Em visita ao Brasil, o chefe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente apresentou a campanha Passaporte Verde. A iniciativa oferece sugestões de roteiros e serviços turísticos sustentáveis para reduzir o impacto de viajantes sobre os biomas e comunidades que visitam.
Projeto teve início em 2008 e foi ampliado para atender aos cerca de 1 milhão de turistas que devem chegar ao Rio de Janeiro por conta dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.
Foto de capa do vídeo acima: UNIC Rio / Pedro Andrade
Em passagem pelo Rio de Janeiro no sábado (30), o diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Achim Steiner, visitou a Floresta da Tijuca para apresentar a campanha Passaporte Verde – uma parceria da agência da ONU e dos Ministérios do Meio Ambiente, Esporte e Turismo para promover o turismo sustentável.
A iniciativa é parte de uma campanha global do PNUMA que oferece sugestões de roteiros, serviços e produtos turísticos sustentáveis.
O objetivo é reduzir o impacto dos viajantes sobre os biomas e comunidades que visitam, com informações sobre opções de transporte público, sobre restaurantes que valorizam alimentos e a culinária locais e sobre estabelecimentos comprometidos em reduzir o consumo de energia e água, o desperdício e a degradação ambiental.
Em 2016, o projeto brasileiro – lançado em 2008 – recebe também o apoio do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. A expectativa é de que, ao longo das competições, o projeto conscientize os visitantes sobre as consequências de suas atividades para o meio ambiente.
Ao lado da presidente do World Wildlife Fund (WWF) e ex-ministra do Meio Ambiente do Equador, Yolanda Kakabadse, o chefe do PNUMA Achim Steiner conheceu parte da Trilha Transcarioca, roteiro sustentável que passa pelo Parque Nacional da Tijuca. Foto: UNIC Rio de Janeiro / Pedro Andrade
“Temos que perceber que mais de um bilhão de pessoas viajam cruzando fronteiras nacionais como turistas todos os anos. Então, se quisermos reduzir a pegada de carbono do turismo, não devemos fingir que as pessoas não vão viajar, não visitarão outros países”, explicou Steiner.
“Nossa tarefa é trabalhar junto à indústria aeronáutica, o setor de transporte e hoteleiro, mas também com o setor de eventos, como nós estamos fazendo aqui no Rio para os Jogos Olímpicos.”
Segundo Steiner, o Passaporte Verde leva informações fundamentais aos turistas que, frequentemente, querem adotar comportamentos sustentáveis, mas não sabem como por não conhecerem o lugar para onde viajam. “É uma oportunidade para cada um fazer a diferença com as decisões (sobre) onde vai comer, os transportes que utilizam, os hotéis que utilizam.”
Também presente no evento, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ressaltou que o Passaporte Verde traduz “de forma simples e direta” para qualquer cidadão brasileiro e estrangeiro os objetivos da Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável – principalmente o objetivo de nº 12 sobre consumo e produção responsáveis.
Utilizando apenas um aplicativo de celular, qualquer pessoa pode fazer escolhas mais sustentáveis sobre seus padrões de vida, destacou a chefe da pasta.
“Entre 800 mil e 1 milhão de turistas virão ao Brasil durante os Jogos Olímpicos. São 20 mil atletas, 25 mil jornalistas, são pessoas do mundo inteiro que vêm ver os seus países”, disse o CEO do Comitê Organizador dos Jogos, Sidney Levy.
“A gente espera que muita gente que venha ao Rio vá usar o Passaporte Verde, mas o mais importante é que a iniciativa fique na agenda do Rio de Janeiro para os turistas depois das Olimpíadas.”
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