O fim do ano se aproxima e as esperanças se renovam. Para muitos, a virada do ano representa um novo começo. Pensando no que se pode esperar de 2012, o CicloVivo reuniu algumas ideias e projetos sustentáveis que serão implantados ao longo do ano.
O início do ano começa com uma ótima iniciativa: a Mata Atlântica terá 320 pontos mapeados já a partir de janeiro. Durante 2012, cinco equipes da Secretaria Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro estudarão o bioma do Estado.
De acordo a superintendente de Biodiversidade e Florestas da secretaria, Alba Simon, após analisar a situação da região será mais fácil implantar as medidas necessárias para conservação da floresta. A ação certamente representa um benefício não só para o Rio de Janeiro como para todos os brasileiros.
O primeiro inventário feito no país foi realizado em Santa Catarina. A pretensão é que os 15 estados que compõem a Mata Atlântica também façam o mesmo sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente. Uma prévia do censo da floresta será divulgada em 27 de maio de 2012.
Um dos eventos mais importantes do próximo ano, referente à sustentabilidade, será a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, mais conhecida como Rio+20. Após 20 anos da Conferência Internacional Eco 92 que teve objetivos semelhantes.
O evento reunirá representantes de todo o mundo para discutir questões relacionadas ao meio ambiente, economia verde e erradicação da pobreza. Este último item reflete a pretensão da gestão de Dilma Roussef em continuar priorizando temas referentes às causas sociais, a exemplo do governo do ex-presidente Lula. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, também afirma que temas como redução da pobreza, desigualdade e desenvolvimento sustentável serão questões debatidas.
O documento de propostas preliminares para a Conferência sugere que se crie um programa de proteção socioambiental global, um pacto global para produção e consumo sustentáveis além de um protocolo verde internacional para o setor financeiro. Outras questões devem surgir até a Rio+20, que será realizada a partir do dia 20 de junho.
No embalo das questões sociais, em abril o estado do Rio de Janeiro será o primeiro a começar a pagar a Bolsa Verde. Um programa governamental destinado as famílias de assentamentos florestais e comunidades extrativistas de todo o Brasil. O recurso financeiro será um incentivo para evitar a exploração ilegal de recursos naturais por parte dos próprios moradores, que não possuem outro meio de sobrevivência.
Enquanto o Rio de Janeiro inaugura o programa Bolsa Verde, os paulistas aderem à campanha pelo fim do uso de sacolas plásticas. Seguindo o exemplo das cidades de Belo Horizonte, Minas Gerais, e Jundiaí, São Paulo, a capital paulista com a ajuda do governo e da prefeitura se unirão para acabar com a resistência a lei que proíbe o uso das sacolas, mas que no momento está suspensa.
A lei em São Paulo foi derrubada pelo Tribunal de Justiça pelo sindicato da indústria do plástico. A liminar foi concedida em julho deste ano. Em contrapartida, será lançada uma campanha com propaganda na televisão, além de intervenções nas ruas e incentivo à compra de sacolas retornáveis. Tais ações devem ajudar na conscientização da população da cidade.
A cidade de São Paulo também se beneficiará com o projeto 2022 que foi lançado em novembro e elaborado pela Associação Escola da Cidade, pelo Instituto Arapyau, o Instituo Ethos, o Instituto Socioambiental e a Rede Nossa São Paulo. O projeto integra propostas para que a cidade chegue ao ano de 2022 com um desenvolvimento baseado em cinco pilares: sustentabilidade, agilidade, criatividade, participação popular e outros. A proposta principal é valorizar as ideias e soluções das comunidades locais por seus próprios moradores.
Outro grande projeto, chamado de Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS), anunciado recentemente pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, promete ampliar as políticas de desenvolvimento sustentável de todo o país.
O plano reúne metas quantitativas e qualitativas e diversas ações do governo que devem ocorrer entre o período de 2012 a 2015. Para que o programa seja possível, pactos serão selados com entidades e empresas e também haverá campanhas educativas para mobilizar as pessoas.
No próximo ano, o país deve receber mais três escritórios da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). A ideia é que um seja aberto no Paraná, um na região nordeste e outro na Amazônia. De acordo com o diretor-geral da entidade, José Graziano, a pretensão é abrir o mais rápido possível levando em consideração a Rio+20 que será em junho.
Arrastou-se para 2012 a votação do Código Florestal. O projeto foi aprovado pela Câmara e também pelo Senado, porém com algumas alterações. O próximo passo será a análise da Câmara novamente, que pode, inclusive, mandar o texto original, aprovado pelos deputados, para a sanção da presidente Dilma.
Não é à toa que muito barulho tem sido feito para que a presidente vete o projeto. Organizações ambientais como Greenpeace e WWF conseguiram mobilizar pessoas até do exterior através do ciberativismo. Pela força das redes e campanhas nas ruas, certamente, as reivindicações também devem se estender por todo o ano de 2012.
