Por Alexandre Spatuzza em São Paulo
O banco Itaú Unibanco capto R$1 bilhão (US$400 milhões) junto ao IFC, ao Bank of America Merrill Lynch, ao alemão Commerzbank e ao japonês Mizuho para financiar projetos privados de redução de emissões de gases efeito estufa, inclusive energias renováveis.
O dinheiro financiará projetos de energia eólica e solar, de captação de água e tratamento de esgoto e eficiência energética.
A tranche to IFC será de US$100 milhões com prazo de cinco anos e juros de Libor +1.4% e a tranche dos outros três bancos será de US$300 milhões – US$100 milhões cada – com prazo de três anos a um taxa de Libro +1.2%.
Apesar do custo deste financiamento ser mais barato que os cerca de 7% ao ano do BNDES, o prazo não pode ser comparável já o BNDES oferece prazos de 16 anos para projetos eólicos.
“Esta captação se alinha à política do Itaú Unibanco, de promover a melhora da qualidade da matriz energética do país”, disse Candido Bracher, CEO do Itaú BBA.
O anúncio segue uma operação, divulgada no ano passado, de US$100 milhões entre o banco e a Italiana Enel Green Power (EGP) para o desenvolvimento de 260MW eólicos os estados da Bahia, Rio Grande do Norte e Pernambuco.
Em 2013, EGP já tinha conseguido financiamento de US$200 milhões do IFC para seus projetos eólicos, a única operação para o setor da instituição multilateral.
O anúncio se dá em meio a expectativas de aumento das taxas do BNDES como parto do esforço de fiscal do governo federal.
O BNDES é responsável hoje mais 70% de todo o financiamento de longo prazo, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Para o setor eólico, o BNDES é a principal fonte de financiamento, oferecendo empréstimos para desenvolvedores de parques e para a aquisição de aerogeradores com conteúdo local mínimo.
Em 2014, o banco aprovou R$6,6 bilhões em financiamentos para o setor.
No início deste ano, o banco aprovou uma operação R$26 milhões para a construção da primeira fábrica de painéis solares fotovoltaicos no país.
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