Pesquisa aponta que empresas brasileiras investem menos de 1% em tecnologias sustentáveis.

Conheça o case da BASF, empresa que têm investido cerca de R$ 2 milhões/ano em projetos verdes

 
Apesar do tema sustentabilidade já ter se popularizado no país, as empresas brasileiras ainda não perceberam o potencial deste mercado. Pelo menos é o que aponta um estudo feito no Brasil com 110 companhias. A pesquisa realizada pela consultoria alemã Roland Berger concluiu que o mercado sustentável brasileiro já movimenta 17 bilhões ao ano de dólares, e deve crescer de 5% a 7% anualmente até 2020. Mas apesar disto, as companhias nacionais investem menos de 1% de seu faturamento em tecnologias sustentáveis.
Thomas Kunze, consultor da Roland Berger, afirma que as áreas em que foram identificados um maior potencial de crescimento foram as de energia renovável, resíduos sólidos, água e saneamento e eficiência energética. Para Sonia Chapman, diretora presidente da Fundação Espaço ECO (FEE), organização instituída pela BASF e pela agência de cooperação internacional alemã GTZ, a mentalidade do mercado só mudará quando houver de fato uma cobrança por responsabilidades sustentáveis. “Acredito que a evolução se dará a partir de uma demanda cada vez maior da sociedade por boas práticas comprovadas, em especial no mercado exportador. Além disso, só vamos conseguir acelerar este potencial percebido pelas empresas por meio de informação e tecnologia que realmente demonstrem o valor da sustentabilidade para o negócio”, pontua Sonia.
A executiva, que está a frente da FEE, conta que a BASF tem procurado investir no desenvolvimento sustentável da sociedade desenvolvendo projetos e criando ferramentas que orientem a tomada de decisão nas empresas. A empresa que contabilizou vendas em mais de 50 bilhões de euros em 2009 e contava, aproximadamente, com 105 mil colaboradores no final do ano passado, sendo 5 mil na América do Sul, investe desde 2005 cerca de R$ 8 milhões em ações de sustentabilidade desenvolvidas por meio da Fundação. Completando cinco anos, a FEE fechou o ano de 2009 com uma receita total de R$ 2 milhões.
Segundo Sonia, a preocupação da companhia tem sido facilitar a compreensão do que realmente significa a sustentabilidade. “Nosso objetivo é promover o desenvolvimento sustentável na sociedade, transferindo conhecimento e tecnologia, especialmente na aplicação de atividades em ecoeficiência, educação ambiental e reflorestamento. A missão tem sido facilitar a compreensão da sustentabilidade pela sociedade, seja por meio de projetos concretos, seja pela participação em fóruns de diversos segmentos. A sociedade carece de ferramentas que orientem a tomada de decisão, que permitam balancear os aspectos econômicos, sociais e ambientais”, explica.
Atuando nas frentes de ecoeficiência, educação ambiental e reflorestamento, a FEE desenvolveu em 2009 cerca de 10 análises de ecoeficiência por solicitação de empresas que já consideram a sustentabilidade na estratégia de seus negócios, como Braskem, Grupo Votorantim, Fibria, Quattor, inpEV, além da própria BASF. Por meio desta análise de ecoeficiência, a empresa tem condições de avaliar os impactos ambientais e econômicos de um produto, processo ou serviço, do berço ao túmulo.
“Essa metodologia permite que o produto seja avaliado desde a extração da matéria-prima até a disposição final, o que promove melhorias, fornece informação para o público e alavanca a sustentabilidade das empresas e instituições. Ao todo, já foram feitos 18 estudos de ecoeficiência no Brasil. Para uma das instituições atendidas, o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), a análise trouxe benefícios institucionais e também mercadológicos. Além disso revelou ganhos econômicos e ambientais resultantes da atuação do sistema de destinação das embalagens vazias de defensivos agrícolas: 163 mil toneladas de CO2 deixaram de ser emitidas desde 2002, quando o inpEV foi criado. A mesma ferramenta também avaliou os investimentos em treinamento para colaboradores, geração de empregos, acidentes e doenças ocupacionais, entre outros aspectos”, conta Sonia.
A empresa que realiza ainda ações de educação ambiental e reflorestamento, espera desenvolver nos próximos anos uma maior visibilidade no que tange ao fornecimento de tecnologia e conhecimento das suas três frentes de atuação.
E você, conhece outras iniciativas/projetos sustentáveis de empresas brasileiras que têm feito a diferença no mercado?

Um comentário:

inaê disse...

Bacana o post. É muito importante que as empresas brasileiras tenham uma atitude mais sustentável. A JBS tem um grande compromisso com o meio ambiente e agora possui um registro junto a ONU de projeto gerador de créditos de carbono. Para entender mais o compromisso da JBS com o meio ambiente, visitem esse post: http://saudaveleorganico.blogspot.com/2010/07/jbs-e-projeto-de-credito-de-carbono.html