PDE 2024, colocado em consulta pública nesta quarta-feira, prevê acréscimo de 73 mil MW de energia nova
O Brasil continuará baseando sua expansão energética nas fontes renováveis nos próximos dez anos.
A capacidade instalada de geração de energia elétrica deve ser ampliada em 73 mil MW (megawatts) até 2024, com metade desta expansão baseada em fontes renováveis: eólica, solar, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs).
O dado consta no Plano Decenal de Expansão de Energia com horizonte de 2024 (PDE 2024), elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), submetido à consulta pública pelo Ministério de Minas e Energia (MME) nesta quarta-feira (16/09) até o dia 7 de outubro.
Com o crescimento das fontes renováveis na capacidade instalada de geração elétrica, o PDE estima que em 2024 cerca de 84% da potência instalada no Sistema Interligado Nacional (SIN) seja dessas fontes.
O expressivo parque eólico brasileiro deverá responder por 11,5% da capacidade instalada em 2024 (ou 23,9 mil MW), refletindo a competitividade dessa fonte no horizonte decenal.
Apesar de uma expansão significativa de mais de 27 mil MW de capacidade de geração hidráulica, a participação dessa fonte na matriz elétrica cai mais de 10 pontos percentuais, para 57% em 2024.
A maior expansão hidrelétrica ocorrerá na Região Norte, devido à entrada em operação de grandes empreendimentos, com destaque para a usina hidrelétrica de Belo Monte (PA).
Outro destaque é a energia solar, para a qual se espera que alcance 7.000 MW ao fim do horizonte decenal (ou cerca de 3% na capacidade instalada total). Nos leilões promovidos ao longo de 2014 foram comercializados 1.048 MWp de potência pico, enquanto em 2015 já foram contratados mais 1.044 MWp.
Petróleo
De acordo com o PDE, em 2014 a produção de petróleo deve chegar a 5 milhões de barris por dia (bpd), com exportações de 2 milhões de bpd.
Apesar dessa expansão, a matriz energética brasileira deverá atingir 45% de participação de fontes renováveis em 2024, patamar bem superior à média mundial de 13,5% ou dos países da OCDE, de cerca de 9%.
Veja o PDE 2024.
*Com informações da EPE.
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