São Paulo – Quando as demandas e políticas ambientais, sociais e econômicas locais estão em pauta, o Rio de Janeiro (RJ) tem uma das piores performances entre as 50 principais cidades do mundo.
A capital fluminense aparece em 40º no ranking geral de sustentabilidade 2015 da Arcadis e em último na lista das cinco principais cidades da América Latina e Central que foram analisadas no estudo.
São Paulo (SP), por sua vez, aparece em 31º no ranking global e é a segunda melhor colocada entre as metrópoles latinas, mas ficou atrás de Kuala Lumpur, na Malásia, por exemplo.
O estudo afirma que os desafios das cidades brasileiras são evidentes. “As brasileiras Rio de Janeiro e São Paulo tiveram uma nota alta na subcategoria ‘Planeta’, mas foram impactadas pelas notas baixas em ‘Pessoas’ [que mede a qualidade de vida] e ‘Rendimentos” [que mede a economia e o ambiente de negócios]”, afirma o texto.
A categoria “Planeta” avalia o consumo de energia de cada cidade e a proporção de energia renovável usada, além de taxas de reciclagem de lixo, emissões de gases estufa, risco de catástrofes naturais e poluição do ar e sanitária.
Neste quesito, São Paulo ficou em 16º e Rio de Janeiro, em 17º. Com isso, as cidades brasileiras desbancaram até Nova York, nos Estados Unidos, neste aspecto. A metrópole americana ficou em 20º no ranking. A explicação para isso reside na qualidade da matriz energética brasileira, que é predominantemente renovável.
Mas os aspectos sociais, de infraestrutura e econômicos seguem como os principais entraves para o desenvolvimento das cidades brasileiras. “São Paulo ainda está perdendo algumas soluções importantes”, afirma o texto.
Segundo o estudo que deu destaque para a capital paulista, o “Custo Brasil” impede a principal metrópole do país de se posicionar “como um alvo dos negócios internacionais”.
A cidade também falha em atrair investimentos privados e “no desenvolvimento de uma força de trabalho mais qualificada, bem como na busca por adotar novas tecnologias para melhorar a eficiência do design, controle e avaliação da infraestrutura urbana”, diz o estudo.
Veja como ficou o desempenho das duas cidades brasileiras nos três índices:
Ranking | São Paulo | Rio de Janeiro | Critérios |
---|---|---|---|
Ranking Geral | 31 | 40 | Combina os três pilares abaixo. |
Ranking Pessoas | 39 | 46 | Infraestrutura de transportes, saúde, educação, desigualdade, qualidade de vida, proporção de espaços verdes na cidade |
Ranking- Planeta | 16 | 17 | Consumo de energia de cada cidade e a proporção de energia renovável usada, além de taxas de reciclagem de lixo, emissões de gases estufa, risco de catástrofes naturais e poluição do ar e sanitária |
Ranking Rendimento | 39 | 46 | Infraestutura de transportes (qualidade do transporte público e tempo médio para chegar ao trabalho), facilidade para fazer negócios, a importância da cidade em redes de negócios globais, PIB, custo de vida e eficiência energética. |
“Nestas cidades, as áreas de desenvolvimento potencial são claras, mas isso também sugere que a sustentabilidade pode ser mais sensível à evolução das circunstâncias econômicas ou mudanças nas políticas ambientais”, afirma o texto sobre o desempenho das cidades dos países em desenvolvimento.
A Europa, por outro lado, domina as primeiras posições do ranking. Veja:
Posição no Ranking Geral | Cidade | País |
---|---|---|
1 | Frankfurt | Alemanha |
2 | Londres | Inglaterra |
3 | Copenhage | Dinamarca |
4 | Amsterdã | Holanda |
5 | Rotterdam | Holanda |
6 | Berlin | Alemanha |
7 | Seul | Holanda |
8 | Hong Kong | China |
9 | Madri | Espanha |
10 | Singapura | Singapura |
Fonte: www.exame.abril.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário