PAULO MEMÓRIA (PTC)
O turismo é uma atividade econômica da maior importância para uma cidade, Estado e País. Trata-se de uma indústria de serviços com forte capacidade de geração de trabalho e renda.
O turismo tem papel preponderante no desenvolvimento econômico e social de qualquer cidade, atraindo investimentos privados e possibilitando o crescimento da rede hoteleira, de um polo gastronômico e do comércio em geral.
Esta atividade representa um aumento de arrecadação dos municípios e dos estados beneficiados por atrativos incentivadores do turismo, permitindo o uso dessas receitas em melhorias na saúde, na educação e na infraestrutura urbana em geral.
Uma das oito diretrizes do G-8 que defendemos é o Desenvolvimento Sustentável e a Preservação Ecológica.
O nosso principal patrimônio é o meio ambiente. Por esta razão, sobretudo a questão do planejamento estratégico, é fundamental para uma boa política de gestão do setor.
Pretendo criar um Conselho de Turismo, envolvendo todos os agentes públicos e privados do setor, para pensarmos o turismo de forma a maximizar os seus aspectos positivos e minimizar os impactos negativos, dos quais um dos principais é a poluição gerada pela atividade.
Proporei a instituição de um inventário de turismo municipal. O objetivo desta medida será o de termos um diagnóstico permanente da situação real da atividade, com um cadastro atualizado de hospedagem, restaurantes, empresas de eventos e centros de convenções, supermercado, farmácias, postos de gasolina e comércio em geral, para, desta forma, conhecendo a realidade presente, planejarmos melhor as políticas públicas para o futuro do segmento.
Não restam dúvidas de que os principais atrativos turísticos da capital alagoana são as praias e as belezas naturais. Maceió é uma bela cidade, com muitas opções não exploradas, a exemplo dos mercados do artesanato e da produção, a implementação de um bairro com atividades noturnas e culturais, como o Jaraguá que poderia estar para Maceió como a Lapa está para o Rio de Janeiro, a colocação de uma festa junina no calendário turístico nacional, que poderia ser, por exemplo, a Festa de São Pedro e até avaliarmos a volta do Maceió Fest, dentre outras atividades.
No âmbito da visão do turismo estratégico, irei propor também aos prefeitos das cidades circunvizinhas a Maceió, um Fórum Metropolitano Estratégico de Turismo, com atuação conjunta e interligada desses municípios na exploração do turismo de lazer, ecológico, da terceira idade, religioso ou de negócios.
PAULÃO (PT)
Fui membro da Comissão do Turismo na Câmara dos Deputados e participei da formulação de políticas públicas para o setor, que, em qualquer lugar do mundo, é considerado um instrumento de desenvolvimento sustentável, capaz de impulsionar a economia, melhorar os indicadores sociais e de erradicar a pobreza, desde que tenha na gestão dos negócios compromissos afinados dos setores públicos e privados.
O Brasil hoje é considerado um dos principais destinos turísticos do mundo, gerando uma receita anual de quase US$ 7 bilhões. Não se pode desprezar essa indústria. O turismo, portanto, define contribuições do setor para o desenvolvimento econômico, social e a erradicação da pobreza.
O turismo precisa ser visto como um a gerador de oportunidades de emprego e empreendedorismo. Mas, além disso, uma ferramenta de incentivo à inovação e ao conhecimento.
O alinhamento do desenvolvimento turístico versus a questão ambiental é uma demanda do mundo inteiro. Para se ter uma ideia, o acelerado crescimento do turismo, a partir dos anos 50, resultou na degradação ambiental de inúmeros recursos turísticos no planeta.
Os indicadores apontam um crescimento contínuo da atividade, de cerca de 4% a 5% ao ano, e, consequentemente, os impactos sobre o meio ambiente também se intensificam.
Esse risco, reconhecido atualmente pela maioria dos governos dos países receptores de turistas, faz com que se tomem iniciativas que proporcionem tanto uma evolução dos aspectos favoráveis do turismo como a proteção ambiental.
O fundamental é que haja uma preparação tanto do setor, envolvendo gestores e comunidades beneficiadas, para que se entenda que como o meio ambiente constitui um elemento fundamental do turismo, sua “manutenção sadia” é essencial para a evolução da atividade.
Devemos estar sempre vigilantes e na permanente busca equilíbrio harmônico para o desenvolvimento da atividade que é impactante, principalmente na costa brasileira e em Maceió os exemplos são muitos nas duas vertentes.
Precisamos pensar no turismo sustentável, onde é possível construir um roteiro atrativo para o turista, mas ao mesmo tempo proteger a integridade cultural da região e o meio ambiente.
Para isso, é necessário um planejamento amplo, que tem como objetivo minimizar os impactos negativos, e estimular os impactos positivos.
