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Quase 4,5 milhões de pessoas já visitaram os atrativos do Complexo Turístico Itaipu (CTI), desde 2007, quando foi adotado na usina de Itaipu o modelo de turismo sustentável.
Nestes 10 anos, completados na quinta-feira, 1, a atuação do CTI foi reconhecida pela Organização Mundial de Turismo (OMT) em duas oportunidades: com o Prêmio de Excelência e Inovação do Turismo e como exemplo de modelo de turismo sustentável na página da entidade.
Nesse modelo desenvolvido pelo CTI e administrado pela Fundação Parque Tecnológico Itaipu (Fundação PTI), o dinheiro obtido com a venda dos ingressos das sete atrações turísticas paga toda a operação – incluindo custos com renovação da frota de ônibus e combustível, e 140 empregos diretos e 150 indiretos.
Além disso, parte dos recursos vai para o Fundo Tecnológico. Desde 2007 até maio deste ano, quase R$19 milhões foram destinados a esse fundo, que financia projetos do PTI, nas áreas de pesquisa, desenvolvimento, inovação, educação e empreendedorismo.
O gerente do CTI, Yuri Benites, explica que, dentro do PTI, esse recurso é distribuído entre uma série de iniciativas do Parque voltadas ao desenvolvimento da região, como bolsas de pesquisa, laboratórios, e programas e projetos, como o Estação Ciências; Ciência, Tecnologia e Inovação; a Incubadora Santos Dumont; e o Centro de Estudos Avançados em Segurança de Barragens (Ceasb).
Foi esse modelo que, em 2016, recebeu um dos prêmios mais importantes do setor no mundo, o da OMT; e que foi citado como exemplo no site da organização, que declarou 2017 como Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento.
Benites conta que muitos turistas elogiam o modelo do complexo. “Eles entendem que estão pagando por um serviço e que recebem um acompanhamento nessa visita.
Esse é um diferencial nosso, porque não são todos os atrativos que têm visita guiada. Os visitantes também ficam contentes ao saber o destino que é dado à receita obtida”, afirma.
O gerente ressalta ainda que, ao longo destes 10 anos em que o CTI vem sendo administrado pela Fundação PTI, a principal preocupação é com a melhoria da experiência do turista.
“Todo o modelo vem sendo cada vez mais pensado para a experiência do turista, saindo um pouco somente da contemplação, que é como era feito desde o tempo da construção da usina, quando as pessoas já visitavam a obra”, diz.
Para isso, as características dos passeios vêm sendo adaptadas pensando nos visitantes, como, por exemplo, os tempos e pontos de parada dos sete atrativos: Visita Panorâmica, Circuito Especial, Kattamaram, Refúgio Biológico, Iluminação da Barragem, Ecomuseu e Polo Astronômico.
Em virtude da crescente procura pelo passeio mais completo da usina, o Circuito Turístico, o CTI também aumentou a capacidade de atendimento da atração, a partir desta quinta-feira.
A grade de horários foi reformulada, e o número de saídas caiu de oito para seis diárias, mas a capacidade dos ônibus em cada uma delas aumentou.
Comemoração
O CTI preparou uma programação especial para comemorar os 10 anos de turismo sustentável: durante toda o dia, no hall de entrada do complexo, foi apresentada uma exposição sobre os resultados desse modelo, e um vídeo com a explicação sobre o destino dos recursos dos ingressos foi exibido no Centro de Recepção de Visitantes (CRV).
Durante os passeios, também foram sorteados brindes para os visitantes.
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