Saiba o que significam os principais selos ecológicos do mercado

Fonte: Diário de Pernambuco

Brasil - Existem no mercado dezenas de certificadoras que avaliam o quanto um produto é ambientalmente adequado. Diante de tanta variedade, o consumidor fica atordoado e pode se confundir. 
 
Além disso, há ainda um outro problema: algumas empresas usam selos autodeclaratórios, que são colocados nos produtos pelos próprios fabricantes. Isso gera mais confusão, já que estes símbolos aparecem camuflados no rótulo e não possuem a credibilidade de um organismo certificador independente, mas que podem ser encarados como tal.

Como toda compra está sujeita ao ato de comparar e escolher, estes selos são de extrema importância para que o cliente antenado com as questões ambientais não seja lesado por uma produção irresponsável. Mas toda atitude “verde” de consumidores, além de envolver questões como preço, qualidade, quantidade, tamanho, também demandam uma palavrinha muito importante: informação.

Por isso separamos abaixo uma breve explicação do que representam os principais selos ecológicos conferidos por certificadoras no mercado.

Procel: Este selo serve para certificar equipamentos eletrônicos e eletrodomésticos. O selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica indica os produtos que apresentam os melhores níveis de eficiência energética dentro de cada categoria. Os equipamentos passam por rigorosos testes feitos em laboratórios credenciados no programa. Foi criado para melhorar a compra por parte dos consumidores finais e, ao mesmo tempo, estimular os fabricantes a procurarem a evolução do desempenho energético dos seus equipamentos.
 


 
FSC (Forest Stewardship Council): Certifica áreas e produtos florestais, como toras de madeira, móveis, lenha, papel, nozes e sementes. Este selo atesta que o produto vem de um processo produtivo ecologicamente adequado, socialmente justo e economicamente viável. O processo de concessão do selo depende do atendimento a dez princípios, entre eles a obediência às leis ambientais, o respeito aos direitos dos povos indígenas e a regularização fundiária.
 


 
LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental): Este selo é usado para certificar edificações. É concedido a prédios que minimizam impactos ambientais, tanto na fase de construção quanto na de uso. Materiais renováveis, implantação de sistemas que economizem energia elétrica, água e gás e controle da poluição durante a construção são alguns dos critérios.


 
IBD (Instituto Biodinâmico): Ele garante a responsabilidade ambiental da produção de alimentos, cosméticos e algodão orgânicos. Além de cumprir os requisitos básicos para a produção orgânica (como fazer rotação de culturas e não usar agrotóxicos), garante que a fabricação daquele produto obedece ao Código Florestal Brasileiro e às leis trabalhistas. Os produtos industrializados devem ter ao menos 95% de ingredientes orgânicos certificados – a água e o sal são desconsiderados nesse cálculo tanto para cosméticos quanto para alimentos.
 

 
 
ECOCERT: Este selo também certifica alimentos orgânicos e cosméticos naturais ou orgânicos. Ele estipula que os alimentos processados devem conter um mínimo de 95% de ingredientes orgânicos para serem certificados. Para ganhar um selo de cosmético orgânico, um produto deve ter ao menos 95% de ingredientes vegetais e 95% destes ingredientes devem ser orgânicos certificados – no caso de cosméticos naturais, 50% dos insumos vegetais devem ser orgânicos.

 
Existem vários outros selos destinados às mais diversas áreas, como gestão ambiental de empresas e empreendimentos, produtos agrícolas etc. Procure conhecê-los, eles são muito importantes para garantir o consumo consciente.