Não se desenvolve políticas públicas para um setor tão estratégico da economia sem um diálogo franco com os representantes do segmento, os empreendedores e a própria sociedade.
Sobretudo, porque a gente fala em políticas públicas é preciso ter em mente quem é que vai se beneficiar delas e qual a diferença que devem fazer no setor. O objetivo das políticas públicas resume-se em atender a demanda da sociedade através da efetivação dos direitos de cidadania, gerando desenvolvimento com a promoção de empregos, saúde, educação, melhoria na infraestrutura, redistribuição de renda, entre outros.
O que cabe aos gestores é organizar as intervenções públicas para o desenvolvimento da atividade turística, através de prévios processos de planejamento das regiões turísticas, buscando sistematizar e planejar a expansão das atividades, através da definição de macro estratégias com o sentido de integrar a mão de obra no processo de desenvolvimento regional, estadual e municipal. Isso, aliás, está consolidado no Prodetur, que é o programa nacional que norteia as políticas públicas para o setor.
O que precisamos aqui é incentivar a descentralização do segmento e discutir o surgimento de novas modalidades que possam atrair o turista nacional e internacional. Tudo isso com incentivos definidos da gestão pública.
Não restam dúvidas que nossas belezas naturais, nossa orla falam por si só e atraem turistas do mundo inteiro. Mas, infelizmente, muitas das nossas praias sofrem com esgotos sendo despejados no mar.
JHC (PSB)
Infelizmente, o poder público não compreende o potencial da nossa capital, já que o turismo responde por parcela significante dos empregos e economia.
Para se ter uma ideia, nosso aeroporto estava abandonado e, como deputado federal, consegui a instalação de novas pontes de embarque, estacionamento coberto, loja dutyfree, enquanto que a Prefeitura e o governo estadual se mantiverem omissos.
É inadmissível que o esgotamento sanitário da Bacia da Pajuçara ainda não seja uma realidade, ou que as línguas sujas contaminem nossas praias e tornem nossas enseadas focos de doenças.
Maceió uma cidade balneário, vibrante, não deve a nenhuma outra capital do mundo em termos de beleza natural, nos cabe fornecer uma estrutura que expanda ao máximo esse potencial.
Precisamos também de alternativas aos poucos dias de chuva. O turista não pode ficar dentro do quarto do hotel apenas porque o clima não “está para praia”. Nesse sentido, deve-se prestigiar programações culturais como museus, ou a rica história local, inclusive nossa raiz indígena, que simplesmente é ignorada em Maceió.
É muito importante não perder de vista que é o setor privado o responsável por tocar esse setor, o poder público tem a obrigação de ser parceiro desse projeto, não criar embaraço para seu desenvolvimento ou aumentar a carga tributária.
Ao contrário: tem-se que empoderar essas empresas e as pessoas – especialmente os guias – e permitir que nosso potencial turístico seja explorado. Capacitar nossos taxistas, para melhor atender aos turistas.
Viabilizar Maceió como locação de filmagens, entrar em contato com setores de entretenimento como Netflix para que produções sejam realizadas aqui.
À administração cabe assegurar as condições estruturais e a divulgação do que temos a oferecer. Ao invés de gastar R$ 21 milhões em propaganda, poderíamos divulgar Maceió para que mais turistas venham à cidade.
Mais turismo significa novos hotéis, restaurantes cheios, taxista que roda mais, a rendeira que venderia a sua arte. O retorno seria maior e melhor do que o marketing tosco que vende uma cidade que os maceioenses sabem que não existe.
As praias distantes do Centro, como Ipioca e Guaxuma, também carecem de uma melhor estrutura.
CÍCERO ALMEIDA (PMDB)
O turismo oferece várias oportunidades de trabalho e geração de renda: nos hotéis, restaurantes, agências de viagens e até ocupações que exigem menos formalidade como prestadores de serviços da orla e jangadeiros.
A cidade que se prepara na infraestrutura e serviços, informação e comunicação atende às necessidades sociais e econômicas da sua população, e quando ela é boa para o seu morador, com certeza será boa para o turista.
Entender esta importância socioeconômica e usar adequadamente os atrativos naturais ou culturais, seja turista ou não, é uma forma de valorizar e cuidar de nossa cidade.
De 2005 a 2012 Maceió deu um salto no turismo e ainda hoje vemos este resultado. Priorizamos a promoção externa participando de quase todos os eventos do setor e inovando, na época, com apresentações sobre “como vender Maceió”.
Com parcerias, trouxemos inúmeros agentes de viagens e jornalistas para conhecer ou atualizar-se com a cidade que modificamos. Organizamos a venda do artesanato aos visitantes, no Porto, feiras etc, Centros de Atendimento ao Turista num shopping, na orla, rodoviária, Aeroporto, Mercado de Artesanato, Centro de Convenções, sem gastar um centavo.