Marcia Sousa - Redação CicloVivo
O início do ano começa com uma ótima iniciativa: a Mata Atlântica terá 320 pontos mapeados já a partir de janeiro. Durante 2012, cinco equipes da Secretaria Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro estudarão o bioma do Estado.
De acordo a superintendente de Biodiversidade e Florestas da secretaria, Alba Simon, após analisar a situação da região será mais fácil implantar as medidas necessárias para conservação da floresta. A ação certamente representa um benefício não só para o Rio de Janeiro como para todos os brasileiros.
O primeiro inventário feito no país foi realizado em Santa Catarina. A pretensão é que os 15 estados que compõem a Mata Atlântica também façam o mesmo sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente. Uma prévia do censo da floresta será divulgada em 27 de maio de 2012.
Um dos eventos mais importantes do próximo ano, referente à sustentabilidade, será a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, mais conhecida como Rio+20. Após 20 anos da Conferência Internacional Eco 92 que teve objetivos semelhantes.
O evento reunirá representantes de todo o mundo para discutir questões relacionadas ao meio ambiente, economia verde e erradicação da pobreza. Este último item reflete a pretensão da gestão de Dilma Roussef em continuar priorizando temas referentes às causas sociais, a exemplo do governo do ex-presidente Lula. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, também afirma que temas como redução da pobreza, desigualdade e desenvolvimento sustentável serão questões debatidas.
O documento de propostas preliminares para a Conferência sugere que se crie um programa de proteção socioambiental global, um pacto global para produção e consumo sustentáveis além de um protocolo verde internacional para o setor financeiro. Outras questões devem surgir até a Rio+20, que será realizada a partir do dia 20 de junho.
No embalo das questões sociais, em abril o estado do Rio de Janeiro será o primeiro a começar a pagar a Bolsa Verde. Um programa governamental destinado as famílias de assentamentos florestais e comunidades extrativistas de todo o Brasil. O recurso financeiro será um incentivo para evitar a exploração ilegal de recursos naturais por parte dos próprios moradores, que não possuem outro meio de sobrevivência.
Enquanto o Rio de Janeiro inaugura o programa Bolsa Verde, os paulistas aderem à campanha pelo fim do uso de sacolas plásticas. Seguindo o exemplo das cidades de Belo Horizonte, Minas Gerais, e Jundiaí, São Paulo, a capital paulista com a ajuda do governo e da prefeitura se unirão para acabar com a resistência a lei que proíbe o uso das sacolas, mas que no momento está suspensa.
A lei em São Paulo foi derrubada pelo Tribunal de Justiça pelo sindicato da indústria do plástico. A liminar foi concedida em julho deste ano. Em contrapartida, será lançada uma campanha com propaganda na televisão, além de intervenções nas ruas e incentivo à compra de sacolas retornáveis. Tais ações devem ajudar na conscientização da população da cidade.
A cidade de São Paulo também se beneficiará com o projeto 2022 que foi lançado em novembro e elaborado pela Associação Escola da Cidade, pelo Instituto Arapyau, o Instituo Ethos, o Instituto Socioambiental e a Rede Nossa São Paulo. O projeto integra propostas para que a cidade chegue ao ano de 2022 com um desenvolvimento baseado em cinco pilares: sustentabilidade, agilidade, criatividade, participação popular e outros. A proposta principal é valorizar as ideias e soluções das comunidades locais por seus próprios moradores.
Outro grande projeto, chamado de Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS), anunciado recentemente pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, promete ampliar as políticas de desenvolvimento sustentável de todo o país.
O plano reúne metas quantitativas e qualitativas e diversas ações do governo que devem ocorrer entre o período de 2012 a 2015. Para que o programa seja possível, pactos serão selados com entidades e empresas e também haverá campanhas educativas para mobilizar as pessoas.
No próximo ano, o país deve receber mais três escritórios da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). A ideia é que um seja aberto no Paraná, um na região nordeste e outro na Amazônia. De acordo com o diretor-geral da entidade, José Graziano, a pretensão é abrir o mais rápido possível levando em consideração a Rio+20 que será em junho.
Arrastou-se para 2012 a votação do Código Florestal. O projeto foi aprovado pela Câmara e também pelo Senado, porém com algumas alterações. O próximo passo será a análise da Câmara novamente, que pode, inclusive, mandar o texto original, aprovado pelos deputados, para a sanção da presidente Dilma.
Não é à toa que muito barulho tem sido feito para que a presidente vete o projeto. Organizações ambientais como Greenpeace e WWF conseguiram mobilizar pessoas até do exterior através do ciberativismo. Pela força das redes e campanhas nas ruas, certamente, as reivindicações também devem se estender por todo o ano de 2012.
Marcia Sousa - Redação CicloVivo