior salão latino-americano do setor de construção civil, ocorrida de 15 a 19, em São Paulo, apresentou lançamentos, tendências e soluções eficientes do ponto de vista da sustentabilidade. Além disso, o evento serve para ampliar as discussões sobre o tema.
De acordo com o arquiteto Éder Bispo, os produtos e tecnologias apresentados na Feicon são bons exemplos de como se pode atuar na questão sustentável sem perder conforto e qualidade estrutural. Ele ressalta que a grande preocupação quando se fala em construção sustentável é com relação ao consumo de água. "Racionalizar o seu uso é primordial". Outra questão é o consumo excessivo de energia e a emissão de gazes poluentes. "Várias técnicas construtivas, soluções e materiais contribuem para minimizar o impacto negativo das construções. Basta ao arquiteto propor e tentar implantar a melhor solução para cada caso específico", explica.
Ele lembra que a sustentabilidade na arquitetura é construir de forma harmônica tendo como resultado construções inteligentes, comprometidas com a qualidade de vida, que respeitem o meio ambiente, propiciando o presente e futuro melhores. Existem no mundo várias certificações que conferem as construções o caráter de obra sustentável. No Brasil, a discussão está se iniciando. "Construir de forma sustentável é aproveitar os recursos naturais de forma responsável". Usado por muitos profissionais, o termo sustentabilidade foi banalizado, segundo o arquiteto Éder. Ele explica que para muitos, esta expressão é apenas uma forma de auto promoção, pois virou moda dizer que se constrói de forma sustentável. Para outros, uma simples divagação, já que um bom projeto de arquitetura resulta de questionamentos e preocupações que vão além das questões estéticas e pessoais. "Sabemos da responsabilidade que é inserir uma construção em um determinado local, seu impacto e suas conseqüências, portanto procuramos pensar arquitetura em sua totalidade", assegura.
Vale lembrar que a preocupação com o futuro das próximas gerações faz parte do trabalho de um profissional da área da construção. Não se pode retroceder, até porque ao longo dos anos incorpora-se novas idéias e soluções para minimizar um possível impacto negativo das obras. Assim, construir de forma sustentável propõe uma nova forma de pensar e agir e representa um avanço importante e é irreversível. Um ganho que não se podem abrir mão.
Mas essa nova atuação da arquitetura, ainda, pode ser melhorada, inclusive em obras já realizadas e tidas como não sustentáveis. Embora não se possa torná-las sustentáveis, pode-se minimizar os problemas através de reformas que visem melhorar as condições de vida. Uma forma possível é reduzir o consumo de energia e água através de uma readequação no sistema, por exemplo. Já quando se trata da criação de projetos, o arquiteto lembra que primeiro é preciso criar um um conceito daquilo que se pretende.
Não se pode esquecer que se a sustentabilidade fizer parte desde o início do projeto é evidente que o resultado será uma obra melhor resolvida desse ponto de vista. "Pensar assim desde o início facilita o desenvolvimento do trabalho, pois permite a definição dos materiais a serem utilizados bem como as formas de aproveitar melhor a ventilação e iluminação naturais, entre outros", garante.
Uma obra arquitetônica é fruto de um conjunto de fatores, os materiais são importantes e podem ser determinantes no resultado final, mas por si só não são soluções para os problemas. Adotar materiais adequados e ecologicamente corretos contribui muito para o desempenho de uma edificação, no entanto, cabe ao projeto contemplar todas as soluções possíveis. Sua qualidade está em responder satisfatoriamente a todas as necessidades que se apresentam, não somente as físicas, mas também as intangíveis. Assim, o projeto é composto por uma série de elementos, muito mais que um desenho técnico. Resulta numa afirmação do pensamento do arquiteto e espelha suas preocupações com meio, o ser e o mundo. Por isso, a sustentabilidade não se mostra nem como tendência, nem como necessidade, principalmente, porque a arquitetura é arte e é feita para durar.
Mesmo que não seja tendência, mas uma ação que vem crescendo dentro da área da construção civil, construir de forma sustentável ainda representa um custo aparentemente mais alto. Por uma questão cultural ainda não se é capaz de pensar em investimento de longo prazo, segundo o arquiteto. No entanto, isso está mudando. Aos poucos, os projetos começaram a conter especificações como novas técnicas construtivas e materiais com melhor desempenho. Mas não se pode esquecer que o mundo da construção é bastante complexo e as transformações são lentas, embora já se possa colher os resultados desse trabalho.
Um exemplo é a obra do arquiteto no condomínio Alphaville Cuiabá, destacada como um dos cem bons exemplos mundiais de arquitetura residencial, pela sua qualidade, beleza plástica e adequação a nova realidade mundial (sustentabilidade) de acordo com uma editora chinesa que lançará um livro com as melhores construções sustentáveis. Para finalizar, ele ressalta que o trabalho dos verdadeiros arquitetos, avessos a modismos, é de buscar a essência da arquitetura, que hoje muitas vezes é esquecida por alguns profissionais.
"O tema é ainda um pouco difícil de ser abordado, tudo está por fazer aqui no Brasil, mas estamos caminhando para um melhor entendimento. Estamos, ainda, vendo o mundo de outra forma. Chegamos num ponto crucial e pensar de forma sustentável me parece ser a alternativa mais racional e sensata. Se o fazemos é por acreditar na vida e em um mundo melhor,", finaliza.
Serviço:
Arquiteto Éder Bispo - 3642-3358
Feira Internacional da Indústria da Construção - www.feicon.com.br
Assinar:
Postagens (Atom)