Levamos até grupo de Boi e de Coco de Roda para São Paulo! E veja quantos hotéis, pousadas, restaurantes, e outros negócios abriram neste período.
O empresário investiu porque a cidade melhorou, teve a orla requalificada, melhorias viárias, instalação de dois shoppings centers e expansão da cidade para o Litoral Norte.
Vamos manter bom relacionamento com o mercado emissor, aproveitar novas plataformas de comunicação usando o marketing digital para divulgar Maceió e elaborar junto com o trade um calendário de eventos e ações para que Maceió seja visitada não somente no verão e sim o ano inteiro.
Executar as políticas públicas em parceria com o Ministério do Turismo, buscar parcerias para desenvolver o turismo náutico e sua diversidade, implantar o trem turístico que integra cultura e natureza além de promover a gastronomia com roteiros propostos, tanto em locais populares quanto nos restaurantes de chefs conhecidos mundo afora, como fizemos o
“Ande pela cultura, navegue pelos museus” e o potencial criativo, fomentando oficinas, para que o turista se relacione emocionalmente com as singularidades das comunidades seja do bordado filé, no Pontal, ou das guloseimas, em Riacho Doce.
RUI PALMEIRA (PSDB)
O turismo é uma das atividades econômicas mais dinâmicas, criativas e inclusivas de uma cidade, porque beneficia não só o visitante, como toda a comunidade local. O investimento no setor significa a estruturação dos atrativos naturais, a preservação das tradições gastronômicas e o estímulo à produção artística. Além disso, a vocação turística proporciona uma melhoria expressiva da qualidade de vida dos moradores.
A gente sabe que o maceioense tem à sua disposição – 365 dias do ano – um paraíso natural sem comparativos, que é cobiçado por viajantes do Brasil inteiro.
Isso significa ter no “quintal de casa” uma área de lazer ao ar livre que inclui um grande jardim de coqueiros se debruçando sobre o Atlântico, uma pista de caminhada e corrida absolutamente inspiradora, piscinas naturalmente aquecidas, quadras, wi-fi grátis, uma academia ao ar livre com equipamentos modernos e orientação profissional, festivais culturais de verão e ainda uma reserva de Mata Atlântica, com direito a apresentações de música clássica, ioga e trilhas ecológicas.
Não é em qualquer capital do País que os moradores contam com esse tipo de “serviço” gratuito a poucos quilômetros de casa. Cabe ao poder público proteger esse patrimônio com dedicação e inovação.
Além do bem-estar, a geração de renda é outro fator extremamente positivo quando falamos do segmento. Estamos entre o segundo e quarto destino mais vendido por grandes operadoras do País.
São aproximadamente 800 mil turistas por ano, segundo indicadores da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Turismo de Alagoas, que fomentam cerca de 500 empresas oficialmente ligadas ao turismo como hotéis, operadoras e empreendimentos gastronômicos.
E é importante ressaltar que o turismo tem um efeito multiplicador de recursos que é até difícil de mensurar pela quantidade de outros negócios e pessoas que ele envolve, seja no comércio, no artesanato, na cultura e na prestação dos mais diversos serviços.
Acreditamos que a capital possui todas as condições para se beneficiar de um modelo de turismo cada vez mais capaz de conciliar as múltiplas oportunidades oriundas do segmento, seja no setor hoteleiro, na área de serviços, gastronomia, cultura e esportes náuticos, por exemplo, com mínimo impacto na paisagem e sustentabilidade da atividade.
Para isso temos investido em parcerias público-privadas que garantam recursos e apoios necessários para melhorar a qualidade ambiental dos nossos atrativos. Um exemplo é o projeto atualmente executado junto à empresa Braskem para a drenagem da orla.
A construção de 11 estações elevatórias através da iniciativa irá desviar o fluxo das galerias pluviais que hoje deságuam na orla principal da cidade.
O principal objetivo é, inicialmente, garantir a balneabilidade das praias da Pajuçara até a Jatiúca. Agora em julho já contaremos com primeiro ramal da obra, que tem previsão de conclusão total até a temporada 2016/2017.
A revisão do Plano Diretor da cidade também é uma estratégia essencial para planejar e fomentar a sustentabilidade da atividade turística. Nessa gestão, o plano está sendo construído de forma participativa com toda a comunidade com previsão de ser finalizado ainda este ano.
Com ele, a lei passa a incluir a regulamentação da orla norte de Maceió que foi excluída da primeira versão. Isso vai assegurar um formato de desenvolvimento efetivamente sustentável, com controle da expansão imobiliária e critérios sociais, ambientais e culturais.
Existe, inclusive, no Plano, uma lei de incentivo de atração de empreendimentos turísticos mais integrados com a paisagem, com arquitetura horizontal, baixa densidade e menor ocupação do solo, para estimular a proteção das paisagens naturais e as características da região.