Agência da ONU apresenta plano para tornar cidades mais inclusivas

in: MEIO AMBIENTE

                               Vista aérea de favela no Rio de Janeiro. Foto EBC/Marcelo Horn

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) apresentou nova estratégia de urbanização, que prevê estreita aliança com parceiros locais e internacionais para iniciativas que abordem questões como pobreza urbana, desemprego, mudança do clima, redução de risco de desastres, além de diminuição das disparidades de gênero.

Pela primeira vez na história, mais da metade da população do mundo vive em áreas urbanas. 

Até 2030, 60% da população global viverá em cidades, sendo que 90% desse crescimento urbano ocorrerá nos países em desenvolvimento, sobretudo na África e na Ásia.

Esses são dados da Estratégia de Urbanização Sustentável do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), lançada na segunda-feira (17), em Quito, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável (Habitat III).

Na quinta-feira (20), as delegações participantes da conferência definiram a Nova Agenda Urbana de Desenvolvimento, que define uma abordagem global para a urbanização nos próximos 20 anos.

Enquanto as cidades ocupam uma pequena parte do mundo, suas economias e pegadas ecológicas são muito maiores. 

As cidades são responsáveis por 80% do Produto Interno Bruto (PIB) global, produzem mais de 70% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e usam 80% da energia do mundo.

“Precisamos que as cidades sejam mais resilientes, e seus habitantes, menos vulneráveis”, disse a administradora do PNUD, Helen Clark. 

“O PNUD reconhece que, para ajudar os países a implementarem a Agenda 2030, precisamos apoiar governos, empresas e comunidades, para respondermos a esses aspectos de urbanização, usando uma abordagem integrada, com sustentabilidade, inclusão e resiliência”, afirmou.

A Agenda 2030 e os novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável oferecem uma poderosa ilustração dos desafios e oportunidades que as cidades apresentam, de acordo com a agência da ONU. 

A Habitat III, maior conferência global de desenvolvimento em 2016, teve o objetivo de assegurar um compromisso político renovado com o desenvolvimento sustentável urbano, avaliar as conquistas feitas até o momento, enfrentar a pobreza urbana e identificar e contemplar novos e emergentes desafios.

A Embaixadora da Boa Vontade do PNUD e atriz premiada Michelle Yeoh, também presente na ocasião, declarou: “estou orgulhosa de estar aqui com todos vocês e com a administradora do PNUD, Helen Clark, para lançar a Estratégia de Urbanização Sustentável do PNUD”.

“Para cumprirmos o compromisso com a Agenda 2030 de não deixar ninguém para trás, teremos de encontrar maneiras de garantir que aqueles que vivem na pobreza tenham voz nos processos decisórios para aumentar as oportunidades econômicas em áreas urbanas”, afirmou.

Alguns planos de ação fundamentais na nova estratégia de urbanização do PNUD incluem uma aliança estreita com parceiros locais e internacionais para projetar, desenvolver e promover iniciativas que abordem questões como a pobreza urbana, desemprego, mudança do clima, redução de risco de desastres, assim como a redução das disparidades de gênero.

A estratégia também recomenda a Cooperação Sul-Sul e ajudar os países a monitorar e relatar o progresso deles em desenvolvimento urbano, questões e tendências, alinhadas com a Agenda 2030 e os compromissos da Habitat III.

O PNUD apoiará países e cidades, construindo, com base em seu passado e no trabalho atual sobre urbanização em parceria com a ONU Habitat, cidades e países.

O desenvolvimento sustentável nas cidades é essencial para o maior alcance da Agenda 2030, e ações em cidades serão fundamentais para o alcance de ao menos 11 dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, como indicado na estratégia de urbanização do PNUD.

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